Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UFMS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL Laboratório de Física I – P08 Professor Edson Luís Breno Martins Caldas Luana Ribeiro de Brito Coeficiente de Atrito Campo Grande – setembro de 2021 Introdução O coeficiente de atrito é um coeficiente adimensional que expressa a oposição que mostram as superfícies de dois corpos em contato ao deslizar um em relação ao outro. Geralmente é representado com a letra grega μ (mi). Nele encontramos dois tipos de atritos: o estático e o dinâmico. O Atrito Estático é aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos. A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo. Quando um corpo não está em movimento a força de atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático. Fate = μe. N (1) Já o Atrito Dinâmico, é aquele que atua quando há deslizamento dos corpos. Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico. A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente de atrito cinético. Fatd = μd. N (2) Para um plano inclinado, no qual se leva em consideração o atrito, temos a possibilidade de determinar o valor do coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície de contato. Utilizando a Figura 1 como exemplo, se colocarmos um corpo sobre um plano inclinado com atrito e lentamente formos aumentando a inclinação do plano, veremos que o corpo começará a deslizar a partir de um certo ângulo. Esse ângulo é denominado ângulo limite ou ângulo máximo. Aqui representaremos o ângulo limite por θm. Portanto, podemos concluir que esse é o ângulo máximo que o plano inclinado pode ter sem que o objeto escorregue. Nesse ponto, a força de atrito vale μe . N. Colocando ax=0 e o valor de θm na expressão para ax calculada acima, obtemos: g . senθm - μe . g . cosθm = 0 (3) Isolando o coeficiente de atrito μe, obtemos: (4) Figura 1 – Bloco sobre plano inclinado Ao analisarmos a Figura 2, imaginamos que seria como um certo tobogã, que sem a lubrificação de água, apresenta um coeficiente de atrito μ = 0,3. Para determinar qual será a aceleração experimentada pela boia no segmento de 45º, chegamos a seguinte resolução: Figura 2 – Exemplo Tobogã e Boia De acordo com a segunda Lei de Newton para as componentes y: Ftotal y = m . a y N - m . g . cosθ = m . ay =0 N = m . g . cosθ Encontrando o valor da força normal As componentes sobre o eixo x resultam em: Ftotal x = m . ax m . g . senθ – μ . N = m . ax m . g . senθ – μ . m . g . cosθ = m . ax Isolando a aceleração ax, obtemos: ax = g . senθ – μ . g . cosθ Para uma inclinação de 45º, temos: sin45°≅0,71 cos45°≅0,71 e usando o coeficiente de atrito dado no enunciado μ = 0,3 e g = 10 m/s2, calculamos o valor numérico de ax: ax = 10 x 0,71-0,3 x 10 x 0,71 ax = 4,97 m/s2 Portanto, a aceleração do tobogã seco é de 4,97 m/s2. Objetivos • Determinar o coeficiente de atrito estático e dinâmico entre duas superfícies. Materiais e Métodos • Trilho de atrito • Corpo de atrito B • Placa de atrito • Dinamômetro • Freio para o corpo de atrito • Massas de 100 g. • Fixar o medidor de forças no suporte. • Prender o freio para o corpo de atrito à perfil em U. (O freio impede um golpe repentino do corpo de atrito). • Ajeitar o trilho de atrito de modo que o indicador da escala angular se encontre em zero. • Colocar a placa de atrito sobre o trilho, com o lado liso ou rugoso a vista conforme a escolha, e colocar um corpo de atrito sobre a placa. Resultados e Discussão Após observar o experimento e anotar os resultados, os seguintes resultados foram encontrados: Atrito Estático Tabela 1 – Valores do atrito estático obtidos no experimento 1º 2º 3º Massas F(e) F(e) F(e) 314,38 ± 0,01 g 1,14 1,12 1,11 414,39 ± 0,01 g 1,38 1,39 1,4 514,38 ± 0,01 g 1,7 1,75 1,76 614,05 ± 0,01 g 1,82 1,8 1,84 Fonte: O autor Tabela 2 – Média dos valores estáticos Massas Média F(e) 314,38 ± 0,01 g 1,12 414,39 ± 0,01 g 1,39 514,38 ± 0,01 g 1,65 614,05 ± 0,01 g 1,82 Fonte: O autor Atrito Dinâmico: Tabela 3 - Valores do atrito dinâmico obtidos no experimento 1º 2º 3º Massas F(c) F(c) F(c) 314,38 ± 0,01 g 0,94 0,92 0,9 414,39 ± 0,01 g 1,11 1,12 1 514,38 ± 0,01 g 1,4 1,22 1,2 614,05 ± 0,01 g 1,5 1,41 1,49 Fonte: O autor Tabela 4 – Média dos valores dinâmicos Massas Média F(c) 314,38 ± 0,01 g 0,93 414,39 ± 0,01 g 1,11 514,38 ± 0,01 g 1,28 614,05 ± 0,01 g 1,49 Fonte: O autor Gráfico 1 – Média das massas F(e) X F(c) Fonte: O autor Tabela 5 – Coeficientes de Atrito Coeficiente de Atrito F(e) Coeficiente de Atrito F(c) 0,363 0,301 Fonte: O autor y = -0,025x2 + 0,361x + 0,78 R² = 0,9989 y = 0,0075x2 + 0,1475x + 0,7775 R² = 0,9993 0 0,5 1 1,5 2 0 0 , 5 1 1 , 5 2 2 , 5 3 3 , 5 4 4 , 5 MÉDIAS Média F(e) Média F(c) Polinomial (Média F(e)) Polinomial (Média F(c)) Conclusão Através da análise dos experimentos, verifica-se que o coeficiente de atrito (estático ou dinâmico) é diretamente proporcional a força aplicada no corpo; sendo assim, quanto maior o coeficiente de atrito, maior será a força necessária para mover o objeto. Outra constatação observada é que o coeficiente de atrito estático é sempre maior que o coeficiente de atrito cinético, no entanto, em alguns de nossos cálculos isso não se confirma. O fato se deve em razão do equipamento utilizado fornecer resultados com erros, tornando os experimentos um pouco inexato. Referências Bibliográficas W, R, Halliday, Fundamentos de Física, 8ª edição, Rio de Janeiro, Editora TLC, 2006. NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica. v.1. Mecânica. 1997
Compartilhar