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principios dos recusos civeis

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Princípios Recursais 
Segundo o Prof. Daniel Sarmento: “Os princípios representam as traves-mestras do sistema jurídico, cujos efeitos se irradiam sobre diferentes normas, servindo de balizamento para a interpretação de todo o setor do ordenamento em que radicam.”
São princípios recursais: o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade ou unirrecorribilidade, a fungibilidade, a vedação da “reformatio in pejus”, a  voluntariedade, a dialeticidade, a preclusão consumativa e complementariedade.
O PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO está previsto da nossa CF de forma implícita, em decorrência do devido processo legal e da competência recursal conferida aos nossos tribunais. ( arts. 92 a 126 da CF). É o princípio que permite que um órgão superior possa reexaminar a decisão proferida. Além disso, o duplo grau de jurisdição tem incidência limitada permitindo ao legislador restringir o cabimento dos recursos.
Conforme O PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE são considerados recursos somente aqueles designados por lei federal, tendo em vista que compete privativamente a União legislar sobre essa matéria (art. 22, I da CF). Assim, o art. 994 do CPC estabelece o rol de recursos cabíveis no processo civil. O referido rol não é exaustivo, existindo outros recursos em leis extravagantes.
Já o PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE se verifica em razão de caber somente um recurso para cada decisão judicial.
Uma exceção ao princípio da unirrecorribilidade refere-se a previsão do art. 1.031 do CPC, de interposição simultânea de recursos extraordinários e especial. Todavia a infringência ao princípio é aparente, pois cada um dos recursos se refere a uma parte da decisão recorrida.
Com relação ao PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE, está diretamente relacionado ao princípio da instrumentalidade das formas, e em decorrência desse princípio o juiz pode aceitar a interposição de um recurso em lugar de outro. Um exemplo dessa fungibilidade encontra previsão no artigo 1024, § 3º, do CPC.
Não obstante, em certas situações em que há dúvida objetiva a respeito do recurso cabível para impugnar determinada decisão, admite-se o recebimento de recurso inadequado como se adequado fosse, de modo a não prejudicar a parte recorrente por impropriedades do ordenamento jurídico ou por divergências doutrinárias e jurisprudenciais.
Com o CPC , com exceção dos embargos de declaração, o prazo para os demais recursos é de 15 dias . Assim, não haverá mais discussão acerca da não observância do prazo recursal para a aplicação da fungibilidade.
O PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA “REFORMATIO IN PEJUS” significa que a parte, ao recorrer, não poderá ter sua situação piorada em decorrência da interposição de seu próprio recurso. Assim sendo, com a interposição de recurso o órgão julgador só pode alterar a decisão nos limites em que ela foi impugnada. É decorrente do princípio dispositivo (art 2º do CPC), segundo o qual o órgão jurisdicional age quando provocado e do princípio da congruência (art. 141 e 492 do CPC), onde o julgador fica vinculado ao pedido formulado pela parte.
Com relação ao PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE, a parte não é obrigada a interpor o recurso, com relação a decisão que lhe é desfavorável. O art. 998 do CPC também estabelece que o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Com relação ao PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE a parte deverá expor as razões do seu inconformismo na interposição do recurso.
De acordo com este princípio exige-se que todo recurso seja formulado por meio de petição pela qual a parte não apenas manifeste sua inconformidade com o ato judicial impugnado, mas, também e necessariamente , indique os motivos de fato e de direito pelos quais requer novo julgamento da questão nele cogitada.
O referido princípio é requisito de admissibilidade recursal, pois se não forem apontados os motivos da reforma da decisão o tribunal não conhecerá o recurso.
O inciso II do art. 1.010 e o inciso III do art. 1016 do CPC consagram o princípio da dialeticidade bem como as Súmulas nº 282, 284 e 287 do STF e as Súmulas 126 e 128 do STJ.
Com relação ao PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO CONSUMATIVA E COMPLEMENTARIDADE, temos que a parte tem um prazo para interpor o recurso e passado este prazo não pode complementar as suas razões, ainda que dentro do prazo. De outra parte, não pode também desistir do recurso e apresentar novo apelo dentro do prazo, pois consumou-se a oportunidadade de fazê-lo.

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