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Nathalia de Tarso Sistema Organizacional do Centro Cirúrgico Definição ↣ É composta pelo Centro Cirúrgico (CC), pela Recuperação Anestésica (RA) e pelo Centro de Material e Esterilização (CME). ↣ É composta por cinco subsistemas: metas e valores; tecnológico; estrutural; psicossocial; administrativo. Subsistemas do Centro Cirúrgico ↣ Com base em uma concepção sistêmica, o CC pode ser considerado um sistema sociotécnico-estruturado, composto por cinco subsistemas: o Metas e valores: compreende a filosofia da instituição e permeia todos os subsistemas, influenciando as ligações e as interações que ocorrem. o Tecnológico: baseia-se nas tarefas e é determinado pelos requisitos para sua execução, sendo representado pelos aspectos físicos (equipamentos, instrumentos, maquinários e dispositivos) e pelos conhecimentos específicos (conjunto de técnicas de operações utilizadas no CC). o Estrutural: engloba a divisão das tarefas em unidades operacionais e a coordenação entre estas unidades; utiliza-se de organogramas, fluxogramas, descrição de cargos e serviços, normas, regras, regulamentos e regimentos. o Psicossocial: é constituído de interações, expectativas, aspirações, opiniões e valores das pessoas que fazem parte do sistema. o Administrativo: compreende a coordenação de esforços de um grupo de pessoas que, por meio de técnicas específicas, almeja atingir objetivos prefixados. Engloba os processos de tomada de decisão e controle, em uma estrutura de padrões, valores e critérios relevantes. ↣ Necessidade de integração com unidades que atuam como serviços de apoio ou de suporte à unidade de CC. Entre esses serviços, destacam-se: o banco de sangue; o laboratório; o serviço de anatomia patológica; o radiologia; Nathalia de Tarso o farmácia; o suprimentos/almoxarifado; o transporte; o fornecedores, e o engenharia/manutenção. Além de serviços terceirizados, como esterilização por métodos específicos, limpeza e lavanderia, entre outros. Assistência ao paciente no Centro Cirúrgico ↣ Meta do CC: realizar a operação no paciente, dentro de um ambiente terapêutico, com todos os recursos humanos e materiais necessários para minimizar as ocorrências de situações que colocam sua integridade física e psicológica em risco. ↣ Elaboração do plano de cuidados: deve contemplar intervenções em todas as fases do tratamento cirúrgico, pois a enfermagem perioperatória assiste os pacientes antes, durante e imediatamente após a cirurgia. ↣ Enfermagem em CC: compreende procedimentos técnico-científicos que englobam intervenções assistenciais e educativas, e podem ser realizadas pela equipe de enfermagem ou pelo próprio paciente. o As intervenções de enfermagem devem contemplar ações preventivas, assistenciais e educativas, as quais estão descritas na Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Período Perioperatório O período perioperatório é formado pelos períodos pré- operatório, transoperatório e pós-operatório. ↣ Período Pré-operatório Mediato: desde o momento que o paciente recebe a notícia de que será submetido ao tratamento cirúrgico até as 24 horas que antecedem a cirurgia. ↣ Período Pré-operatório Imediato: compreende as 24 horas imediatamente anteriores à cirurgia. ↣ Período Transoperatório: desde o momento em que o paciente é recebido no CC até sua saída da Sala de Operações (SO). o Período Intraoperatório: do início ao término do procedimento anestésico-cirúrgico, compreendido no período transoperatório. o Período Pós-operatório Imediato (POI): compreende as primeiras 24 horas após o procedimento anestésico-cirúrgico, incluindo o tempo de permanência na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). o Período Pós-operatório Mediato: envolve o período após as 24 horas iniciais e é comumente descrito como primeiro, segundo, terceiro etc. dias de pós-operatório (1º PO, 2º PO, 3º PO etc.). o Período Pós-operatório Tardio: varia de acordo com o tipo e a complexidade da cirurgia, podendo compreender desde 15 dias até cerca de um ano após o procedimento anestésico-cirúrgico. Áreas do Centro Cirúrgico O CC é dividido em áreas específicas por ser um local crítico, com maior risco de transmissão de infecções. ↣ Técnicas assépticas padronizadas visam proporcionar maior controle do ambiente operatório, diminuindo os riscos de contaminação do paciente a) Áreas irrestritas ou não restritas: cuja circulação de pessoas é livre, de modo que não exigem cuidados especiais nem uso de uniforme privativo. o Como elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferência de macas. b) Áreas semirrestritas: permitem a circulação de pessoal e de equipamentos, de modo que não interfira no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. o É necessário o uso de uniforme privativo e de propés ou calçados adequados. Como em secretaria, copa, salas de conforto e de guarda de equipamentos. c) Áreas restritas: possuem limites definidos para a circulação de pessoal e de equipamentos, onde se deve empregar rotinas próprias para controlar e manter a Nathalia de Tarso assepsia local. Ou seja, além do uniforme privativo, é necessário o uso de máscaras. o Como salas cirúrgicas, antessalas, lavabos e corredores internos. Referência Bibliográfica Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação/ Capítulo 1 Inserção do Centro Cirúrgico no contexto hospitalar. (Org.) Rachel de Carvalho, Estela Regina Ferraz Bianchi. – 2.ed. – Barueri, SP: Manole, 2016. – (Série Enfermagem)
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