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Reconhecimento de espécies; Composição celular - atribui á madeira qualidades que nos permite usá-la aos mais diversos fins; Resultado da modificação das células da madeira; Estresse mecânico , vento, a topografia, a assimetria de copa (MONTEIRO et al, 2010); Pode ocorrer também em terrenos planos, devido ao encurvamento do caule causado principalmente pela ação de ventos (FERREIRA et al., 2008); Este tipo de lenho é formado quando a árvore está sujeita a algum tipo de estresse mecânico e auxilia a planta a voltar à posição ereta. A capacidade de se reestabelecer à posição vertical varia de acordo com a severidade da inclinação sofrida pelo tronco (SCURFIELD, 1973). Quando a inclinação é mais branda, o tronco tenderá a se realinhar e, quando mais severa, a consequência é a tortuosidade O crescimento e o desenvolvimento divisão e multiplicação celular dos meristemas apical e lateral, que são dotados de capacidade de produzir novas células. Meristema apical , crescimento do tronco em altura; Meristema lateral, também denominado câmbio vascular, é responsável pelo aumento de diâmetro do tronco; O crescimento em diâmetro do caule iniciais fusiformes A adição de novos tecidos vasculares e por consequência o aumento do diâmetro do caule ocorrem de forma mais acentuada durante as estações de primavera e verão, quando a árvore produz maior quantidade de hormônios, formando os anéis de crescimento de forma simétrica nas árvores (BURGER e RITCHER, 1991). Lenho de tração x Lenho de compressão Porém, em ambas, a função de madeira de reação é a mesmo: a trazer de volta o fuste para a posição original (FOREST PRODUCTS AND WOOD SCIENCE, 2011) Lenho de tração x Lenho de compressão Geralmente o lenho de compressão ocorre do lado inferior do fuste inclinado e nas folhosas do lado superior do lenho inclinado (Simpson e Tenwolde,1999). Quando comparado com o lenho normal conteúdo de celulose conteúdo de lignina Espessura da parede As fibras do lenho de tração possuem uma espessa camada gelatinosa na parte interna à parede celular secundária (Bailléres et al., 1997). Fibras gelatinosas Difícil trabalhabilidade, superfície áspera; Grande instabilidade dimensional com tendência ao aparecimento de colapso; Valor comprometido pela coloração anormal; Elevada resistência a esforços de tração e baixa resistência à compressão e flexão; Surgimento de compensados empenados, corrugados e rachados; Dificuldades nas operações de cozimento para fabricação de papel originando produto de baixa qualidade. Consequências Consequências Espécies tropicais Madeira de tração forma-se em árvores não inclinadas, como um meio da copa se movimentar no espaço para obter luz suficiente em florestas com espaçamento mais denso (Timell, 1986; Warenjö, 2003). Macroscopicamente, a madeira de tração é mais clara e brilhante, porém tal característica só é reconhecível em madeira recém- cortada; em madeira seca é detectada por meio de microscopia. A madeira de compressão em toras, geralmente, é indicada pela formação de anéis de crescimento excêntricos, que parecem conter uma proporção maior de lenho tardio na região de crescimento rápido. Lenho com excessiva dureza conteúdo de lignina baixo de celulose orientação espiralada da estrutura fibrilar submicroscópica Ausência da camada S3 da parede celular. Comportamento desigual; Elevada instabilidade dimensional; Madeira quebradiças; Baixas qualidades de trabalhabilidade; Propensão a empenamentos na secagem; Maior resistência à compressão axial e perpendicular;. Consequências Vidaurre GB, Lombardi LR, Nutto L, França FJN, Oliveira JTS, Arantes MDC Características Anatômicas Presenças de fibras gelatinosas, embora possam estar ausentes em algumas espécies. Vasos reduzidos em tamanho e número nas zonas do lenho de tensão. Raio e parênquima axial aparentemente não modificado. Traqueóides arredondados. Espaços intercelulares. Transição do lenho inicial - tardio alterado: mais gradual que em madeira normal. Características Químicas Lignificação variável das fibras do lenho de tensão. A camada G é levemente lignificada. Alto conteúdo de celulose. Baixo conteúdo de lignina. Maior quantidade de galactanas que o normal. Menor quantidade de xilanas do que o normal. depositada entre as Lignina extra camadas S1 e S2 . Baixo conteúdo de celulose. Alto conteúdo de lignina. Maior quantidade de galactanas que o normal. Menor quantidade de galactoglucomananas do que o normal. FERREIRA, S.; LIMA, J. T.; TURGILHO, P. F. MONTEIRO, T. C. Excentricidade da medula em caules de clones de eucalyptus cultivados em diferentes topografias. Cerne, Lavras, v. 14, n. 4, p. 335-340, out./dez. 2008. MONTEIRO, T. C.; SILVA, R. V.; LIMA, J. T.; BARAÚNA, E. E. P.; CARVALHO, D. M.; LIMA, M. T. Influência do lenho de tração nas propriedades físicas da madeira de Eucalyptus sp. Journal of Biotechnology and Biodiversity, v. 1, n. 2, p. 6-11, 2010. Disponível em : www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/quimicadamadeira/lenhodereacao.pdf. Acesso em : 01 de setembro de 2021. Disponível em : www.madeira.ufpr.br/disciplinassilvana/defeitos.pdf. Acesso em : 03 de setembro de 2021. Vidaurre GB, Lombardi LR, Nutto L, França FJN, Oliveira JTS, Arantes MDC.Propriedades da Madeira de Reação .Floresta e Ambiente, 2013; 20(1):26-37 RAMOS, Letícia Maria Alves. Características anatômicas e histoquímicas do lenho de reação em Hevea brasiliensis (Willd. ex A. Juss.) Müll. Arg. 2014. 53f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais). Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2014. SCURFIELD, G. Reaction wood: Its structure and function. Science, v. 179, p. 647- 655, 1973.
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