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Aleitamento materno Curso de ped da sbp/manole segunda-feira, 13 de dezembro de 2021 10:57 Dez passos para fazer a diferença no aleitamento materno · Principal fonte alimentar da criança, sendo inigualável. Nenhum produto é comparável! · Visão ampliada: aleitamento mais do que alimentar a criança! Importante no vínculo. · Fator de proteção contra obesidade, DM2, HAS, alguns tipos de CA. · Saber comunicar com a família: aconselhamento (técnica de comunicação em que se utilizam meios como ouvir muito, ser empático, respeitar a opinião, elogiar, não dar ordens). · Respeitar e apoiar as opções das mulheres. · Acolher e confortar mulheres que não amamentam ou não amamentam de forma menor que a recomendada. · Manter-se atualizado! Ex.: amamentação de 3h/3h substituída pela AMELD. · Habilidades clínicas, ex.: observar a mamada/extração do leite/avaliar o frênulo lingual (anquiloglossia?). · Adotar as boas práticas hospitalares. · Conhecer e cumprir a lei n. 11.265/NBCAL (contra o marketing abusivo! Ex.: é proibido oferecer amostra grátis de bicos e mamadeiras). · Acreditar que a amamentação é um processo que deve ser compartilhado. Boas práticas · Consulta pré-natal: 32ª semana de gestação · Benefícios da amamentação; · Malefícios do uso precoce de fórmula; · Como iniciar e manter a amamentação (evitar o trauma mamilar); · Direitos das lactantes; · Prós e contras do uso de chupeta: SBP. · Sala de parto: pele a pele e amamentação na primeira hora de vida. · No alojamento conjunto: estimular o AMELD, fornecer informações sobre extração manual e com bomba, avaliar o frênulo lingual, observar a mamada. · Boa pega: boca bem aberta, lábio inferior evertido e queixo tocando a mama. · Uso e abuso de fórmula infantil na maternidade no RN nascido a termo - SBP · Orientação sobre amamentação quando retorno ao trabalho. · Página 29 da caderneta da criança. · Cartilha para a mulher trabalhadora que amamenta. · Observação: malefícios da chupeta: pode prejudicar a dentição, pode aumentar o risco de monilíase oral, prejudicar a amamentação; por outro lado, pode acalmar o bebê, mas é preferível optar pela amamentação ao invés. Amamentação em situações especiais · Amamentação não quer dizer que a criança deva mamar diretamente no seio materno, pode ser de modo indireto. · Prematuro: <37 semanas · Prematuros extremos · Colostroterapia: conjunto de ações que visa otimizar o sucesso da amamentação. Administração de colostro da mãe na cavidade oral do RN, 0,1 a 1 mL, independentemente da via de administração da dieta, nas primeiras 24h de vida. Deve ser feita mesmo se o bebê estiver em dieta zero. · Material: luva, uma seringa, copo. · 1 gota de colostro: mais de 20K fagócitos! · O leite da mãe do bebê pré-termo tem mais fatores protetores e por mais tempo que o do bebê a termo. · 1 mL de colostro tem de 5 a 6 mL de lactoferrina, que tem efeito neuroprotetor. · O colostro também tem efeito laxativo, ajudando a eliminar bilirrubina por meio do mecônio. · A mortalidade de RNs corresponde 47% da mortalidade infantil. · O Brasil é o décimo país no ranking da prematuridade. · Fissura labiopalatina · O bebê com fenda labial pode mamar com sucesso, já que a mama pode ajudar a vedar a fissura garantindo a pressão necessária. · A mãe pode usar o polegar para auxiliar a vedar. · Diretrizes para o aleitamento de bebês com fissura labiopalatina (breastfeeding medicine, 2013) · O bebê com fenda palatina pode ser incapaz de sugar tanto o peito quanto a mamadeira, sem diferenças significativas entre eles. · As próteses não aumentam a taxa de sucesso. · Anquiloglossia: nem todos os bebês vão necessitar de frenectomia. · Avaliar a sucção, o ganho de peso e a presença de lesões na mama da mãe. · Amamentação em Tandem · Risco potencial de parto prematuro: receptores inativados da ocitocina na musculatura uterina nos primeiros meses! Mas não parece elevar o risco. · Menor risco de aborto em estudos. · Não fazer desmame abrupto na criança mais velha. Problemas com a mama puerperal Apojadura: evento fisiológico, após o parto - aumento do volume de leite e circulação linfática; · Mamas cheias, pesadas, com discreto calor, sem hiperemia ou edema; · Dequitação de placenta; · Prolactina / sucção do bebê · Atraso: parto cirúrgico sem trabalho de parto, estresse, dor, atraso da amamentação, obesidade, HAS, retenção de fragmento placentário. Ingurgitamento: evento patológico, do terceiro ao sétimo dia, devido a remoção ineficiente de leite pelo aumento da viscosidade. · Dor e incômodo; · Geralmente bilateral, com edema areolar, desconforto, mal estar, dor; pode haver febre. · Requer intervenção: o bebê pode gerar trauma/mastite. · Prevenção: amamentação precoce, com técnica correta, evitar produtos como álcool e sabão, extração do leite, remover o bebê corretamente (interromper a vedação e não "puxar" o bebê). · Manejo: extração do excesso, AMELD, banho morno/compressa morna + massagem (mov. circulares em áreas afetadas), analgésicos sistêmicos (dipirona, paracetamol, ibuprofeno), compressas frias (máximo 15 minutos após as mamadas ou a extração). Dor: causa de desmame precoce · Anamnese: história da amamentação, história da mãe (abuso?), do bebê e da dor. · EF: mãe - estado geral, mama, expressão manual, escalas de depressão. Bebê - características orofaciais, freio lingual, palato, permeabilidade de vias aéreas, tônus muscular, sinais neurológicos (nistagmo); · Avaliar a mamada, auscultando o pescoço do bebê; · Causas possíveis incluem alodinia e dermatoses. Investigação da dor: · Trauma mamilar - pós-parto imediato; técnica; dor, fissuras. · Fatores: primíparas, uso incorreto de bombas, tração do bebê, cremes/óleos/produtos, alterações mamilares, alterações orais (bebê), uso de conchas, chupeta. · Quadro: dor intensa, fissuras. · Tratamento: correção da técnica; uso do leite materno (cicatrizante); lanolina anidra purificada; pomada de ATB se infecção; frenotomia (se anquiloglossia); analgesia; mamilo de silicone: cautela, pode prejudicar a extração do leite. · Candidíase: transmitida pela criança, mesmo se assintomática; · Fatores: uso de mamadeiras e chupeta (lembrar de ferver!), fissura, uso de absorventes impermeáveis, uso de ATB pela mãe. · Clínica: dor em ardor e fisgadas com irradiação para dentro da mama durante ou após mamadas. Alterações cutâneas podem estar presentes (eritema, descamação fina, prurido) Banco de leite · Tríade Mãe-leite humano-bebê · O leite é "personalizado" · Quando o bebê fica febril, o leite humano aumenta o número de citocinas. · O leite possui microrganismos que ajudam na formação do microbioma do intestino do RN · Amamentar direto no peito =/= extrair e oferecer pro bebê · RNPT = disbiose e inflamação; · sem nutrição enteral: perda da função barreira intestinal: translocação bacteriana e sepse; · Ambiente altamente higienizado/uso de ATB: desequilíbrio da microbiota; · Infecções e complicações da prematuridade = componente inflamatório. · Leite ordenhado da mãe deve ser uma prioridade! · Se o leite da mãe não está disponível: leite humano (banco). · Leite materno cru: menor mortalidade, menor atraso de DPM, menor risco de displasia broncopulmonar (DBP), de enterocolite necrosante (ECN), de sepse e de retinopatia da prematuridade. · Desses desefechos, o leite humano pasteurizado foi relacionado a menor risco de displasia broncopulmonar e enterocolite necrosante. · LH: componentes espécie-específicos. · Banco de leite humano: centro especializado em coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano doado. O Brasil possui o maior banco no mundo, além de funcionar como centro de lactação. Legislação específica. · Triagem: estar em AM ou óbito do bebê, deve ser saudável, medicamentos, tabagismo <10/maço, exames pré-natais; transfusão/tatuagem/piercing (12 m). · Medidas de higiene. · Processo de seleção: embalagem, coloração do leite, presença de corpos estranhos, odor, acidez (qualidade máxima x intermediária), crematócrito (centrífuga; classificação quanto a calorias - hipocalórico,calórico, hipercalórico); fases (colostro, transição, maduro), leite de RNPT. · Pasteurização: inativa as células, reduz citocinas, Igs, lactoferrina, enzimas, mas não oligossacarídeos. · Novas técnicas estudadas para manutenção de maior componentes termossensíveis. · Exame microbiológico; · LHO cru: 12h geladeira e 15 d no freezer. · LHO pasteurizado 24h geladeira e 6 meses no freezer. · Para o bebê pré-termo: optar por colostro ou pelo crematrócrito
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