Buscar

Gravidez Gemelar - Hipertensão (crônica, gestacional, pré-eclâmpsia e eclâmpsia)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AMANDA RODRIGUES 
 
GRAVIDEZ GEMELAR 
A gravidez gemelar é definida pela presença 
simultânea de 2 ou mais gestações, dentro do 
útero ou fora dele. 
Pode ser classificada em dupla, tripla e múltipla de 
elevada ordem: quádrupla, quíntupla, sêxtupla etc. 
CLASSIFICAÇÃO 
A classificação da gravidez gemelar baseia-se na: 
 Quantidade de fetos: dupla, tripla, 
quádrupla etc. 
 Quantidade de ovos fertilizados: zigotia 
 Quantidade de placentas: corionia 
 Quantidade de cavidades amnióticas: 
amnionia. 
ZIGOTIA 
Em relação à quantidade de ovos fertilizados, os 
gêmeos podem ser MZ ou DZ. 
GÊMEOS MONOZIGÓTICOS 
Os gêmeos monozigóticos (MZ), ou gêmeos 
verdadeiros, uniovulares ou univitelinos, cerca de 
1/3 dos gemelares, resultam da fertilização de um 
óvulo por um único espermatozoide. 
Têm taxa mais ou menos constante de 1:250 
nascimentos, que não está influenciada por raça, 
família ou idade. 
Podem corresponder a qualquer tipo de 
placentação, monocoriônica (MC) ou 
dicoriônica (DC). 
Têm o mesmo genótipo: o sexo é obrigatoriamente 
igual, como também são os grupos sanguíneos, as 
características físicas e as tendências patológicas. 
GÊMEOS DIZIGÓTICOS 
São também denominados fraternos, biovulares 
ou bivitelinos. 
Os gêmeos dizigóticos (DZ) são o resultado de 2 
ovos fertilizados por 2 espermatozoides. 
A tendência para liberar mais de 1 óvulo 
espontaneamente pode ser familiar ou racial e 
aumenta com a idade. 
A placentação é obrigatoriamente dicoriônica 
(DC), embora a placenta possa estar fusionada. 
Representam 2/3 dos gemelares 
Têm incidência média de 1:80 gestações, embora 
seja variável de acordo com os países. 
CORIONIA/AMNIONIA (PLACENTAÇÃO) 
Os gêmeos DZ são sempre dicoriônica (DC): 2 
placentas, embora possam estar fusionadas, uma 
só massa placentária. 
A placentação nos MZ pode ser de qualquer tipo e 
depende da época, em relação à fertilização, na 
qual ocorre a divisão do zigoto. 
Quando a divisão ocorre muito precocemente, 
durante os 3 primeiros dias após a fertilização, 
pela divisão da mórula, formam-se 2 blastocistos 
e os gêmeos serão dicoriônica, diamnióticos 
(DCDA) (30% dos MZ). 
Quando a divisão ocorre entre o 3º e o 8º dia após 
a fertilização, por divisão do embrioblasto, antes 
da formação do âmnio, o resultado será a 
placentação monocoriônica, diamnióticos 
(MCDA) (70% dos MZ). 
Se a divisão sucede entre o 8º e o 13º dia após a 
fertilização, por divisão completa do disco 
embrionário, depois da formação do âmnio, a 
placentação é monocoriônica monoamniótica 
(MCMA) (1% dos MZ). 
Quando a divisão ocorre após o 13º dia da 
fertilização, a separação do disco embrionário 
será incompleta, resultando em gemelidade 
imperfeita (rara); a placentação será 
obrigatoriamente monocoriônica, 
monoaminiótica (MCMA). 
AMANDA RODRIGUES 
 
COMPLICAÇÕES 
As principais complicações encontradas nesse 
tipo de gravidez são o parto pré-termo e a elevada 
morbidade e mortalidade fetal e neonatal. 
Há risco de natimortalidade aumentado em 5 
vezes e de mortalidade neonatal em 7 vezes, 
principalmente quando associada a complicações 
da prematuridade. 
Comparadas a mulheres com gravidez única, 
aquelas com gravidez gemelar têm risco 6 vezes 
maior de parto pré-termo e 13 vezes maior de dar 
à luz antes de 32 semanas da gestação. 
O risco de paralisia cerebral é maior nos nascidos 
antes de 32 semanas do que naqueles de mesma 
idade gestacional, mas provenientes de gestação 
única. 
A morbidade e a mortalidade materna também 
estão elevadas na gravidez gemelar: hiperêmese, 
DMG (diabetes melito gestacional), hipertensão, 
anemia, hemorragia, parto cesáreo e depressão 
pós-parto. 
A pré-eclâmpsia na gravidez gemelar apresenta 
risco relativo 2,6 vezes maior do que na gravidez 
única e a doença tende a ocorrer mais cedo. 
 
A probabilidade de gestação gemelar aumenta 
com a idade materna. 
Assim, eleva-se, aprox., de 16:1.000 nascidos 
vivos em mulheres jovens de 20 anos, para 
70:1.000 nascidos vivos em mulheres de 40 anos. 
Os maiores contribuintes, todavia, para a gravidez 
gemelar são a reprodução assistida, a 
hiperestimulação ovariana nos ciclos induzidos 
com gonadotrofinas e a fertilização in vitro (FIV). 
Em 2010, nos Estados Unidos, 26% das 
gestações após FIV foram gemelares e 1,3% 
foram multifetais de elevada ordem. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Suspeita-se de gravidez gemelar quando o 
tamanho uterino está muito aumentado, em 
discordância com a idade da gestação. 
Ainda é singela a distinção entre a presença de 1 
ou mais sacos gestacionais (SG). Os ecos fetais 
também são identificados, assim como os 
batimentos cardíacos. 
É trivial a associação de ovo anembrionado 
coexistindo com gestação normal (gêmeo 
evanescente). 
Em vista disso, embora a incidência clínica de 
gravidez gemelar ao momento do parto seja de 
1:90, a frequência real, obtida pela 
ultrassonografia no início da gravidez, parece ser 
de 1:60. 
Aproximadamente 14% das gestações gemelares 
são reduzidas espontaneamente a gestação única 
até o final do 1º trimestre. 
É estimado que apenas 50% das gestações 
gemelares diagnosticadas no 1º trimestre 
terminem em parto gemelar. 
ULTRASSONOGRAFIA 
Do 1º trimestre da gravidez até o parto do 2º 
gemelar, a utilização da ultrassonografia no 
acompanhamento da gravidez gemelar é 
onipresente e indispensável. 
Entre as aplicações clínicas mais comuns estão a: 
 determinação de corioamnionicidade; 
 a confirmação da idade da gravidez; 
 o diagnóstico de anomalias e de 
complicações; 
 o exame do colo; 
 a avaliação do crescimento fetal e do 
volume do líquido amniótico (LA); 
 a localização da placenta; 
 a posição fetal para a conduta no parto. 
CORIOAMNIONICIDADE 
A fase ideal para se determinar a 
corioamnionicidade é o 1º trimestre da gravidez. 
AMANDA RODRIGUES 
 
Antes de 10 semanas da gravidez há inúmeros 
sinais sonográficos que tornam possível a 
determinação da corioamnionicidade: 
 Número de sacos gestacionais: 
Cada SG forma a própria placenta. 
Assim, a presença de 2 SG implica uma gravidez 
DC, enquanto SG único com 2 batimentos 
cardiofetais (bcf) identificados atesta 
gemelaridade MC. 
 Número de cavidades amnióticas: 
Quando os gêmeos DA são identificados antes de 
10 semanas, âmnios separados e distintos podem 
ser vistos pela ultrassonografia transvaginal 
(UST). 
Antes de 10 semanas, os 2 âmnios separados da 
gravidez DA ainda não se expandiram o suficiente 
para entrarem em contato e criarem a membrana 
(ou septo) intergemelar. 
Os 2 âmnios são extremamente finos e delicados, 
mas podem ser identificados como estruturas 
separadas na UST. 
 Número de vesículas vitelinas: 
O número de vesículas vitelinas (VV) é útil para o 
diagnóstico da amniocidade. 
Quando 2 VV são vistas, a gravidez é DA, 
enquanto uma única VV, na maioria dos casos, 
indica gêmeos MA. 
Depois de 10 semanas, esses sinais 
sonográficos já não estão mais presentes: os SG 
já não são mais distintamente separáveis, e a 
membrana intergemelar está formada. 
Nesse estágio, novos sinais sonográficos para 
determinar amniocidade/corionicidade são 
procurados: (1) genitália fetal; (2) quantidade de 
placentas; (3) sinal twin peak ou lambda; e (4) 
características do septo intergemelar. 
 Discordância sexual: 
Não é rotineiramente utilizada na ultrassonografia 
de 10 a 14 semanas. A discordância entre os 
sexos identifica a dicorionicidade; mas a 
concordância não a afasta. 
 Número de placentas: 
Duas placentas separadas, distintas, sugerem 
dicorionicidade, mas uma única massa placentária 
pode ser indicativa de 2 placentas fusionadas. 
 Sinal twin peak ou lambda: 
Esse sinal representa uma projeção do tecido 
corial placentário estendendo-se entre o septo 
intergemelar e representa a gemelidade DC. 
A monocorionicidade pode ser determinadapela 
ausência do sinal twin peak (mas também pelo 
sinal T). 
O sinal twin peak ausente após 16 a 20 semanas 
não exclui a dicorionicidade, daí a importância da 
sua caracterização no 1º trimestre da gestação 
 Características do septo intergemelar: 
O septo intergemelar da variedade dicoriônica é 
formado por 4 membranas, 2 âmnios e 2 córios, 
por certo mais ecogênico que o septo MCDA, 
constituído apenas por 2 âmnios. 
A espessura do septo intergemelar > 2 mm 
identifica a dicorionicidade com valor preditivo 
positivo de 95%, enquanto o valor preditivo 
positivo da espessura ≤ 2 mm é de 90%. 
Se não for detectado o septo intergemelar, há de 
se excluir a possibilidade da gravidez gemelar 
MCMA, que é rara. 
RASTREAMENTO DE ANOMALIAS 
As anomalias congênitas na gravidez gemelar, 
excluídas aquelas próprias da gemelaridade, são 
2 a 3 vezes mais frequentes no do que no 
concepto de gravidez única, particularmente no 
monozigótico: cardíacas, defeitos do tubo neural 
(DTN), gastrintestinais e defeitos da parede 
abdominal anterior. 
Existem também anomalias próprias da gravidez 
gemelar, como a gemelidade imperfeita ou 
gêmeos acolados. 
A melhor época para o rastreamento das 
anomalias fetais é entre 18 e 22 semanas da 
gravidez (ultrassonografia morfológica 
preferentemente entre 20 e 24 semanas). 
AMANDA RODRIGUES 
 
RASTREAMENTO DO PARTO PRÉ-TERMO 
O parto pré-termo é a maior causa de 
morbiletalidade na gravidez gemelar. 
O comprimento do colo > 35 mm, medido por volta 
de 18 a 24 semanas, é altamente indicativo (88 a 
98%) de que a gravidez alcançará 34 a 35 
semanas. 
Em grávidas com ameaça de parto pré-termo, o 
colo >25 mm indica que a interrupção não ocorrerá 
no prazo de 1 semana; ao contrário, estando o 
colo ≤ 15 mm, em 44% dos casos o parto ocorre 
em 1 semana. 
CRESCIMENTO FETAL DISCORDANTE 
O crescimento fetal na gestação gemelar é 
paralelo com o da gravidez única até 32 semanas; 
depois, a taxa de crescimento é menor. 
O diagnóstico da discordância fetal é 
fundamentado na diferença entre as CA > 20 cm 
ou entre os pesos fetais estimados > 20%. 
Quando o crescimento fetal discordante é 
diagnosticado, deve-se considerar a possibilidade 
de aneuploidia, anomalia congênita ou síndrome 
viral estar afetando apenas um feto. 
Na variedade MC, o crescimento fetal discordante 
deve-se ao compartilhamento placentário 
desigual. 
Para se identificar o crescimento fetal discordante 
na placenta MC, aconselha-se o rastreamento a 
cada 2 semanas (a partir de 16 semanas) e, na 
DC, a cada 4 semanas (a partir de 24 semanas). 
Na variedade MA, a ultrassonografia será ainda 
mais frequente, semanal após 16 semanas. 
A interrupção da gravidez no crescimento fetal 
discordante é feita habitualmente com 32 a 34 
semanas. 
PARTO GEMELAR 
 
INFERTILIDADE
A infertilidade é definida como a ausência de 
concepção após 1 ano de relações sexuais 
desprotegidas. 
Esse distúrbio pode ainda ser classificado como: 
 infertilidade primária, na qual não houve 
gestações prévias. 
 infertilidade secundária, na qual houve uma 
gestação prévia, embora não 
necessariamente com um nascido vivo. 
Cerca de 90% dos casais devem conceber após 
12 meses de relações sexuais desprotegidas. 
A subfertilidade refere-se a casais que concebem 
após 12 meses de tentativa de engravidar. 
A fecundabilidade é a probabilidade de gravidez 
por ciclo, que é considerada de 20% em casais 
férteis. 
A fecundidade é a probabilidade de um nascido 
vivo em um único ciclo e, por definição, tem valor 
menor que a fecundabilidade. 
INFERTILIDADE X ESTERILIDADE 
Fala-se de infertilidade quando um casal não 
consegue a gravidez desejada ao fim de um ano 
de vida sexual ativa e contínua, sem estar usando 
qualquer método contraceptivo. 
AMANDA RODRIGUES 
 
A infertilidade resulta de uma disfunção dos 
órgãos reprodutores, dos gametas ou do 
concepto. 
A esterilidade, por seu turno, é a impossibilidade 
que tem o homem ou a mulher de produzir 
gametas (células sexuais: óvulos para a mulher; 
espermatozoide para os homens) ou zigotos (ou 
ovos - células que resultam da fusão entre óvulos 
espermatozoides) viáveis. 
Pode-se dizer que um casal é infértil se tem 
apenas uma diminuição das chances da gravidez, 
que podem ser contornadas por medidas médicas, 
e que é estéril quando a capacidade de gerar 
filhos é nula. 
CAUSAS DE INFERTILIDADE 
As principais causas de infertilidade são: 
1. Fator masculino 
2. Diminuição da reserva ovariana 
3. Fator ovulatório 
4. Fator tubário 
5. Fator uterino 
6. Fator pélvico 
7. Causa inexplicada. 
Fatores de um ou de ambos os parceiros podem 
dificultar a concepção; portanto, é importante 
cogitar todos os diagnósticos possíveis antes de 
buscar tratamentos invasivos 
FATOR FEMININO 
Idade da mulher e diminuição da reserva 
ovariana 
FECUNDABILIDADE DIMINUÍDA 
À medida que envelhece, a maioria das mulheres 
tem um declínio da fecundabilidade que é 
fisiológico, não patológico. 
O declínio começa logo após os 30 anos de idade 
e acelera-se pouco depois dos 40, refletindo a 
redução da quantidade e da qualidade dos 
oócitos. 
Nas mulheres que não fazem uso de 
contracepção, a fertilidade alcança o auge aos 20 
anos, diminui um pouco aos 32, reduz 
consideravelmente depois dos 37 e é rara depois 
dos 45. 
O envelhecimento cronológico do endométrio não 
parece ter papel importante na diminuição da 
fertilidade, considerando-se as excelentes taxas 
de gravidez e nascidos vivos quando se usaram 
oócitos de doador. 
O envelhecimento reprodutivo está relacionado 
com o estoque de folículos primordiais que são 
estabelecidos no início da vida fetal e caem a 
quase zero na menopausa. 
ABORTO ESPONTÂNEO 
O envelhecimento reprodutivo está associado a 
anormalidades nos fusos meióticos do oócito que 
provocam erros do alinhamento cromossômico e 
aumentam as taxas de aneuploidia do concepto, 
sobretudo de trissomias. 
Isso serve para aumentar o risco de aborto 
espontâneo e, portanto, diminui as taxas de 
nascidos vivos em mulheres mais velhas. 
RESERVA OVARIANA 
A reserva ovariana é o tamanho da população de 
folículos primordiais que não crescem, ou estão 
em repouso nos ovários. Isso, por sua vez, 
provavelmente determina o número de folículos 
que crescem e a “qualidade” ou potencial 
reprodutivo de seus oócitos. Os testes da reserva 
ovariana são usados com frequência, mas seus 
valores preditivos para o potencial de fertilidade 
são limitados, sobretudo quando o teste é normal 
em mulheres mais velhas e anormal em jovens. Os 
testes parecem ser mais adequados para avaliar 
como os ovários responderão a doses 
farmacológicas de gonadotrofinas exógenas em 
termos de contagem de folículos, número de 
oócitos produzidos, níveis séricos de estradiol 
durante a estimulação, duração da estimulação e 
quantidade de gonadotrofinas exógenas 
necessárias em determinado ciclo. Ao contrário da 
idade, contudo, os resultados dos testes das 
reservas ovarianas são pouco preditivos dos 
desfechos de gravidez. Esses testes parecem 
AMANDA RODRIGUES 
 
indicar mais a quantidade que a qualidade de 
oócitos. 
NÍVEL SÉRICO DE HORMÔNIO 
FOLICULOESTIMULANTE NO 3º DIA 
À medida que as mulheres envelhecem, há 
elevação fisiológica do FSH no início da fase 
folicular (3º dia do ciclo). 
Em mulheres na faixa de 40 anos, níveis acima de 
20 UI/l são preditivos de climatério. 
Como a incidência de níveis anormais é menor em 
mulheres mais jovens, os exames costumam ser 
realizados a partir dos 35 anos de idade. 
NÍVEL BASAL DE ESTRADIOL 
Muitas vezes, o nível basal de FSH no 3º dia é 
combinado ao teste de estradiol (E2). 
Os níveis de estradiol no 3º dia do ciclo menstrual 
refletem o crescimento folicular em vez do número 
de folículos-antrais. 
Elevações do FSH e diminuições da inibina B 
associadasao envelhecimento ocasionam 
crescimento folicular avançado no fim da fase 
lútea precedente. 
Em resposta, os níveis de E2 no início da fase 
folicular costumam ser maiores em mulheres 
idosas e em mulheres com envelhecimento 
reprodutivo avançado. 
RISCOS DA GESTAÇÃO APÓS 35 ANOS 
Há uma tendência cada vez maior de gravidez 
entre mulheres na faixa de 35 a 45 anos, pois 
a nova organização de papéis sociais permite 
que a maternidade seja postergada em nome 
da satisfação profissional e da grande atribuição 
de responsabilidades na vida conjugal. Esse 
quadro exige maior atenção por parte dos 
profissionais e serviços de saúde, dada a maior 
possibilidade de complicações, tanto para a 
gestante quanto para o feto/recém-nascido. 
A literatura científica atesta que a idade ideal para 
a reprodução varia entre 20 e 29 anos, com 
os dois extremos etários da vida reprodutiva 
sendo asso ciados a complicações perinatais. 
A definição de idade materna avançada oscila 
entre diferentes bibliografia, podendo ser de 35, 40 
ou 45 anos, sendo a primeira mais frequente. 
Na faixa de idade mais avançada, pode-se 
observar, com certa frequência, o aparecimento 
de doenças crônicas, como hipertensão arterial, 
diabetes mellitus e outras, associadas 
diretamente ao processo da gestação, como 
abortamentos, anomalias cromossômicas, 
mortalidade materna, gestação múltipla, pré-
eclâmpsia e suas complicações. 
Acredita-se que todos esses empecilhos se 
deva ao envelhecimento dos óvulos que se 
desenvolvem durante a vida embrionária e 
permanecem armazenados no ovário até a 
liberação, em uma ovulação mensal, como 
também à condição circulatória da mulher na 
idade avançada. 
Os óvulos mais viáveis são utilizados primeiros 
no esforço reprodutivo humano. 
Com o avançar da idade materna, os ovócitos 
restantes necessitam de maior estímulo 
hormonal para amadurecerem. 
A redução da produção de inibina faz com que as 
concentrações de FSH se elevem para além 
dos níveis necessários ao desenvolvimento 
folicular, levando a precariedades no processo 
de amadurecimento e inviabilidade reprodutiva. 
Vale salientar que o aumento da idade materna 
está associado com a diminuição da frequência 
de partos normais, situação que tem como 
contribuintes a solicitação materna, redução da 
atividade do miométrio, realização de cirurgias 
prévias, placenta prévia, apresentação fetal 
pélvica, macrossomia e aumento no número de 
partos prematuros por complicações como a pré-
eclâmpsia. 
AMANDA RODRIGUES 
 
HIPERTENSÃO 
A hipertensão na gravidez é classificada em 
apenas 4 categorias: 
(1) pré-eclâmpsia/eclâmpsia; 
(2) hipertensão crônica (de qualquer causa); 
(3) hipertensão crônica com pré-eclâmpsia 
superajuntada; 
(4) hipertensão gestacional. 
HIPERTENSÃO CRÔNICA 
Já existia antes da gravidez ou foi identificada 
antes da 20ª semana de gestação. 
A hipertensão crônica incide em 5% das 
gestações e está associada à morbidade fetal na 
forma do crescimento intrauterino restrito (CIR) e 
à morbidade materna manifesta por grave 
elevação da pressão sanguínea. 
Conduta imediata: suspender medicações 
teratogênicas. 
Droga de escolha: Metildopa © 
 Simpaticolítico de ação central, agonista, 
atravessa a placenta. 
 Não compromete a maturidade fetal, o peso 
ao nascer ou o resultado neonatal. 
 É usada na dose de 750 mg a 2.000 mg/dia. 
 Doses maiores podem provocar hipotensão 
postural, com comprometimento da perfusão 
placentária. 
 É excretada no leite, é compatível com o 
aleitamento. 
GESTACIONAL 
É a elevação da pressão sanguínea após 20 
semanas de gestação. 
Na ausência de proteinúria ou das alterações 
sistêmicas: trombocitopenia (contagem de 
plaquetas < 100.000/mm3 ), alteração na função 
hepática (elevação das enzimas transaminases de 
2 vezes a concentração normal), desenvolvimento 
de insuficiência renal (creatinina no soro > 1,1 
mg/dℓ ou sua duplicação, inexistente outra doença 
renal), edema de pulmão e distúrbios cerebrais ou 
visuais. 
Desaparecendo, na maioria dos casos, 
espontaneamente em até 1 ou 2 semanas após o 
parto. 
Se até 12 semanas após o parto a hipertensão não 
desaparecer, a paciente passa a ser considerada 
como portadora de hipertensão arterial crônica. 
FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO 
GESTACIONAL 
 Primeira gestação 
 Gestantes com sobrepeso 
 Gestantes de etnia negra 
 Gestantes com mais de 35 anos 
 História familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia 
 Gravidez gemelar 
 Gravidez durante a adolescência 
PRÉ-ECLÂMPSIA (DHEG) 
É uma doença sistêmica e de endotélio, na qual 
todos os vasos sanguíneos da gestante ficam 
mais permeáveis. Então além de líquido também 
pode passar proteína pelos vasos, resultando em 
edema. 
A toxemia gravídica costuma ocorrer na 2ª metade 
da gestação, caracterizada classicamente por 
hipertensão e proteinúria. 
Nas suas formas graves, instala-se a convulsão, e 
a doença antes chamada pré-eclâmpsia, passa a 
ser denominada eclâmpsia. 
Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia podem surgir no final 
da gestação, durante o trabalho de parto ou pós 
parto. 
Incide em cerca de 10% das grávidas, 
principalmente primíparas, sendo a maior causa 
de mortalidade materna e perinatal. 
AMANDA RODRIGUES 
 
Aproximadamente 70% dos distúrbios 
hipertensivos na gravidez são provenientes da 
toxemia e 30% são decorrentes de hipertensão 
crônica. 
É caracterizada pela invasão defeituosa do 
trofoblasto na placenta. 
PREVENÇÃO 
Uso de AAS: 100 mg, à noite. 
Iniciar entre 12 e 28 semanas (preferencialmente 
antes de 16 semanas de gestação) e manter até o 
parto. 
SINDROME HELLP 
É a forma mais grave de pré-eclâmpsia. 
Essa é a sigla em inglês para os termos hemólise 
(hemolisys), enzimas do fígado elevadas 
(elevated liver enzymes) e plaquetas baixas (low 
platelets). 
É indicado fazer o parto, independentemente da 
idade gestacional. 
Evolui para morte materna e fetal. 
ECLÂMPSIA 
É o grau mais grave do espectro da hipertensão 
na gravidez (hipertensão gestacional, pré-
eclâmpsia e eclâmpsia) 
Se caracteriza pela presença de uma ou mais 
crises convulsivas em uma gestante com pré-
eclâmpsia já estabelecida. 
PRÉ ECLÂMPSIA SUPERPOSTA À 
HIPERTENSÃO CRÔNICA 
Em gestante com hipertensão crônica, há um 
agravamento repentino do quadro hipertensivo 
associado a proteinúria. 
DIAGNÓSTICO 
Na ausência de proteinúria, a pré-eclâmpsia grave 
é diagnosticada como hipertensão associada a 
trombocitopenia (contagem de plaquetas < 
100.000/mm3 ), alteração na função hepática 
(elevação das enzimas transaminases de 2 vezes 
a concentração normal), desenvolvimento de 
insuficiência renal (creatinina no soro > 1,1 mg/dℓ 
ou sua duplicação, inexistente outra doença 
renal), edema de pulmão e distúrbios cerebrais ou 
visuais. 
 
	classificação
	zigotia
	gêmeos monozigóticos
	gêmeos dizigóticos
	Corionia/amnionia (placentação)
	complicações
	diagnóstico
	ultrassonografia
	corioamnionicidade
	Rastreamento de anomalias
	Rastreamento do parto pré-termo
	Crescimento fetal discordante
	parto gemelar
	INFERTILIDADE X ESTERILIDADE
	causas de infertilidade
	fator feminino
	fecundabilidade diminuída
	aborto espontâneo
	Reserva ovariana
	Nível sérico de hormônio foliculoestimulante no 3º dia
	nível basal de estradiol
	riscos da gestação após 35 anos
	hipertensão crônica
	gestacional
	Fatores de risco para hipertensão gestacional
	pré-eclâmpsia (dHEg)
	prevenção
	sindrome hellp
	eclâmpsia
	pré eclâmpsia superposta à hipertensão crônica
	diagnóstico (1)

Outros materiais