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UNIVERSO DE ATUAÇÃO DO GESTOR TE X TO B A SE Prof. Dr. Celso Machado Junior Prof. M.e Hélio Gonçalves INTRODUÇÃO À GESTÃO UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Portal: virtual.uscs.edu.br Tel.: (11) 4239-3200 Av. Goiás, 3400 – São Caetano do Sul – SP – CEP: 09550-051 Rua Santo Antônio, 50 – São Caetano do Sul – SP – CEP: 09521-160 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. EQUIPE TÉCNICA EDITORIAL Gestão da EAD: Prof. Dr. Elias Estevão Goulart Professor conteudista: Prof. Dr. Celso Machado Junior e Prof. M.e Hélio Gonçalves Revisão: Karen Francis Pellomo Ringis Projeto gráfico e capa: Renata Kuba, Luana Santos do Nascimento, Juliana Pereira Alves e Wallace Campos de Siqueira Diagramação: Luana Santos do Nascimento DÚVIDAS? FALE CONOSCO! eadsuporte@uscs.edu.br (11) 4239-3351 ead.uscs.edu.br INTRODUÇÃO A GESTÃO Prof. Dr. Celso Machado Junior Prof. M.e Hélio Gonçalves APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................8 A carreira e a remuneração .................................................. 8 A disciplina ......................................................................... 9 Objetivos ........................................................................... 10 Unidades de estudo........................................................... 10 UNIDADE 1 - A ADMINISTRAÇÃO, O ADMINISTRADOR, O AMBIENTE DA ADMINISTRAÇÃO E O SISTEMA DE VALORES ORGANIZACIONAIS O ADMINISTRADOR: ESTUDOS SOBRE GERENCIAMENTO .............................................16 Conclusão ........................................................................ 18 COMPETÊNCIAS E COMPORTAMENTO GERENCIAL: .....................................................18 Conhecimentos, habilidades e atividades ......................... 18 Níveis de administração .................................................... 18 OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ELEMENTOS DAS ORGANIZACÕES ......................................24 Objetivos ........................................................................... 24 Recursos ........................................................................... 25 Divisão do trabalho ........................................................... 25 Processos de transformação ............................................. 26 ÉTICA EMPRESARIAL E NOS NEGÓCIOS..........23 Ética: De que se trata ......................................................... 23 Criação de sistema de valores ........................................... 24 Confúcio ........................................................................... 24 Aristóteles ......................................................................... 25 Kant ................................................................................... 26 Evolução ética ................................................................... 26 Estágios de desenvolvimento moral .................................. 27 RESPONSABILIDADE SOCIAL ..........................28 Doutrina da responsabilidade social ................................ 28 AS EMPRESAS E O AMBIENTE ........................29 Desenvolvimento sustentável ........................................... 29 Legislação ambiental no Brasil ......................................... 29 Auditoria ambiental .......................................................... 30 UNIDADE 2 - PESSOAS E GRUPOS DE PESSOAS GRUPOS SOCIAIS, ORGANIZAÇÃO BUROCRATA 33 Tipo ideal de burocracia ................................................... 34 Disfunções das burocracias ............................................. 34 SISTEMAS SOCIOTÉCNICOS ............................35 Cultura organizacional ..................................................... 36 Clima organizacional ........................................................ 36 Grupos informais ............................................................. 37 DINÂMICA E DESEMPENHO DOS GRUPOS ......38 Estágios de desenvolvimento de um grupo: ..................... 39 Dinâmica de desempenho do grupo ................................. 39 Resultados ....................................................................... 40 Característica dos grupos de alta performance ................. 41 DESAFIOS NO TRABALHO DOS GRUPOS ........41 Desenvolvimento de equipes ............................................ 43 Decisões em grupo .......................................................... 44 Processos básicos de decisão ......................................... 44 Desempenho de papéis .................................................... 45 UNIDADE 3 - COMPETITIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES TECNOLOGIA: O QUE É? E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EMPRESA ...................49 Inovação tecnológica ........................................................ 49 Meios de obtenção de tecnologia ..................................... 50 CONCEITOS DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ...........51 Eficiência ........................................................................... 51 Eficácia ............................................................................. 54 Organizações e o ambiente ............................................... 55 Recompensas por contribuições ...................................... 55 Troca de energia ............................................................... 56 CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE ................57 Qualidade ......................................................................... 58 Custo ............................................................................... 58 UNIDADE 4 - ÁREAS FUNCIONAIS: PRODUÇÃO/ OPERAÇÕES, MARKETING, FINANÇAS E RECURSOS HUMANOS GESTÃO INTEGRADA DAS ÁREAS FUNCIONAIS A ABORDAGEM SISTÊMICA DA ORGANIZAÇÃO .63 FUNÇÃO PRODUÇÃO E OPERAÇÕES ...............65 Elementos de entrada do sistema produção: .................... 65 FUNÇÃO MARKETING ......................................68 Análise ............................................................................. 70 Adaptação ........................................................................ 70 Ativação ........................................................................... 71 Avaliação .......................................................................... 71 FUNÇÃO FINANÇAS .........................................71 FUNÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ................74 REFERÊNCIAS ..................................................78 GLOSSÁRIO .....................................................79 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Seja bem vindo ao programa de educação a distância. Esse pro- grama tem o objetivo de propiciar ao aluno a possibilidade de con- tinuar o seu desenvolvimento pessoal e dinamizar a carreira, utili- zando-se de um recurso que ao mesmo tempo visa aperfeiçoar e racionalizar o seu tempo. Antes de iniciarmos propriamente a matéria, é interessante falar- mos um pouco sobre a carreira do administrador, nesse sentido há dois aspectos relevantes a se destacar: A CARREIRA E A REMUNERAÇÃO A carreira do Administrador se destaca por apresentar inúmeras possibilidades de atuação, pois o Administrador pode atuar em pra- ticamente todos os tipos de empresas e de atividades de negócio, como por exemplo, indústrias, empresas de serviço, administração pública, ONGs, hospitais, dentre outros. Essa diversidade de atuação traz como vantagem a mobilidade da carreira, assim se o administra- dor estiver atuando em uma empresa que pertença a um setor que não está apresentando um bom desempenho e que está realizando muitas demissões, o administrador pode mudar para uma empresa que atue em outro setor de negócios, desta forma o Administradornão encontrará dificuldades para se colocar profissionalmente. Outro ponto a destacar é o salário de um Administrador, é obvio que existe uma grande variação de salários no mercado de trabalho, mas na média a remuneração de um administrador se apresenta como acima da média para o universo da massa salarial. Em uma recente pesquisa realizada por uma instituição de renome, observa-se que os Administradores são os que apresentam o maior salário médio no mer- cado, seguidos pelos médicos. Esse estudo demonstra que é finan- ceiramente vantajoso ser um administrador, logicamente, nesse estu- do observou-se o salário de Administradores que atuam na profissão. Dessa forma, agora que sabemos algumas das vantagens da car- reira de administrador vamos à apresentação da disciplina de Intro- dução à administração: Universo de atuação do gestor 8 Introdução à Gestão A DISCIPLINA A nossa disciplina é baseada em livros consagrados do mercado, mas o material de referência é o livro: Introdução à administração, do autor Antônio César Amaru Maximiano, esse livro pode ser facil- mente encontrado para aquisição ou em nossa biblioteca e outras bibliotecas de instituições de ensino superior. Para o seu bom desempenho nessa disciplina e nas demais é im- portante destacar os seguintes tópicos: Para o bom andamento do curso é necessário procurar a harmonia dos seguintes fatores: você, as aulas e o apoio da instituição. Para tanto, você deve procurar identifi car o melhor momento para realizar as suas atividades, e quando for realizá-las estabelecer foco, dessa forma é preciso evitar ser interrompido por pessoas ou ligações du- rante as aulas. As aulas por sua vez possuem uma composição a propiciar o me- lhor aproveitamento. Durante a realização do curso você pode estar só em uma sala, porém não estará desacompanhado, pois as inter- faces que você pode estabelecer conosco possibilitarão eliminar as eventuais dúvidas que venham a surgir. O ideal é que você estabeleça uma rotina de trabalho e se dedique ao máximo para segui-la. Todo processo de aprendizagem está sujeito à necessidade de avaliação, para tanto se prepare continuamente para ser avaliado. Ao contrário de algumas condutas, o nosso curso não oferece “tra- balhos” para possibilitar a aprovação do aluno, logo, dedique-se sempre nas avaliações. Nesse processo de aprendizagem todos possuem suas respon- sabilidades, e a mais importante de todas é a sua. Na condição de aluno você deve se dedicar ao máximo para encontrar a solução de eventuais problemas, pois, caso contrário, ocorrerá um desestímulo da sua parte. Mas, lembre-se: sempre que necessitar do apoio dos professores utilize os recursos que estão à sua disposição. O ideal é que você estabeleça uma rotina de trabalho e se dedique ao máximo para segui-la. Figura 1.1 - Livro: MAXI- MIANO, Antônio César Amaru. Introdução à ad- ministração. 7ed. São Paulo: Atlas, 2007. Fonte:http://imagens.cotacota. com.br/img/1154/introducao-a- -administracao-7-edicao-2007- -maximiano-antonio-cesar-ama- ru-1154-1979156-G.jpg Apresentação 9 OBJETIVOS � Proporcionar a compreensão dos conceitos básicos da Administra- ção e do papel dos administradores nas organizações e sociedade. � Estudar as organizações e seus elementos constitutivos. � Capacitar os alunos ao conhecimento e funcionamento das áreas da organização; � Gerar o entendimento das relações entre as organizações e seus ambientes. UNIDADES DE ESTUDO Para atendermos aos objetivos da disciplina, o texto base foi divi- dida em seis módulos de atenção. A divisão em UNIDADES possibilita a você aluno, um melhor enten- dimento da matéria que será apresentada dentro de um contexto de afinidade de assuntos, assim o seu entendimento sobre a atividade de administrar será construído de forma continua e lógica. A saber: UNIDADE I: A Administração e o Administrador e Ambiente da administração e sistema de valores organizacionais � O administrador: o que faz, funções, papéis, atividades e natureza do cargo; � competências e comportamentos gerenciais: conhecimentos, ha- bilidades e atitudes. Neste conjunto de aulas iremos conhecer melhor quem é o admi- nistrador e o que ele realiza no dia-a-dia de suas atividades. Neste momento vale destacar que este curso é destinado à formação de um Administrador no seu sentido mais amplo, não nos restringimos a formar apenas profissionais destinados a trabalhar em empresas, mas também a desenvolver possíveis empresários, pois o bom Ad- ministrador deve apresentar condições de atuar de forma adequada nas organizações sendo ele o empregado ou o proprietário. Universo de atuação do gestor 10 Introdução à Gestão Tem a finalidade de mostrar a “casa do administrador”, ou seja, o local de atuação do administrador que são as organizações. � objetivos organizacionais; � ética empresarial e nos negócios; � responsabilidade social. UNIDADE II: Pessoas e grupos de pessoas O desafio maior do administrador é o relacionamento entre as pes- soas. Para atendermos a esses objetivos estaremos estudando os seguintes tópicos: � grupos sociais, organização burocrática (Weber); � sistemas sociotécnicos (tecnologia, cultura e clima organizacional); � dinâmica e desempenho do grupo; � desafios do trabalho em grupo. UNIDADE III: Competitividade das organizações Destina-se à abordagem dos desafios enfrentados pelas organi- zações, em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, em que a construção do sucesso da empresa depende de esforços constantes, exercidos em todas as atividades desempenhadas pelo Administrador. Para atendermos a esse objetivo estaremos estudan- do os seguintes tópicos. � tecnologia, o que é e qual a sua importância para a empresa?; � conceitos de eficiência e eficácia; � conceitos de competitividade. UNIDADE IV: Áreas funcionais: operações e Marketing, Finanças e Recursos Humanos Destina-se a mostrar a organização como um sistema, que por sua vez demanda a necessidade de uma enorme sinergia entre as áreas (ou departamentos que a compõem). O entendimento das re- 11 Apresentação lações e da interdependência entre as áreas de uma empresa é de extrema importância para o administrador, pois as organizações so- mente apresentam um bom desempenho se todo o conjunto que a forma também apresentar um bom desempenho, pois mesmo que uma área da empresa seja composta dos melhores funcionários do mercado, o resultado final da empresa será satisfatório somente se o conjunto da empresa estiver atuando de forma adequada; assim, para atendermos a esse objetivo estudaremos os seguintes tópicos: � gestão integrada das áreas funcionais; � produção/operações. � Marketing; � finanças; � recursos humanos. Universo de atuação do gestor 12 Introdução à Gestão A ADMINISTRAÇÃO, O ADMINISTRADOR, O AMBIENTE DA ADMINISTRAÇÃO E SISTEMA DE VALORES ORGANIZACIONAIS O ADMINISTRADOR: ESTUDOS SOBRE GERENCIAMENTO .............................................16 Conclusão ........................................................................ 18 COMPETÊNCIAS E COMPORTAMENTO GERENCIAL: .....................................................18 Conhecimentos, habilidades e atividades ......................... 18 Níveis de administração .................................................... 18 OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ELEMENTOS DAS ORGANIZACÕES ......................................21 Objetivos ........................................................................... 21 Recursos ........................................................................... 22 Divisão do trabalho ........................................................... 22 Processos de transformação ............................................. 23 ÉTICA EMPRESARIAL E NOS NEGÓCIOS..........23 Ética: De que se trata ......................................................... 23 Criação de sistema de valores ........................................... 24 Confúcio........................................................................... 24 Aristóteles ......................................................................... 25 Kant ................................................................................... 26 Evolução ética ................................................................... 26 Estágios de desenvolvimento moral .................................. 27 RESPONSABILIDADE SOCIAL ..........................28 Doutrina da responsabilidade social ................................ 28 AS EMPRESAS E O AMBIENTE ........................29 Desenvolvimento sustentável ........................................... 29 Legislação ambiental no Brasil ......................................... 29 Auditoria ambiental .......................................................... 30 Unidade 1 Figura 1.1 – 10 papéis do administrador. O ADMINISTRADOR: ESTUDOS SOBRE GERENCIAMENTO O trabalho gerencial é variado, não é padronizado e não segue a ordem implícita na sequência: planejar-organizar-dirigir-controlar. Estudos sobre os gerentes segundo os seguintes autores Henry Mintzberg, Fred Luthans Rosemary Stewart Henry Mintzberg propõe que os gerentes desempenham 10 pa- péis, divididos em 3 categorias: Figura de proa Ligação Monitor Porta-voz Interpessoais De processamento de informação DisseminadoLíder PAPÉIS GERENCIAIS De decisão Administrador de recursos Negociador Empreendedor Controlador de distúrbios Universo de atuação do gestor 16 Introdução à Gestão Unidade 1 Fred Luthans propõe uma divisão em quatro categorias: TABELA 1.1 – CATEGORIAS DOS ADMINISTRADORES Funções gerenciais Tomar decisões, planejar e controlar. Comunicação Trocar e processar informações e documentos. Administração de Recursos humanos Motivar, resolver conflitos, colocar pessoal, treinar. Relacionamento (networking) Manter relações sociais, fazer política, interagir com pesso- as de fora da organização. TABELA 1.2 - GERENTES DE SUCESSO X GERENTES EFICAZES Atividades Desempenho Administração tradicional (processo decisório, planejamento e controle). Comunicação (troca de informações e processamento de documentos) Administração de RH (Motivação, disciplina, conflitos, treinamento) Networking (Socialização, política, interação com pessoal externo) Gerentes Bem-sucedidos 13% 28% 11% 48% Gerentes eficazes 19% 44% 26% 11% Na média 32% 29% 20% 19% Fonte: Uso do tempo e seu efeito sobre o desempenho (Maximiano, 2000, p.36) Rosemary Stewart define que os cargos gerenciais possuem na- tureza genérica. Restrições Escolhas Exigências Figura 1.2 - Gerentes cum- prem exigências e tomam de- cisões, dentro das restrições Fonte: Maximiano, 2000, p.36. A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 17 Unidade 1 Exigências: são as tarefas que qualquer ocupante de determinado cargo deve necessariamente desempenhar. As restrições são os fatores internos ou externos à organização, que limitam o que o ocupante do cargo pode fazer. Escolhas abrangem as atividades que o ocupante do cargo pode fazer, mas não é obrigatório. Muito de sua eficiência pessoal, depen- de da forma como toma decisões. CONCLUSÃO � Atividades de tomar decisões (especialmente decisões de plane- jamento, organização, direção e controle de recursos para realizar objetivos, e decisões sobre o próprio tempo); � Atividades de processar informações; � Atividades de relacionar-se com pessoas, de dentro e fora da or- ganização. O enfoque funcional, então, é uma descrição do processo de ad- ministrar, e não o trabalho dos gerentes. COMPETÊNCIAS E COMPORTAMENTO GERENCIAL: CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATIVIDADES Figura 1.3 - Níveis de administração Universo de atuação do gestor 18 Introdução à Gestão Unidade 1 Executivos Gerentes Supervisores Funcionários Operacionais � Executivos: Diretor, superintendente, presidente e CEO. Alta admi- nistração definindo objetivos e recursos. Respondem aos acionis- tas, a conselhos ou a colegiados. � Gerentes: Responsáveis pelos departamentos, divisões ou gerên- cias, ex.: produção, RH, finanças etc. Transformam os macros ob- jetivos em objetivos específicos. � Supervisores: Coordenam grupos de funcionários operacionais. Eram os capatazes. São os facilitadores � Funcionários Operacionais: Cientistas, operários especializados ou trabalhadores braçais sem especialização. Grupos autogeridos � Não têm chefes; � As equipes estão ligadas diretamente a um gerente; � Tem responsabilidade e autoridade na tomada de decisões. Figura 1.4 - Exemplo de evolução da estru- tura organizacional Figura 1.5 - Compe- tências gerenciais A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 19 Unidade 1 Competências Gerenciais Empresa em 1993 Empresa em 1993Atualmente Atualmente Presidente Presidente Gerente Divisão Operador Diretor Diretor Diretor Mestre Líder Contra Mestre Montador Operador Preparador Gerente Divisão Gerente Depto. Chafe de Seção Competências são as qualidades que uma pessoa deve ter para ocupar um cargo e desempenhá-lo eficazmente. É geralmente clas- sificado em três categorias: conhecimentos, habilidades e atitudes. TABELA 1.3 - COMPETÊNCIAS Conhecimentos Técnicas e informações necessárias (Administração); Competência técnica; Comportamento humano. Atitudes As atitudes são as competências que permitem às pessoas in- terpretar e julgar a realidade e a si próprios. Estão na base das doutrinas administrativas e da cultura organizacional; Teoria de McGregor; Teoria X – pessoas avessas ao trabalho e à responsabilidade; Teoria Y – a maioria das pessoas gosta de trabalhar e assumir responsabilidades, e merece confiança. Habilidades Proposta de Katz Habilidade técnica: atividade específica; Habilidade humana: interesses, necessidades e atitudes; Habilidade conceitual: Visão sistêmica; Administração superior; Gerência intermediária; Supervisor de 1a. linha. Habilidades Proposta de Mintzberg De relacionamento com os colegas; De liderança; De resolução de conflitos; De processamento de informações (expressar-se); Para tomar decisões em condições de ambiguidade; De alocação de recursos; Empresariais; De introspecção. OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ELEMENTOS DAS ORGANIZACÕES Uma organização é a combinação de recursos que procura, deli- beradamente, realizar algum tipo de objetivo. As organizações são muito diversificadas quanto ao tamanho e forma, produtos e servi- ços, recursos e áreas de atuação, por exemplo: Indústria, prefeitu- ras, shopping center, lojas, lavanderia etc.A administração é uma tecnologia, que permite às organizações serem capazes de cumprir suas finalidades. Organização é um Sistema de recursos: � realizar objetivos ou conjunto de objetivos; � recursos para realizarem suas atividades; � divisão do trabalho; � processos de transformação. Universo de atuação do gestor 20 Introdução à Gestão Unidade 1 Habilidades Proposta de Katz Habilidade técnica: atividade específi ca; Habilidade humana: interesses, necessidades e atitudes; Habilidade conceitual: Visão sistêmica; Administração superior; Gerência intermediária; Supervisor de 1a. linha. Habilidades Proposta de Mintzberg De relacionamento com os colegas; De liderança; De resolução de confl itos; De processamento de informações (expressar-se); Para tomar decisões em condições de ambiguidade; De alocação de recursos; Empresariais; De introspecção. OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ELEMENTOS DAS ORGANIZACÕES Uma organização é a combinação de recursos que procura, deli- beradamente, realizar algum tipo de objetivo. As organizações são muito diversifi cadas quanto ao tamanho e forma, produtos e servi- ços, recursos e áreas de atuação, por exemplo: Indústria, prefeitu- ras, shopping center, lojas, lavanderia etc.A administração é uma tecnologia, que permite às organizações seremcapazes de cumprir suas fi nalidades. Organização é um Sistema de recursos: � realizar objetivos ou conjunto de objetivos; � recursos para realizarem suas atividades; � divisão do trabalho; � processos de transformação. Para tomar decisões em condições de ambiguidade; OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: ELEMENTOS free di gi ta lp ho to s A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 21 Unidade 1 TABELA 2.1 - Recursos Organização Objetivos Humanos Processos Produtos. Materiais Transformação Financeiros Divisão do trabalho Serviços. Informação Coordenação OBJETIVOS As organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos ou fi nalidades, que podem ser classi- fi cados em duas categorias principais: � produtos e serviços; � ou a combinação de ambos, como exemplifi ca a indústria automobilística, que produz automóveis (produto) e realiza treinamentos sobre assessoria para as concessionárias (serviço). Os objetivos de longo prazo são chamados missões ou negócios. Os objetivos de curto prazo visam atender às metas mensais. Efi cácia é a palavra usada para indicar que a organização realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é efi caz. RECURSOS As pessoas são o principal recurso que as organizações utilizam para realizar seus objetivos. De fato, as organizações são, princi- palmente, grupos de pessoas que utilizam recursos. Exemplos de Os objetivos de longo prazo são chamados missões ou negócios. Os objetivos de curto prazo visam atender às metas freedigitalphotos Universo de atuação do gestor 22 Introdução à Gestão Unidade 1 recursos: Pessoas, dinheiro, tempo, máquinas, softwares etc. Eficiência é a palavra usada para indicar que a organização utiliza corretamente seus recursos. Quanto mais alto o grau de produtivi- dade na utilização dos recursos, mais eficiente a organização é. Em muitos casos, isso significa usar menor quantidade de recursos para produzir mais. DIVISÃO DO TRABALHO Numa organização, cada pessoa e cada grupo de pessoas tem atribuições específicas que contribuem para a realização do objetivo. Divisão do trabalho é o processo que permite superar as limita- ções individuais. Quando se juntam às pequenas contribuições es- pecializadas, realizam-se produtos e serviços que ninguém conse- guiria fazer sozinho. Coordenação é o processo que procura atender às necessidades de interdependência e convergência das tarefas especializadas, de modo que o conjunto consiga atender a sua finalidade. PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO Processo é um conjunto ou sequência de atividades interligadas. Por meio de processos, o sistema transforma os recursos para pro- duzir os resultados. Todos os sistemas e organizações podem ser desmembrados em processos. Exemplos: � produção: transformação de matérias-primas, por meio de aplica- ção de máquinas e atividades humanas, em produtos e serviços; � administração de encomendas: transformação de pedido feito por cliente na entrega de mercadoria ou na prestação de serviço; � administração de recursos humanos: transformação de necessi- dades de mão de obra em disponibilidade de pessoas, desde seu emprego até seu desligamento. A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 23 Unidade 1 ÉTICA EMPRESARIAL E NOS NEGÓCIOS A responsabilidade social das organizações e o comportamento ético dos administradores estão entre as tendências mais importan- tes que infl uenciam a teoria e a prática da administração. Outra questão que continua provocando discussões é o papel das empresas na sociedade. Alguns estudiosos no assunto acham que as empresas têm responsabilidades com a sociedade e devem cumpri-las. Outros pensam que a única responsabilidade das orga- nizações empresariais é cuidar de seus acionistas. Nos últimos anos, o debate sobre ética foi ampliado com a inclu- são dos temas relativos à relação das organizações e da própria so- ciedade com o ambiente físico. Essa nova perspectiva deu origem ao conceito de desenvolvimento sustentável. ÉTICA: DE QUE SE TRATA A ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da defi nição e avaliação do comportamento das pessoas e das organi- zações. A ética lida com o que pode ser diferente do que é, da apro- vação ou reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal. O comportamento ideal é defi nido por meio de um código de conduta, ou código de ética. Os códigos de ética são normas de conduta. Há o código de ética dos médicos, da propaganda, dos militares, dos políticos, de um partido político, dos jornalistas, de uma corrente fi losófi ca ou dou- trinária (como ética do capitalismo), ou até mesmo de uma pessoa. Os códigos de conduta são explícitos, como os juramentos que os médicos fazem, ou implícitos, como a obrigação de oferecer socorro a quem está em difi culdades. A palavra ética, do grego ethos, tem a mesma base etimológi- ca da palavra moral, do latim mores. Os dois vocábulos sig- nifi cam hábitos e costumes, indicando normas de comporta- mento que se tornam habituais. Você sabia ? Você sabia ? Universo de atuação do gestor 24 Introdução à Gestão Unidade 1 CRIAÇÃO DE SISTEMA DE VALORES Os valores formam a base dos códigos de ética. Os valores que orientam o comportamento ético, e que permitem classifi car os com- portamentos dentro de qualquer escala de desenvolvimento moral, foram e continuam sendo propostos por pessoas que manifestam opiniões a respeito de como a sociedade deveria ser, e o fazem de maneira a infl uenciar as convicções alheias. Religiões, ideologias, crenças e doutrinas políticas e econômicas nascem dessa forma. Outras normas de conduta ética nascem dos usos e costumes, do processo social de julgar comportamento e considerá-los certos ou errados, de distinguir o vício da virtude pelos sentimentos de repro- vação ou aprovação que os inspiram. CONFÚCIO A maneira oriental de administrar e fazer negócios certamente é infl uenciada pela doutrina de Confúcio (551-479 a.C.). Na época da vida de Confúcio, a China estava dividida em estados feudais que guerreavam entre si continuamente. Confúcio desenvolveu um con- ceito de renascimento moral e social. Se colocada em prática, essa ideia estabeleceria a utopia do Estado como um bem público, e cria- ria as condições para a paz entre os homens. O princípio mais elevado do Confucionismo é a norma da reciprocidade. A conduta virtuosa consiste em tratar os outros como cada um gostaria de ser tratado. Para Confúcio, a conduta virtuosa em relação a si próprio, consis- te em buscar desenvolver habilidades, adquirir educação, trabalhar duro, não gastar mais dinheiro que o necessário e cultivar a paciên- cia e a perseverança. ARISTÓTELES O princípio mais elevado do Confucionismo é a norma da reciprocidade. A conduta virtuosa consiste em tratar os outros como cada um gostaria de ser tratado. A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 25 Unidade 1 A ética no Ocidente tem suas raízes nas ideias de Aristóteles (384- 322 a.C.). Embora defendesse uma sociedade baseada na institui- ção da escravidão, Aristóteles criou uma ética que diz respeito à virtude e ao bem-estar das pessoas. Sua ética é definida em termos dos “fins do ser humano”. Os fins das pessoas são não apenas seus objetivos de curto prazo e seus projetos de vida. As pessoas têm um fim intrínseco último, que é a felicidade. A razão e a virtude são os meios para alcançar a felicida- de, que é uma propriedade da alma. A felicidade não resulta do prazer, nem da fortuna, nem do poder. A felicidade é a vida da atividade virtuosa de acordo com a razão. Virtude é a tradução de Aretê, palavra que também significa ex- celência. As virtudes podem e devem ser ensinadas. Há duas for- mas de excelência: a intelectual, que compreende a inteligência e odiscernimento, e a essência moral, que compreende a liberalidade e a moderação. Essa escolha depende do uso da razão e do pensa- mento. O excesso é uma forma de erro, assim como a falta. Portanto deve-se buscar o meio termo. A ética de Aristóteles está ligada as suas concepções políticas. Somente na comunidade social e política pode-se realizar o com- portamento ideal no qual se baseia a felicidade. KANT No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant transformou a Regra de Ouro em seus dois imperativos categóricos, que estabele- cem o comportamento ideal para a vida em sociedade: � uma ação é moralmente correta para uma pessoa em determina- da situação, se e somente se, a razão dessa pessoa para tal ação é a razão que essa mesma pessoa desejaria que outras tivessem ao agir, em qualquer situação semelhante; � uma ação é moralmente correta para uma pessoa se e somente se, ao agir, essa pessoa não use outras pessoas, simplesmente, como meios para avançar em seus próprios interesses, e também, Universo de atuação do gestor 26 Introdução à Gestão Unidade 1 tanto respeite quanto desenvolva as capacidades destas outras pessoas para escolher livremente por elas próprias. O comportamento que agride ou desagrada outras pessoas é ina- ceitável e deve ser condenado. Esse preceito é também o funda- mento da doutrina da responsabilidade social. EVOLUÇÃO ÉTICA A ideia de que os códigos de conduta evoluem e, portanto, há códigos mais evoluídos e mais atrasados, faz parte do conceito de ética. No velho Testamento, a recomendação é “olho por olho”. No Novo Testamento, “amai vossos inimigos”. Outros exemplos: � enforcamento público; � a política do Apartheid, na África do Sul; � os itens de segurança nos automóveis. Conceitos como civilização, virtude coletiva, igualdade, respeito às pessoas e aos direitos humanos estão intimamente ligados à mu- dança evolutiva dos costumes. O processo de administrar as orga- nizações é influenciado por essa evolução. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MORAL Em qualquer momento, valores éticos antigos convivem com os mais novos e avançados. A obediência aos valores mais avança- dos continua a ser opção de indivíduos e grupos, uma vez que há quem prefira ficar com os valores mais atrasados. As organizações, por meio de seus administradores, também fazem opções, permitin- do situá-las numa escala de valores. Uma das escalas disponíveis propõe três níveis ou estágios de valores, chamados estágios de desenvolvimento moral: pré-convencional, convencional e pós-con- vencional. Esses são os estágios básicos, admitindo-se que essa classificação pode ter outros níveis. A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 27 Unidade 1 TABELA 2.2 - ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MORAL Estágio de Desenvolvimento Moral Comportamentos Pré-convencional Ética individualista ou egoísta: � Cada um por si; � O negócio é levar vantagem em tudo; � Os outros que se danem; � O mundo é dos espertos. Convencional Ética orientada pela necessidade de parecer bem na comunidade: � Devo comportar-me direito para ser acei- to. Nesse estágio, o receio da punição pelo comportamento incorreto e a busca de recompensa passam a conviver com a busca da satisfação pessoal. Pós-convencional Ética orientada pelo idealismo moral; Princípios e convicções independentes do receio de punições ou desejos de recom- pensas: � Minha liberdade termina onde começa a liberdade do vizinho; � Não concordo com nenhuma das suas palavras, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las; � Não há o que me obrigue a fazer algo que considere moralmente errado; � O comandante é o último a abandonar o navio. RESPONSABILIDADE SOCIAL DOUTRINA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL A empresa utiliza os recursos da sociedade, portanto tem responsa- bilidades com a sociedade; como aumento da riqueza da sociedade. Universo de atuação do gestor 28 Introdução à Gestão Unidade 1 Doutrina do interesse do acionista � responsáveis perante seus acionistas; � o objetivo é maximizar o lucro do acionista; � a responsabilidade pelos problemas da sociedade é do governo e dos cidadãos. Detalhes da doutrina da responsabilidade social � reconhece a responsabilidade social das organizações; � instituições sociais que existem com autorização da sociedade, utilizam os recursos da sociedade; � provocam efeitos que nem sempre são bons. Benefícios � emprego e pagamento de salários; � geração de riquezas e distribuição de lucros; � fornecimento de produtos e serviços; � criação de padrões de qualidade; � produção de conhecimento e tecnologia. AS EMPRESAS E O AMBIENTE Três tópicos relacionados com o ambiente que todo administrador deve conhecer: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “O desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de atendimento das necessidades das gerações futuras.” “É um processo participativo que cria e almeja uma visão de co- munidade que respeita e usa com prudência todos os recursos – na- A administração, o administrador, o ambiente da administração e o sistema de valores 29 Unidade 1 turais, humanos, feito pelas pessoas, sociais, culturais, científicos, e assim por diante.” LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL O marco legal da proteção ambiental no Brasil é a Lei no. 6.938, de 1981, a lei da Política Nacional do Meio Ambiente. Essa Lei esta- belece princípios, objetivos e instrumentos da política Nacional do Meio Ambiente e incorpora o Estudo de Impacto Ambiental no orde- namento jurídico brasileiro. � licenciamento ambiental; � o estudo prévio do impacto ambiental; � responsabilidade civil ambiental. AUDITORIA AMBIENTAL Auditoria ambiental é um processo, sistemático e periódico, de avaliar o desempenho de uma organização na administração de suas relações com o ambiente. � avaliar o desempenho dos sistemas; � verificar se a organização está em conformidade com a legislação ambiental, de saúde e de segurança; � minimizar os riscos ambientais para as pessoas; � identificar e avaliar os riscos resultantes de acidentes ambientais. Universo de atuação do gestor 30 Introdução à Gestão PESSOAS E GRUPOS DE PESSOAS GRUPOS SOCIAIS, ORGANIZAÇÃO BUROCRATA 33 Tipo ideal de burocracia ................................................... 34 Disfunções das burocracias ............................................. 34 SISTEMAS SOCIOTÉCNICOS ............................35 Cultura organizacional ..................................................... 36 Clima organizacional ........................................................ 37 Grupos informais ............................................................. 37 DINÂMICA E DESEMPENHO DOS GRUPOS ......38 Estágios de desenvolvimento de um grupo: ..................... 39 Dinâmica de desempenho do grupo ................................. 39 Resultados ....................................................................... 40 Característica dos grupos de alta performance ................. 40 DESAFIOS NO TRABALHO DOS GRUPOS ........41 Desenvolvimento de equipes ............................................ 43 Decisões em grupo .......................................................... 44 Processos básicos de decisão ......................................... 44 Desempenho de papéis .................................................... 45 Unidade 2 GRUPOS SOCIAIS, ORGANIZAÇÃO BUROCRATA TABELA 3.1 - GRUPOS SOCIAIS Primários Secundários Grupos informais: � Relações pessoais; � Ingressam e saem voluntaria- mente. Ex.: Clube, associação de vizinhos. Grupos formais: � Relações regidas por regulamen- tos; � Direitos e obrigações p/ os inte- grantes. Ex.: Estado, empresa. Todos os grupos sociais têm os elementos que definem as organi- zações. Alguns são organizações formais, regidas por regulamento, enquanto outros são grupos sociais primários ou informais, regidospor relações pessoais. Todas as organizações formais são burocráticas. A palavra buro- crática identifica as organizações que se baseiam em regulamentos que criam direitos e obrigações. 33 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 TIPO IDEAL DE BUROCRACIA Principais características das organizações burocráticas (chama- das de ideais) segundo Max Weber: TABELA 3.2 - CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES BUROCRÁTICAS Formalidade Formalidade significa que as organizações são constituí- das com base em normas e regulamentos explícitos; Leis que estipulam os direitos e deveres dos participan- tes; A figura da autoridade é definida pela Lei; O comportamento é regulamentado de forma explícita. Ex.: Escravidão X Empresas Impessoalidade Nas burocracias, os seguidores obedecem à lei. As figu- ras da autoridade são obedecidas porque representam à lei; Os cargos (não as pessoas) são quem definem os direi- tos e deveres; Há uma legislação que define os limites e os poderes dos cargos. Universo de atuação do gestor 34 Introdução à Gestão Unidade 2 Profissionalismo As burocracias operam como sistema de subsistência para os funcionários; O integrante de uma burocracia é um funcionário que faz um meio de vida, recebendo salário em troca de seus serviços; Para ocupar um cargo é necessário ter qualificação. DISFUNÇÕES DAS BUROCRACIAS As organizações são sistemas humanos e não mecânicos, logo podem apresentar disfunções, a seguir 6 disfunções que normal- mente ocorrem: TABELA 3.3 - DISFUNÇÕES DAS BUROCRACIAS Valorização dos regulamentos Excesso de regulamentos e funcionários (ex.: carimbos); Regulamentos tornam-se fins em si mesmos; Valorização da hierarquia Subir na hierarquia não depende de talento; Culto aos chefes torna-se objetivo importante; Resistência às mudanças e desestímulo à inova- ção. Defesa de grupos externos Decisões são tomadas em função da associação com grupos externos. Defesa de interesses pessoais Decisões são tomadas em função de interesses particulares. (nepotismo e corrupção). Mecanicismo Pessoas desempenham papéis limitados; Talentos são subaproveitados. Individualismo Burocracia estimula a competição por vantagens; Disputa por poder e vantagens. As disfunções burocráticas parecem ser tão peculiares às orga- nizações formais quanto as características do tipo ideal. As disfun- ções interferem com o funcionamento das organizações, prejudi- 35 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 cando seu desempenho. Ao estudar Administração, é importante ter em mente esses focos de ineficiência e ineficácia, que prejudicam seu desempenho. SISTEMAS SOCIOTÉCNICOS As pessoas nas organizações continuam a se comportarem como pessoas, e não como peças de máquinas ou seres estritamente pro- fissionais. Elas apresentam sentimentos de amizade e honestidade, cooperação e competição, formam grupos com seus colegas de trabalho e criam regras para a convivência. A organização informal é frequentemente representada como a parte invisível de um iceberg, muito maior que a parte visível, repre- sentada pelos elementos da organização formal (objetivos, tecnolo- gia, estrutura etc.) Elementos formais, explícitos e visíveis: � Objetivos; � Tecnologia; � Recursos; Estrutura. Elementos informais, ocultos: � Atitudes; � Sentimentos; � Amizade; � Conflitos; � Valores. CULTURA ORGANIZACIONAL Toda organização tem normas informais de conduta, que podem coincidir ou conflitar com a legislação oficial da organização. O Universo de atuação do gestor 36 Introdução à Gestão Unidade 2 comportamento dos membros da organização pode infl uenciar nos seguintes aspectos: � Qualidade e quantidade da produção; � Disposição para colaborar ou não com a administração; � Comportamento ético; � Forma correta de se vestir; � O horário em que vamos realmente trabalhar. Cultura é a experiência que o grupo adquiriu à medida que resol- veu seus problemas de adaptação externa e integração interna, e que funciona sufi cientemente bem para ser considerada válida. CLIMA ORGANIZACIONAL As organizações formais têm certas propriedades objetivas: de- terminado tipo de divisão do trabalho, um fl uxo específi co de traba- lho, uma hierarquia e estrutura salarial. A respeito desta e das outras propriedades objetivas, os integrantes da organização desenvolvem percepções subjetivas e sentimentos. Como exemplo, o salário do jogador de futebol. Os sentimentos manifestam-se em relação a inúmeros aspectos da vida na organização: trabalho, salários, comportamento dos che- fes, colegas e instalações físicas são alguns deles. O produto dos sentimentos individuais e grupais criados por esses aspectos, deno- mina-se clima organizacional. É necessário estudar o clima organizacional para entender se a organização e suas práticas administrativas favorecem ou não o interesse e o rendimento das pessoas. GRUPOS INFORMAIS Os grupos informais surgem quando as pessoas convivem por certo tempo, têm interesses comuns ou compartilham os mesmos É necessário estudar o clima organizacional para entender se a organização e suas práticas administrativas favorecem ou não o interesse e o rendimento das pessoas. 37 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 SISTEMA TÉCNICO: Objetivos Recursos Processos Regulamentos Tecnologia SISTEMA SOCIAL Cultura organizacional Clima organizacional Grupos informais DINÂMICA E DESEMPENHO DOS GRUPOS Toda organização é um grupo de pessoas, e muitas organizações são aglomerados de grupos. Toda pessoa, em uma organização, faz parte de algum grupo, formal e/ou informal. O desempenho de uma pessoa depende não apenas de sua com- petência, motivação e da forma como o trabalho está organizado, mas também dos processos sociais que ocorrem nos grupos de que participa. O desempenho de um gerente é definido pelo desempe- nho de seu grupo de colaboradores ou liderados. Um grupo é um conjunto de pessoas que tem um objetivo comum ou que compartilha alguma característica. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DE UM GRUPO: � Formação: estágio inicial, as pessoas ainda não se conhecem, estão curiosas em relação aos seus colegas e pode ocorrer algum desconforto; � Tempestade: é a fase do conflito, as pessoas percebem suas di- ferenças de opinião, de valores e de atitudes, e manifestam seu desacordo, o grupo entra em uma área de turbulências; � Normatização: é o estágio da criação de normas de conveniên- cia, os integrantes do grupo percebem que, para conviver produ- tivamente, é preciso ter regras; � Desempenho: é a condição de um grupo maduro, que superou, valores. As pessoas demonstram preferências de associação, e constituem diversos grupos de amigos. Esse processo ocorre de forma espontânea. Nem sempre os grupos informais são distintos dos grupos formais. Os grupos informais produzem os elementos da convivência social, do bem-estar psicológico, de escape de tensões e de participação, os quais as pessoas necessitam, e sem os quais as organizações seriam de fato sistemas meramente mecânicos. Nesse sentido, os grupos emprestam uma identidade social à pessoa. Os grupos desempenham funções de defesa e ataque. Indivíduos que se sentem ameaçados e querem proteger-se, ou que pretendem preservar e/ou conquistar posições, e percebem uma identidade de interesses entre si, tendem a agregar-se. Sistema sociotécnico Enxergar as organizações como sistemas é essência do enfoque sistêmico. Segundo o enfoque sistêmico, as organizações são con- juntos complexos de elementos interdependentes que se influen- ciam mutuamente para produzir diferentes resultados. Com o uso do enfoque sistêmico, qualquer organização pode ser vista como um sistema formado por dois outros sistemas interdepen- dentes: o sistema técnico e o sistema social. Todos os movimentos e ações num sistema afetam o outro. O com- portamento e o desempenho de qualquer sistema sempre resultam da interação de todos os seus componentes. Em seu papel como administrador deorganizações, é importante você ter a visão detalhada de cada um dos enfoques, bem como a visão integrada que o enfoque sistêmico proporciona. Universo de atuação do gestor 38 Introdução à Gestão Unidade 2 SISTEMA TÉCNICO: Objetivos Recursos Processos Regulamentos Tecnologia SISTEMA SOCIAL Cultura organizacional Clima organizacional Grupos informais DINÂMICA E DESEMPENHO DOS GRUPOS Toda organização é um grupo de pessoas, e muitas organizações são aglomerados de grupos. Toda pessoa, em uma organização, faz parte de algum grupo, formal e/ou informal. O desempenho de uma pessoa depende não apenas de sua com- petência, motivação e da forma como o trabalho está organizado, mas também dos processos sociais que ocorrem nos grupos de que participa. O desempenho de um gerente é definido pelo desempe- nho de seu grupo de colaboradores ou liderados. Um grupo é um conjunto de pessoas que tem um objetivo comum ou que compartilha alguma característica. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DE UM GRUPO: � Formação: estágio inicial, as pessoas ainda não se conhecem, estão curiosas em relação aos seus colegas e pode ocorrer algum desconforto; � Tempestade: é a fase do conflito, as pessoas percebem suas di- ferenças de opinião, de valores e de atitudes, e manifestam seu desacordo, o grupo entra em uma área de turbulências; � Normatização: é o estágio da criação de normas de conveniên- cia, os integrantes do grupo percebem que, para conviver produ- tivamente, é preciso ter regras; � Desempenho: é a condição de um grupo maduro, que superou, Figura 3.1 - Estágios de desenvolvimento 39 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 com sucesso, as fases anteriores; � Encerramento: no estágio final o grupo se desmobiliza e encerra suas atividades, por ter resolvido o desafio que o originou ou por renovação. FORMAÇÃO TEMPESTADE NORMATIZAÇÃO DESEMPENHO ENCERRAMENTO DINÂMICA DE DESEMPENHO DO GRUPO A dinâmica de um grupo é um sistema no qual as pessoas interagem para produzir resultados. Nesse sistema, as pessoas são os recursos. Produtos, serviços e ideias Pessoas PROCESSO Atividade As pessoas trazem para o grupo sua competência, experiência, for- mação, valores e personalidade. Como não há duas pessoas que se- jam idênticas, cada grupo não apenas é diferente de qualquer outro, mas também de si próprio em diferentes momentos de sua existência. Figura 3.2 - Dinâmica de um grupo Figura 3.2 - Avaliação dos resultados de um grupo. Universo de atuação do gestor 40 Introdução à Gestão Unidade 2 RESULTADOS Os resultados de um grupo podem ser avaliados por meio de di- versos critérios, que dependem dos objetivos do grupo. Realização de objetivos Satisfação dos integrantes Qualidade técnica do resultado Eficiência dos recursos Inovação e criatividade Aprendizagem GRUPO CARACTERÍSTICA DOS GRUPOS DE ALTA PERFORMANCE É possível juntar pessoas muito competentes como indivíduos, mas que fracassam ou têm desempenho medíocre como mem- bros de grupos de trabalho. Em um grupo de alto desempenho, os participantes trabalham em regime de colaboração, e não como um ajuntamento de egocêntricos. A principal característica de uma equipe eficaz é a sinergia, que é a capacidade de seus integrantes trabalharem coletivamente, produzindo um resultado maior que a simples soma de suas contribuições individuais. com sucesso, as fases anteriores; � Encerramento: no estágio final o grupo se desmobiliza e encerra suas atividades, por ter resolvido o desafio que o originou ou por renovação. FORMAÇÃO TEMPESTADE NORMATIZAÇÃO DESEMPENHO ENCERRAMENTO DINÂMICA DE DESEMPENHO DO GRUPO A dinâmica de um grupo é um sistema no qual as pessoas interagem para produzir resultados. Nesse sistema, as pessoas são os recursos. Produtos, serviços e ideias Pessoas PROCESSO Atividade As pessoas trazem para o grupo sua competência, experiência, for- mação, valores e personalidade. Como não há duas pessoas que se- jam idênticas, cada grupo não apenas é diferente de qualquer outro, mas também de si próprio em diferentes momentos de sua existência. Figura 3.2 - Caracte- rística para um grupo de alto desempenho 41 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 Falta de comunicação Os membros do grupo não conseguem ou não querem trocar infor- mações relevantes. � Coesão excessiva – o grupo que tem coesão excessiva está su- jeito a tornar-se refratário às ideias de fora, que não fazem parte de seu pequeno universo interior. Os membros consideram-se su- periores aos demais, podendo originar conflitos, intolerância reli- giosa e racial e preconceitos diversos; � Conformidade social – é o processo pelo qual uma pessoa do grupo tende a concordar com uma proposição quando percebe que os outros já concordaram. Ocorre principalmente quando se tem o desejo de ser aceito por determinado grupo; � Paradoxo de Abilene – é um consenso formado por um grupo cujos integrantes, individualmente, preferiram tomar uma deci- são oposta. A falta de comunicação é um fator importante neste paradoxo, pois o desconhecimento do ponto de vista (pensa- mento) do outro, leva as pessoas a fazerem suposições, que po- dem ser equivocadas; � Pensamento grupal – é uma forma de raciocinar e tomar deci- sões que ignoram fatos e informações relevantes, especialmente quando são originados fora do grupo. Os participantes pensam que o grupo está acima de ataques ou da aplicação de castigos. O grupo se recusa a aceitar informações que contradizem às suas convicções. Os integrantes do grupo pensam que estão certos e acima de reprovação por quem é de fora. Outros grupos são encarados de forma depreciativa. Os participantes impedem que os colegas ouçam e levem em conta ideias perturbadoras de quem é de fora. DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES Desenvolvimento de equipes é um processo de aprimorar as com- petências dos integrantes de um grupo, com a finalidade de torná- -los um grupo de alto desempenho. freedigitalphotos Clareza de objetivos Coesão Organização Comunicação DESEMPENHOSINERGIA DESAFIOS NO TRABALHO DOS GRUPOS As virtudes, ou características desejáveis dos grupos, confrontam- -se com as dificuldades que os grupos sempre apresentam. A equipe sem as- pectos negativos é obra de ficção. Quem quer que tenha participado de qualquer trabalho de grupo tem experiências boas e ruins para lembrar. TABELA 3.4 - DIFICULDADES QUE COMPROMETEM O DESEMPENHO DOS GRUPOS Falta de coesão Cada um dos integrantes trabalha para si. Excesso de coesão O grupo torna-se refratário às ideias alheias. Conformidade social Os membros do grupo concordam automaticamente com uma pro- posição, se percebem que um colega já concordou. Paradoxo de Abilene Os membros do grupo concordam explicitamente com uma propo- sição da qual discordam intimamente, por acreditarem que fazem o que os colegas esperam. Pensamento grupal Os membros do grupo tomam decisões que ignoram considerações relevantes, por se acharem acima do bem e do mal. Pretorianismo Uma modalidade específica de pensamento grupal. Os membros do grupo se julgam melhores que seus chefes e se rebelam contra ele. Desorganização Os membros do grupo não conseguem dividir e coordenar tarefas. Universo de atuação do gestor 42 Introdução à Gestão Unidade 2 Falta de comunicação Os membros do grupo não conseguem ou não querem trocar infor- mações relevantes. � Coesão excessiva – o grupo que tem coesão excessiva está su- jeito a tornar-se refratário às ideias de fora, que não fazem parte de seu pequeno universo interior. Os membros consideram-se su- periores aos demais, podendo originar conflitos, intolerância reli- giosa e racial e preconceitos diversos; � Conformidade social – é o processo pelo qual uma pessoa do grupo tende a concordar com uma proposição quando percebe que os outros já concordaram. Ocorre principalmente quando se tem o desejo de ser aceito por determinado grupo; � Paradoxo de Abilene – é um consenso formado por um grupo cujosintegrantes, individualmente, preferiram tomar uma deci- são oposta. A falta de comunicação é um fator importante neste paradoxo, pois o desconhecimento do ponto de vista (pensa- mento) do outro, leva as pessoas a fazerem suposições, que po- dem ser equivocadas; � Pensamento grupal – é uma forma de raciocinar e tomar deci- sões que ignoram fatos e informações relevantes, especialmente quando são originados fora do grupo. Os participantes pensam que o grupo está acima de ataques ou da aplicação de castigos. O grupo se recusa a aceitar informações que contradizem às suas convicções. Os integrantes do grupo pensam que estão certos e acima de reprovação por quem é de fora. Outros grupos são encarados de forma depreciativa. Os participantes impedem que os colegas ouçam e levem em conta ideias perturbadoras de quem é de fora. DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES Desenvolvimento de equipes é um processo de aprimorar as com- petências dos integrantes de um grupo, com a finalidade de torná- -los um grupo de alto desempenho. Clareza de objetivos Coesão Organização Comunicação DESEMPENHOSINERGIA DESAFIOS NO TRABALHO DOS GRUPOS As virtudes, ou características desejáveis dos grupos, confrontam- -se com as dificuldades que os grupos sempre apresentam. A equipe sem as- pectos negativos é obra de ficção. Quem quer que tenha participado de qualquer trabalho de grupo tem experiências boas e ruins para lembrar. TABELA 3.4 - DIFICULDADES QUE COMPROMETEM O DESEMPENHO DOS GRUPOS Falta de coesão Cada um dos integrantes trabalha para si. Excesso de coesão O grupo torna-se refratário às ideias alheias. Conformidade social Os membros do grupo concordam automaticamente com uma pro- posição, se percebem que um colega já concordou. Paradoxo de Abilene Os membros do grupo concordam explicitamente com uma propo- sição da qual discordam intimamente, por acreditarem que fazem o que os colegas esperam. Pensamento grupal Os membros do grupo tomam decisões que ignoram considerações relevantes, por se acharem acima do bem e do mal. Pretorianismo Uma modalidade específica de pensamento grupal. Os membros do grupo se julgam melhores que seus chefes e se rebelam contra ele. Desorganização Os membros do grupo não conseguem dividir e coordenar tarefas. 43 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 Algumas técnicas de desenvolvimento de equipes são derivadas diretamente dos fatores críticos de desempenho: definir objetivos, organizar o grupo, criar desafios, evitar coesão excessiva e confor- midade social. Outras técnicas que um gerente e a própria equipe podem considerar são listadas na tabela a seguir: TABELA 3.5 -ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES 1 Definir objetivos 2 Organizar o grupo 3 Criar desafios para o grupo 4 Evitar a coesão excessiva 5 Evitar a conformidade social 6 Promover o conhecimento mútuo 7 Criar identidade para o grupo 8 Instituir normas de alto desempenho 9 Estabelecer processos seletivos rígidos 10 Oferecer treinamento continuado 11 Oferecer recompensas pelo desempenho 12 Criar clima de abertura intelectual e crítica A primeira preocupação das pessoas recrutadas para uma nova equipe é conhecer os colegas. O líder de uma equipe recém forma- da, portanto, deve ajudar os integrantes a se conhecerem. � Criar identidade para o grupo: Fazer parte de um grupo prestigia- do é recompensador para seus integrantes. � Instituir normas de alto desempenho: Qualquer nível de desempe- nho depende de normas sociais criadas pelos próprios integran- tes do grupo. � Um grupo de alto desempenho tem processos seletivos rígidos, que só permitem a entrada de pessoas com potencial comprova- do de oferecer uma contribuição significativa. � O treinamento continuado é uma estratégia para desenvolver competências básicas. Outras competências desenvolvem-se por Universo de atuação do gestor 44 Introdução à Gestão Unidade 2 meio da experiência. � Oferecer recompensas pelo desempenho: Os integrantes de um grupo devem ser recompensados pelo seu desempenho no grupo. � Estimular a criatividade, abandonar as concepções sem funda- mento, questionar as premissas, evitar a hierarquia e o julgamento crítico são formas de criar um clima de abertura intelectual. DECISÕES EM GRUPO Decisões são tomadas em grupo desde que foram criadas as pri- meiras organizações. Os conselhos tribais, a assembleia dos gregos e o Senado dos romanos são exemplos históricos de grupos formados para administrar por meio de decisões coletivas. A popularidade dos grupos tem como origem o desempenho co- letivo frente ao individual, “duas cabeças pensam melhor que uma“. PROCESSOS BÁSICOS DE DECISÃO Decisão em grupo é um conceito elástico, que abrange quatro processos básicos que interagem e permitem transformar um pro- blema ou uma proposta em uma escolha. Esses processos podem tornar-se regras de decisão, ou normas que o grupo estabelece para possibilitar a resolução dos problemas. TABELA 3.6 -QUATRO MODOS DE DECISÃO EM GRUPO Aceitação da decisão do Líder O grupo, por consenso, decide que a decisão do Líder deve ser aceita sem discussão. Eleição O grupo elege, por voto, uma decisão. Há perdedores e vencedores. Consenso Busca de decisão coletiva por meio do debate de propostas confli- tantes ou complementares. Unanimidade Identidade de escola entre todos os integrantes de um grupo. Pode- -se chegar à unanimidade por meio da eleição do consenso. 45 Pessoas e grupos de pessoas Unidade 2 Aceitação da decisão de um Líder. Nem todas as decisões preci- sam ser tomadas em grupo. Algumas decisões são tomadas mais eficientemente por um integrante do grupo ou pelo gerente. O gru- po, por consenso, pode decidir quais são essas decisões nas quais não é necessária a participação de todos. Eleição é o processo de escolha no qual cada pessoa manifesta sua opinião por meio de um voto. A opinião com maior número de votos torna-se a decisão do grupo. A eleição impõe a vontade da maioria sobre a minoria e não é a garantia de que a melhor decisão seja tomada. Consenso é a busca de uma decisão coletiva pro meio de um debate de propostas conflitantes ou complementares. A regra do grupo é aceitar a decisão que surge de um debate. Ao contrário da eleição, em que a escolha e feita por voto, na busca do consenso as opiniões são apresentadas e discutidas. Unanimidade é o que ocorre quando todos os integrantes de um grupo têm a mesma opinião. A unanimidade é um componente es- sencial para a aceitação de qualquer regra de decisão. DESEMPENHO DE PAPÉIS A participação em qualquer grupo é desigual. As diferenças entre o treinamento, a experiência e o temperamento dos participantes têm efeito decisivo sobre a natureza e a qualidade das decisões do grupo. Para tornar mais eficiente a participação de cada indivíduo e mais eficaz o grupo, é fundamental que todos conheçam e apren- dam a desempenhar os papéis do trabalho de grupo. TABELA 3.7 -TRÊS TIPOS DE PAPÉIS QUE OS INTEGRANTES DE UM GRUPO PODEM DESEMPENHAR Papéis orientados para a realização de atividades Solicitar ou fornecer opinião sobre a atividade ou sobre os objetivos do grupo. Papéis orientados para a manutenção do grupo Equilibrar as participações, negociar decisões, adminis- trar conflitos, propor consenso. Universo de atuação do gestor 46 Introdução à Gestão COMPETITIVDADE NAS ORGANIZAÇÕES TECNOLOGIA: O QUE É? E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EMPRESA ...................49 Inovação tecnológica ........................................................ 49 Meios de obtenção de tecnologia ..................................... 50 CONCEITOS DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA ...........51 Eficiência ........................................................................... 51 Eficácia ............................................................................. 54 Organizações e o ambiente ............................................... 55 Recompensas por contribuições ...................................... 55 Troca deenergia ............................................................... 56 CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE ................57 Qualidade ......................................................................... 58 Custo ............................................................................... 58 Unidade 3 Papéis disfuncionais Agredir, ridicularizar, impedir colegas de participar. Papéis orientados para a realização da atividade são os compor- tamentos que ajudam o grupo a trabalhar e atingir seus objetivos. Os papéis orientados para a manutenção do grupo ajudam as pessoas a trabalhar em grupo. A preocupação é com a eficiência do processo e não com a eficácia na realização dos objetivos. Os papéis disfuncionais devem ser evitados, porque têm o efeito de destruir o grupo, ou, pelo menos, reduzir sua eficiência. Agre- dir, impedir colegas de participarem ou ironizar opiniões alheias são comportamentos disfuncionais. 49 Competitividade nas organizações Unidade 3 Produto e serviço Projeto de produto/serviço Materiais e processamento de produto TECNOLOGIA Demanda por produto/serviço Viabilidade econômica Conhecimento MEIOS DE OBTENÇÃO DE TECNOLOGIA Pode ser de fonte interna ou externa à organização (comprar ou fazer) � Pesquisa e desenvolvimento: Departamento de Pesquisa e De- senvolvimento (P&D) controle sob o desenvolvimento. � Compra: Comprar aquilo que o mercado já oferece; � Aquisição de direitos: A patente é um registro formal que protege uma propriedade intelectual ou industrial – um conhecimento ou conceito que pertence legalmente a uma empresa ou pessoa (ex.: software e medicamento); � Reprodução de produtos e processos alheios: Há produtos, ideias e conceitos que não podem ser patenteados e, portanto, podem ser livremente copiados (ex.: computadores); � Contrato de desenvolvimento: Contratar empresas especializa- das para desenvolver soluções específi cas; � Intercâmbio técnico: Promover contatos que possibilitem a troca de experiências (ex.: feiras); � Cooperação: As cooperativas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico são fruto da contribuição de diversas empresas e, em certos casos, têm a participação e o apoio do poder público. Figura 4.1 - Inovação tecnológica TECNOLOGIA: O QUE É? E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA A EMPRESA A tecnologia pode ser defi nida como a aplicação de conhecimen- to à produção de bens e à prestação de serviços. Em seu sentido mais amplo, a tecnologia compreende os meios com os quais o ho- mem amplia suas capacidades: � equipamentos mecânicos, procedimentos, métodos etc.; � conhecimento social empregado nas organizações; � transforma os recursos em produtos e/ou serviços. A tecnologia possibilita a transformação de areia em vidro ou na parte mais importante do computador. O que muda é a tecnologia utilizada. Há muitas organizações que têm como atividade principal o desenvolvimento da tecnologia. Devem gerar, renovar e ampliar o conhecimento. O conhecimento é comercializável. A tecnologia é um meio pelo qual as organizações podem atender as necessidades de seus clientes e usuários. Quanto mais capaz de gerar e utilizar a tecnologia, mais a organização pode manter-se atualizada e, com isso, elevar a sua efi cácia. INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Produto: relacionados à forma, função e aplicação do produto. Processo: como transformar os recursos em produto. Inovação tecnológica é o que ocorre quando surge um novo pro- duto ou processo que chega ao mercado.Todo administrador deve procurar entender como surgem e qual padrão seguem as inova- ções tecnológicas.Um padrão de inovação tecnológica pode ser descrito da seguinte maneira: � necessidade; � disponibilidade do conhecimento; � converter conhecimento em aplicação prática (teórico e econômico); � disponibilidade de recursos; � iniciativa empresarial. Produto: relacionados à forma, função e aplicação do produto. Processo: como transformar os recursos em produto. Universo de atuação do gestor 50 Introdução à Gestão Unidade 3 Produto e serviço Projeto de produto/serviço Materiais e processamento de produto TECNOLOGIA Demanda por produto/serviço Viabilidade econômica Conhecimento MEIOS DE OBTENÇÃO DE TECNOLOGIA Pode ser de fonte interna ou externa à organização (comprar ou fazer) � Pesquisa e desenvolvimento: Departamento de Pesquisa e De- senvolvimento (P&D) controle sob o desenvolvimento. � Compra: Comprar aquilo que o mercado já oferece; � Aquisição de direitos: A patente é um registro formal que protege uma propriedade intelectual ou industrial – um conhecimento ou conceito que pertence legalmente a uma empresa ou pessoa (ex.: software e medicamento); � Reprodução de produtos e processos alheios: Há produtos, ideias e conceitos que não podem ser patenteados e, portanto, podem ser livremente copiados (ex.: computadores); � Contrato de desenvolvimento: Contratar empresas especializa- das para desenvolver soluções específicas; � Intercâmbio técnico: Promover contatos que possibilitem a troca de experiências (ex.: feiras); � Cooperação: As cooperativas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico são fruto da contribuição de diversas empresas e, em certos casos, têm a participação e o apoio do poder público. fre ed ig ita lp ho to s Figura 4.2 - Eficiência 51 Competitividade nas organizações Unidade 3 PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO RECURSOS Exemplo Numa palestra feita em 1993, o presidente da Volkswagen do Brasil mostrou que a Toyota fabricava 40 carros por trabalhador/ano. A Ford atingiu pouco mais de 20, a Mazda pouco menos de 20 e a Volkswagen perto de 15 veículos. A Autolatina, uma associação entre a VW e a Ford, estava no nível de 12 carros por trabalhador/ ano. Três anos antes, eram oito. Aumentar esse número era desafio da produtivi- dade. Nesse exemplo, a produtividade é medida contando-se a quantidade de carros (produção) que cada trabalhador produz por ano. A ideia básica de produtividade tem diversas variações: � é mais produtivo aquele que produz maior quantidade de resultados; � é mais produtivo aquele que fizer com menor quantidade de re- cursos; � menor quantidade de recursos para produzir os mesmos resultados; � mesma quantidade de recursos proporcionando resultados maiores; � a produtividade diminui com o aumento da quantidade de recur- sos aplicados. Exemplos de verificação de produtividade: � produtos por hora; � vendas por metro quadrado; � produção por quilowatt/hora; CONCEITOS DE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA Todas as organizações são sistemas de recursos que perseguem objetivos. Todas as pessoas que administram organizações, de qualquer dimensão, são responsáveis pela realização de objetivos e pela forma como os recursos são utilizados. De forma geral, a eficiência é determinante da eficácia: se hou- ver recursos disponíveis, e se estes forem utilizados corretamente, a probabilidade de atingir os objetivos aumenta. A eficácia, porém, depende da compreensão do ambiente e de sua evolução. EFICIÊNCIA � Realizar atividades ou tarefas de maneira certa; � Realizar tarefas de maneira inteligente, com o mínimo de esforço e com o melhor aproveitamento possível de recursos. � Eficiência é um princípio de administração de recursos, mais que uma simples medida de desempenho. � Quanto menor o esforço necessário para produzir um resultado, mais eficiente é o processo. A antítese da eficiência é o desperdício. � Considerando inicialmente a qualidade e a produtividade para avaliar a eficiência. � Produtividade é a relação entre os recursos utilizados e os resulta- dos obtidos. Todo índice de produtividade é obtido pela contagem da quantidade produzida por unidade de recurso. Universo de atuação do gestor 52 Introdução à Gestão Unidade 3 PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO RECURSOS Exemplo Numa palestra feita em 1993, o presidente da Volkswagen do Brasil mostrou que a Toyota fabricava 40 carros por trabalhador/ano. A Ford atingiupouco mais de 20, a Mazda pouco menos de 20 e a Volkswagen perto de 15 veículos. A Autolatina, uma associação entre a VW e a Ford, estava no nível de 12 carros por trabalhador/ ano. Três anos antes, eram oito. Aumentar esse número era desafi o da produtivi- dade. Nesse exemplo, a produtividade é medida contando-se a quantidade de carros (produção) que cada trabalhador produz por ano. A ideia básica de produtividade tem diversas variações: � é mais produtivo aquele que produz maior quantidade de resultados; � é mais produtivo aquele que fi zer com menor quantidade de re- cursos; � menor quantidade de recursos para produzir os mesmos resultados; � mesma quantidade de recursos proporcionando resultados maiores; � a produtividade diminui com o aumento da quantidade de recur- sos aplicados. Exemplos de verifi cação de produtividade: � produtos por hora; � vendas por metro quadrado; � produção por quilowatt/hora; Figura 4.3 - Qualidade de conformidade 53 Competitividade nas organizações Unidade 3 � lucro obtido por capital investido etc. Qualidade - é um conceito com muitos significados. No contexto do estudo da eficiência, a qualidade representa a coincidência entre o produto ou serviço e sua qualidade planejada. Se houver coinci- dência, há qualidade de conformidade, ou qualidade de aceitação. Quanto mais alto o número de itens aproveitáveis em relação ao total de itens produzidos, mais qualidade (e eficiência) o sistema tem; Qualidade Planejada é o conjunto das especificações de desem- penho, forma ou conteúdo de um produto ou serviço. Por exemplo: pisar no pedal de freio deve provocar o efeito de diminuir a veloci- dade e parar o carro; Qualidade de conformidade (ou de aceitação) é o grau de coin- cidência entre qualidade planejada e o desempenho, formato ou conteúdo que o produto ou serviço apresenta na realidade. O freio tem qualidade de conformidade quando produz o efeito desejado de parar o carro. Quanto maior a coincidência entre a qualidade planejada e a qua- lidade de aceitação, mais alta é a qualidade do produto. Um produ- to ou serviço tem alta qualidade quando está livre de deficiências (atende as especificações). QUALIDADE DE ACEITAÇÃO QTDE DE ITENS QUE ATENDEM ÀS ESPECIFICAÇÕES QTDE TOTAL DE ITENS (PRODUTOS OU SERVIÇOS) Se a qualidade de conformidade não coincide com a qualidade planejada, o produto ou serviço não tem conformidade ou não tem qualidade. Nesse sentido a falta de qualidade pode resultar nos se- guintes problemas: � reclamações e perdas de clientes; � projeção de imagem pública comprometedora; Figura 4.4 - Eficácia Universo de atuação do gestor 54 Introdução à Gestão Unidade 3 � reposições e consertos no período de garantia; � retrabalho – consertos efetuados na própria linha de produção; � perda de produtos, pois não é possível recuperá-los; � custos de defesa em tribunais: ações de consumidores ou poder público. Todos esses custos da não-qualidade representam desperdícios que podem ser evitados. Os sistemas que produzem esses custos são ineficientes. Minimizar as variações que ocorrem no processo de fornecer produtos e serviços, mantendo a qualidade sob contro- le, é um objetivo básico no processo de aumentar a eficiência. EFICÁCIA A diferença entre eficácia e eficiência pode ser ilustrada pela his- tória das duas principais empresas automobilísticas do mundo: Ford e General Motors. Embora Henry Ford fosse um mestre da eficiência, foi a GM quem se transformou na maior e mais bem-sucedida em- presa do ramo. Esse desempenho é o resultado de sua orientação para o mercado e não apenas para o processo produtivo. Enquanto a Ford tinha uma estratégia de fazer eficientemente o mesmo carro, a GM orientou-se para fazer um carro para cada tipo de cliente. Eficácia é o conceito de desempenho que se relaciona com os objetivos e resultados. Eficácia significa: � Grau de coincidência dos resultados em relação aos objetivos; � Capacidade de um sistema, processo, produto ou serviço de re- solver um problema; � Fazer as coisas certas; Sobrevivência. Figura 4.6 - Recompensas Figura 4.5 - Organizações e o ambiente 55 Competitividade nas organizações Unidade 3 EFICÁCIA RESULTADOS OBJETIVOS Para avaliar o grau de eficácia de um sistema, é necessário saber quais são os objetivos e quais os resultados de fato alcançados. Os objetivos relevantes para a ideia de eficácia relacionam-se com o ambiente da organização. Compreender o ambiente, suas neces- sidades, desafios e oportunidades é uma habilidade de vital impor- tância para quem administra organizações. ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE As pessoas e as organizações que têm influência direta sobre a organização, ou dela recebem alguma influência direta, ou tem inte- resse em seu funcionamento, são chamados de stakeholders. CONJUNTURA ECONÔMICA ORGANIZAÇÃO DEMOGRAFIA Funcionários Concorrência Fontes de financiamento Governo Fornecedores Clientes Associações SindicatosAcionistas CONDIÇÕES POLÍTICAS EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA HÁBITOS E VALORES DA SOCIEDADE Figura 4.7 - Troca de energia Universo de atuação do gestor 56 Introdução à Gestão Unidade 3 RECOMPENSAS POR CONTRIBUIÇÕES Toda organização tem uma razão de ser, que nasce do papel que cumpre no ambiente, por meio do fornecimento de produtos e servi- ços para o mercado. Organização Produto/ Serviço Necessidades Mercado compra Receita de Vendas A organização mantém com os stakeholders alguma espécie de troca de recompensas por contribuições. A figura abaixo mostra um exemplo dessas trocas TABELA 4.1 - TROCA DE RECOMPENSAS STAKEHOLDERS CONTRIBUIÇÃO FORNECIDA À ORGANIZAÇÃO RECOMPENSA RECEBIDA DA ORGANIZAÇÃO Empregados Trabalho, conhecimento, experiência. Condições de traba- lho, remuneração, benefícios, autorreali- zação, carreira etc. Fornecedores Matéria-prima, peças e componentes, energia, transporte e outros fatores de produção. Fonte de rendimento, mercado. Clientes, consumidores, usuários, mercado Compra de produtos e serviços, receitas de ven- das. Preço, qualidade, disponibilidade de produtos e serviços. Uma forma de estudar a eficácia consiste em analisar as relações de troca entre as recompensas que os stakeholders recebem e as contribuições que a organização recebe. Quanto maior a coincidên- cia de interesses entre os dois lados, mais eficaz a organização é, e 57 Competitividade nas organizações Unidade 3 Figura 4.8 - Vantagens competitivas maior é a sua capacidade de sobrevivência. De forma geral, a eficácia aumenta quando a relação de troca é positiva para todos os stakeholders. TROCA DE ENERGIA Outra forma de estudar a eficácia consiste em analisar a troca de energia que a organização realiza com o ambiente. ORGANIZAÇÃO AMBIENTE Capital Produtos Informação TABELA 4.2 - Entrada de energia Saída de energia O ambiente fornece energia. A eficácia depende da disponibili- dade de recursos. A eficácia depende da capaci- dade de antecipar as mudanças (estratégias). Influências do ambiente: Tecnológicas; Sociais; Econômicas; Políticas. É resultante do processamento dos recursos. Os resultados podem ser os deseja- dos ou os indesejáveis: Maior qualificação das pessoas; Retorno sobre os investimentos; Impostos, taxas e contribuições; Acidentes de trabalho; Poluição; Consumo de recursos naturais. A eficácia varia com o tempo, porque os ambientes não são estáti- cos. Para ser eficaz, um sistema deve alcançar e manter um estado de equilíbrio dinâmico, que é a capacidade de ajustar-se continua- mente às mudanças do ambiente. A sobrevivência de uma organi- zação num ambiente em mudança é uma medida de sua eficácia. Universo de atuação do gestor 58 Introdução à Gestão Unidade 3 CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE Competitividade é uma tradução particular da ideia de eficácia, que se aplica particularmente às empresas. As empresas têm natu- reza competitiva – elas concorrem entre si, disputando a preferên- cia
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