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Fatores relacionados ao aprendizado motor · Teoria neuromaturacional + Teoria Ecológica = Teoria dos sistemas dinâmicos · Restrições intrínsecas e extrínsecas – também relacionadas à avaliação; · Ambiente, tarefa e criança têm que estar alinhados. Controle motor · Para que um comportamento motor esteja inteiramente controlado é necessário: · Controle motor: capacidade de regular ou orientar os mecanismos essenciais para o movimento – neurofisiologia, musculoesquelético... · Desenvolvimento: contínua alteração no comportamento motor ao longo da vida – fatores restritivos; · Aprendizado motor. Aprendizado motor – fases · Aquisição: melhorar o desempenho em determinada tarefa – número de tentativas; · Retenção: realiza o mesmo desempenho em momento posterior; · Transferência: reproduz a tarefa com o mesmo desempenho em outra situação. · Como conseguimos afirmar que uma criança aprender alguma habilidade motora? Fase de transferência · É capaz de executar determinada tarefa fora do ambiente controlado – é o que te diz que aconteceu a neuroplasticidade e o aprendizado foi adquirido. Possíveis neuroplasticidades · Grau de espontânea – 3 primeiros meses · Mudança na organização funcional do tecido cortical que circunda a área lesada; · Ativação de áreas motoras e fibras corticoespinhais do hemisfério não afetado – hiper estimulação do outro hemisfério; · Aumento da ativação de áreas “primariamente” não motoras – como perceptivas e sensoriais, por exemplo. · Obs: no caso de uma criança isso se torna mais difícil porque ela ainda não aprendeu praticamente nada para que seja feita essa compensação. · Hipersensibilidade de denervação: · Circuitos que perderam os neurônios pré-sinápticos; · Hipereficácia sináptica: · Destruídos ramos do axônio pré-sináptico (maior liberação de neurotransmissores); · Recrutamento de sinapses silentes; · Regeneração neural / sinaptogênese regenerativa; · Germinação colateral / sinaptogênese reativa; · Ação massiva: · Área não lesada assume a função; · Reorganização funcional – qualitativamente; · Neurogênese: · Dependente: ambiente, estresse, aprendizagem e exercício físico; · Redundância ou vias alternativas; · Mudanças nos mapas corticais após lesões e durante a recuperação; · Lesões focais do SNC podem aumentar a capacidade de mudanças estruturais e funcionais. · Ativação do córtex motor primário contra-lateral da lesão; · Contribuições cerebelares: · Papel no aprendizado motor – aprimoramento do desempenho motor. Recuperação da função · Função: · Atividade complexa do organismo como um todo direcionado à realização de uma tarefa comportamental; · Comportamentos eficientes para cumprir objetivos. · Recuperação: · Habilidade de cumprir os objetivos da tarefa utilizando meios efetivos e eficientes – não os mesmos. · Recuperação X Compensação: · Compensação: alcançar a função por meio de processos alternativos. · Função poupada: · Função não perdida apesar da lesão neural; · PC; · Vizinhos. Neuroplasticidade e treinamento · Níveis de prática: novas tarefas tendem a melhorar rápido o desempenho; · Após muita prática o desempenho não melhora tanto. · Feedback: toda informação que está disponível como resultado do movimento que a pessoa executou – feedback produzido pelo movimento; · Feedback intrínseco ou herdado – informações que chegam a partir dos sistemas (visual, somatossensorial). · Feedback extrínseco ou aumentativo – suplementa o intrínseco; · Concomitante à execução da tarefa ou ao final; · Conhecimento dos resultados: feedback termina sobre os resultados do movimento, em termos do objetivo do movimento. · Qual frequência é melhor para oferecer o conhecimento dos resultados? · Tarefas com movimentos simples – mais frequente; · Tarefas mais complexas – 5 em 5 tentativas; · Adultos: mais frequente e preciso; · Crianças: muito podem confundir ou reduzir o aprendizado. · Condições de prática: · Quanto mais prática é ofertada, mais há aprendizado motor. · Número de tentativas práticas deve ser maximizado. · Prática compacta X distribuída: · Compacta: a quantidade de tempo de prática durante as tentativas é maior do que o tempo de descanso entre elas; · Distribuída: quantidade de descanso entre as tentativas é igual ou maior do que a quantidade de tempo para a tentativa. · Tarefas contínuas: melhor distribuída; · Tarefas com transferência: melhor compacta – cuidado com a fadiga. · Prática constante X variável: · Realizar a prática em condições variáveis (ex: velocidade, tipos de objetos); · Prática variável: aumenta a habilidade de adaptação e generalização do aprendizado; · Prática constante: tarefas que existirão variações mínimas. · Prática aleatória X bloqueada: · Aleatória: diminui o desempenho na execução, mas melhora o aprendizado – mais efetiva quando usada com habilidades que utilizam padrões diferentes de coordenação. · Trazer a aleatoriedade da execução durante as tarefas propostas; · Bloqueada: aumenta o desempenho na execução – melhor quando não entendem a dinâmica da tarefa. · Realizar as mesmas coisas sempre da mesma forma; · Em uma atividade com a execução diferente do que a que o paciente está acostumado terá um nível de desempenho menor, mas a retenção do aprendizado será maior; · Ex: se a atividade é jogar uma bola andando em linha reta e eu mudo o peso da bola ou coloco alguma outra atividade para que a criança realize simultaneamente, ela vai acertar menos vezes a tarefa proposta, mas seu nível de atenção / concentração será maior e, consequentemente, a sua retenção daquela aprendizagem também. · Exige um replanejamento da ação todas as horas – nível de ativação cortical bem maior toda vez que se dá um novo comando. · A primeira vez que a pessoa está aprendendo algo é mais interessante que se realize a atividade de forma constante, a partir do momento que a pessoa aprendeu aquela atividade eu passo a realiza-la de forma variável para que ela tenha a retenção do aprendizado. Tipos de treino · Bloqueada: uma variação da tarefa – iniciantes; · Variada: · Treino em bloco – AA BB CC – iniciantes; · Randômica – aleatória / sem padrão de execução – aprendizes experientes; · Seriada – CBA CBA (a que provavelmente terá o pior desempenho se o paciente ainda não tem o nível necessário de aprendizado, mas é a que retem a maior atenção) – melhora aprendizes experientes. Neuroplasticidade e treinamento · Treinamento completo X parcial · Dividir uma tarefa em passos provisórios, antes da tarefa inteira; · Identificar os componentes de uma habilidade ou movimento e depois organizá-los em sequência; · Marcha: iniciação do passo, estabilidade durante a fase de apoio ou impulsão para prosseguir. · Treinamento em partes só é efetivo se houver funcionalidade associativa nos exercícios solicitados. · Transferência: · Habilidade treinada não necessariamente será realizada em outro ambiente; · Quanto mais próximo do ambiente real, melhor será a transferência de habilidade. · Prática mental: · É modo efetivo de aumentar o aprendizado durante o período no qual a prática física não é possível · Circuitos neurais que fundamentam os programas motores são disparados durante a prática mental – sem resposta motora ou muito baixa que não produz movimento. · Aprendizado de orientação X descoberta: · Orientação da tarefa a ser aprendida; · Com orientação: melhor desempenho durante a aquisição; · Descoberta: mais efetiva na retenção tardia e transposição.
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