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EADPLUS 2018 © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Eficácia e Segurança dos Meios de Contraste Iodados Evelyn E. Queiroz Fernando Poralla • Graduada em Biomedicina pela FMU em 2008 • Pós-graduada em Diagnóstico por Imagem pela FMU • MBA em gestão empresarial pela FGV • MBA em Marketing pela ESPM (cursando) • Atuou na área hospitalar e laboratorial por 8 anos em grandes centros renomados como Hospital Sírio Libanês e Grupo Fleury e atualmente é coordenadora de aplicação na Industria farmacêutica Italiana - Bracco Imaging. • Doutor em Medicina pela Universidade de Saarland, Alemanha • Diretor de Serviços Médicos e Assuntos Regulatórios, Bracco América Latina • Membro do Grupo de Estudos de Meios de Contrastes da SPR ▪ Ionicidade ▪ Vicosidade ▪ Osmolalidade Características físico-químicas de meios de contraste iodados Eficácia dos meios de contraste iodados Quanto maior a concentração de iodo em mg/mL, MAIOR é o realce e MELHORES são as imagens! 400 370 350 320 300 280 270 Eficácia dos meios de contraste iodados * Paulo Rivelino, Radiologia médica - https://br.wordpress.com ▪ A eficácia de um meio de contraste depende não apenas das propriedades farmacológicas de sua molécula, mas principalmente de sua capacidade de atenuação de Raios-X ▪ A atenuação dos Raios-X por um agente de contraste depende da concentração de iodo, da distância percorrida, pelo fóton de Raios-X através da solução iodada e ainda da energia do fóton ▪ Quanto maior a concentração de iodo na solução, maior será sua capacidade de atenuar Raios-X * • Concentração Diferença de eficácia de um meio de contraste iodado UH : Unidades Hounsfield (em inglês: HU) UH +33% (300 p/ 400) +48% (270 p/ 400) +25% (320 p/ 400) +17% (350 p/ 400) +17% (300 p/ 350) +8% (370 p/ 400) Condições que influenciam na qualidade do exame ▪ Via de administração: determina, em parte, a quantidade de substância que chegará ao órgão estudado ▪ Dose de contraste ▪ Velocidade de injeção ▪ Calibre do cateter: em função da viscosidade da solução utilizada ▪ Temperatura da substância: principalmente no uso de contrastes não iônicos (interfere na sua viscosidade) ▪ Retardo e tempo de scan: maximizar o estudo da fase arterial venosa Eficácia junto com a Segurança A viscosidade é menor quanto maior for à temperatura (por isso que se deve aquecer gradativamente os meios de contraste não iônicos à temperatura corporal antes de sua administração) A viscosidade elevada impede a mistura rápida no sangue e diminui a velocidade do MCI no interior de pequenos vasos. Pode-se reduzir a viscosidade ao se reduzir a concentração de iodo do MCI, mas essa redução pode resultar em opacificação inadequada. Aquecer o contraste a 37°C o torna mais bem tolerado pelo paciente! Segurança dos meios de contraste iodados Segurança dos meios de contraste iodados Náusea Vômitos Urticárias Edema facial Taquicardia Choque anafilático Edema de glote Parada cárdio-respiratória Óbito Segurança dos meios de contraste iodados Náusea Vômitos Urticárias Edema facial Taquicardia Choque anafilático Edema de glote Parada cárdio-respiratória Óbito Segurança dos meios de contraste iodados Segurança Incidência de reações agudas aos meios de contraste iodados Meios de contraste de alta osmolalidade Meios de contraste de baixa osmolalidade Leves 5 - 15% 1 - 3% Moderadas 2% 0.2% Graves 0.2 - 0.04% 0.04 - 0.004% Meios de Contraste Iodados Iônicos Meios de Contraste Iodados Não-Iônicos Segurança Conceito ALARA: As Low As Reasonably Achievable A dose de radiação deve ser mantida ao mínimo desde que dando uma imagem de qualidade suficiente para dar um diagnóstico correto Principalmente quando se utiliza meios de contraste de alta concentração, se permite utilização de menor dose de radiação. Segurança COMPLICAÇÃO DAS INJEÇÔES Incidência de extravasamento de M.C. A incidência de extravamento do M.C. é baixa, ocorrendo em aproximadamente 0,1 a 0,9% dos pacientes submetidos a estudos de TC ou RM com contraste, ou seja, 1/1.000 ou 1/106. • Tomografia Computadorizada Chew et al, analisou em 2010 casos relatados de extravasamento de M.C. na TC, de 1991 a 2007. Ele observou que dos 190.656 pacientes, 867 tiveram extravasamento, o que corresponde a uma taxa de incidência de 0,45%. • Ressonância Magnética Na RM, extravasamentos de M.C. também ocorrer, mas a incidência de extravasamento é ainda mais baixa (0,05%), uma vez que os volumes de injeção são baixos. Tipos de extravasamentos de M.C. a) Extravasamento subcutâneo É o mais comum e nele o M.C. disseca o tecido celular subcutâneo. Radiologicamente aparece como uma coleção de M.C. irregular amorfo com pequenas imagens arredondadas que correspondem aos lóbulos de gordura subcutânea. Neste tipo de extravasamento é possível notar um aumento no volume adjacente ao local da punção e uma mudança de coloração da pele – avermelhada. Tipos de extravasamentos de M.C. b) Extravasamento subfascial ou intracompartimental O M.C. entra em planos subfasciais profundos dentro dos compartimentos musculares, que radiologicamente, aparece como uma coleção de contraste fusiforme bem definido, que delineia a fascículos musculares. A clínica é atípica, porque não é observado um aumento de volume no local da injeção. O diagnóstico clínico é baseado em medir o diâmetro da extremidade e comparar com o contralateral. Tipos de extravasamentos de M.C. c) Extravasamento misto Uma forma mista pode ser vista com extravasamento que disseca a célula subcutânea e também envolve um compartimento muscular vizinho. Sequelas do extravasamento de M.C. ➢ A grande maioria dos pacientes nos quais os extravasamentos ocorrem, recuperam sem sequelas significativas ➢ Geralmente não há ferimento permanente Os ferimentos graves mais comumente relatados após extravasamento do M.C. são: • Síndrome compartimental • Ulceração da pele • Necrose de partes moles Tratamento do extravasamento de M.C. O tratamento conservador é adequado na maioria dos casos. O CBR recomenda: • Elevar o membro • Aplicar compressas geladas • Monitorar cuidadosamente • Se houver suspeita de lesão grave, procurar a orientação de um cirurgião Instruções claras deve ser dadas ao paciente para procurar cuidados médicos adicionais, caso haja algum agravamento dos sintomas como ulceração da pele, ou o desenvolvimento de quaisquer sintomas neurológicos ou circulatórios, incluindo parestesias. Cuidados e atenção antes da injeção de um meio de contraste* ▪ Identificar os fatores de risco e benefício potencial de seu uso ▪ Avaliar as alternativas de métodos de imagem que possam oferecer o mesmo diagnóstico ou ainda sejam superiores ▪ Certificar-se da indicação precisa do meio de contraste ▪ Estabelecer procedimentos de informação do paciente ▪ Ter previamente determinada a política no caso de complicações * Paulo Rivelino, Radiologia médica - https://br.wordpress.com Eficácia e Segurança dos meios de contraste iodados Evelyn E. Queiroz Fernando Poralla https://www.eadplus.com.br/produto/pos-graduacao-em-radioterapia-e-medicina-nuclear/ https://www.eadplus.com.br/produto/pos-graduacao-em-imagenologia-com-enfase-em-tomografia-computadorizada-e-ressonancia-magnetica/ CURSOS DE CURTA DURAÇÃO JÁ LANÇADOS ✓Medicina Nuclear – PET CT em Oncologia ✓Radiologia Básica – Abdome ✓Radiologia Básica – Neuroimagem ✓Radiologia Básica – Tórax ✓Ressonância Magnética: Biossegurança ✓Técnicas e protocolos de posicionamento em Mamografia Mais informações, acesse: www.eadplus.com.br