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Equilíbrio hidroeletrolítico 1 🚰 Equilíbrio hidroeletrolítico Equilíbrio Hídrico Água → 50 a 60% do peso do corpo 2/3 desta água compõe o LIC A ingestão e a excreção diárias de água são equilibradas A ingestão precisa ser igual à excreção. Ingestão de água Exógena → 2,2L Produto do metabolismo → 0,3L Perda de água Pele e pulmões → 0,9L Urina → 1,5L Fezes → 0,1L A perda patológica de água rompe a homeostasia de duas maneiras: A depleção do volume do compartimento extracelular diminui a pressão arterial. Equilíbrio hidroeletrolítico 2 Perda de líquido é hiposmótica para o corpo (como é o caso da sudorese excessiva), os solutos remanescentes no corpo elevam a osmolalidade Os rins conservam a água os rins não podem repor a água perdida: tudo o que eles podem fazer é conservá-la. uma grande diminuição no volume saguíneo e na pressão arterial interrompe a filtração renal. A medula renal produz urina concentrada Mecanismos especializados na medula renal permitem a produção de uma urina até quatro vezes mais concentrada do que o sangue → a medula renal mantém uma alta concentração osmótica em suas células e no líquido intersticial. Essa alta osmolalidade intersticial medular permite que a urina seja concentrada à medida que flui pelo ducto coletor. Os rins controlam a concentração da urina variando a quantidade de água e de Na reabsorvidos no néfron distal. Para produzir urina diluída: o rim precisa reabsorver solutos sem permitir que a água os siga por osmose. Para concentrar a urina: o néfron precisa ser capaz de reabsorver a água, mas deixar os solutos no lúmen tubular. A ureia aumenta a osmolalidade do interstício medular → há transportadores de membrana para a ureia nos ductos coletores e na alça de Henle. Esses transportadores de ureia ajudam a concentrar a ureia no interstício medular, onde ela contribui para a alta osmolalidade intersticial. Mudanças na osmolalidade durante a passagem do líquido pelo néfron. Equilíbrio hidroeletrolítico 3 A vasopressina (ADH) controla a reabsorção da água - hormônio da neuro-hipófise As células do túbulo distal e do ducto coletor alteram sua permeabilidade à água em resposta à hormônios, adicionando ou removendo poros de água da superfície apical. vasopressina provoca retenção de água no corpo A permeabilidade é variável, dependendo de quanta vasopressina está presente. A osmolalidade plasmática, volume sanguíneo e pressão arterial regulação a secreção de ADH. Os principais osmorreceptores que regulam a liberação da vasopressina se encontram no hipotálamo. Equilíbrio hidroeletrolítico 4 Equilíbrio Eletrolítico Nossos mecanismos homeostáticos normalmente mantêm o balanço de massa: qualquer substância adicional que entra no corpo é excretada. Respostas homeostáticas à ingestão de sal. Equilíbrio hidroeletrolítico 5 A aldosterona controla o equilíbrio do SÓDIO A regulação dos níveis sanguíneos de Na ocorre através de uma das vias endócrinas mais complicadas do corpo humano. A reabsorção de Na nos túbulos distais e ductos coletores renais é regulada pelo hormônio esteroide aldosterona Equilíbrio hidroeletrolítico 6 O alvo primário da aldosterona são as células principais (células P) - as membranas apicais contêm canais de vazamento de Na (chamados de ENaC, para epithelial Na channel) e de K (chamados de ROMK, para renal outer medulla K channel). Aldosterona nas células principais Principais estímulos para liberação de aldosterona: o aumento da concentração extracelular de K e a queda da pressão sanguínea O sistema RENINA-ANGIOTENSINA A angiotensina II (ANG II) é o sinal que normalmente controla a liberação de aldosterona do córtex da glândula suprarrenal. → células granulares justaglomerulares, localizadas nas arteríolas aferentes dos néfrons, secretam uma enzima, chamada de Renina Angiotensinogênio -Renina→ Angiotensina I ANG I - ECA → ANG II Quando a ANG II no sangue alcança a glândula suprarrenal, ela estimula a síntese e a liberação da aldosterona. Os estímulos que ativam a via SRA são todos relacionados direta ou indiretamente à baixa pressão arterial: Ascélulas granulares são sensíveis à pressão arterial; Equilíbrio hidroeletrolítico 7 Osneurônios simpáticos, ativados pelo centro de controle cardiovascular quando a pressão arterial diminui, terminam nas células granulares e estimulam a secreção de renina; A retroalimentação parácrina – da mácula densa no túbulo distal para as células granulares – estimula a liberação de renina A angiotensina II tem muitos efeitos A angiotensina II tem efeitos significativos no equilíbrio hídrico e na pressão arterial, além de estimular a secreção de aldosterona, demonstrando a função integrada dos sistemas renal e circulatório. A ANG II aumenta a secreção de vasopressina. A ANG II estimula a sede. ANG II é um dos mais potentes vasoconstritores conhecidos em seres humanos. A ativação de receptores de ANG II no centro de controle cardiovascular aumenta a estimulação simpática do coração e dos vasos sanguíneos. A ANG II aumenta a reabsorção de Na no túbulo proximal. EQUILÍBRIO DO POTÁSSIO A aldosterona (mas não outros componentes do SRA) exerce um papel fundamental na homeostasia do potássio → a aldosterona é liberada para o sangue pelo efeito direto da hipercalemia no córtex da glândula suprarrenal. Equilíbrio hidroeletrolítico 8 Sob condições normais, o balanço das massas iguala a excreção de K+ com a sua ingestão. Distúrbios do equilíbrio acidobásico estão associados com distúrbios no equilíbrio do K. Isso ocorre parcialmente devido ao transporte renal que desloca os íons K e H em um antiporte. Na acidose, os rins excretam H e reabsorvem K utilizando uma H- K-ATPase. Na alcalose, os rins reabsorvem H e excretam K. O desequilíbrio do K geralmente se manisfesta como distúrbios em tecidos excitáveis, principalmente no coração. Mecanismos comportamentais no equilíbrio sal e água Sede Equilíbrio Ácido Básico Mudanças no pH podem desnaturar proteínas Proteínas intracelulares, como enzimas e canais de membrana, são particularmente sensíveis ao pH, uma vez que a função dessas proteínas depende da sua forma tridimensional Mudanças na concentração de H alteram a estrutura terciária de proteínas através da interação com ligações de hidrogênio dessas moléculas Um pH anormal pode afetar significativamente a atividade do sistema nervoso. Se o pH é muito baixo – uma condição denominada acidose –, os neurônios tornam-se menos excitáveis, resultando em depressão do SNC. Os pacientes tornam-se confusos e desorientados e, então, entram em coma. Se a depressão do SNC progride, os centros respiratórios deixam de funcionar, levando à morte. Se o pH é muito alto – uma condição denominada alcalose –, os neurônios tornam-se hiperexcitáveis, disparando potenciais de ação mesmo frente a pequenos sinais. Essa condição se manifesta primeiro por alterações sensoriais, como falta de sensibilidade ou formigamento, e depois por abalos musculares. Se a alcalose é grave, as contrações musculares tornam-se sustentadas (tetania) e paralisam os músculos respiratórios. A homeostasia do pH depende de tampões, dos pulmões e dos rins Equilíbrio hidroeletrolítico 9 Mecanismos de controle do pH: (1) tampões - Os tampões são a primeira linha de defesa, sempre presentes e esperando para impedir grandes oscilações do pH Um tampão é uma molécula que atenua, mas não previne, alterações no pH através da sua combinação com H ou da liberação desse íon Os tampões são encontrados dentro da célula e no plasma. Tampões intracelulares incluem as proteínas celulares, os íons fosfato (HPO42) e a hemoglobina. (2) ventilação - A ventilação, a segunda linha de defesa, é uma resposta rápida regulada reflexamente que pode controlar cerca de 75% dos distúrbios do pH Mudanças na ventilação podem corrigir alterações no equilíbrio acidobásico, mas também podem causá-las Reflexos ventilatórios → A ventilação é afetada diretamentepelos níveis plasmáticos de H, principalmente devido à ativação dos quimiorreceptores no corpo carotídeo → este sinaliza para os centros bulbares de controle respiratório aumentarem a ventilação e (3) regulação da função renal de H e HCO3 - muito eficientes ao enfrentar qualquer distúrbio de pH restante, sob condições normais. Alteram o pH de duas maneiras: (1) diretamente, através da excreção ou da reabsorção de H e (2) indiretamente, através da alteração da taxa, na qual o tampão HCO3 é reabsorvido ou excretado. Mecanismos transportadores de membrana: O trocador apical Na-H (NHE); é um transporte ativo indireto (secundário) que leva o Na para a célula epitelial em troca de um íon H que se desloca para o lúmen, contra seu gradiente de concentração O simporte basolateral Na-HCO3: movimenta o Na e o HCO3 para fora da célula epitelial e para dentro do líquido intersticiaL A H-ATPase: usa energia do ATP para acidificar a urina, transportando o H contra seu gradiente de concentração, para o lúmen do néfron distal. Equilíbrio hidroeletrolítico 10 A H-K-ATPase: transfere o H para a urina em troca da reabsorção de K. O trocador Na-NH4: transporta o NH4 da célula para o lúmen tubular em troca de um íon Na. Os desequilíbrios acidobásicos podem ser respiratórios ou metabólicos Os desequilíbrios acidobásicos são classificados pela direção da mudança do pH (acidose ou alcalose) e por suas causas (metabólica ou respiratória). A perda da capacidade de tamponamento deixa o corpo com apenas duas opções: compensação respiratória ou compensação renal. E se o problema é de origem respiratória, apenas uma compensação homeostática está disponível – os rins. Se o problema é de origem metabólica, ambos os mecanismos, respiratório e renal, podem compensar. Acidose Respiratória Um estado de acidose respiratória ocorre quando a hipoventilação alveolar resulta em acúmulo de CO2 e elevação da Pco2 plasmática. A causa mais comum de acidose respiratória é a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que inclui o enfisema. Equilíbrio hidroeletrolítico 11 A acidose respiratória é caracterizada pela presença de um pH reduzido associado com níveis elevados de bicarbonato Acidose Metabólica A acidose metabólica é um distúrbio do balanço de massas que ocorre quando o ganho de H pela dieta e pelo metabolismo superam a sua excreção. As causas metabólicas da acidose incluem a acidose láctica, que é decorrente do metabolismo anaeróbio, e a cetoacidose, que resulta de uma quebra excessiva de gorduras ou de certos aminoácidos. A acidose metabólica também pode ocorrer se o corpo perder HCO3 → causa mais comum da perda de bicarbonato é a diarreia A presença de níveis elevados ou reduzidos de HCO3 é um critério importante para distinguirmos a acidose metabólica da acidose respiratória Alcalose Respiratória A alcalose respiratória ocorre como resultado da hiperventilação, quando a ventilação alveolar aumenta sem um aumento concomitante da produção metabólica de CO2. Níveis plasmáticos de HCO3 reduzidos durante a alcalose indicam distúrbio respiratório → A causa clínica primária da alcalose respiratória é a ventilação artificial excessiva Alcalose Metabólica A alcalose metabólica tem duas causas comuns: excesso de vômito do conteúdo ácido estomacal e ingestão excessiva de bicarbonato contido em antiácidos. Em ambos os casos, a alcalose resultante reduz a concentração de H
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