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Disciplina: Tecnologia em Alimentos I Prof. Me. Marcel de Campos Oliveira FARMÁCIA - 7⁰ SEMESTRE AULA 2 FARMÁCIA - 7⁰ SEMESTRE AULA 2 MATÉRIAS-PRIMAS → A boa qualidade de qualquer produto industrializado está condicionada à perfeição da matéria-prima utilizada. → As matérias-primas de diversas procedências são utilizadas na indústria de alimentos, para a fabricação de seus diversificados e numerosos produtos. ORIGENS – Conforme a procedência, as matérias-primas se dividem em: Animais Vegetais Minerais* Sintéticas *Não se aplica para matérias-primas alimentícias. ORIGEM ANIMAL E VEGETAL → As de origem animal e vegetal constituem a maior fonte de matérias-primas empregadas na indústria alimentar. → Exigem diferentes tipos de processamento, capazes de possibilitar a elaboração de produtos definidos e padronizados. MATÉRIAS-PRIMAS Origens Tipos Aproveitamento Diretrizes gerais DIRETRIZES GERAIS – Planejamento para produção de matéria-prima: Assessoramento técnico Matéria-prima de fonte animal: Seleção de espécies. Alimentação. Matéria-prima de fonte vegetal: Cultura seletiva. Racionalização da produção. Matéria-prima de fonte mineral e sintética. → Encaminhamento da Matéria-Prima. TIPOS – As matérias-primas mais empregadas são: Vegetais → Caule: Cana-de-açúcar → Melado; Rapadura. → Cereais: Arroz, Aveia, Centeio, Cevada, Milho, Sorgo, Trigo. → Bulbos: Alho, Cebola. → Leguminosas: Amendoim, Ervilha, Feijão, Fava, Grão-de-bico, Lentilha, Soja, Tremoço. → Tubérculos: Beterraba, Cenoura, Nabo, Rabanete. → Raízes: Aipim, Batata doce, Batata inglesa, Cará, Inhame, Mangarito. → Inflorescências, Frutas frescas e Verduras, legumes e outras hortaliças. ANIMAIS Carnes: → Aves → Bovinos → Caprinos → Suínos Pescados: → Peixes: Atum, Bacalhau, Cação, Sardinha, etc. → Moluscos: Mexilhão, Ostra etc. → Crustáceos: Camarão Caranguejo, Lagosta, Siri etc. → Concentrados de proteínas de pescado. Leite: vaca, búfala, cabra, égua. Ovos e Ovas → Ovos: codorna, galinha, etc. → Ovas: esturjão. ► BIOLÓGICA: Culturas diversas “coalho”. ► PRODUTOS NÃO CONVENCIONAIS: Leveduras, bactérias, fungos. APROVEITAMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS → É importante que as matérias-primas empregadas, apresentem qualidades indispensáveis à especificidade do produto e à finalidade a que ele se destina. Formação de produtos: – Matéria-prima se apresenta inteiramente caracterizada (frutas em compotas, carnes enlatadas, etc.). Preparação de alimentos: – Matéria-prima se mostra desfigurada (suco de tomate, creme de leite, etc.). APROVEITAMENTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS Elaboração de produtos secos ou dessecados: charque, peixes e frutas dessecadas. Fabricação de produtos de extração: extratos, sucos, óleos etc. Produção de alimentos mistos: doces em pastas, picles sortidos, salada de frutas etc. Complementação de outros produtos: ovos, substâncias amiláceas, suco de limão, vinagre etc. Constituição de produtos liofilizados, supergelados e pré-cozidos. DIRETRIZES GERAIS PARA OBTENÇÃO DE MELHOR MATÉRIA-PRIMA A obtenção de matérias-primas, para a indústria alimentar, inclui atividades: → Desde o plantio dos vegetais; → Seleção dos reprodutores animais, até a fase em que o alimento é utilizado para a elaboração do produto alimentício. CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS PELO GRAU DE SUSCETIBILIDADE ALIMENTOS PERECÍVEIS Características de alimentos perecíveis: alta atividade de água (ou umidade) e pH > 3,0. Maioria dos frutos Maioria dos vegetais Leite Carne Ovos Peixe DETERIORAÇÃO DOS ALIMENTOS CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS PELO GRAU DE SUSCETIBILIDADE ALIMENTOS SEMI-PERECÍVEIS ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS Mantidos a temperatura ambiente. ↓ sensibilidade à deterioração de origem microbiológica. OBJETIVOS A matéria-prima satisfaça as exigências: Capacidade de resistir às etapas dos processamentos; Valor nutritivo; Normalidade de seus caracteres organoléticos; Sanidade; Adequação à forma de industrialização. PLANEJAMENTO PARA A PRODUÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS – Produzi-las dentro das técnicas, visando: → Maior rendimento em quantidade; ► Esta seleção depende do apoio e vigilância das várias ciências para um bom condicionamento da produção da matéria-prima. → Qualidade e particularidades específicas, para a devida aplicação nos produtos. ASSESSORAMENTO TÉCNICO Recomendações técnicas; Normas para a adequação das espécies às condições ecológicas de cada região; Contato direto e permanente com os órgãos específicos. 1. Primeiro passo, para a execução de planejamento. 2. Elo importante entre técnicos e produtores. Objetivo: colocar matéria-prima padrão à disposição da indústria alimentícia. Escolha ideal da espécie, dos métodos de produção e da sua oportunidade, do manuseio e do aproveitamento dos alimentos. ACOMPANHAMENTO TÉCNICO Quanto à matéria-prima de fonte animal: – Cumprimento das normas de criação de animais. – Seleção da espécie e regime alimentar. Quanto à matéria-prima de fonte vegetal: – Escolher aquelas que se desenvolveram de acordo com a cultura seletiva, que visa à melhoria dos caracteres organolépticos: → Cor → Sabor → Forma → Estrutura PROCESSAMENTO – Pré-tratamento (Cuidados) Colheita Transporte Limpeza Armazenamento Classificação Seleção Moagem Separação Mistura Estabilização (Conservação). Acabamento (Higiene e apresentação). PRÉ-TRATAMENTO – Colheita ou abate (coletar, recolher) – Tempo/época da colheita Tomate Ervilha Carne – Integridade da Matéria-prima Morangos Maçãs – Transporte: Meio impróprio de transporte pode repercutir negativamente sobre o estado da matéria-prima. Disciplina: Tecnologia em Alimentos I Prof. Me. Marcel de Campos Oliveira FARMÁCIA - 7⁰ SEMESTRE AULA 2.1 FARMÁCIA - 7⁰ SEMESTRE AULA 2.1 → As operações utilizadas na indústria de alimentos, são as operações unitárias que antecedem os processos de conservação de alimentos, utilizados pela indústria alimentícia. INTRODUÇÃO – As principais operações preliminares: Limpeza Seleção Classificação Eliminação indesejáveis Branqueamento LIMPEZA Remoção física de resíduos/partículas da superfície das matérias-primas Terra Areia Folhas Palhas Pelos insetos (inteiros ou partes) Pedras → Sopro de ar → Tamises → Escovas LIMPEZA A limpeza pode ser realizada: – Limpeza a seco: → A seco ou úmida. É realizada sem a utilização de água. Ela é utilizada para as matérias-primas secas, como os cereais e as leguminosas, ou para matérias-primas delicadas, que poderiam ser danificadas com o impacto da água. Os processos de limpeza a seco são menos dispendiosos que os de limpeza úmida pois os efluentes são mais concentrados e de descarte mais fácil. Figura 1- Processo de limpeza de nozes. LIMPEZA A SECO EQUIPAMENTOS Seus equipamentos utilizam escovas, vibração ou jatos de ar, dependendo da finalidade. Separadores magnéticos também pode ser utilizados para retirada de contaminantes ou corpos estranhos metálicos. – Os principais equipamentos utilizados são: Peneiras Escovas Aspiradores Sopradores Separadores magnéticos Figura 2 – Escovas. Figura 3 - Separador por aspiração e classificador para grãos. Figura 4 - Separadores magnéticos. LIMPEZA A SECO → Utilizados para produtos menores, comuma maior resistência mecânica e um menor teor de umidade. Classificadores por ar Separadores magnéticos Separadores por peneiramento Equipamentos LIMPEZA A SECO Classificadores por ar Utilizam uma corrente de ar em movimento para separar contaminantes, em suas diversas densidades. Separadores magnéticos LIMPEZA A SECO LIMPEZA A SECO Separadores por peneiramento Equipamento separa os produtos por tamanho. LIMPEZA ÚMIDA Na limpeza úmida a água pode ser utilizada como o meio de limpeza propriamente dito, ou como fluido de transporte. Este procedimento normalmente é mais eficaz para a retirada de terra e micro-organismos, que tendem a aderir à superfície externa dos vegetais, principalmente em tubérculos e raízes. A água utilizada para a limpeza pode ser corrente ou clorada. Não deve utilizada na primeira lavagem, pois normalmente as matérias-primas chegam à fábrica com muitas impurezas grosseiras, que podem ser retiradas apenas com água corrente, destinando-se a água clorada para a limpeza sanitizante. H20 - CLORADA LIMPEZA ÚMIDA Os principais equipamentos utilizados são: → Lavador rotatório → Esteira de lavagem → Lavagem por imersão → Lavador de spray Limpeza ultra-sônica LIMPEZA ÚMIDA Figura 5 - Lavador rotatório utilizado para ervilhas. Figura 6 - Esteira de lavagem com jatos. LIMPEZA ÚMIDA POR IMERSÃO – Lavagem por imersão: o produto é conduzido em esteiras metálicas ou sanitárias através de tanques com água corrente ou clorada. – Para melhorar a eficiência da lavagem, o tanque pode ter um borbulhamento de ar para aumentar a turbulência. Figura 7 - Lavagem por imersão com borbulhamento. Figura 8 - Esteira de lavagem acoplada à lavagem por imersão. LIMPEZA ÚMIDA POR IMERSÃO Limpeza úmida por flotação LIMPEZA ÚMIDA POR IMERSÃO – Vegetais são arrastados por flotação em um fluxo turbulento enquanto as impurezas de maior peso, tais como pedras, gravetos e os frutos estragados afundam , e são retirados pela parte inferior dos tanques. – O lavador de spray é muito similar à esteira de lavagem, a diferença é que neste equipamento as matérias-primas são conduzidas por roletes ao invés de em uma esteira metálica ou sanitária. Lavagem por spray LIMPEZA ÚMIDA Figura 9 - Esquema de lavador de spray. Figura 10 - Lavador de spray com escovas. SELEÇÃO – Seleção: é o processo de verificação e separação das matérias primas imprópria que deve ser descartadas, ou re-processadas. Baseada em propriedades físicas Seleção por forma e tamanho Seleção por cor Seleção por peso SELEÇÃO Seleção por forma e tamanho Forma: é importante na adequação para o processamento ou venda in natura do alimento. – Ex: descasmento econômico de batatas – devem ser ovaladas ou esféricas, sem protuberâncias. Seleção realizada mecânica ou manualmente (esteira e roletes) Figura 11 - Manual (esteira e roletes). Figura 12 - Esteira de seleção com roletes. Seleção por forma e tamanho SELEÇÃO Tamanho: denominada peneiramento ou tamisação é a separação de sólidos em duas ou mais partes em função da diferença de tamanho. – Importante quando o alimento será aquecido ou resfriado (transferência de calor). – Consumidor prefere alimentos uniformes. SELEÇÃO Seleção por forma e tamanho Tamanho: utilização de telas com abertura fixa ou variável. Peneiras Peneiras fixas Rotatórias ou vibratórias Peneiras de abertura fixa Peneira horizontal Peneira rotatória (tambor) SELEÇÃO Peneira horizontal As partículas de alimentos que são menores que a abertura da tela passam através desta por efeito da gravidade, até que atinjam uma peneira cuja abertura as retenha Peneira presa em uma estrutura vibratória. SELEÇÃO – Peneira rotatória: Usada em alimentos que resistem ao tombamento dentro da peneira. – Seleção por cor: Manual. Equipamentos. – Seleção por peso: É mais precisa que os outros métodos e é, portanto, mais utilizada para alimentos de maior valor agregado. CLASSIFICAÇÃO É a operação de separação dos lotes diferentes mas que estão perfeitamente sadios para processamento ou consumo (tamanho, coloração, ponto de maturação, etc.) Avaliação da qualidade global de um alimento por uma série de atributos. Seleção: (separação baseada em um atributo) pode ser usada como parte de uma operação de classificação, mas não o inversos. DESCASCAMENTO Utilizado no processamento de muitas frutas e hortaliças para remover material indesejado ou não-comestível, bem como para melhorar a aparência do produto final. Minimizar os custos, removendo o mínimo possível de alimento, e reduzir custos de energia, mão-de-obra e materiais ao máximo. A superfície descascada deve ser limpa e sem machucados. DESCASCAMENTO – Principais métodos: Descascamento por jato de vapor Descascamento por facas Descascamento por abrasão Descascamento por lixívia Descascamento por chama DESCASCAMENTO 1) Descascamento por jato de vapor: – Alimentos são colocados em batelada em um vaso pressurizado que gira. Vapor a alta pressão é injetado. Formação de vapor sobre a casca, e a superfície do alimento solta-se. DESCASCAMENTO 2) Descascamento por facas: – Lâminas estacionárias são passadas contra a superfície de frutas ou hortaliças que giram, para remover a casca. – Alternativamente as lâminas podem rotar contra os alimentos parados. Figura 13 – Ginaca. DESCASCAMENTO 3) Descascamento por abrasão: – O alimento é colocado em rolos com superfície abrasiva que remove a casca. Vantagens: baixo custo de energia, temperatura ambiente, não provoca danos pelo calor e proporciona boa aparência a superfície do produto. Desvantagem: produtos com superfícies irregulares (Ex: “olhos” de batatas) necessitam de um acabamento manual. Figura 14 - Descascador por abrasão de batelada. Figura 15 - Descascador por abrasão contínuo. 4) Descascamento por lixívia: DESCASCAMENTO Lixívia: solução diluída de hidróxido de sódio aquecida de 100-1200C. Alimento passa por um banho com 1-2% de lixívia que amacia a casca, que é removida por jatos de água a alta pressão. Método causa mudanças na cor de alguns produtos e incorre em custos mais altos. Método está sendo substituído por descascamento por jatos de vapor. Figura 16 - Descascador por lixívia. DESCASCAMENTO 5) Descascamento por chamas: Desenvolvido para cebolas: – Uma correia transportadora conduz e gira o alimento sobre uma fornalha. – A pele externa e os cabelos da raiz são queimados, e a casca carbonizada é retirada por jatos de água a alta pressão. VÍDEO: BRANQUEAMENTO EM ALIMENTOS OBRIGADO PELA ATENÇÃO! PROF. ME. MARCEL DE CAMPOS OLIVEIRA E-mail: marceloliveira.oliveira@yahoo.com.br
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