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Car����e G��el�� K��in AFECÇÕES DAS GLÂNDULAS ANEXAS AFECÇÕES HEPÁTICAS 1. HEPATOPATIAS ● Síntese de enzimas ● Metabolização de glicose ● Produção de proteínas plasmáticas, ● Produção e metabolização de glicose ● Síntese e biotransformação de amônia para ureia (diminuindo a toxicidade). HEPATITE AGUDA Decorrente de uma inflamação aguda e necrose, por conta de: ● Medicamentos ● Substâncias tóxicas ● Doenças infecciosas - Bacterianas, fúngicas ou virais, sendo as bacterianas e fúngicas mais comuns por extensão de alguma infecção no gastrointestinal, e as virais são mais raras. ➼ É uma afecção reversível na maioria das vezes (tenho a chance de recuperar o fígado que está doente) ➼ Quando em condições normais o fígado consegue se regenerar mesmo com perda de até 70% do órgão, já que as células, hepatócitos, possuem alta capacidade de replicação. . Espero encontrar sinais como: Seus sinais são progressivo, evoluindo. ● Anorexia ● Vômito ● Desidratação ● Encefalopatia hepática ● Icterícia ● Febre ● Dor abdominal principalmente cranial ● Hematêmese - sangue visível no vômito ● Petéquias - deficiência nos fatores da coagulação principalmente na região ventral ● Ascite - deficiência da produção de globulinas, acumulo de liquido região abdominal Até a insuficiência hepática que é irreversível. ➼ Essa hepatite pode gerar necrose com insuficiência hepática aguda ou então fibrose e evoluir para cirrose ou então cronificar. Alterações esperadas: ➼ Aumento das enzimas ALT e AST (até 3x) - são enzimas de lesão hepática. Envolvidas com aumento da permeabilidade do hepatócito ou problema relacionado a destruição da membrana do hepatócito. Por isso na hepatite aguda é improvável o aumento da FA que está relacionado ao ducto biliar, e FA não é exclusiva do ducto, mas do músculo. ➼ Aumento da hiperbilirrubinemia (aumento da bilirrubina). Tratamento - Dependendo da causa: ➼ Causa infecciosa - Antimicrobianos: ● Amoxicilina ● Ampicilina ● Cefalosporina ● Enrofloxacina essas associadas ou não ao metronidazol. Car����e G��el�� K��in ➼ Dieta: menos proteína - Um fígado doente não consegue metabolizar muita proteína da dieta podendo levar a um quadro de encefalopatia hepática, logo deve-se ser preferindo os carboidratos. ➼ Tratamento de Suporte: ● Corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico ● Reposição de Potássio - que foi perdido nos episódios de vômito, se o paciente teve. ● Suplementação com vitamina K para auxiliar nos fatores de coagulação ● Vitamina E que é um antioxidante, ● Substâncias com atividade antioxidante - (SIMALARINA) nome genérico para um grupo de compostos naturais - é uma das opções de tratamento para auxiliar a controlar o acúmulo de gordura no fígado. ● Fluidoterapia por preferência de solução fisiológica (não ringer lactato). ➼ Planta/produtos Tóxicos - Carvão ativado e induzir o vômito (em caso de ingestão de planta tóxica), apenas funciona com pouco tempo de ingestão. ➼Tratar a dor (opióides) Excesso de qualquer coisa em um fígado doente, deve-se ter cautela na utilização farmacológica, pois há deficiência na metabolização. Se não tratar, há ocorrência de insuficiência hepática. Hepatite aguda pode ser reversível, mas a insuficiência não tem como reverter. HEPATITE CRÔNICA Evolução da aguda sem resolução. Ocorre com a presença do agente de forma crônica no fígado causando necrose e fibrose. Se não tratada, evolui para cirrose hepática e com fibrose. ● Necrose acentuada ● Início de fibrose hepática Quando passa dos 70% do fígado afetado, ocorre evolução para cirrose e insuficiência hepática - sem resolução.. ➼Teremos inflamação e necrose. Causas: ● Infecciosas ● Tóxicas ● Imunomediada (vai usar corticóides para tratar e reverter o quadro) ● Causa idiopática. ➼ A diferença da aguda, se dá pelo padrão histopatológico do fígado com necrose mais acentuada, com início de fibrose, característica de inflamação crônica. A biópsia é fundamental!! ➼ Aqui geralmente o quadro é irreversível, pois o tecido já está sendo substituído por necrose e fibrose. Dependendo da porcentagem de hepatócito foi comprometido. O que esperamos encontrar: ➼ Aumento de todas as enzimas ● ALT e AST indicando lesão hepática ● FA e GGT também mas principalmente a FA indicando lesão já nos ductos biliares. ➼ Diminuição de albumina (proteína) ➼ Diminuição dos fatores de coagulação Car����e G��el�� K��in ➼ Hiperbilirrubinemia - acúmulo de bilirrubina, pois o fígado não está excretando. ➼ Aumento da Amônia Sinais clínicos: ➼ Igual da hepatite aguda, mas mais acentuada, acrescidos de: ● Poliúria e polidipsia ● Falhas na coagulação (fornecer apenas vit K é apenas um dos fatores que podem auxiliar) ● Icterícia, ● Ascite ● Perda de peso ● Hiporexia Diagnóstico: Biópsia - importante Tratamento: Igual ao outro, podendo acrescentar um medicamento que ajuda a fluidificar a bile: ➼ URSACOL - ácido ursodesoxicólico - auxilia a fluidificar a bile e ajudar na recuperação do metabolismo hepático ➼ Suporte para as complicações: ● Fluido ● Antiácidos ● Antioxidantes ○ Vit. E ● Hepatoprotetores 2. CIRROSE ● Irreversível com presença de: ○ Fibrose ○ Nódulos de regeneração ○ Hiperplasia biliar A cirrose pode ter causas: ● Tóxicas ● Infecciosas Depende do que está de fato matando os hepatócitos. É a combinação de três fatores: ● Fibrose hepática ● Nódulos de regeneração ● Hiperplasia biliar. Quadro irreversível de fibrose ou cicatriz hepática, com substituição da massa por nódulos hepáticos decorrentes do processo de alteração morfológica (necrose acentuada..) que levam a congestão. Sinais como: Fígado fica sem função se instalando o quadro de insuficiência hepática com: ● Icterícia ● Petéquias ● Sufusões ● Ascite ● Hematomas ● Coagulação ● Encefalopatia Hepática ● Poliúria e polidipsia ● Vômito ● Desidratação ● Perda de peso Car����e G��el�� K��in Esperamos encontrar: ● Enzimas hepáticas aumentadas: FA e ALT aumentadas ● Hiperbilirrubinemia Diagnóstico: A biópsia é muito importante. A biópsia vai ser importante para diagnóstico, prognóstico e para monitoramento do tratamento, mas é bem invasiva com possibilidade de ser hemorrágica pois é um órgão bem vascularizado. Tratamento: O quadro é irreversível mas iremos fazer o tratamento sintomático. ● Fluidoterapia ● Antiemético ● Corrigir a acidez gástrica - com gastroprotetores ● Dieta (com baixa proteína na dieta é fundamental) ● Hepatoprotetor ● Colerético - substâncias que aumentam o volume da secreção biliar do fígado, bem como a quantidade de sólidos secretados. ● Abdominocentese (quando tiver um quadro de ascite instalada para drenagem) ● Laxante* para diminuição do pH intestinal e forçar a eliminação de amônia por via intestinal pelo deslocamento da amônia do sangue para alcalinizar o intestino. ● Diuréticos. 3. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Não é uma doença, mas sim um sinal clínico causado pela insuficiência do fígado em metabolizar amônia. - que se acumula e gera sinais neurológicos. Ocorre devido a insuficiência hepática em metabolizar amônia, levando a hiperamonemia que afeta o sistema nervoso - sinais neurológicos. É uma manifestação clínica que associamos à síndrome por excesso de composto tóxicos circulantes que pode ser resultante de: ● Hepática aguda ou crônica ● Insuficiência hepática ● Alimentação altamente proteína ● Desvio portossistêmico - alteração anatomia vascular (desvio porto-sistêmico) - o sangue que deveria cair no fígado para detoxificação, em vez disso cai direto da veia cava cheia de substância tóxicas para o coração e corpo. O que mais vemos é excesso de amônia no sangue e o paciente tem sinais clínicos neurológicos, como: ● Falta de consciência ● Convulsão ● Andar em círculos ● Desorientação e até entrar em coma. ➼Importante: dosar amônia sérica e realizar exame de imagem quando desconfiamos de uma alteração anatômica no fígado. Tratamento: ➼ Laxante - Lactulona diminui pH intestinal, com isso, parte da amônia vai ser deslocada para dentro da alça intestinal causando efeito tampão - fazer migrar dosangue para o intestino, assim diminuindo amônia sérica, para que a amônia saia nas fezes. ➼ Dieta - diminuir consumo de proteína Car����e G��el�� K��in ➼ ATB pois podemos ter quadros de desregulação da microbiota - cuidar com os antimicrobianos hepatotóxicos. ➼ Terapêutica cirúrgica - paciente com alteração anatômica, para corrigirmos aquela desvio portossistêmico congênito. 4. LIPIDOSE Uma degeneração gordurosa. Comum em GATOS . Clinicamente é uma manifestação decorrente do aumento de triglicerídeos, associados a alguns fatores predisponentes como: ● Anorexia ● Jejum prolongado (<24h) ● Estresse ● Obesidade. Felinos principalmente, cuidado em jejuns prolongados!! Ocorre uma alteração do metabolismo normal de ácidos graxos, por ingerirem maior quantidade, por maior demanda energética, por mobilização energética, pelo jejum prolongado em gatos ou por deixarem de comer por motivos de estresse. Sinais Clínicos: Causa morte celular e necrose dos hepatócitos pelo acúmulo de gordura no fígado levando a falhas no metabolismo hepático causando: ● Icterícia, ● Perda de peso ● Anorexia ● Vômito - sugerem o diagnóstico. Se não estiver comendo, já se preocupar com o jejum e cuidar - fazer uma alimentação forçada do paciente evitando esse ciclo. . Alterações esperadas: ● Enzimas hepáticas aumentadas - FA, ALT, AST, GGT - lesão hepática ● Hiperbilirrubinemia ● Hepatomegalia ● Hipoecogenicidade hepática no ultrassom Diagnóstico: ● Histórico alimentar - quadros em que o animal não se alimenta ● Ultrassonografia - fígado hipoecogênico ● Biópsia é importante. Tratamento: ➼ Alimentação correta - cuidado com jejum prolongado, principalmente em gatos, se for preciso até forçar a alimentação. ➼ Fluidoterapia ➼ Antiemético ➼ Suporte eletrolítico ➼ Aminoácidos essenciais devem ser suplementados ● Taurina ● L-carnitina ● S-adenosilmetionina Que possuem diversas funções como antioxidante, anti inflamatório, entre outros - a ausência desses aminoácidos pode favorecer o acúmulo de lipídios no fígado. AFECÇÕES PANCREÁTICAS Car����e G��el�� K��in O pâncreas exócrino é um órgão digestivo acessório que secreta, no lúmen intestinal, três tipos de enzimas: amilase, lípase e proteases, além de bicarbonato de sódio, resultando na digestão do alimento e neutralizando o ácido clorídrico de origem gástrica. 1. PANCREATITE AGUDA A pancreatite é definida como inflamação do pâncreas, geralmente resultado de uma ativação inapropriada das enzimas da glândula. ➼ Reversível (só retirar a causa primária que se torna reversível) Predisposição dos paciente com: ● Obesidade - alimentação rica em gordura excessiva ● Doenças endócrinas concomitantes ● Terapias medicamentosas ● Toxinas ● Obstrução do ducto principal ou secundário pode levar a esse quadro. ● Isquemia ● Infecção. . É provável que a doença seja multifatorial, com uma tendência genética e fatores desencadeadores sobrepostos. Uma alimentação rica em gordura pode, por exemplo, ser um fator desencadeante para um cão suscetível. Sinais Clínicos: ➼ Desgaste muscular grave e sem gordura corporal palpável, apesar de poderem apresentar apetite normal ➼ Quadros de diarreia - esteatorreia? podem estar amareladas e engorduradas ➼ Posição de “prece” - parece que o animal fica em posição de estar rezando, ou seja, esticando os braços se debruçando mantendo os membros pélvicos normais para tentar diminuir a dor ➼ Vômito ➼ Anorexia ➼ Desidratação ➼ Icterícia ➼ Choque (se a causa for tóxico ou de medicamentos) ➼ CID (coagulação intravascular disseminada) ➼ Má absorção e/ou má digestão de nutrientes ➼ Emagrecimento progressivo, pobre massa muscular e pelame de má qualidade, apesar do apetite normal, são sinais clássicos para a enfermidade. ➼ Quando o paciente demonstra dor abdominal do lado direito em posição de prece temos que pensar em pancreatite, ou nas opções de diagnóstico. Car����e G��el�� K��in Diagnóstico: ➼ Ensaio Enzimático Pancreático - Dosagem de: ● Lipase ● Amilase A principal é a amilase - esperasse que suas concentrações estejam maiores do que o normal na corrente sanguínea. ➼ Teste de atividade proteolítica fecal ● Digestão de filme de Raio X ➼ Teste de imunorreatividade semelhante à Tripsina. ➼ Radiografia - é considerado o exame de eleição para avaliar o órgão em questão. ➼ Histopatológico - biópsia - porém é muito invasivo. Tratamento: ● Reformulação da Dieta - cuidado com a gordura, dieta com pouca gordura. ● Fluidoterapia ● Antiácido ● Antiemético ● Analgésico por conta da dor (opióides) ● ATB 2. PANCREATITE CRÔNICA A inflamação ocorre de forma contínua, que se caracteriza por alterações morfológicas irreversíveis. Quadro irreversível devido a: ● Fibrose pancreática ● Infiltração linfocitária ● Edema ● Atrofia acinar. Que impedem a função exógena. A pancreatite crônica é definida como “uma continuação de uma doença inflamatória caracterizada pela destruição do parênquima pancreático, levando a um desequilíbrio progressivo ou permanente da função exócrina ou endócrina, ou de ambas. causando diabetes” Sinais clínicos: são os mesmos da aguda, mas a diferença pode ser que sejam sinais episódicos e não constantes. Pode doer, o paciente pode ter sensibilidade abdominal. 3. INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA Doença comum em cães pastor alemão jovens. Pode ser uma consequência da pancreatite crônica que leva a diminuição das enzimas digestivas - Resultando na ausência de enzimas pancreáticas! Nosso maior problema está relacionado à digestão dos nutrientes, pois ocorre: ● Deficiência de enzimas digestivas - dificuldade de absorção de nutrientes. ● Atrofia acinar/pancreatite crônica - ausência de enzimas digestivas! ● Síndrome da Má Absorção com perda de peso, mesmo havendo apetite voraz - ele emagrece pois vai degradar gordura perdendo massa magra e gorda. Sinais Clínicos observados: ● Quadro de fraqueza ● Perda de peso com apetite voraz - Síndrome da Má absorção ● Diarreia Volumosa, pastosa e amarelada Car����e G��el�� K��in ● Coloração de fezes amareladas (esteatorréia) ● Flatulência/borborigmos - barulho dos gases ● Coprofagia (ingerir fezes), pois precisa de nutrientes e não absorve e acaba ingerindo as fezes. Diagnóstico: ● Teste de atividade proteolítica fecal ○ Digestão de filme de Raio X ● Teste de imunorreatividade semelhante à Tripsina. Tratamento: ● Suplementar enzimas pancreáticas ● Dieta - dieta com pouca gordura.