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ENFERMIDADES PODAIS

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ENFERMIDADES PODAIS 
 É um grande problema para a bovinocultura de 
 leite (principalmente) e corte, e se reproduz em 
 todas as espécies de ruminantes; 
 Anatomia do casco: pinça, linha branca (sensível; 
 área de junção), espaço interdigital, talão, sola, 
 muralha abaxial e axial; o casco está na dimensão 
 ideal quando a proporção do comprimento é de 2x 
 a altura do talão; 
 A localização da lesão é o que vai diferenciar o diagnóstico 
 Fatores predisponentes: higiene, umidade; 
 traumatismo; superlotação; casqueamento; 
 hereditariedade; nutrição (principal da laminite, 
 pela alta ingestão de concentrado, biotina, cobre, 
 selênio); 
 Causas de claudicação: 90% casco (claudicação de 
 apoio) e 10% porção superior dos membros 
 (claudicação de elevação); 
 Claudicação de apoio: quando o animal coloca o 
 membro no chão é onde apresenta sinais 
 evidentes de dor; 
 Claudicação de elevação: quando o animal realiza o 
 passo, há sinais evidentes de dificuldade; 
 Distribuição dos problemas: 92% membros 
 anteriores (deslocamento de quadril, por fatores 
 biomecânicos, têm mais enfermidades nesses 
 membros), 8% membros anteriores; 
 Distribuição dos problemas de casco nos membros 
 posteriores: 60% unha lateral; 20% espaço 
 interdigital; 12% unha medial; possui como 
 fatores biomecânicos a sobrecarga de peso e 
 variação de pressão; mobilização maior da porção 
 posterior; 
 Maiores ocorrências em dígito lateral, devido à maior 
 sobrecarga e pela maior variação de pressão; 
 Cifose: animal se encontra em posição cifose, 
 encontrando uma maneira de tirar o peso do 
 membro posterior para os anteriores; vaca com 
 claudicação (mancar) desloca o peso dos 
 posteriores (afetados) para os anteriores; 45% do 
 peso se encontra nos posteriores, e 55% do peso 
 nos anteriores (musculatura); 
 Biomecânica : 
 • Em bezerros, após o nascimento, tem todas as 
 unhas com o mesmo tamanho (semelhantes); 
 • Em animais adultos, após problemas 
 locomotores (principalmente), como unhas 
 anteriores (maiores que as posteriores), causando 
 mais peso e maior pressão, fazendo o casco 
 aumenta; mais peso, que é um estímulo para 
 maior crescimento; nos membros posteriores, a 
 unha lateral maior (recebe mais peso) que a 
 medial; 
 O confinamento em cimento intensifica o desbalanço dos 
 membros posteriores, sobrecarregando a unha lateral do 
 membro posterior; 
 No casqueamento, tem de se ter atenção ao limite (deixar 
 mesmo tamanho; sempre começar pela lateral; evitar tirar 
 muito da medial); 
 Lesão muito grave interrompe momentaneamente a 
 produção do tecido córneo; 
 Se produz em uma situação patológica (casca de baixa 
 qualidade) sobre erosão mais fácil; 
 Na 1ª etapa de tratamento, há o casqueamento corretivo; 
 Lesões de superiores: movimento de tirar algo que 
 está preso no casco; há queixas de que a vaca está 
 com câimbra; confusão com nervos (erros na 
 aplicação de medicamentos); 
 Claudicação: enfermidade do casco onde há uma 
 diminuição da performance, reduzindo a ingestão 
 de alimento e produção leiteira, perda de peso, 
 aumento da infertilidade; com consequente 
 aumento do descarte dos animais; necessidade de 
 intervenção precoce. 
 Relação das lesões dos cascos e redução de fertilidade: 
 dificuldade para locomoção, onde o animal permanece 
 deitado, e há a redução da ingestão de MS, diminuição do 
 ECC (escore de condição corporal), balanço energético 
 negativo; a vaca acaba por evitar de ser montada, que 
 acabar por diminuir a capacidade de exteriorizar o cio; 
 logo, quando o cio não é observado, perde-se a IA; a 
 presença de dor leva a reação de estresse ao animal, 
 liberação de cortisol, e diminuição da liberação de LH; 
 ENFERMIDADE AUMENTO EM DIAS DO INTERVALO 
 Retenção 5 
 Endometrites puerperais 15 
 Endometriose puerperais 13 
 Cistos Ovarianos 22 
 Enfermidade dos cascos 28 
 Por que é uma doença multifatorial? a claudicação 
 enfermidade dos cascos possui fatores 
 hereditários, infecciosos, nutricionais, ambientais 
 e de manejo; 
 ⦁ Alterações infecciosas: é rara a lesão de casco 
 inspecionada em que não haja envolvimento de 
 microrganismos; partes moles dos pés dos 
 bovinos (espaço interdigital, borda coronária); 
 incidência maior em animais de estábulos; 
 precariedade de higiene, umidade excessiva e 
 acúmulo de matéria orgânica; agentes 
 encontrados no meio ambiente; introdução de 
 animais novos no rebanho (novos agentes); 
 ⦁ Rotina da fazenda (jargão): broca (doenças que 
 acometem a sola do casco e sua muralha); e frieira 
 (doenças que acometem o espaço interdigital); 
 HIPERPLASIA INTERDIGITAL: também conhecida 
 como tiloma (1 unha), limax (2 unhas), gabarro e 
 calo interdigital. É uma reação proliferativa da 
 pele e subcutânea da região interdigital com 
 neoformação de um tecido conjuntivo fibroso; 
 Etiologia: afastamento ou abertura exagerada das 
 unhas devido enfraquecimento interdigital 
 cruzadas, fatores hereditários (gene autossômico 
 recessivo), periostite crônica, exostose na região 
 da inserção dos ligamentos, distinção da pele do 
 espaço interdigital; irritação crônica do espaço 
 interdigital (adquirida); traumas decorrentes a 
 anomalias de aprumas; dermatites interdigitais 
 brandas; sequelas de necrobacilose do espaço 
 interdigital (flegmão interdigital); fezes na urina; 
 Tiloma (dermatite digital papilomatosa): formação 
 tecidual no espaço interdigital, uma reação da 
 pele do local e ou tecido subcutâneo; massa rígida; 
 inflamação crônica no local devido a dermatite 
 interdigital ou do panarício; fator hereditário em 
 bovinos de corte; os sintomas estão relacionados 
 ao tamanho e localização das lesões; 
 Tratamento: excisão do tecido (remoção cirúrgica; 
 evitar retirada de tecido subcutâneo ou atingir 
 gordura; “corte curativo” (escarificação em lesões 
 iniciais); uso de oxitetraciclina em pó; bandagem; 
 Prevenção: pedilúvio (redução de até 60% dos 
 casos); formalina; sulfato de cobre; ácido acético. 
 DERMATITE INTERDIGITAL: é a inflamação 
 superficial da pele do espaço interdigital 
 associada, principalmente ao Dichelobacter 
 nodosus; muitas vezes é difícil de diferenciar 
 dermatite interdigital da dermatite digital 
 (presença de dor); podendo ser primária ou 
 secundária; ela é contagiosa, e mesmo que 
 interdigital, deve-se isolar o animal; 
 Processo inflamatório que acomete a epiderme do espaço 
 interdigital; sem extensão aos tecidos profundos; 
 inicialmente em forma de fenda; 
 Casos crônicos: ocorre espessamento da pele interdigital 
 levando a hiperplasia da mesma (Tiloma); pode ocorrer a 
 presença de exsudato e aumento da sensibilidade, levando 
 a claudicação; 
 Tratamento: local consiste na assepsia e remoção 
 de tecidos necróticos; antissépticos locais (iodo); 
 antibióticos; oxitetraciclina ou sulfametazina em 
 pó; nos casos de hiperplasia o procedimento é 
 cirúrgico; deve ser realizado o controle com 
 pedilúvio (formalina 3%) e sulfato de cobre 5-10%; 
 FLEGMÃO INTERDIGITAL : também conhecida como 
 necrobacilose interdigital, panarício interdigital, 
 footrot, e podridão dos cascos; é a inflamação 
 necrótica profunda da pele do espaço interdigitalassociada ao Fusobacterium necrophorum; 
 Processo inflamatório agudo difuso da pele interdigital; há 
 hipertermia local, hiperemia, edema, aumento de volume 
 acentuado, dor (levando a claudicação grave), intensa 
 claudicação, queda abrupta na produção, afastamento das 
 pinças (nas 12 horas iniciais) e nas 36 horas, já está 
 profunda, bastante grave; 
 Fusobacterium necrophorum : pode estar associado a 
 outros microorganismos; ambiente propício para 
 Dichelobacter nodosus ; animais mantidos em condições 
 ambientais de umidade elevada e higiene precária; 
 Traumatismo de pele resultantes da penetração de pregos, 
 madeira, arames e pedras; há disseminação da infecção 
 resultando em artrite da falange distal e osso navicular e 
 tenossinovite; ocorre uma reação inflamatória aguda com 
 intensa ação necrosante; 
 Tratamento : local consiste na limpeza, drenagem, 
 soluções antissépticas; não fazer bandagem; 
 parenteral (uso de penicilinas, tetraciclinas, 
 ce�iofur ou tilosina); 
 Profilaxia: lavagem dos cascos do pedilúvio; sulfato 
 de cobre 10%; formalina 2 a 10%; sulfato de zinco 
 10 a 20%; 
 EROSÃO DO TALÃO: é a destruição irregular do 
 tecido cornificado do talão sobre a forma de 
 sulcos ou depressões formando um "v" preto, 
 muito característico no terço final do casco; 
 tratada como dermatite digital devido a 
 possibilidade infecção do rebanho; ausência de 
 dor; 
 É uma perda irregular do tecido córneo (destruição do 
 tecido da região e do terço final da sola; o início se dá com 
 pequenos orifícios arredondados, e a evolução está na 
 formação de fissuras profundas na região axial do talão e 
 as vezes da sola, causando a destruição do mesmo e do 
 terço pélvico da sola; 
 Pode ser uma infecção bacteriana secundária; por causas 
 como bactérias que causam a dermatite interdigital; 
 contato do "casco" com produtos irritantes; e secundária a 
 laminite (baixa qualidade dos tecidos córneos secundária à 
 laminite); 
 Tratamento: casqueamento; remoção de tecidos 
 necróticos; antibióticos locais (ex.: tetraciclina); 
 pedilúvio (formol ou sulfato de cobre); 
 Profilaxia: controle rigoroso da higiene e da 
 umidade. além disso é importante atentar-se para 
 fatores relacionados à ocorrência de laminites; 
 As três são enfermidades associadas a fatores infecciosos 
 (ambientes contaminados; acúmulo de objetivos nos 
 estábulos; terreno com lama ao redor do cocho e 
 bebedouros); 
 Fezes e urina (pH alcalino) Erosão do casco 
 Cimento úmido Abrasão excessiva 
 Superfícies irregulares Amolecimento do casco 
 Quinas / cantos Umidade 
 Pedregulhos Erros alimentares 
 As lesões acabam ocorrendo devido a junção destes fatores; 
 Proliferação de bactérias ( Dichelobacter nodosus e 
 Fusobacterium necrophorum ) são mais comuns em sistemas 
 extensivos, devido às suas características (criação a pasto), 
 acaba elevando a inoculação destas bactérias; 
 Patogenia (lesões do espaço interdigital e talão): 
 ⦁ Proliferação das bactérias: ambientes úmidos 
 causam o amolecimento do casco, que levam ao 
 trauma, onde a inoculação da Dermatite 
 interdigital ( Dichelobacter nodosus ) e a 
 Necrobacilose ou Flegmão interdigital 
 ( Fusobacterium necrophorum ), que levam a formação 
 do tecido córneo alterado, contusões e a formação 
 de casco anormal; 
 ⦁ Fezes e urina (pH alcalino) levam a erosão do 
 talão; 
 Consegue tirar o microrganismo com pedilúvio, por 
 exemplo, mas pode ter infecções bacterianas secundárias 
 (ambiente) que causam contusões, formação de casco 
 anormal e consequentemente erosão do talão; e no 
 flegmão do talão, há o abscesso do talão, com decorrente 
 necrose; 
 DERMATITE DIGITAL: é uma ulceração (ferida) 
 superficial circunscrita, localizada geralmente na 
 pele plantar da quartela entre os talões e em 
 contato direto com a coroa do casco; associada a 
 Treponema sp .; doença contagiosa, e difícil 
 diferenciar da dermatite interdigital; 
 Mais frequentes causas de claudicação em rebanhos 
 leiteiros no mundo; região coronariana entre os talões, da 
 superfície palmar ou plantar; úlcera às vezes acompanhada 
 de tecido proliferativo; dolorosa na fase aguda, com 
 consequências como a claudicação e queda na produção; 
 Lesão dolorosa está associada a quebra na 
 produção de leite (em até 50%); na ocorrência de 
 surtos, há um grande impacto econômico; 
 Etiologia: espiroquetas ( Treponema sp ), podendo ser 
 multifatorial (contagioso), associada a 
 Dichelobacter nodosus , vírus (parvovírus), diversos 
 microorganismos inespecíficos (oportunistas), ou 
 pela diminuição das defesas do sistema 
 imunológico; 
 Fatores predisponentes: lama, umidade e pouca 
 higiene; 
 Patogenia: associação de fatores ambientais (lama) 
 juntamente com o agente, maceração do tecido da 
 região do bulbo do casco e lesão do espaço 
 interdigital; 
 Aspectos clínicos e epidemiológicos: pode ocasionar 
 claudicação em 50-60% dos animais acometidos; 
 morbidade bastante elevada nos rebanhos 
 acometidos; as diversas formas apresentadas 
 parecem ter relação com o estado imunológico 
 dos animais; a evolução sas lesão não está bem 
 esclarecida; 
 Forma clínica: 
 Lesão erosiva (1°): fase inicial; onde há hiperemia da pele 
 ao redor de uma pequena erosão, acompanhada de dor 
 intensa; 
 Lesão reativa (2°): granulomatosa; acentuada hiperemia 
 da pele com formação de tecido de granulação na forma de 
 um morango, com exsudato de odor desagradável; 
 Lesão proliferativa (hiperplásica de 3°): papilomatosa; 
 com forma de verrugas ou papilomas com fenda central 
 bastante profunda, com a presença de tecidos necróticos; 
 Tratamento: utilização de antibióticos tópicos, 
 podendo ser aplicados de duas formas, como a 
 bandagem com tetraciclinas em pó (lesão isolada 
 do ambiente; evita transmissão); ou com a 
 pulverização de tetraciclina em pós diluída com 
 água (durante 5 dia seguidos, podendo ser 
 realizado na sala de ordenha, por exemplo); 
 LAMINITE: formação de um tecido córneo de baixa 
 qualidade; uma pododermatite asséptica difusa, 
 que resulta na formação de várias lesões; 
 Inflamação asséptica das lâminas do cório, 
 ocasionada por distúrbios na microcirculação do 
 cório, com consequente exsudação degenerativa 
 da junção entre a derme e a epiderme; 
 Etiologia: é multifatorial, sendo associada a um 
 regime alimentar com altas proporções de 
 concentrados e baixa qualidade e quantidade de 
 fibras (acidose ruminal) sendo portanto mais 
 comum em animais confinados, animais de 
 exposição e gado leiteiro; a mais importante causa 
 de claudicação em bovinos; 
 Influência do ambiente e manejo na ocorrência de 
 laminite: associada a superfícies irregulares, 
 quinas, pedregulhos e madeiras, há o 
 amolecimento do casco (sendo devido a umidade e 
 erros alimentares), como consequência temos o 
 distúrbio na junção dermo epidérmica; 
 Formas clínicas (associadas a duração e 
 sintomatologia): aguda (até 10 dias), crônica (mais 
 de 6 semanas) e subclínica (mais prevalente); 
 SINAIS CLÍNICOS 
 Laminite aguda: dor intensa nas pinças; posição onde 
 todos os membros se encontram abaixo do abdome; 
 claudicação evidente; alteração depostura; edema da 
 coroa do casco; pulso da artéria digital (muito intenso e 
 fácil de palpar); aumento de temperatura (+ 1ºC no local se 
 comparado a animais saudáveis); 
 Pulso da artéria digital: em membros anteriores na porção 
 posterior, e nos membros posteriores, na porção anterior; 
 Laminite crônica: repetidos episódios de laminite aguda 
 ou subaguda; formação irregular ou interrupção na 
 produção de tecido córneo; rotação ou afundamento da 
 terceira falange; 
 Crescimento anormal e alteração da forma do casco; linha de 
 estresse, sola convexa, áreas de hemorragias na sola e linha 
 branca, sola dupla (fissuras horizontais); pode ser associada a 
 outras enfermidades, como úlceras na sola, lesão de linha 
 branca, fissuras horizontais e sola dupla; 
 Manifestação clínica da laminite: há modificações 
 anatômicas dos cascos, fendas e irregularidades da 
 muralha, aumento do comprimento da face dorsal, 
 diminuição do ângulo da pinça e convexidade da sola; 
 quanto atinge um tecido vascularizado tem sinal de dor; 
 Linhas de estresse (linhas laminiticas): 
 irregularidades (reentrâncias), que crescem 0,5 cm 
 por mês; podendo ser associadas ao estresse de 
 parto, mudança de alimentação, estabulação ou 
 mamite; 
 Lesões da laminite: hemorragias e úlceras de sola; 
 ponto típico (situado próximo a união sola-talão, 
 abaixo do nó flexor da falange distal); a rotação da 
 falange distal; penetração de bactérias e formação 
 de abcessos; 
 Pododermatite asséptica difusa (aguda ou crônica): 
 processo inflamatório não infeccioso da junção 
 dermoepitelial do casco; envolvendo o corium 
 lamelar e solar (lâmina germinativa); 
 ⦁ Úlcera de rusterholz (úlcera de sola): pododermatite 
 séptica circunscrita; 
 ⦁ Doença da linha branca: pododermatite séptica da linha 
 (zona) branca; 
 ⦁ Pododermatite séptica difusa superficiais ou profundas; 
 ⦁ Lesões da muralha do casco (fratura da muralha); 
 Tratamento: uso de antibióticos e antiinflamatórios 
 não-esteroidais; correção sintomática, em casos 
 de acidose ruminal; no uso de medidas 
 profiláticas, como um piso macio e confortável; 
 ÚLCERA DA SOLA: é uma inflamação (devido a uma 
 ferida na sola); fatores predisponentes como erro 
 nos pisos, laminite subclínica, ausência de 
 casqueamento, maus aprumos (vacas fechadas de 
 curvilhão) e espaços limitados para descanso; 
 Sintomas: no início, há uma pequena hemorragia 
 situada na parte interna da união da sola com o 
 talão, evoluindo para a claudicação; pés abertos 
 (afastados), abduzidos para fora, feridas na sola; 
 vaca pode ficar deitada por causa da dor; maior 
 ocorrência em membros posteriores e unhas 
 laterais; 
 Tratamento: cauterização com ódio de 10 a 20%; 
 utilizar bandagens e ajustar a cada 7 dias (por até 
 4 semanas), para evitar que o animal fique pisando 
 onde o tecido está lesado; há a possibilidade da 
 utilização de misturas; 
 ABSCESSO DE SOLA: é uma inflamação supurada, 
 difusa ou localizada; claudicação moderada a 
 severa; a principal causa é a penetração de corpo 
 estranho, ou de qualquer outro material 
 contaminado no "casco"; 
 Abscesso na região da pinça: claudicação mais intensa; 
 Abscesso na região da talão: claudicação menos intensa; 
 Tratamento: limpeza e drenagem do abscesso, após 
 a limpeza, pode-se aplicar um penso; deve ser 
 realizado o curativo do casco para descomprimir a 
 lesão; a utilização do taco na sola, tem o objetivo 
 de tirar o peso do animal da ferida (deve 
 permanecer de 3-4 semanas); spray de antibiótico; 
 Casos subagudos/crônicos: correção cirúrgica com 
 remoção das lesões nas unhas envolvidas, mais 
 comumente as unhas laterais dos membros posteriores; 
 ⦁ Material para casco: faca reta, faca "L", rineta em anel, 
 par rinetas; rineta corte duplo, espátula, jogo lima para 
 afiação, afiador, martelo plessimétrico, padrão, pinça 
 casco, torquês, grosas, esmerilhadeiras, pistola de ar 
 quente; 
 TERAPÊUTICA: 
 ⦁ Pedilúvios: medida complementar para prevenir 
 lesões podais como, por exemplo, a dermatite 
 interdigital; os produtos mais utilizados são a 
 formalina (3%-5%), sulfato de cobre (3%-5%), 
 sulfato de zinco, sendo uso de antibiótico em 
 pedilúvio de alto custo; 
 Lava pés (200 cm) devem ser posicionados a dois metros de 
 distância + pedilúvio 
 ⦁ Medicamentosa: consiste na utilização de spray de 
 terramicina; terramicina em pó; 
 impermeabilizante (emulsão asfáltica, graxa); 
 Anti-inflamatórios: Fenilbutazona; Flunixin meglumine; 
 Meloxicam; 
 Antibióticos: oxitetraciclina; ce�iofur (3,3 mg/kg, dose 
 única, 24/24h por 3 dias); 
 O uso de corticoides é contraindicado devido redução de 
 síntese proteica e potencialização da vasoconstrição e 
 microtromboses; 
 Suporte-efeitos sobre a queratinização: 
 ⦁ Vitaminas: biotina 
 ⦁ Aminoácido: metionina 
 ⦁ Microminerais: Cu, Zn, Se; é destacado o zinco, 
 agente na manutenção da integridade do caso, 
 cicatrização de feridas, aumento da velocidade de 
 reparação do tecido epitelial, integridade celular e 
 síntese e maturação da queratina. 
 Casqueamento: crescimento do casco em cerca de 5 
 cm por mês; correção do crescimento; 
 estabelecimento de apoio correto nos 4 membros; 
 Deve ser realizado em animais contidos com frequência de 
 uma ou duas vezes por ano; a técnica auxilia no conforto, 
 diminuindo o atrito e pressão sobre o casco; 
 Consideração final: para a redução e prevenção de 
 ocorrência das afecções estudadas é necessário 
 atentar-se para o melhoramento das instalações, 
 higiene, conforto dos animais, alimentação, 
 nutrição e manejo; além disso, é altamente 
 recomendada a correção funcional periódica dos 
 dígitos e uso de pedilúvios;

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