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Educação Especial em Deficiência Intelectual Núcleo de Pós-Graduação Recursos da Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva do Deficiente Intelectual 2 O objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um termina só os determinados aprendem! • Faça uma leitura tranquila de cada trecho do conteúdo com foco e observação, não se deixando dominar pela pressa. • Saiba que quanto mais interesse e hábito de pesquisa tiver, mais se diferenciará dos demais alunos do curso. O aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”. • Busque complementar sua formação buscando novas informações e leituras extras, e assim que possível praticar as teorias adquiridas praticando-as através do estágio. • Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia- a-dia. O aprendizado só tem sentido quando pode efetivamente ser colocado em prática. 3 Conteúdo Introdução..........................................................................................................04 Texto de Reflexão..............................................................................................09 Tecnologia Assistiva como parte de um sistema...............................................10 Definição e conceito de Tecnologia Assistiva....................................................12 Classificação das TAs................................................................................... .....13 Categorias das TAs...........................................................................................15 Tecnologias Assistivas para Pessoas com Deficiências Múltiplas....................28 Aspectos Importantes para confecção de recursos e tecnologias para pessoas com deficiência múltipla com associação a deficiência visual...........................41 Bibliografia.........................................................................................................46 Indicação de Filmes...........................................................................................47 4 Introdução O debate sobre Inclusão Social tem sido destaque no final do século XX e início do século XXI onde presenciamos uma revolução científico-tecnológica, um mundo globalizado e interconectado por redes digitais, onde vivemos “mergulhados” num turbilhão de informações, que invadem nosso cotidiano. Inicia-se o novo milênio com sérios desafios que exigem o repensar e o recriar desse modelo civilizatório. Não obstante, algumas relevantes conquistas ocorreram no campo dos direitos humanos e na formação de um novo paradigma, que traz a consciência ao ser humano e diz respeito a todos e todas - somos um só corpo social integrado e intrinsecamente interdependente por cabos e fios cibernéticos. Tem sido notório que jornais, seminários acadêmicos, telenovelas, planejamento nas escolas, cursos de formação continuada estatal e municipal, debates científicos e na rede mundial de computadores questões que norteiam a Inclusão da Pessoa com Deficiência na sociedade. Tais conquistas representam frutos da luta de grupos de pessoas com deficiência como também de suas famílias e pesquisadores que, no decorrer da história das sociedades, não usufruíam de tamanha abertura ao convívio social. Neste sentido, esta pesquisa investigou o micro espaço do direito à liberdade, contra a discriminação e luta pela inclusão social, apresentando as novas tecnologias da educação como um instrumento da inclusão social da pessoa com deficiência. Pressupomos que a educação, tendo como suporte as tecnologias, é, na verdade, um movimento educativo e cultural que busca a completude do ser humano, dentro dos moldes do pensamento equânime, bem diferente do processo de exclusão presente na história da humanidade. 5 Na antiguidade (até 476 a.C) as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência, eram vistas pela sociedade grega como deformadas. Normalmente eram jogadas em lugares ermos, nos esgotos, posto que, predominava a ideia de que o corpo não perfeito era demoníaco. No período do Império Romano, as pessoas com deficiência eram sujeitadas a situações de ridicularização e abandono tanto pelos familiares quanto pelo Estado. Comumente eram utilizados como bobos da corte. Na Idade Média, as pessoas com deficiência viviam isoladas do resto da sociedade em asilos, conventos e albergues, a exemplo da temática abordada no filme “O corcunda de Notre Dame”. Só em 1854, surgiu a criação de duas escolas residenciais para deficientes da audição e da visão denominadas atualmente de Instituto Benjamin Constant e Instituto Nacional de Educação de Surdos. A Era da Apatia (1900-1940) foi caracterizada por testes e outros instrumentos científicos de medidas para rotulações e classificação das pessoas com deficiência para determinar o grau da deficiência. Em 1948, divulga-se a primeira diretriz da nova visão, Declaração Universal dos Direitos Humanos “Todo ser humano tem direito à educação” ficando conhecida como Era da Simpatia. Por fim, chegamos à Era dos Direitos e Aceitação (1958-1981) quando a Educação Especial no Brasil tem o seu espaço na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) A lei 4.024 de 1961, determina que a educação das pessoas com deficiência deva ser incluída no Sistema Geral de Educação. 6 Declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão em larga escala, e, em 1985, a Assembléia Geral das Nações Unidas lança o Programa de Ação Mundial para as pessoas deficientes recomendando que o ensino das pessoas com deficiência deve acontecer dentro do sistema escolar regular.. No Brasil, a Constituição de 1988, garante no Artigo 208, inciso III: Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência na rede regular de ensino. Em junho de 1994, dirigentes de mais de oitenta países se reúnem na Espanha e assinam a Declaração de Salamanca. Tal Declaração proclama as escolas regulares inclusivas como o meio mais eficaz de combate à discriminação. A década de 90 é marcada por grandes avanços na área da Educação Especial, que passa a fazer parte integrante do sistema educativo e possui um regulamento próprio denominado Política Nacional de Educação Especial, pautada no Plano Decenal de Educação para Todos. A lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº. 9.394/96 se ajusta à legislação Federal e aponta que a educação dos portadores de necessidades especiais deve dar-se preferencialmente na rede regular de ensino. Em decorrência da necessidade de construção da sociedade inclusiva, é pertinente lembrarmos que por iniciativa, do Conselho Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência- CONADE- aconteceu, no período de 12 a 15 de maio de 2006, na cidade de Brasília, a lª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, com o tema - Acessibilidade: você também tem compromisso, conforme publicação no Boletim Informativo do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa das Pessoas Portadoras de Deficiência e dos Idosos- CAO PPDI, que comunica: “Na oportunidade, o país estará debatendo os direitos da Pessoa com deficiência, com enfoque na cidadania com liberdade em todas as áreas, e reforçando o compromisso do trabalho, 7 com ênfase na inserção das P.P.D. com cidadania e dignidade” ( ICONFERÊNCIA..., 2006). Consideramos que esta apostila justificou-se pela importância de construir respostas para as políticas discutidas na Nação e pelo específico empenho da construção da inclusão através das Tecnologias Assitivas (TAs). Compreendemos que as tecnologias de informação abrangem todas as atividadesdesenvolvidas na sociedade pelos recursos da informática. É a difusão social da informação em larga escala de transmissão, a partir destes sistemas tecnológicos inteligentes. Logo, a informática é uma linguagem simbólica em todas as suas variantes, transmitindo conhecimentos à sociedade. As Novas Tecnologias da Comunicação e Informação na Educação - NTIC devem ser entendidas como sendo um conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, organizados num sistema capaz de executar um conjunto de tarefas. Portanto, a inclusão social e digital da Pessoa com Deficiência deverá ser percebida, através de um olhar pesquisador, considerando a democratização da comunicação como um terreno propício à construção da sociedade inclusiva. A inclusão digital nos dá a possibilidade de comunicar a concepção que temos das coisas, através de procedimentos como compartilhar informações e encontrar informações úteis para própria pessoa com deficiência e sua família. A inclusão digital é mais importante para as pessoas com deficiência do que para as demais. Porém, o acesso não deve estar limitado somente à rede de informações, mas deve incluir a eliminação de barreiras arquitetônicas, equipamentos e programas adequados, além da apresentação de conteúdos em formatos alternativos que permitam a compreensão por pessoas com deficiência. 8 A pessoa com deficiência pode adquirir maior independência através de atividades digitais e pelos avanços das TAs . Através da internet, ela pode encontrar páginas de suma importância relativas a serviços de saúde, educação, trabalho etc. Os resultados de censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2000 mostram que cerca de 14,5% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, o que representa aproximadamente 24,5 milhões de pessoas. Embora seja uma parcela grande da população, essas pessoas ainda encontram grandes dificuldades no meio social devido às barreiras existentes, sendo elas arquitetônicas, atitudinais e sistêmicas (SASSAKI, 1998). A falta de acessibilidade na cidade a locais públicos também pode representar um obstáculo para que as pessoas com deficiência tenham acesso às NTIC, pois ao menos que tenham computador em casa, o que não é a realidade da maioria dessa população, essas pessoas enfrentam problemas no acesso a locais que oferecem esse tipo de tecnologia como lan-houses, cybercafes e telecentros. A necessidade de acessibilidade e de eliminar barreiras, para as pessoas com deficiências, como se pode ver na mídia, já tocou as esferas governamentais. Isso pode ser comprovado com a publicação do decreto federal 5.296/2004, da criação da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida – SEPED. Vale relembrar que é competência do poder público promover e fiscalizar a implantação da acessibilidade em todos os sentidos, inclusive no tecnológico, considerando que não haja exclusão de nenhum cidadão – independente de sua raça, cor, sexo, crença, classe social, idade e condição física, sensorial e mental. 9 A importância da nossa pesquisa tem por base o princípio de que é através das tecnologias da informação e comunicação podemos buscar os meios que venham revelar a capacidade da Pessoa com Deficiência na expressão do sentimento, da sensibilidade, da percepção, do tato, da intuição e do pensamento, relacionando o mundo interior com as modificações do mundo exterior. A imaginação provocada pela palavra, pelo desenho, pela escrita não se restringe a conceitos, formas ou convenções. Construir novas leituras da realidade, que antes seria impossível representa “dizer virtualmente” verdades negadas que podem adquirir uma força social imensa. Portanto, consideramos as TAs, elemento construtor da Sociedade Inclusiva. “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”. (RADABAUGH, 1993) 10 Tecnologia Assistiva como parte de um sistema Segundo al Cook (2011), as Tecnologias Assistivas - (TAs) fazem parte de um sistema em que devem atender as necessidades do homem em uma atividade específica, isso tudo situado, de acordo e influenciada por um determinado contexto. Ainda segundo al Cook (2011) as TAs ou tecnologias de apoio são dispositivos e sistemas que são projetados para permitir que as pessoas com deficiência realizem as principais tarefas da vida diária. São desenvolvidas para auxiliar indivíduos com uma ampla gama de deficiências, incluindo aqueles com dificuldades motoras, sensoriais e limitações cognitivas. Temos duas características básicas no contexto desse sistema de TA, que são: - Atributos físicos do ambiente – ambiente natural ou construído e os parâmetros de orientação, como o calor, textura do solo, fluxo de ar, que fornecem informações ou são obstáculos em potencial as pessoas com deficiência. - Contexto Social: este irá descrever as interações entre os indivíduos que usam as TAs, ou seja, a participação social depende deste contexto social e as atitudes das outras 11 pessoas que podem criar barreiras físicas no ambiente; os sistemas de TAs devem ser concebidos para maximizar a eficácia em uma variedade de contextos sociais. Definição e conceito de Tecnologia Assistiva No Brasil foi formada em 2006 a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH/PR, através da portaria nº 142, instituiu o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, que reúne um grupo de especialistas brasileiros e representantes de órgãos governamentais, em uma agenda de trabalho. O CAT tem como objetivos principais: apresentar propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos públicos referentes à área de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; detectar os centros regionais de referência, objetivando a formação de rede nacional integrada; estimular nas esferas federal, estadual, municipal, a criação de centros de referência; propor a criação de cursos na área de tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimento de outras ações com o objetivo de formar recursos humanos qualificados e propor a elaboração de estudos e pesquisas, relacionados com o tema da tecnologia assistiva. (CAT/SDHE 2007) Tecnologia Assistiva [TA] é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT/SDHE 2007). 12 Classificação das TAs Os recursos de tecnologia assistiva são organizados ou classificados de acordo com os objetivos funcionais a que se destinam. Há várias classificações das TAs que foram desenvolvidas para finalidades distintas: - A classificação da HEART, que foi apresentada de forma adaptada no documento EUSTAT- Empowering Users Through Assistive Technology, foi organizada por um grupo de pesquisadores europeus, e é considerada por esse grupo como a mais apropriada para a formação dos usuários finais de TA, bem como para a formação de recursos humanos nesta área. Ao apresentar uma classificação de TA, seguida de redefinições por categorias, destaca-se que a sua importância está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa de recursos e serviços em TA, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalhoe especialização. (BERSH, 2008, p. 4). - A ISO 9999/2002 como uma importante classificação internacional de recursos, aplicada em vários países. - O Sistema Nacional de Classificação dos Recursos e Serviços de TA, dos Estados Unidos, diferencia-se da ISO ao apresentar, além da descrição ordenada dos recursos, o conceito e a descrição de serviços de TA. A classificação que utilizaremos em nossa aula é de Bersh (2008), e foi elaborada com uma finalidade didática. Segundo Bersh (2008, p. 4) para a construção dessa classificação ela “levou consideração outras classificações e especialmente a formação obtida no Programa de Certificação em 13 Aplicações da Tecnologia Assistiva – ATACP do College of Extended Learning and Center on Disabilities, da California State University de Northridge.” Categorias: - Comunicação Aumentativa e Alternativa - Informática Acessível - Auxílio para a vida diária - Adequação Postural - Sistema de controle do ambiente - Auxílio de mobilidade - Modificações Arquitetônicas - Órtese e Prótese - Auxílio para cegos ou baixa visão - Auxílio para surdos - Adaptações em veículos automotores Adiante especificaremos cada uma das categorias acima apresentadas. 14 Categorias das TAs 1 – Auxílio para a vida diária e vida prática Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. São exemplos os talheres modificados, suportes para utensílios domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores, velcro, recursos para transferência, barras de apoio, etc. (BERSH, 2008, p. 4-5) Descrição da Imagem: acima. – garfo com cabo engrossado com EVA, pente com cabo engrossado com EVA e alça de EVA para encaixe na mão, suporte para colocar copo de EVA com encaixe para a mão, caneta engrossada com EVA, outro suporte para copo com alças para encaixe das mãos. Fonte da imagem: http://silasinformatica.blogspot.com.br/2011/07/tecnologia-assistiva.html Descrição da imagem: dois garfos com cabos engrossados com material plástico, sendo que um deles foi entortado para a esquerda. Fonte da imagem: http://camargoscomercial.com.br http://silasinformatica.blogspot.com.br/2011/07/tecnologia-assistiva.html http://camargoscomercial.com.br/ 15 Descrição da imagem: um prato com alimentos sobre uma mesa e elevado acima uma mão com um garfo preso a ela, por meio de uma adaptação de correia em seu cabo. Fonte da imagem: http:// johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/2010/01/o-que-etecnologia- assistiva.html Adaptação para a mão para segurar canetas e lápis. Fonte da imagem: http://espacoin.com.br/blog/?p=46 Dispositivo para apoiar canudo. Fonte da imagem: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/2010/01/oque-etecnologia-assistiva.html http://espacoin.com.br/blog/?p=46 http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/2010/01/oque-etecnologia-assistiva.html 16 2 – Recursos de acessibilidade ao computador Trata-se de um conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador acessível para pessoas com dificuldades sensoriais e motoras. Nesta categoria temos: - equipamentos de entrada (que levam as informações ao computador) como: os teclados modificados, os teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos, softwares de reconhecimento de voz, ponteiras de cabeça por luz entre outros. Teclado modificado - descrição da imagem: teclado preto com teclas coloridas (verde, amarela e vermelha). Fonte da imagem: http://www.jaboticabal.apaebrasil.org.br/artigo.phtml?a=18839 Colmeia para teclado – com a colmeia pode-se selecionar quais teclas podem ser utilizados pelo usuário – descrição da imagem: teclado com colmeia de acrílico. Fonte da imagem: http://kokoronerd.blogspot.com http://www.jaboticabal.apaebrasil.org.br/artigo.phtml?a=18839 http://kokoronerd.blogspot.com/ 17 Teclado virtual com varredura – descrição da imagem: imagem da tela do computador com teclado virtual, este teclado tem o alfabeto e todas as demais teclas de funções que um teclado normal apresenta. Fonte da imagem: http://dc228.4shared.com/doc/NMC2saP0/preview.html Roller Mouse – descrição da imagem: mouse em formato de uma caixa de tamanho médio branca que fica posicionada ao lado do teclado, ela apresenta 4 teclas especiais grandes e coloridas para as funções de: Click - função igual a do mouse normal - Tecla da direita – função igual a do mouse normal - Duplo-Click - tecla especial para duplo click automático - Meio-Click, - tecla especial para a função de travamento em arrastos (drag), o que dispensa ficar pressionando a tecla nos arrastos, e rolamentos. Fonte da imagem: http://www.terraeletronica.com.br Ponteira para cabeça – descrição da imagem: menino posicionado diante do computador, com o equipamento (ponteira) preso a sua cabeça por correias. A ponteira possui uma haste em forma de arco que sai das laterais da cabeça e uma vareta que é presa ao centro do arco e alcança o teclado. Fonte da imagem: http://www.napeacessivel.ufba.br/tecnologias-assistivas-deficiencia-motora.html http://dc228.4shared.com/doc/NMC2saP0/preview.html http://www.terraeletronica.com.br/ http://www.napeacessivel.ufba.br/tecnologias-assistivas-deficiencia-motora.html 18 - Equipamentos de saída (que levam a informação ao usuário) como: os sintetizadores de voz, monitores especiais, os softwares leitores de texto (OCR), impressoras braille e linha braille. Linha Braille – Descrição da imagem: aparelho que tem uma forma retangular e apresenta em cima uma linha com furos que correspondem a várias selas braille, onde pequenas pontas (como agulhas) sobem preenchendo as selas formando letras e palavras pelo sistema Braille, que são tocadas pelo usuário e lidas. Fonte da imagem: http://assistiva.mct.gov.br 3 – Sistemas de controle de ambientes Através de um controle remoto, as pessoas com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como a luz, o som, televisores, ventiladores, executar a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores. O controle remoto pode ser acionado de forma direta ou indireta e neste caso, um sistema de varredura é disparado e a seleção do aparelho, bem como a determinação de que seja ativado, se dará por acionadores (localizados em qualquer parte do corpo) que podem ser de pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz, etc. (BERSCH, 2008, p.7) http://assistiva.mct.gov.br/ 19 Desenho representando um controle de ambiente – descrição da imagem: uma planta de um ambiente vista de cima (sala, quarto e hall de entrada), uma pessoa cadeirante na sala e com o controle remoto consegue abrir a porta de entrada, ligar aparelhos eletrodomésticos. Fonte da imagem: Bersch (2008, p. 7) em http://proeja.com/portal/images/semana-quimica/2011-10-19/tec-assistiva.pdf 4 – Projetos arquitetônicos para acessibilidade Projetos de urbanismo e edificação que possibilitam o acesso, funcionalidade e mobilidade a todas as pessoas, tendo elas dificuldades físicas ou sensoriais. Nestes projetos podemos ter adaptações estruturais e reformas, em residências, ambientes de trabalho. Podemos ter: rampas, elevadores, adaptações em banheiros, mobiliário entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas.Banheiro adaptado – descrição da imagem: vaso sanitário com barras laterais para apoio. Box com banqueta presa a parede, barra de apoio na parede e chuveiro que pode ser retirado da parede e manuseado (tipo chuveirinho), espelho projetado para a frente, possibilitando que a pessoa em cadeira de rodas possa se ver nele. Fonte da imagem: http://wwwabcmt.blogspot.com.br/2012/05/itens-importantes-em-umbanheiro- para.html http://proeja.com/portal/images/semana-quimica/2011-10-19/tec-assistiva.pdf http://wwwabcmt.blogspot.com.br/2012/05/itens-importantes-em-umbanheiro-%20para.html 20 Rampa com corrimão lateral - descrição da imagem: rampa de acesso com corrimão dos dois lados, além de ser duplo, em duas alturas, para serem usados por pessoas adultas andando, assim como por crianças andando e pessoas cadeirantes que não conseguem ter força suficiente para subir a rampa somente rolando as rodas. Fonte da imagem: http://bemcapaz.spaceblog.com.br Rampa – descrição da imagem: escadaria com uma rampa que a corta em zig zag demonstrando que projetos de acessibilidade podem ser também criativos e bonitos. Fonte da imagem: http://pimentaomalagueta.blogspot.com http://bemcapaz.spaceblog.com.br/ http://pimentaomalagueta.blogspot.com/ 21 5 – Órteses e próteses - Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do corpo. Perna mecânica – descrição da imagem: pessoa subindo uma escadaria, sua perna direita é mecânica e apropriada para quem pratica esportes. Fonte da imagem: http://passofirme.wordpress.com - Órteses são colocadas junto a um segmento do corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento, estabilização e/ou função. São normalmente confeccionadas sob medida e servem no auxílio de mobilidade, de funções manuais (escrita, digitação, utilização de talheres, manejo de objetos para higiene pessoal), correção postural, entre outros. Órtese de membro superior – descrição da imagem: mão com uma órtese de repouso ventral. Fonte da imagem: http://www.assistiva.mct.gov.br http://passofirme.wordpress.com/ http://www.assistiva.mct.gov.br/ 22 Órteses para membros inferiores – descrição das imagens – (1) menino sentado em um banco, brincando com uma bola Bobat usando órteses nos membros inferiores (anti-equino fixa); (2) órtese de membro inferior anti-equino fixa. Fonte das imagens – (1) acervo da autora, (2) http://www.assistiva.mct.gov.br 6 – Adequações posturais A pessoa com dificuldades motoras, com alterações musculoesqueléticas, entre outras, precisam ter uma postura estável e confortável para que consigam um bom desempenho funcional nas atividades. Para que tenhamos uma postura alinhada, estável e com boa distribuição do peso corporal, precisamos de um bom projeto nessa área. Quem mais se beneficia desses projetos são pessoas cadeirantes que passam grande parte do dia numa mesma posição. http://www.assistiva.mct.gov.br/ 23 Segundo Bersch (2008), as adequações posturais dizem respeito a recursos que promovam adequações em todas as posturas, deitado, sentado e de pé, portanto, as almofadas no leito ou os estabilizadores ortostáticos, entre outros, também podem fazer parte deste capítulo da TA. Cadeira de rodas adaptada – descrição da imagem: cadeira de rodas azul com adaptações para apoio de pés, de cabeça de braços, apoiadores laterais para controle de tronco, cintos para segurança (essas adaptações são feitas de acordo com a necessidade do usuário). Fonte da imagem: http://www.revistasentidos.uol.com.br 7 – Auxílios de mobilidade A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas, muletas, andadores, carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou elétricas, scooters e qualquer outro veículo, equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da mobilidade pessoal. Cadeira de rodas para jogar basquete – descrição da imagem: jogo de basquete em cadeira de rodas, para-atletas com uniformes amarelos e verdes. As cadeiras de rodas para esse esporte tem rodas mais abertas (inclinadas), encosto baixo, cintos que permitem prender o usuário na cadeira. Este desenho permite maior mobilidade ao usuário. Fonte da imagem: www.passofirme.wordpress.com http://www.revistasentidos.uol.com.br/ http://www.passofirme.wordpress.com/ 24 Scooter – descrição da imagem: duas pessoas usando suas scooteres, uma com quatro rodas e outra com três, este “veículo” é elétrico, tem assento e pode ser controlado como uma moto. Fonte da imagem: http://cantinhoamigoespecial.blogspot.com 8 – Auxílios para cegos ou para pessoas com baixa visão Equipamentos que visam a independência das pessoas com deficiência visual na realização de tarefas de vida diária, mobilidade, comunicação, acesso a computador, utensílios diversos. Podemos incluir nesta categoria os auxílios opticos, lentes, lupas e telelupas; os softwares leitores de tela, leitores de texto, ampliadores de tela; os hardwares como as impressoras braile, lupas eletrônicas, linha braile (dispositivo de saída do computador com agulhas táteis) e agendas eletrônicas. Bengalas – descrição da imagem: duas bengalas dobradas, uma totalmente de metal e outra com a ponta pintada de amarelo. Fonte da imagem: http://francodarocha.olx.com.br/bengala-dobravel-para-cegosiid-237460188 http://cantinhoamigoespecial.blogspot.com/ http://francodarocha.olx.com.br/bengala-dobravel-para-cegosiid-237460188 25 9 – Auxílios para pessoas com surdez ou déficit auditivo Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com tecla do teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros. Aparelho Auditivo – descrição da imagem: dois aparelhos auditivos retro auriculares. Fonte da imagem: http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html SMS – mensagens enviadas para celular - descrição da imagem: desenho de uma carta e uma seta indicando que a mensagem está entrando no celular. Fonte da imagem: http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html 26 Aparelhos que apresentam alarmes vibratórios em substituição ou complemento aos alarmes sonoros, como o relógio despertador ou a babá eletrônica, oferecem benefícios para pessoas surdas ou com deficiência auditiva que dependem das funções comuns dos equipamentos. Fonte da imagem: http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html TDD - Aparelho que permite a comunicação por meio de mensagens escritas no teclado do aparelho. A comunicação pode ser feita entre dois TDDs, no qual as mensagens enviadas são apresentadas no display do telefone ou por meio de empresa operadora, onde a intermediação é realizada por um atendente que converte a mensagem falada em texto e vice-versa. Fonte da imagem: http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologiaassistiva.html 10 – Adaptações em veículos Consistem em Acessórios e adaptações que permitem a uma pessoa com deficiência física dirigir um automóvel; elevadores ou rampas para cadeiras de rodas que facilitam o embarque e desembarque (utilizados nos carros particulares ou de transporte coletivo), serviços de autoescola para pessoas com deficiência. http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologia-assistiva.html http://pastoraldossurdossp.blogspot.com.br/2009/07/formacao-tecnologiaassistiva.html 27 Carro adaptado com rampa para acesso de cadeira de rodas – descrição da imagem: duas fotos, primeira da frentede um carro verde com faixas amarelas (taxi), segunda a parte de tras do carro com a porta traseira aberta, rampa abaixada e uma cadeira de rodas sobre a rampa. Fonte das imagens: http://www.g1.globo.com 11 – CAA - Comunicação Alternativa e Aumentativa Destinada a atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares específicos garantem grande eficiência à função comunicativa. (BERSCH, 2008, p. 6) http://www.g1.globo.com/ 28 Prancha de comunicação com símbolos pictóricos. Fonte da imagem: Bersh (2008, p. 5) Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência múltipla Vamos agora dar ênfase as TAs que atendem as necessidades das pessoas com deficiência múltipla dentro de algumas das categorias que apresentamos. Tendo como parâmetro pessoas com deficiência múltipla que apresentem alguma deficiência (física, intelectual) associada a uma deficiência sensorial (auditiva ou visual). 1 - Informática Acessível: Equipamentos de entrada - Teclados modificados com letras ampliadas, teclas coloridas e outras adaptações facilitam o acesso de usuários com deficiência múltipla com associação de deficiência visual (cegueira ou baixa visão). As teclas coloridas destacam-se visualmente e ajudam na memorização dos usuários com deficiência intelectual ou dificuldades de aprendizagem. 29 Descrição da imagem: teclado preto com teclas coloridas (verde,amarela, vermelha e brancas). Fonte da imagem: http://www.jaboticabal.apaebrasil.org.br/artigo.phtml?a=18839 Descrição da imagem: teclado amarelo com letras em preto ampliadas (alto contraste), o que proporciona contraste e boa visualização. Fonte da imagem: http://www.bengalabranca.com.br/2011/index3.php?pagina=destaquec&id_item=100014&limenu=menudest&incont=sim http://www.jaboticabal.apaebrasil.org.br/artigo.phtml?a=18839 http://www.bengalabranca.com.br/2011/index3.php?pagina=destaquec&id_item=100014&limenu=menudest&incont=sim 30 Teclado adaptado e conectado ao computador – descrição da imagem: menina utilizando um teclado adaptado que está posicionado em um plano inclinado para facilitar a visualização, o teclado está conectado a um laptop. Fonte da imagem: http://www.ziki.com Adesivos para teclado – descrição da imagem: três teclados comuns, sendo que dois deles tiveram suas teclas adesivadas com adesivos de fundo preto e letras brancas ampliadas. Fonte da imagem: http://www.tecnologiaassistiva.net - Acionadores – são dispositivos que substituem as funções do mouse quando conectados ao computador, facilitam o acesso ao computador de pessoas com deficiência múltipla com associação de deficiência física, porque fixam o duplo click, por exemplo, entre outras funções; podem ser usados com as mãos ou com os pés. http://www.ziki.com/ http://www.tecnologiaassistiva.net/ 31 Acionadores: grandes e coloridos que fazem as mesmas funções do mouse, podem ser usados com as mãos ou com os pés. Fonte da imagem: http://terraeletronica.com.br Acionador – descrição da imagem: menino sentado diante do computador, utilizando um acionador amarelo redondo e grande. Fonte da imagem: http://miryampelosi.blogspot.com Acionadores – descrição da imagem: menina em cadeira de rodas posicionada em frente ao computador utilizando um acionador vermelho que foi colocado em sua perna, usando a mão esquerda; sobre a mesa em sua frente tem mais três acionadores (azul, verde e amarelo). Fonte da imagem: http://miryampelosi.blogspot.com http://terraeletronica.com.br/ http://miryampelosi.blogspot.com/ http://miryampelosi.blogspot.com/ 32 Equipamentos de Saída - Linha Braille – dispositivo que conectado ao computador substitui o teclado comum com funções de escrita, teclas iguais aos da Máquina Perkins; e leitura, utilizando o programa de leitura de tela DOS-VOX ou Jaws que transferem para a linha o que está escrito na tela no sistema braille para leitura tátil. Facilitam o acesso de pessoas com deficiência múltipla com associação de cegueira ou baixa visão. Linha braille – descrição da imagem: linha braille em detalhe, visualiza-se os pontos elevados (chamados de agulhas) que configuram as letras para leitura. Fonte da imagem: http://www.revistaglobo.com - Telas de computadores: as telas podem ter suas imagens ampliadas para melhor acessibilidade de usuários com deficiência múltipla com associação de baixa visão, a ampliação deve sempre atender a necessidade do usuário; Telas touch sensíveis ao toque que facilitam o acesso de pessoas com deficiência múltipla com associação de deficiência física/motora que têm dificuldades para usar o teclado. Ponteira para digitação, adaptada a mão do usuário e tela touch – descrição da imagem: usuário utilizando uma ponteira para digitação, adaptada a sua mão para tocar a tela. Fonte da imagem: http://www.expansão.com http://www.revistaglobo.com/ http://www.expansão.com/ 33 Auxílio para a vida diária Na maioria dos casos, as pessoas com deficiência múltipla, demoram mais tempo para alcançar alguma independência em atividades de vida diária ou necessitam de apoios mais consistentes ao longo de sua vida. Devemos, então, pensar que as TAs para essa população deverá atender as necessidades não somente das crianças, mas dos jovens e adultos, sendo reelaboradas e reestruturadas ao longo de suas vidas de acordo com as necessidades e a idade. Balanço adaptado para crianças acima de 4 anos – descrição da imagem: balanço de parquinho na cor azul, com cadeira com encosto, quatro pontos de sustentação e cinto de segurança que prende o tronco, entre as pernas e cintura, mantendo o usuário em segurança e independente para brincar sozinho. Fonte da imagem: http://gringuinhos.blogspot.com Banheira em forma de rede – descrição da imagem: banheira presa as paredes do box do banheiro, com estrutura de metal e tecido permeável para a passagem da água durante o banho, fica elevada do chão, o que permite ao cuidador uma postura em pé, sem dobrar o corpo durante a atividade. Pode ser utilizado por crianças e adolescentes. Fonte da Imagem: http://gringuinhos.blogspot.com http://gringuinhos.blogspot.com/ http://gringuinhos.blogspot.com/ 34 Banheira adaptada – descrição da imagem: banheira de fibra com assento em formato de concha, sustentado com estrutura de metal com rodízios para deslocamento, posicionador para sustentar cabeça e cintos de segurança para prender tronco e pernas. Fonte: http://gringuinhos.blogspot.com - Adaptações para objetos de uso escolar Engrossadores: feitos com EVA, espuma ou plásticos para facilitar a pega e o manuseio em pessoas com dificuldade de preensão. Engrossadores – descrição da imagem: lápis, pincel, rolinho e tubo de tinta engrossados com espuma. Fonte: http://aeeaparecida.blogspot.com Apontador preso a suporte de madeira para facilitar o uso. Fonte da imagem: http://blogdamiquei.blogspot.com http://gringuinhos.blogspot.com/ http://aeeaparecida.blogspot.com/ http://blogdamiquei.blogspot.com/ 35 Tesoura com adaptação de alça para facilitar o manuseio. Fonte da imagem: http://www.praticaspedagogicasdf.wordpress.com Tesoura com adaptação de alça presa a um suporte de madeira, podendo ser utilizada com um aperto de mão, sem a dissociação de dedos. Fonte da imagem: http://www.praticaspedagogicasdf.wordpress.comAdequação Postural Crianças com deficiência múltipla com associação de deficiência física/motora e deficiência visual precisam ser posicionadas durante as atividades de forma que tenham uma boa visualização dos objetos e das pessoas que estão interagindo com elas, para isso podemos usar várias estratégias como: - Uso da Calça da Vovó – uma calça comprida (jeans ou de outro tecido resistente) recheada com materiais que podem ser flocos de espuma, retalhos de tecidos ou outro qualquer, de acordo com a consistência que queira dar a ela que atenda a necessidade do usuário, mais macia ou mais firme. Como pode ser visto na figura abaixo, pode ser utilizada mais que uma calça e também em conjunto com almofadas http://www.praticaspedagogicasdf.wordpress.com/ http://www.praticaspedagogicasdf.wordpress.com/ 36 Calça da Vovó – descrição da imagem: crianças posicionadas em calças da vovó em momento de recreação, tendo assim uma posição que favorece a visualização dos amigos que estão na brincadeira. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. Calça da vovó e bacia – descrição da imagem: menina sentada em uma bacia grande, sendo que uma calça da vovó faz o apoio em torno de seu corpo (nas costas e laterais do tronco), para que consiga permanecer sentada. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. Calça da vovó e bacia – descrição da imagem: menino sentado em uma bacia grande, sendo que uma calça da vovó faz o apoio em suas costas e laterais do tronco. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. 37 Calça da vovó e almofadas – descrição da imagem: menino com deficiência múltipla (deficiência física e visual) posicionado em uma calça da vovó e almofadas para brincar. - Mesa de apoio – mesinhas que podem ser acopladas às cadeiras ou encostadas na cadeira, de forma que a pessoa com deficiência possa ter acesso ao que é colocado a sua frente com facilidade. Mesa de apoio – descrição da imagem: jovem com deficiência múltipla (deficiência física associada a cegueira) sentado em sua cadeira de rodas brincando com um colega, tendo a sua frente uma mesa de apoio que possui um recorte em forma de semicircunferência que permite ficar bem perto de seu corpo, assim podendo apoiar seu braços. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. 38 Mesa de apoio – descrição da imagem: menino com deficiência múltipla (deficiência física e visual) em cadeira de rodas adaptada e com mesa de apoio, desenvolvendo atividade de culinária com o auxilio da professora. Despejando leite condensado em uma bacia azul (cor contrastante com a massa e a mesa). - Plano inclinado – dispositivo que deve ser posicionado diante do usuário para elevar os materiais que lhes são apresentados (livros, cadernos, objetos, atividades de pintura e outras), pode ser confeccionado em madeira, plástico, papelão. Plano inclinado – descrição da imagem: menina com deficiência múltipla (deficiência física e deficiência visual) com pasta de comunicação alternativa posicionada a sua frente em um plano inclinado, possibilitando sua visualização e fácil manuseio. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. 39 Plano inclinado – descrição da imagem: calendário de atividades (cuidar do peixe, livro para leitura e música) posicionado em um plano inclinado sobre a mesa de apoio da cadeira do aluno com deficiência múltipla (deficiência física e deficiência visual), permitindo sua visualização e o apontar. - Estabilizadores – são equipamentos que ajudam a manter o posicionamento do usuário durante as atividades do dia a dia. Parapodium – aparelho para posicionar o usuário em pé. – descrição da imagem: aparelho confeccionado em madeira, pintado na cor lilás, tem uma base quadrada, laterais para apoio de mesa, uma prancha nas costas, onde encontra-se cintos para segurar pés, joelhos, tronco e apoio para cabeça, dependendo da necessidade do usuário. Fonte da imagem: http://www.assistiva.mct.gov.br Estabilizador ortostático – descrição da imagem: menina posicionada em pé em um estabilizador com uma mesa inclinada a sua frente para desenvolver atividades. Fonte da imagem: http://www.viareabilitação.com.br http://www.assistiva.mct.gov.br/ http://www.viareabilitação.com.br/ 40 - Cadeira de rodas adaptada – as pessoas com deficiência múltipla (deficiência física associada a outra deficiência) que necessitam de cadeiras de rodas, geralmente suas cadeiras necessitam ter adaptações para melhor posiciona-los, para sustentação de tronco, cabeça, abdutor de pernas entre outras. Auxílio de mobilidade - Andadores – auxiliam no treinamento de marcha e também servem de apoio para a marcha nos casos de usuários que possuem dificuldades de equilíbrio. Andador – descrição da imagem: andador feito de PVC com apoio para o tronco e lugar para a criança segurar, tem a base retangular para dar mais estabilidade ao usuário. Fonte da imagem: http://www.vidamaislivre.com.br http://www.vidamaislivre.com.br/ 41 - Pré-bengala – recurso feito com tubos de PVC, indicado para o inicio do treinamento de Orientação e Mobilidade, porque dá maior segurança a criança com deficiência múltipla com deficiência visual associada. Pre-bengala – descrição da imagem: menina utilizando uma pré-bengala na calçada acompanhada por um adulto. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. Pré-bengala – descrição da imagem: pré-bengala acoplada a um carrinho de supermercado de brinquedo para ser utilizada no treinamento de crianças até 4 ou 5 anos, no período em que o lúdico é importante para a aprendizagem. Fonte da imagem: acervo da Ahimsa. 42 Auxílio para cegos ou baixa visão - Planos inclinados com fundo contrastante – as pessoas com deficiência múltipla com associação de deficiência visual cortical precisam de alto-contraste para melhor visualização, outro recurso é usar um fundo preto para limpar e dar mais contraste, e assim melhorar a visualização. Plano inclinado com fundo preto – descrição da imagem: um fundo inclinado com fundo preto, dando apoio a um caderno, sendo utilizado por uma jovem com deficiência múltipla (paralisia cerebral e deficiência visual cortical). Fonte da imagem: acervo da autora. 43 Aspectos Importantes para confecção de Recursos e Tecnologias para pessoas com deficiência múltipla com associação de deficiência visual Temos que ter sempre em vista alguns aspectos importantes quando da confecção ou indicação de TAs, quando o usuário final tiver dificuldades visuais, temos que levar em conta: - Tamanho, Cor, Campo e Contraste que favoreçam as necessidades das etiologias e patologias apresentadas pelos usuários. - Desenvolvimento das habilidades visuais e Maturação das habilidades visuais: Percepção de luz, Consciência Visual (Perceptivo), Fixação, Olha item por item, Rastrear Objetos e Móveis, Mantém Contato Visual – com Pessoas e Brinquedos, Convergência, Acomodação, Coordenação Olho-Mão, Exploração, Observação Seletiva, Localização, Discriminação (Habilidade para discriminar entre dois pontos pequenos). Necessidade de controle de iluminação – Foto fobia: - Controlar quantidade (reostato/uso de cortinas), tipo, direção da luz; - Evitar luz direta no olho da criança; - Sentar a criança de costas para a janela; - Uso de boné, viseira e/ou lentes com filtro; - Reduzir o brilho das superfícies. Necessidade de mais iluminação: - Luz natural deve ser usada sempre que possível; - Uso de luminárias; - Oferecer à criança oportunidade para que ela posicione a luz com independência; - Uso de recurso com luz interna; 44 Uso de iluminação artificial de apoio. Necessidade de uso de contraste: - Usar altos contrastes (preto, branco,azul, amarelo e vermelho). - Usar objetos com cores fortes nas atividades de vida diária; - Evitar superfícies com padrões confusos; - Forrar superfícies de mesas e carteiras pode ajudar a aumentar o contraste entre figura e fundo; - Contornar atividades com canetas de cores fortes e traçado espesso. 45 Uso de contraste: Descrição da imagem: criança sentada em frente a uma mesa para alimentar-se, ela segura o talher com uma das mãos e o copo com a outra. O prato, o copo e os talheres estão sobre um jogo americano azul, que proporciona contraste entre a mesa branca e os utensílios também claros. Uso de alto contraste – descrição da imagem: menino com deficiência múltipla (deficiência física e visual) desenvolvendo atividade de culinária, está sendo usada uma bacia verde que proporciona um alto contraste com a massa e a mesa. Uso de figuras com cores firmes e contornos espessos – descrição da imagem: menino com deficiência múltipla (deficiência física e visual) olhando um livro. Fonte da imagem: acervo da autora. 46 Adaptações de baixa e alta tecnologia podem ser feitas para tornar o currículo acessível a todos os alunos em sala de aula. Algumas delas são muito baratas, enquanto outros podem ser um pouco mais caros. Sistemas de imagem para comunicação, são comumente usados para ajudar os não leitores a aprender. Microfones portáteis, texto-speech e sistetizadores de voz são utilizados para ajudar os leitores que tem dificuldades e estudantes com deficiência física para completar suas tarefas escritas. Nas salas de aula onde essas adaptações foram feitas para acomodar um aluno, os professores relatam que vários outros alunos, não identificados como deficientes se beneficiaram também. Sugestões: - Opções de baixa tecnologia em uma sala de aula inclusiva. - Utilizar sistemas de imagem de comunicação, etiquetando os móveis e utensílios em torno de sua sala de aula. Essas imagens em contorno preto e palavra escrita pode ser feita para qualquer coisa. Livros, jornais e outros materiais didáticos podem ser feitos ou comprados para ser adaptados em classe ao nível do aluno. - Com alunos com baixa visão podemos utilizar ampliação da fonte sobre quaisquer materiais. Usando materiais impressos por impressoras em fonte aumentada ou ampliação por Xerox, ou ainda, escrever em letras maiores com canetas grossas. - Use cola branca para marcar linhas no papel padrão para os alunos que têm dificuldade em escrever sobre ou entre as linhas. A cola seca dá a entrada do aluno com deficiência física e visual que irá ajudá-lo a determinar onde escrever. Esta modificação deve ser feita com antecedência para garantir que a cola seque completamente. - Permitir que os estudantes usem calculadoras em jogos ou em situações que necessitem de resultados rápidos em matemática. Isso irá tirar a pressão do aluno com dificuldades de matemática e permitir que ele participe com a classe mais plenamente. 47 - Compre CDs que acompanham os livros que você está usando na sua sala de aula. Textos escolares em sua maioria têm o CD de áudio que pode ser adquirido juntamente com eles. Um aluno com dificuldade de leitura pode ler e ouvir ao longo do texto a ser lido. Isso ajudará o aluno a manter-se com suas tarefas em sala de aula, embora a leitura seja dificil. Opções de alta tecnologia em uma sala de aula inclusiva. - Utilize software de leituras de tela ou sintetizadores de voz para os alunos que têm dificuldade de leitura / escrita. Muitos computadores novos vêm com esses softwares e leem qualquer texto em documentos de processamento de texto ou online. Estes softwares devem ser comprados separadamente, mas é inestimável para os alunos que têm deficiências que tornam difícil ou impossível fisicamente digitar ou escrever. - Incorporar vídeos em seus planos de aula. Configurá-los com closed caption ativado irá reforçar o que está sendo dito no vídeo. Vídeos são bons para os alunos visuais, auditivos alunos / pessoas que tem dificuldades com a leitura. - Usar um sistema portátil FM quando você apresenta lições ou da instruções a toda a classe ou pequenos grupos. Isto o impede de ter que falar muito alto e preserva a sua voz. Inspiram-se também alunos com deficiência auditiva na discussão, simplesmente porque eles podem ouvir tudo o que está sendo dito. Quando se trabalha em grupo, passar o microfone para o sistema portátil FM em torno de aluno, para que possam ser ouvidas facilmente por todos. 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Al COOK. Albert M. The role of technology aiding individuals who are deafblind. Palestra proferida na XV DbI – Conferencia Internacional sobre Surdocegueira. São Paulo. Set 2011. BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. CEDI – Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil. Porto Alegre. 2008. SOUSA, Robson Pequeno; MOITA, Filomena M. C. da S. C e CARVALHO, Ana Beatriz Gomes. Tecnologias Digitais na Educação. Editora :Eduepb. Paraíba. 2011. CAT/ SEDH. Ata de Constituição. 2007. Sites pesquisados: http://www.youtube.com http://google.com.br http://www.terraeletronica.com.br http://www.tecnologiaassistiva.net http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html http://www.clik.com.br/ http://www.tecnologia-assistiva.org.br/index.php http://www.washington.edu/accessit/ http://www.ehow.com http://www.washington.edu/accessit/articles?109 http://www.washington.edu/accessit/articles?109 49 Indicação de Filmes: Assista ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=kRVbBliFLjI&feature=related Assista ao filme sobre DOS-VOX: http://www.youtube.com/watch?v=O5jEqDOGfNE Apostila Organizada por: Renato Hilário http://www.youtube.com/watch?v=kRVbBliFLjI&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=O5jEqDOGfNE 50 Assista ao filme sobre TAs: http://www
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