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Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA Inicialmente Triângulo de Avaliação Pediátrica - TAP Conduta ABC Definição Ferramenta utilizada para obter a impressão inicial. Função ❖ Identificar o tipo geral de problema fisiológico, como respiratório, circulatório ou neurológico. ❖ Identificar a urgência de tratamento e transporte. Conduta ABC Aparência ou impressão inicial ❖ Observação rápida. ❖ Avaliação visual e auditiva do paciente nos primeiros 30 – 60 segundos de atendimento sem aparelhos. ❖ Choro, comportamento, aparência, alerta, irritável e não responde. ❖ Mnemônico TICOF o Tônus. o Interatividade. o Consolabilidade. o Olhar. o Fala/choro. Respiração ❖ Ouvir e observar. ❖ Esforço respiratório. ❖ Sons anormais ouvidos sem ausculta, como estridor, gemência e chiado. ❖ Ausência de movimentos respiratórios. ❖ Batimento de asa de nariz – BAN. ❖ Tiragem subcostal – TSC. ❖ TIC. Cor ❖ Noção de perfusão. ❖ Palidez. ❖ Cianose. ❖ Moteamento – aspecto marmóreo. ❖ Rendilhado. / Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA Alteração Identificada no ABC ❖ Não se move. ❖ Se move e me comov. ❖ Mov – monitor, oxigenação e veia. Não Se Move ❖ Paciente não responde ou não respira ou apresenta gasping o Checar pulso simultaneamente. ❖ Paciente não responde, mas respira o Realizar avaliação primária. ❖ Paciente responde o Realizar avaliação primária. Com Move ❖ Avaliação primária (ABCDE). ❖ Utilizar de forma contínua a sequência avaliar/identificar/intervir após cada intervenção e/ou sempre que o quadro se alterar. ❖ Se o paciente apresentar algum problema potencialmente fatal, deve- se iniciar intervenções apropriadas. Avaliação Primária Abordagem ABCDE ❖ A – Vias aéreas. ❖ B – Respiração. ❖ C – Circulação. ❖ D – Disfunção/Incapacitação. ❖ E – Exposição. A – Vias Aéreas Avaliar Permeabilidade de vias aéreas e se indicado corrigir as situações de risco. Formas de avaliar vias aéreas ❖ Observar se há movimento do tórax ou abdômen. ❖ Auscultar se há movimento de ar e sons respiratórios. ❖ Sentir se há fluxo de ar no nariz e na boca. Estado e descrição da via aérea superior ❖ Pérvia – vias aéreas abertas e desobstruídas à respiração normal. ❖ Preservável – vias aéreas obstruídas, mas podem ser preservadas por medidas simples, como elevação do queixo. ❖ Obstruída ou não preserváveis – vias aéreas obstruídas e não podem Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA ser preservadas sem intervenções avançadas, como a intubação. B – Respiração Valores de referência Frequências Ventilatórias Lactente (1 a 12 meses) 30 a 60 Criança de 1 a 3 anos 24 a 40 Pré-escolar (4 a 5 anos) 22 a 34 Idade escolar (6 a 12 anos) 18 a 30 Adolescente (13 a 18 anos) 12 a 16 Avaliar ventilação ❖ Frequência respiratória. ❖ Profundidade respiratória. ❖ Esforço respiratório. ❖ Expansão e simetria torácica – inspiração ou expiração prolongadas. ❖ Sons nos pulmões e nas vias aéreas – ausculta anterior, posterior e infra axilar. ❖ Saturação de O2 por oximetria de pulso – considerar administração de O2 se saturação < 94%. Sinal de alerta ❖ Frequência respiratória < 10 IPM. ❖ Frequência respiratória > 60 IPM. Taquipneia ❖ Pode ser acompanhada por sinais de aumento do esforço respiratório. ❖ Taquipneia silenciosa é aquela sem sinais de aumento do esforço respiratório, resultante de desidratação, por exemplo. Bradipneia ❖ Frequência respiratória mais baixa que o normal. ❖ Causada por fadiga de músculos respiratórios, hipóxia grave, choque grave e hipotermia, por exemplo. Crépitos ❖ Sons de estalidos e cliques semelhantes ao atrito dos cabelos. ❖ Causados por uma reinflação súbita de grupos de alvéolos e aumento do fluido em pequenas vias aéreas. ❖ Ausculta-se ao final da inspiração. Apneia ❖ Cessação da respiração por mais de 15 segundos. ❖ Apneia central – não há esforço respiratório, por causa de uma anormalidade ou supressão do cérebro ou da medula espinal. ❖ Apneia obstrutiva – há esforço inspiratório sem fluxo de ar. ❖ Apneia mista. Estertor ou crepitações ❖ Sons inspiratórios crepitantes e agudos. ❖ Crepitações secas assemelham-se ao som de esfregar os cabelos próximo ao ouvido, sendo comum na atelectasia. ❖ Crepitações úmidas indicam acúmulo de líquido alveolar. Estridor ❖ Som respiratório grosseiro, em geral mais agudo. Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA ❖ Ausculta-se mais frequentemente na inspiração. ❖ Causado pela presença de corpo estranho e edema da via aérea superior, por exemplo. Sibilos ❖ Ruídos respiratórios descritos como chiado no peito. ❖ Causado pela alta velocidade do fluxo de ar pelo brônquio severamente estreitado ou obstruído. ❖ Ausculta-se continuamente durante a inspiração ou expiração. Gorgolejos ❖ Expulsão de líquidos através de golfadas. ❖ Ausculta-se um som de líquido. C – Circulação Valores de referência Frequências Cardíacas Lactente (1 a 12 meses) 100 a 160 Criança de 1 a 3 anos 90 a 150 Pré-escolar (4 a 5 anos) 80 a 140 Idade escolar (6 a 12 anos) 70 a 120 Adolescente (13 a 18 anos) 60 a 100 Avaliar ❖ Frequência e ritmos cardíacos. ❖ Pulsos periféricos – amplitude e simetria. ❖ Pulsos centrais. ❖ Tempo de preenchimento capilar. ❖ Pressão arterial. ❖ Turgência jugular. ❖ Ausculta cardíaca. ❖ Coloração, umidade e temperatura da pele. ❖ Palpar fígado e pulsos femorais. Pulsos centrais ❖ Femorais. ❖ Braquiais – bebês. ❖ Carotídeos – crianças. ❖ Axilares. Pulsos periféricos ❖ Radiais. ❖ Dorsais do pé. ❖ Tibiais posteriores. Tempo de preenchimento capilar ❖ Normal = 2 segundos ou menos. ❖ > 2 segundos indica desidratação, choque e hipotermia. Hipotensão ❖ Neonatos a termo – pressão arterial sistólica < 60 mmHg. ❖ Bebês – pressão arterial sistólica < 70 mmHg. ❖ Crianças – pressão arterial sistólica < 70 + (idade em anos x 2) mmHg. ❖ Crianças > 10 anos – pressão arterial sistólica < 90 mmHg. Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA D – Disfunção/Incapacitação Avaliação neurológica ❖ Glasgow. ❖ AVDI – escala de resposta a estímulos. ❖ Avaliação pupilar – tamanho, fotorreatividade e simetria. ❖ Qualquer alteração – DEXTRO. AVDI ❖ Alerta – criança desperta, ativa e responde adequadamente aos estímulos externos e aos cuidadores. ❖ Voz – criança responde apenas a estímulos de voz. ❖ Dor – criança só responde a estímulos dolorosos, como a compressão esternal ou aperto do trapézio. ❖ Inconsciente – criança não responde a nenhum estímulo. Glasgow e Escala AVDI Alerta 15 Verbal 13 Dor (estímulo doloroso) 8 Inconsciente (não responde ao estímulo doloroso) 6 Causas da redução do nível de consciência ❖ Perfusão cerebral deficiente. ❖ Choque grave. ❖ Lesão cerebral traumática. ❖ Atividade convulsiva. ❖ Encefalite. ❖ Meningite. ❖ Hipoglicemia. ❖ Hipoxemia. ❖ Hipercarbia. E – Exposição ❖ Tirar toda a roupa. ❖ Procurar manchas e lesões em pele, deformidades. ❖ Olhar o dorso. ❖ Checar temperatura. ❖ Buscar evidência de maus tratos. ❖ Suspeita de trauma. Avaliação Secundária Introdução A avaliação secundária consiste em um histórico específico e exame físico detalhado com reavaliação contínua do estado fisiológico e da resposta ao tratamento. Histórico Mnemônico SAMPLE. S - Sinais e sintomas ❖ Sinais e sintomas no início da enfermidade. ❖ Dificuldade respiratória. ❖ Sibilo. ❖ Taquipneia. Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA ❖ Taquicardia. ❖ Redução do nível de consciência. ❖ Agitação/ansiedade. ❖ Ingestão oral reduzida. ❖ Dor abdominal. ❖ Evolução dos sintomas. A – Alergias ❖ Medicamentos. ❖ Látex. ❖ Alimentos. ❖ Reações associadas. M – Medicações❖ Medicamentos do paciente, inclusive os vendidos sem prescrição médica. ❖ Inaladores. ❖ Vitaminas. ❖ Suplementos à base de ervas. ❖ Última dose e hora de medicações recentes. ❖ Medicamentos que podem ser encontrados no ambiente da criança. P – Histórico médico anterior ❖ Histórico de saúde. ❖ Problemas médicos de fundo importantes, como asma. ❖ Cirurgias anteriores. ❖ Estado de imunização. L – Última refeição ❖ Hora e natureza da ingestão do último líquido ou alimento. ❖ Tempo decorrido entre a última alimentação e a apresentação da doença atual. E – Eventos ❖ Riscos no local. ❖ Tratamento durante o intervalo do início da doença ou lesão até a avaliação. ❖ Hora estimada do início. Exame Físico Específico ❖ Avaliar a principal área afetada pela doença e/ou lesão. ❖ Breve avaliação global. Reavaliação Contínua ❖ TAP. ❖ ABCDE da avaliação primária, incluindo sinais vitais. ❖ Avaliação de achados anatômicos e fisiológicos anormais. ❖ Revisão da eficácia do tratamento. Exames Complementares ❖ Gasometria arterial. ❖ Gasometria venosa. ❖ Gasometria capilar. ❖ Concentração de hemoglobina. ❖ Saturação de O2 venoso central. ❖ Lactato arterial. ❖ Monitorização da pressão venosa central. ❖ Monitorização invasiva da pressão arterial. ❖ ECG. ❖ Ecocardiograma. ❖ Fluxo expiratório de pico (FEP). Beatriz Tianeze de Castro | HAM VI | P6 - MEDICINA Avaliação do Turgor da Pele Tempo decorrido para a pele retornar ao normal Grau aproximado de desidratação Menos de 2 segundos Menos de 5% do peso corporal 2 a 3 segundos 5 a 8% do peso corporal 3 a 4 segundos 9 a 10% do peso corporal Mais de 4 segundos Mais de 10% do peso corporal
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