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Bradiarritmias

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1 Gabriela Vieira 2/23 MEDFipGbi 
Bradiarritmias 
Bradicardia absoluta – Frequência cardíaca <60 batimentos/min. 
Bradicardia relativa – Termo que se refere a uma situação na qual a frequência cardíaca pode ser >60 batimentos/min, mas 
fisiologicamente o paciente necessita de taquicardia (como na hipovolemia) e é incapaz de aumentar a sua frequência cardíaca 
devido à doença do nó SA, betabloqueadores ou outros medicamentos. 
Bradicardia sintomática – Termo utilizado para descrever o paciente com sinais e sintomas de comprometimento hemodinâmico 
causado pela diminuição da frequência cardíaca.
Início de caso 
Estamos atendendo em uma UPA 24h, quando adentra ao 
consultório a enfermeira da triagem dizendo: 
“Doutor, estou ali com seu Geraldo, 50 anos, na sala da triagem e 
ele está com o pulso de 30bpm” 
E agora!? O que fazer nesse momento? Quais as prioridades devo 
tomar? 
Sequência do atendimento 
Pacientes com uma FC < 50 ou > 150 bpm, deve – se pensar 
primariamente em uma arritmia cardíaca 
Geraldo, 50 anos, com uma frequência cardíaca de 30bpm é um 
paciente que me comove. Logo: 
• Monitorização contínua em sala vermelha 
• Oxigenioterapia se StO2 < 94% 
• Veia- acesso venoso periférico 
• ECG / exames* 
Certo, fiz tudo isso, já está na sala vermelha monitorizado e com 
acesso venoso. A enfermeira foi preparar o ECG. E agora, o que 
fazer!? 
Avaliando critérios de 
instabilidade hemodinâmica 
Bom dia seu Geraldo, como o senhor está? O senhor desmaiou 
esses dias? – Avaliação do estado de consciência 
Está com falta de ar? Frequência respiratória, esforço respiratório, 
ausculta, StO2 - Sinais de insuficiência respiratória 
Vamos aferir a pressão arterial de seu Geraldo, avaliar pulsos e o 
tempo de enchimento capilar (TEC) – Sinais de choque 
cardiogênico 
O senhor está sentindo alguma dor no peito? - Síndrome 
coronariana aguda 
5 Ds da instabilidade hemodinâmica – 1 desses 5 sinais, o paciente 
está instável !! 
✓ Dispneia 
✓ Dor torácica – do tipo anginosa 
✓ Débito cardíaco diminuído 
✓ Deficit neurológico 
✓ Desmaios 
 
 
 
Causas reversíveis de bradicardia 
✓ Intoxicação por Beta – bloqueadores, bloqueadores dos 
canais de Cálcio, Antiarrítmicos, Antidepressivos tricíclicos, 
Lítio. 
 
 
2 Gabriela Vieira 2/23 MEDFipGbi 
✓ Distúrbios eletrolíticos: Hipercalemia, hipercalcemia, 
hipomagnesemia 
✓ Hipoxemia, hipotermia- principalmente em crianças – O2 e 
ventilação, aquecimento 
✓ Síndrome de Cushing- bradicardia, hipertensão e arritmia 
respiratória – hipertensão intracraniana 
✓ Reflexo vagal – tosse, vômito, pós prandial, sono 
✓ Hipotireoidismo – TSH 
Todas as P conduzem 
Normal: 
 
Bradicardia sinusal – quer dizer que as ondas estão normal, porém 
com o pulso baixo; 
frequência cardíaca <60 batimentos/min 
 
Bloqueio A – v 1º grau – quer dizer que há um alargamento no 
intervalo P até o R. 
Intervalo PR >200ms ou 5 quadradinhos. 
Mesmo intervalo R-R em todas as derivações 
Sempre tem onda P conduzindo QRS 
 
Algumas P conduzem, outras não 
 BLOQUEIO A-V DE 2º GRAU – MOBITZ 1 – “te avisa que 
vai parar” 
 
 
 
Perceba que a distância da onda P para o complexo QRS vai se 
alternando “ela vai avisando que vai sumir”; 
Nem sempre tem QRS. Um onda P, não gera um QRS; 
Intervalos PR intermitentes. 
 BLOQUEIO A-V DE 2º GRAU – MOBITZ 2 
 
 
 
Ocorre uma falha na condução de forma súbita; 
Perceba que a distância da onda P para o complexo QRS é a 
mesma e do nada o complexo QRS some “ele não avisa que vai 
sumir”. 
Onda P não conduz QRS 
Interrupção súbita 
Nenhuma P conduz 
 BLOQUEIO A-V 3º GRAU OU TOTAL 
 
 
Não existe nenhuma relação da onda P com o complexo QRS. A 
onda P não tem relação com o QRS. 
P e QRS sem sincronia. 
Avaliando o estado do paciente 
 
 
3 Gabriela Vieira 2/23 MEDFipGbi 
Confuso, desorientado, agitado 
Pressão arterial de 80x50mmHg, TEC >3s, pulsos finos 
Desconforto respiratório com uso de musculatura acessória, 
creptos em bases bilaterais, com StO2 85% em ar ambiente 
Apresentando fácies de dor, com aparente dor torácica 
E agora? O paciente encontra-se estável ou instável 
hemodinamicamente? 
 
Tratamento das Bradiarritmias instáveis 
1ª linha: Atropina – bloqueio do sistema parassimpático 
- Apresentação de 0,25; 0,5 ou 1mg/ml 
- Dose: 1mg EV, repetir a cada 5 minutos, dose máxima 3mg 
2ª linha: 
Adrenalina 2 – 10 mcg/min EV em BIC ou 
Dopamina 5 – 20 mcg/kg/min EV em BIC (bomba de infusão 
contínua) ou 
Marcapasso Transcutâneo 
Preparar: 
Adrenalina – 1mg/ml, ou seja, 1.000 mcg/ml 
Sugestão: 02 amp. de Adrenalina + S.F.0,9% 100ml; 
concentração de 20mcg/ml 
Infundir em BIC de 10 a 30ml, dependendo da resposta 
Dopamina – 50mg/ 10ml, ou seja, 50.000 mcg/ 10ml 
Solução padrão: S.F.0,9% 200ml + 50ml de Dopamina; 
concentração de 250mg em 250ml, ou seja, 1mg/ml, ou 
1.000mcg/ml 
Paciente de 70kg, iniciando a 5cmg/kg/min, em 60 minutos, 
necessita de 21.000mcg/h, ou seja, 21ml/h na BIC;

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