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Técnicas aplicadas no paciente no ambulatório ou enfermaria. GRUPO 2: Anádia Oliveira Maria Fernanda Técnicas de expansão pulmonar no atendimento a nível ambulatorial • OBJETIVOS: ➢ Recuperar volumes e capacidades pulmonares; ➢ Prevenir ou reexpandir áreas colapsadas; ➢ Manter integridade das trocas gasosas; ➢ Prevenir acúmulo de secreções pulmonares; ➢ Mobilizar caixa torácica; ➢ Facilitar a expectoração de secreções pulmonares; ➢ Favorecer a mobilidade diafragmática; Técnicas de expansão pulmonar no atendimento a nível ambulatorial • Por que e quando utilizar as técnicas? ➢ Prevenir e tratar complicações pulmonares pós-operatórias, tais como atelectasias, disfunções respiratórias, derrame pleural, pneumotórax e pneumonias, principalmente de cirurgias torácicas e abdome superior; ➢ Prevenir redução dos volumes pulmonares ou colapso alveolar, quando há condições restritivas como: fibrose pulmonar, obesidade e deformidades torácicas; ➢ Prevenir redução da capacidade muscular respiratória e exacerbação potencial em pacientes portadores de DPOC, realizar as técnicas que favorecem a expiração. Exercícios Respiratórios: • Exercícios Respiratórios com Freno-labial ➢ O objetivo dessa técnica é promover a melhora na oxigenação através de uma inspiração mais lenta e profunda associada ao prolongamento do tempo expiratório e total. ➢ Indicada aos pacientes portadores de DPOC. ➢ O paciente deve estar na posição sentada e a expiração é realizada com lábios ou dentes semicerrados, de maneira suave e controlada, não sendo forçada e não muito prolongada, mantendo-se a relação inspiração/expiração de 1:2. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório Diafragmático ➢ Objetivo é melhorar a ventilação pulmonar, sobretudo em regiões basais, também pode ser realizada em conjunto com manobras de remoção de secreção brônquica. ➢ Indicada em processos agudos e crônicos que provocam redução do volume pulmonar. ➢ Realizada aplicando estímulo manual na região abdominal, com leve compressão, solicitando-se inspiração nasal de forma suave e profunda com deslocamento anterior da região abdominal. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório com Suspiros Inspiratórios ➢ Objetivo é favorecer o recrutamento alveolar, bem como, o aumento da complacência pulmonar. ➢ Consiste em inspirações nasais breves, sucessivas e rápidas até atingir a capacidade inspiratória máxima, podendo ser associada à colocação das mãos sobre a região abdominal ou torácica inferior. A expiração deve ser realizada de forma suave e prolongada, com resistência labial e leve compressão na região estimulada. O tempo inspiratório é prolongado, atingindo valores acima de 6 segundos, favorecendo o aumento do volume inspirado e a melhor distribuição da ventilação. A inspiração deve ser nasal e a expiração oral. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório com Inspiração em Tempos ➢ Consiste em inspirações nasais curtas, suaves e sucessivas até atingir uma alta porcentagem da capacidade inspiratória, fracionando o tempo inspiratório total com pausas intermediárias. A expiração deve ser oral, lenta e suave com freno labial. A posição ideal para realizar este exercício é sentada, na qual um maior VC é movimentado. Entretanto, este exercício também pode gerar um grande VC quando realizado em decúbito dorsal, lateral direito e lateral esquerdo. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório com Expiração Abreviada ➢ Consiste na inspiração nasal de pequeno volume de ar, seguida de expiração com freno labial sem expirar todo o volume inspirado. Posteriormente realiza-se nova inspiração de médio volume pulmonar e nova expiração, como descrito anteriormente. Por último realiza-se uma inspiração até a capacidade máxima e expira-se prolongada e suavemente, podendo-se associar o freno-labial. O estímulo manual deve exercer leve compressão na região durante a fase expiratória. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório desde o VR ➢ Objetivo é melhorar a ventilação nas regiões pulmonares apicais. ➢ Consiste na realização de uma expiração prolongada entre os lábios até atingir o nível do VR com o paciente na posição sentada. A seguir, realiza- se uma inspiração nasal, profunda, expandindo a região torácica superior. O estímulo manual deve ser exercido durante a fase expiratória com compressão da região torácica superior. Na fase inspiratória, deve-se manter o apoio firme da mão. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório Inspiração Máxima: ➢ Consiste na colocação das mãos na região torácica inferior ou na região abdominal, associando uma inspiração lenta e suave, nasal, até a máxima capacidade inspiratória. Em seguida, faz-se a eliminação de pequeno volume de ar, outra inspiração máxima, nova expiração breve e uma última inspiração máxima. Ao final, faz-se uma expiração labial suave até a CRF. Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório com Inspiração Máxima Sustentada: ➢ Indicado para aumentar o volume pulmonar em pacientes com dor e desvantagem mecânica por redução da complacência pulmonar ou de caixa torácica devido cirurgias cardíacas e torácicas ou trauma em região. ➢ A inspiração sustentada máxima é realizada com um esforço inspiratório máximo, de forma lenta, pela via nasal, até atingir a máxima capacidade inspiratória. Mantém-se a inspiração máxima por cerca de 3 segundos, realizando, a seguir, a expiração sem esforço. A expiração pode ser feita entre os lábios. A inspiração é lenta para diminuir a velocidade e aumentar a força de contração muscular e máxima, com pausa ao final, para que o recrutamento de fibras musculares gere maior redução da pressão Exercícios Respiratórios: • Exercício Respiratório com Manobra de Compressão e Descompressão Torácica: ➢ Consiste na realização de pressão manual na região torácica acometida, em geral, a região torácica inferior. Solicita-se a realização de uma expiração prolongada e, em seguida, uma inspiração nasal profunda. No início da fase inspiratória, realiza-se uma resistência com as mãos, a qual é retirada abruptamente, promovendo uma descompressão local. Este procedimento busca a negativação da pressão pleural regional com consequente direcionamento do fluxo de ar para esta área. ➢ Acredita-se que a variação da pressão pleural provocada pela compressão e descompressão torácica atue no sistema de reabsorção do liquido Espirometria de Incentivo • Tipos de espirômetros: ➢ espirômetros orientados a volume, nos quais um volume pré-determinado deve ser atingido: ➢ espirômetros orientados a fluxo, nos quais um fluxo pré-determinado deve ser atingido. Espirometria de Incentivo • Objetivo é incentivar, por meio de feedback visual ou auditivo, a inspiração máxima sustentada, e assim, prevenir ou reverter o colapso alveolar. ➢ Os pacientes devem ser bem orientados e motivados a fazer inspirações máximas imitando o suspiro instruídos a: ➢ Envolver o bocal do aparelho com os lábios, de forma que evite a entrada de ar externamente a ele; ➢ Segurar o espirômetros de incentivo na posição vertical, dentro do seu campo de visão; ➢ Inspirar profunda e lentamente, tentando manter o fluxo inspiratório constante até atingir o volume ou fluxo prescrito. Essa inspiração deve ser iniciada a partir Espirometria de Incentivo • Quando o paciente inspira, deve ser possível visualizar o deslocamento de um pistom nos espirômetros orientados a volume ou das esferas por meio de um cilindro transparente graduado. • Quanto ao número de séries e repetições, são variáveis para cada paciente. A prescrição é feita conforme resultado da avaliação fisioterapêutica. Breath-stanking • Consiste em uma técnica de inspirações sucessivas através de uma válvula de sentido unidirecional, com bloqueio do ramo expiratório que é utilizado com o objetivo de estimar a capacidade vital (CV) e permitir a obtenção de uma expansão pulmonar máxima com a mínima colaboração do individuo. • O paciente deve esta preferencialmente sentado.Coloca-se uma máscara siliconizada conectada a uma válvula unidirecional adaptada a face do paciente e então deve-se ajustá-la para permitir apenas a inspiração (o ramo expiratório deve ser ocluído), o individuo realiza esforços inspiratórios sucessivos por um período de 20 segundos. Em seguida, o ramo expiratório é liberado e o paciente expira livremente. Epap- pressão expiratória positiva de vias aéreas • Indicação: prevenção e/ou tratamento de disfunções respiratórias associadas a condições cirúrgicas ou traumáticas (atelectasia, pneumonia, derrame pleural e pneumotórax), no tratamento de limitação crônica ao fluxo aéreo (doença pulmonar obstrutiva crônica e asma) e no treinamento de força e resistência dos músculos expiatórios. • Execução- é caracterizada por inspiração seguida de expiração contra resistência pressórica linear. A profundidade da inspiração relaciona-se com o nível do esforço expiratório, tendo em vista a necessidade de maior inflação pulmonar. Os efeitos mecânicos gerados na caixa torácica e no sistema cardiovascular durante a MV e EPAP são mediados pelos receptores de estiramento pulmonar, mecanoceptores cardiopulmonares, Epap- pressão expiratória positiva de vias aéreas • Contra-indicações: TCE (com aumento da PIC); Hemorragia digestiva;Insuficiência renal severa; Fístulas pulmonares; Pneumotórax; Arritmias cardíacas agudas; Hipotensão arterial Contra indicações: • Hipertensão pulmonar persistente; • Pós-operatório imediato cardíaco até 24 horas prévias; • Pós-operatório imediato de cirurgia tarocoabdominal; • Pneumotórax não drenado com função renal insuficiente; • Fraturas de costelas nos exercícios de compressão/descompressão; • Exercício de respiração abreviada em paciente DPOC, pois aumenta a resistência nas vias aéreas por favorecer a hiperinsuflação pulmonar; • Hemoptise recente. Caso clínico Paciente F.B.M, sexo feminino, 29 anos, ativa. Consciente, orientada. Sem presença de edemas em MMSS e MMII. Reclama de dor aguda no peito, tosse seca e falta de ar que piora ao deitar em decúbito lateral E. Encontra-se em suplementação de oxigênio em máscara de venturi 35% à 6l/min. • Sinais vitais: SatO2= 97%; PA= 130/70; FR= 24; FC= 114; T= 37.2ºc. • Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular sem ruído adventício à direita e presença de creptos em base E. • Exames complementares: Hemograma completo: Hb= 11.2 e plaquetas 129.000 Raio x de tórax: presença de derrame pleural à esquerda. Artigo: Introdução: Técnicas para expansão pulmonar parecem beneficiar pacientes com derrame pleural drenado e não drenado, porém há falta de evidências para indicar qual é a melhor técnica em cada situação. Atualmente, as escolhas terapêuticas dos fisioterapeutas respiratórios que atendem essa população não são conhecidas. Objetivo: Conhecer as técnicas de expansão pulmonar escolhidas pelos fisioterapeutas respiratórios que atendem pacientes com derrame pleural drenado e não drenado. Método: Por meio do anúncio do Conselho Federal, 232 fisioterapeutas que trabalham em hospitais no Brasil foram questionados sobre quais técnicas se aplicam a pacientes com derrame drenado e não drenado. Conclusão: A respiração profunda é a técnica de expansão pulmonar mais aplicada no tratamento de pacientes com derrame pleural drenado e não drenado por fisioterapeutas respiratórios. Além disso, há associação entre maior titulação e tempo de atuação profissional e as técnicas escolhidas. Resultados: Inicialmente, 512 foram questionados, mas 232 (45,3%) responderam. Os fisioterapeutas associam mais de uma técnica de expansão pulmonar em ambos os tipos de pacientes, além de deambular. A respiração profunda é a técnica mais utilizada em pacientes com derrame pleural drenado (92%) e não drenado (77%). Exercícios de pressão positiva nas vias aéreas são escolhidos por 60% dos fisioterapeutas para tratar pacientes com derrame pleural drenado e por 34% para pacientes com derrame pleural não drenado. A espirometria de incentivo é utilizada com 66% dos pacientes com derrame pleural drenado e 42% com não drenado. Referência: SANTOS, E. C. dos; SILVA, J. S. da; ASSIS FILHO, M. T. T. de; VIDAL, M. B.; LUNARDI, A. C. Uso de técnicas de expansão pulmonar em derrame pleural drenado e não drenado: estudo com 232 fisioterapeutas. Revista Fisioterapia em movimento. v. 33: e003305, 2020. Disponível : https://doi.org/10.1590/1980-5918.33.AO05 Referências • SANTOS, E. C. dos; SILVA, J. S. da; ASSIS FILHO, M. T. T. de; VIDAL, M. B.; LUNARDI, A. C. Uso de técnicas de expansão pulmonar em derrame pleural drenado e não drenado: estudo com 232 fisioterapeutas. Revista Fisioterapia em movimento. v. 33: e003305, 2020. Disponível : https://doi.org/10.1590/1980-5918.33.AO05 • BRASIL. FISIOTERAPIA PULMONAR AMBULATORIAL. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO –POP. EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. POP.UR.046 - Página 1/19. 2020. DISPONÍVEL: https://www.gov.br/ebserh/pt- br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/pops/pop- ur-047-fisioterapia-pulmonar-ambulatorial.pdf
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