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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC/Palmas Sistemas Orgânicos Integrados IV – 5º período MED Sarah Lima Campos Alzheimer Porque a Doença de Alzheimer acomete mais algumas pessoas (Ex. Síndrome de Down)? Os estudos demonstram que por volta dos 40 anos, quase 100% das pessoas com Síndrome de Down que morrem têm as alterações cerebrais características da Doença de Alzheimer. A proteína precursora amiloide, que dá origem ao fragmento - proteína amiloide tóxica (que forma as placas senis no cérebro e que danifica provavelmente as células cerebrais e as conexões existentes entre elas), está codificada no cromossoma 21. Uma vez que as pessoas com Síndrome de Down têm uma cópia extra do cromossoma 21, produzem 1.5 vezes mais proteína precursora amiloide do que as outras pessoas e isto parece resultar na tendência para a formação excessiva da proteína amiloide. Esta situação parece causar o aparecimento mais precoce das alterações cerebrais típicas da Doença de Alzheimer. No entanto, existe um número significativo de pessoas com Síndrome de Down com mais de 40 anos que não mostra sinais de ter Doença de Alzheimer. Atualmente, ainda não se compreende porque é que as alterações características da Doença de Alzheimer não produzem necessariamente a condição em pessoas com Síndrome de Down. Quais os dois grupos e suas peculiaridades? Há duas classificações para os pacientes com Alzheimer: de início precoce ou de início tardio. No primeiro grupo, as pessoas afetadas estão abaixo dos 65 anos de idade (5 a cada 100 pacientes com Alzheimer). Na maioria dos casos, os pacientes se enquadram no segundo grupo, quando as manifestações da doença ocorrem por volta dos 65 anos ou mais. Como é a cronologia dos sintomas? A evolução inicial da doença de Alzheimer é dominada pela presença de amnésia anterógrada. Algumas queixas usuais incluem esquecimento de eventos e conversas recentes, colocação errada de objetos, problemas com o acompanhamento da data, perder-se em vizinhanças familiares, e problemas para se lembrar de completar tarefas. A frequência e gravidade dos lapsos de memória progridem de dificuldade ocasional para falhas mais pervasivas e consistentes. Na doença de Alzheimer leve, a função da memória episódica declarativa pode ser perdida. A familiaridade e acesso ao conhecimento anterior podem permitir aos pacientes funcionar nas suas rotinas diárias usuais, contanto que, nada além do ordinário seja deles exigido. Eles podem ainda reter a capacidade de preparar refeições simples e fazer caminhadas na vizinhança sem se perderem. Entretanto, mesmo na doença de Alzheimer leve, erros de tomada de medicação e dificuldade para lidar com dinheiro ou contabilizar um talão de cheques tendem a ocorrer. Viajar para lugares não familiares acentua frequentemente a confusão. Mudanças na personalidade comumente acompanham as perdas cognitivas. Apatia, perda de iniciativa, e perda de interesse por hobbies e passatempos são onipresentes na doença de Alzheimer inicial. À medida que a doença progride, a capacidade de efetuar tarefas diárias necessárias se torna cada vez mais difícil, a ponto de o paciente necessitar de auxílio para preparar refeições, pagar contas, viajar e cuidar da casa. Quando a doença entra nas fases mais graves, tornam-se necessários auxílio e supervisão em atividades básicas como tomar banho, vestir-se, fazer a higiene e comer. Nos estágios terminais da doença, todas as capacidades de comunicação podem ser perdidas. A mobilidade pode ainda estar preservada até tardiamente na doença. Os pacientes com doença de Alzheimer comumente morrem de doenças que atingem outros indivíduos idosos debilitados, como sepse, pneumonia e insuficiência cardíaca congestiva. Referências 1. Lopes AC. Tratado de Clínica Médica. 3rd ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016. 2. Goldman L, Schafer AI. Goldman-Cecil: Medicina. 25th ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2018.