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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Conceitos e Técnicas de Avaliação A Gestão de RH promove a gestão de políticas de inclusão, o que permitirá realizar processos de recrutamento e seleção de pessoal. Para assegurar o melhor desempenho de cada novo integrante da organização, é fundamental integrá-lo, ensinando, orientando e supervisionando o seu desempenho na função e periodicamente realizar a avaliação do desempenho para acompanhar sua performance. A avaliação de desempenho é uma instrumentação para identificar, medir e melhorar os processos internos de uma empresa, através da mensuração dos resultados de seus colaboradores. Esta ferramenta auxilia na mensuração do desempenho do corpo funcional, verificando se a sua performance está equivalente, acima ou abaixo dos resultados esperados. A gestão de performance, além de permitir a realização de um diagnóstico sobre a eficiência do trabalho de cada colaborador, permite ainda identificar talentos dentro da empresa, por outro lado também identifica os colaboradores que precisam de orientação, treinamento e feedback contínuo para seu aprimoramento funcional. A avaliação propicia a análise das melhores práticas dos funcionários, oportunizando um crescimento profissional e pessoal, buscando um melhor desempenho. As informações coletadas nas avaliações também podem ser convertidas em indicadores de desempenho, auxiliando, assim, nas tomadas de decisão sobre remuneração variável individual ou em grupo. Com muita frequência novos funcionários, ao ingressarem em uma companhia, são deixados para aprender a função praticamente sozinhos, sem a devida orientação, treinamento ou acompanhamento. Este tipo de ação, muitas vezes, reflete em um baixo desempenho ou, pior ainda, no desligamento do colaborador sob a alegação de baixo desempenho. Uma das principais funções de uma organização é manter seu corpo funcional atualizado com os processos, para que possam assumir suas atribuições e responsabilidades. Esta falha por parte da empresa é muito comum e tem um custo direto e indireto muito alto, considerando que as demissões e contratações tem custos diretos e o trabalhador mal orientado e supervisionado, provavelmente, cometerá erros e não atenderá adequadamente ao desempenho esperado de suas atividades. Realizar uma boa integração e ensinar todos os novos colaboradores é uma função vital de todas as organizações. Pense nas experiências que teve ao entrar nas organizações e se você foi orientado e treinado adequadamente. Uma empresa é a coordenação racional das atividades que procuram alcançar algumas metas e objetivos organizacionais, através da divisão do trabalho, da função hierárquica de autoridade e responsabilidade atribuída aos postos de trabalho. Avaliar o desempenho significa monitorar a adequação ou inadequação do indivíduo para o cargo, levantando necessidades, corrigindo desvios, fazendo os ajustes necessários para que os objetivos do cargo sejam atingidos. A avaliação do desempenho é uma das ferramentas mais estratégicas da gestão com pessoas. Esta instrumentação possibilita analisar as performances individuais ou grupais, permitindo intervenções e melhorias contínuas no desempenho das pessoas e grupo. De acordo com Marras (2002), a avaliação de desempenho é um instrumento extremamente valioso e importante, na medida que reporta o resultado de um investimento realizado em uma trajetória profissional com retorno recebido pela organização. De acordo com Lucena (1992), o conceito de avaliação abrange como premissa básica a confrontação de algo que aconteceu (resultado) com algo que foi estabelecido antes (meta). Quando bem conduzida, a avaliação de desempenho no trabalho assume outra dimensão, ou seja, transcende o simples confrontar de resultados. A empresa determina os postos de trabalho, descreve os cargos estabelecendo as responsabilidades, atribuições e delineando um padrão para o desempenho esperado (DE). O ocupante do cargo, por sua vez, no exercício de suas atribuições e responsabilidades, apresenta um desempenho real (DR). A gestão do desempenho estabelece o foco nos diferencias entre o DE e o DR, ou seja, o DE pode ser igual, superior ou inferior ao DR. As 3 etapas a seguir servem para nortear as medidas a serem adotadas: Quando o desempenho real é igual ao desempenho esperado, significa que há adequação entre o cargo e seu ocupante. Quando o desempenho real é superior ao desempenho esperado, significa que o ocupante, possivelmente, tem um potencial superior ao exigido pelo cargo ou que o cargo está mal dimensionado, ou, ainda, que o ocupante poderia estar agregando outras atividades ao cargo enriquecendo-o. Quando o desempenho real é inferior ao desempenho esperado, significa que há uma inadequação que precisa ser apurada, para proceder alterações. Segundo Dessler (2003), a avaliação de desempenho estabelece a relação entre o desempenho atual ou passado de um funcionário e seus padrões de desempenho. Para Chiavenato (2004), a avaliação de desempenho é um processo de redução de incerteza para o colaborador, sendo este o momento de se buscar alinhar as responsabilidades do cargo com o desempenho. É importante buscar consonância na medida em que proporciona a troca de ideias e acordos entre o funcionário e seu gerente. O primeiro fator a se analisar é se o trabalhador está ou não apto para o exercício do cargo, contudo, a inadequação do desempenho pode ter algumas outras origens a serem questionadas como: Falta orientação ao empregado sobre a expectativa de desempenho que se espera dele; falta treinamento do empregado para o exercício da função; falta de condições adequadas de trabalho; falta de feedback para o desempenho esperado do empregado. Estas são questões que, obviamente, prejudicam o desempenho e são variáveis que independem do trabalhador, ou seja, são responsabilidades precípuas da empresa. Diante do exposto é fundamental conhecer as exigências do trabalho e o comportamento de cada um, bem como o trabalho a ser realizado e o ambiente organizacional em que essas ações se passam. Um aspecto muito relevante é de que o objetivo de se avaliar não pode ser de cunho punitivo, pelo contrário, deve ter um propósito de desenvolvimento e acompanhamento do indivíduo no desenvolvimento de sua carreira, com vistas a otimizar o seu desempenho. O conhecimento do trabalho se obtém através de uma análise detalhada do que necessita ser feito, como deve ser feito e que características de personalidade, mais marcantes, deve ter a pessoa para executá-lo. No que se refere ao processo de avaliação em si, ou seja, quem avalia o desempenho de quem, existem várias possibilidades que podem ser analisadas. Segundo Dessler (2003), a avaliação pode ser feita pela própria pessoa (autoavaliação), avaliação descendente, pela equipe de trabalho, avaliação 360º ou avaliação ascendente. Averigue, agora, alguns métodos: Autoavaliação Na autoavaliação o indivíduo realiza a análise de sua performance estimulado por perguntas de seu gestor. O estímulo ao processo de reflexão promove uma tomada de consciência pelo próprio indivíduo, mostrando-lhe ser ele o responsável por seus resultados. Avaliação descendente Esta é uma das formas mais comuns, quando gestor e liderado se sentam para estabelecer um diálogo, valendo-se de um roteiro estruturado, como fator de orientação. A troca, se bem conduzida, pode ser muito rica, servindo ainda como fator de aproximação entre líder e liderado. Nesta oportunidade, o gestor aproveita para realizar as orientações necessária a uma performance melhor, e também averigua se há alguma demanda por parte do colaborador para seu aprimoramento profissional. A equipe de trabalho Quando a avaliação ocorre entre a equipe de trabalho, é sempre importante ter um intermediário para conduzir o processo evitando confrontos. Nesta metodologia, é importante que a equipe reflita sobre seus resultados conjuntos e quais são osfatores em que cada qual pode contribuir para melhorias dos objetivos. Avaliação 360° Este modelo avaliativo considera toda a cadeia de valor que envolve determinado posto de trabalho, considerando supervisores, funcionários, colegas e clientes internos ou externos. Este é um modelo mais complexo e precisa ter um grupo maduro e bem treinado para que o procedimento colha bons frutos. Nesta condição, muitas vezes, utilizam-se formulários que, após preenchidos, terão informações cruzadas para posterior avaliação e retorno. Avaliação ascendente Avaliar o desempenho do superior é sempre uma questão mais complexa, considerando a relação de poder existente. Quando a reação entre as partes é estável, pode transcorrer sem problema, mas se o líder não estiver preparado, pode ser realmente uma questão mais delicada sob pena da avaliação ser levada para uma questão pessoal. A gestão de desempenho nas organizações constitui-se em um processo de estimativa quanto ao aproveitamento do potencial individual das pessoas no trabalho, sendo um processo histórico e dinâmico que envolve avaliado/avaliador e representa uma técnica que busca melhorar o direcionamento do potencial humano na empresa. É importante que seja uma apreciação sistemática para cada pessoa, em função das atividades que ela executa, das metas estabelecidas e dos resultados obtidos. É possível aferir o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa (conhecimentos, habilidades e atitudes) e, sobretudo, a sua contribuição para o negócio da organização na ocasião atual. Assim sendo, a gestão do desempenho é o processo de rever a atividade produtiva pregressa analisando a contribuição de cada um para o alcance dos objetivos do sistema administrativo, constituindo-se em um método que visa, continuamente, conceder e receber feedback, estabelecendo um contrato com os colaboradores no que se refere aos resultados desejados, acompanhando os desafios propostos internamente e impostos externamente, corrigindo-os ou redirecionando-os sempre que necessário. O primeiro passo é definir os objetivos gerais (empresa ou departamento) e individuais (posto de trabalho), estabelecendo metas claras e preferencialmente quantitativas. As metas qualitativas são mais complexas, geram maior divergência e requerem maior maturidade por parte dos líderes. Estruture um questionário ou um roteiro com as metas estipuladas. Escolha uma escala de avaliação que sirva de base para as ações de melhoria, podendo utilizar conceitos ou pontos (1 a 10, por exemplo). Treine os gestores mostrando a importância e a relevância desta atividade para o desempenho da equipe e para o próprio crescimento do gestor. Ensine-o que a ação do feedback deve ser cotidiana e que a avaliação formal deverá acontecer em períodos estipulados de 3, 6 ou 12 meses. Antes de se sentar com o colaborador, o gestor deve cumprir três etapas: Observação do comportamento; Identificação de pontos forte e dos pontos que podem ser melhorados, associando com fatos e dados; Verificar o processo de evolução do colaborador. É fundamental que o gestor esteja preparado para criar um PDI – Plano de Desenvolvimento Individual para seu colaborador. Avaliar o desempenho passou a ser uma atividade primordial nas organizações. As empresas precisam de resultados e os resultados são alcançados através do trabalho e desempenho das pessoas que na empresa trabalham. As novas exigências nos ambientes internos e externos das organizações fazem com que a avaliação do desempenho humano seja uma necessidade cada vez mais premente. Nas disputas pelo mercado, as empresas precisam se posicionar proativamente para enfrentar as mudanças que lhe são impostas, capacitando o seu corpo funcional e se adaptando às novas imposições do meio ambiente. A busca da excelência, a necessidade de flexibilidade e adaptação exigem pessoas envolvidas e comprometidas com os resultados. Em contrapartida, devem- se valorizar os talentos e potenciais humanos. A performance reflete o sucesso da própria organização, razão pela qual precisa ser mensurado. O desempenho do corpo funcional demonstra a proximidade ou o distanciamento da empresa em relação aos seus objetivos, servindo como norteador para o aperfeiçoamento dos colaboradores. Por ser uma ferramenta estratégica para a gestão de pessoas, que confronta os resultados obtidos com as metas estabelecidas, identifica os desvios e age sobre as causas, quando não bem administrado pode ser o determinante do sucesso ou fracasso do negócio. Embora o processo de avaliar seja inerente ao ser humano, e que de uma ou outra forma estamos a todo momento emitindo um juízo sobre algo ou alguém, a avaliação do desempenho é uma das ferramentas da gestão com pessoas mais complexas de se implementar. Lacombe (2006) ressalta que o avaliador deve propiciar feedback instantâneo, acrescido de permanente apoio educacional ao avaliado durante todos os dias do ano. Destaca, ainda, a importância de entrevistas formais periódicas que oportunizarão uma comunicação ao subordinado sobre seu desempenho satisfatório ou do insatisfatório, estabelecendo metas e padrões de desempenho e acompanhamento dos resultados. Conceder e receber feedback ainda é complexo ao ser humano, pois não é desenvolvido ou maduro o bastante para aceitá-lo com tranquilidade ou emiti-lo com naturalidade. Para minimizar o impacto ou aumentar a aceitação do processo de avaliação dentro da organização, é importante que se inicie o processo avaliativo baseando-se em indicadores de desempenho concretos, como produtividade, resultados esperados, redução de custos etc., fatos que não podem ser contestados. O feedback deve ser uma prática cotidiana, incorporada aos valores culturais da empresa, deixando de ser um evento para se tornar uma atitude. O processo de avaliar deve ser mais valorizado do que a avaliação propriamente dita, os esforços devem se concentrar na identificação das deficiências do desempenho para o crescimento e desenvolvimento profissional do avaliado, ajudando-os a melhorar dia após dia. Desta forma, o foco é sobre os sistemas e processos, compreendendo a interação entre os diversos fatores que produzem resultados, atuando nos pontos cruciais de alavancagem do negócio. O processo de avaliação deve estabelecer uma ligação estreita entre os objetivos da empresa e os objetivos individuais, sendo que deve haver coerência entre as diretrizes estratégicas e os objetivos e indicadores de desempenho individual, e, o mais importante, a gestão do desempenho focaliza o futuro e não o passado. Mapeamento de Competências A gestão de recursos humanos é a área que avalia se o funcionário possui as competências, habilidades e atitudes mais adequadas para que ele seja candidato à promoção, em caso de um recrutamento interno ou externo. Quais critérios você se basearia para que essa decisão seja a mais acertada? Essa situação requer critérios muito claros para as partes envolvidas. A forma de gerir pessoas sofreu grandes transformações ao longo dos últimos vinte anos, juntamente com as transformações nas várias áreas do conhecimento e nas relações dentro das organizações. Dentre as principais mudanças, pode-se citar: Alteração no perfil das pessoas exigido pelas empresas. Ao perfil obediente e disciplinado prefere-se um perfil autônomo e empreendedor. A mudança padrão de exigência gerou a necessidade de uma cultura organizacional que estimulasse e apoiasse a iniciativa individual, a criatividade e a busca autônoma de resultados para a empresa ou negócio. Deslocamento do foco da gestão de pessoas por meio do controle para o foco por meio do desenvolvimento. A marca dos sistemas tradicionais de gestão de pessoas, inspirada no paradigma fordista (Ford) e taylorista (Taylor) de administração, é o controle das pessoas. Segundo esse paradigma, os indivíduossão controláveis, portanto, espera-se deles uma postura passiva. Hoje, há uma grande pressão para que a gestão de pessoas seja orientada para a ideia de desenvolvimento mútuo. A empresa, ao se desenvolver, desenvolve as pessoas, e estas, ao se desenvolverem, fazem o mesmo com a organização. A pessoa é vista como gestora de sua relação com a empresa, bem como seu desenvolvimento profissional. Maior participação das pessoas no sucesso do negócio ou da empresa. O comprometimento integral dos indivíduos com a organização ou negócio mobiliza não somente os músculos e parte da inteligência, mas todo o seu potencial criador, sua intuição, suas capacidades competitivas únicas. As pessoas são depositarias do patrimônio intelectual da empresa, bem como da capacidade e da agilidade de resposta da organização aos estímulos do ambiente e, ainda, da capacidade de visualização e exploração de oportunidades de negócio. No entanto, as transformações mencionadas não foram acompanhadas pelos conceitos e ferramentas que fundamentam e apoiam a gestão de pessoas. Assim, serão apresentados conceitos que expliquem a realidade das empresas e sinalizem o futuro da gestão de pessoas, além de ferramentas de mapeamento que permita agir com maior precisão no gerenciamento de pessoas. Em uma pequena empresa, que não possui recursos humanos capacitados, a responsabilidade de selecionar os futuros membros da equipe é do gestor da empresa. A empresa precisa contratar duas pessoas sendo uma para área de vendas e uma para área financeira. Como costuma acontecer esse processo em uma pequena empresa? Imagina-se que, normalmente, em pequenas empresas, o próprio gestor (muitas vezes o próprio dono) não analisa todos os aspectos técnicos relacionados às várias etapas de um processo de recrutamento e seleção, aceitando indicações de amigos e ele próprio decidindo a partir de aspectos gerais, sem se ater às questões de diferenças de habilidades necessárias para os cargos em questão. Competências Básicas As competências básicas surgem na forma de conhecimentos, habilidades, atitudes, interesses, traços, valor ou outra característica pessoal – são aquelas características pessoais essenciais para o desempenho da atividade e que diferenciam o desempenho das pessoas. Todo funcionário precisa possuir um conjunto de competências básicas para desenvolver suas atividades na empresa. A empresa, então, precisa ter as competências definidas para cada cargo ou função. E a gestão de recursos humanos é parte essencial no processo de mapeamento das competências para que seja definido de forma mais eficiente e eficaz o perfil de cada função. A crescente utilização da noção de competência no ambiente empresarial brasileiro tem renovado o interesse sobre esse conceito. Seja sob uma perspectiva mais estratégica (competências organizacionais, competências essenciais), seja sob uma configuração mais específica de práticas associadas à gestão de pessoas (seleção, desenvolvimento, avaliação e remuneração por competências), o que é certo é que a noção de competência tem aparecido como importante referência dentre os princípios e práticas de gestão no Brasil.(RUAS et al., 2005, p. 36.) Antes de expor o mapeamento de competências, é preciso definir o que é competência. Figura 2. Competências. Fonte: McClelland (1973, apud CHIAVENATO, 2008). Fleury (2000) completa, ainda, que competência é saber agir com responsabilidade, não se limita ao estoque de conhecimento, agrega valor econômico à organização e agrega valor social ao indivíduo. Sendo assim, competências, segundo o autor, é saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes múltiplos, saber aprender, assumir responsabilidades e ter visão estratégica para agregar valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Chiavenato (2008) salienta que as novas competências exigidas pelas empresas nos novos ambientes de negócio são as seguintes: Aprender a aprender As pessoas que pretendem se manter no mercado de trabalho devem estar dispostas a contribuir com a organização positivamente e, para isso, é necessário ter disposição e abertura para novos aprendizados. Comunicação e colaboração Nos processos antigos, as atividades, normalmente, eram repetitivas, numa rotina sem muitas “novidades” que não levava o profissional a novos conhecimentos. Atualmente, as equipes trabalham em harmonia para alcançar maior eficiência em termos de grupo e individualmente, considerando habilidades de comunicação e colaboração eficientes. Raciocínio criativo e resolução de problemas Nos processos que funcionavam até o final do século passado, a administração dentro da organização era a responsável pela solução dos problemas e sinalizava as diretrizes para aumentar a produtividade dela. Hoje em dia, o que os gestores esperam de suas equipes é que as pessoas que as compõem apresentem propostas para a solução criativa dos problemas, dando maior agilidade aos processos. Conhecimento tecnológico Antes da utilização das novas tecnologias de computação, informação e transmissão de dados, as habilidades estavam relacionadas com a operação de maquinários e a sua devida manutenção. Os primeiros computadores chegaram, basicamente, como uma evolução das antigas “máquinas de datilografia” para produzir textos, análises contábeis e financeiras. No mundo de hoje, utiliza-se equipamentos interligados a uma rede mundial de computadores que permita a informação em tempo real e a diminuição na utilização de relatórios impressos, conectando todos os membros de uma equipe, independentemente de onde estejam. Conhecimento de negócios globais No passado recente, as pessoas analisavam os negócios num âmbito muito restrito (local, regional, nacional), no entanto, atualmente existe a necessidade de uma conexão com as informações do que está ocorrendo no mundo todo em termos de organizações. Essa nova realidade exige profissionais com o domínio de habilidades mais amplas, significando um mercado de trabalho mais competitivo e global. Desenvolvimento da liderança No passado, havia uma ideia de que o líder era o próprio dono do negócio. Hoje em dia, temos novos conceitos para identificar lideranças que são diferentes de empreendedores e donos de negócios. Em termos de lideranças, foram analisadas as habilidades e competências inerentes à atividade necessária para a identificação desses profissionais que se destacam no mercado de trabalho atual. Esses novos líderes, uma vez identificados, são incentivados a melhorarem cada vez mais as suas habilidades. Autogerenciamento de carreira Há pouco tempo atrás, uma pessoa que abordasse o assunto sobre autogerenciamento de carreira era tida como orgulhosa e egoísta. Com a evolução de estudos relacionados à qualificação de profissionais, os indivíduos precisam aprender a se conhecer, em termos de possibilidades e limitações, para assumirem compromissos profissionais que assegurem tranquilidade aos gestores e administradores de que as atividades estarão sendo implementadas sem a necessidade de serem vigiados (home office, por exemplo). Os profissionais, por exemplo, devem observar as oportunidades que o mercado de trabalho oferece para o seu crescimento profissional e buscar novas oportunidades. Competências requisitadas pelo mercado brasileiro A seguir, será apresentado um grupo de competências, as mais requisitadas no mercado brasileiro, e seus conceitos. Tais competências estão desdobradas em atitudes, conhecimentos e habilidades, de modo a facilitar sua compreensão e torná-las passíveis de desenvolvimento. Autodesenvolvimento e gestão do conhecimento Capacidade de aceitar as próprias necessidades de desenvolvimento e de investir tempo e energia no aprendizado contínuo. Habilidades: saber identificar necessidades próprias. Conhecimentos: a respeito do perfil de competências do cargo. Atitudes: tomar iniciativa e gostar de aprender coisas novas. Capacidade de adaptação e flexibilidadeCapacidade para adaptar-se, oportunamente, às diferentes exigências do meio, sendo capaz de rever sua postura diante de novas realidades. Habilidades: muda de posicionamento quando percebe que o ganho para o todo é mais importante que o ganho individual, mantendo o comprometimento com resultado. Conhecimento: a respeito dos contextos da atualidade, fatos e informações da empresa e do mercado em geral. Atitudes: disposição para rever e mudar de opinião quando necessário (quebrar paradigmas). Capacidade empreendedora Facilidade para identificar novas oportunidades de ação e capacidade para propor e implementar soluções aos problemas e necessidades que se apresentam de forma assertiva e adequada ao contexto. Habilidades: motiva-se diante de problemas, barreias e desafios (resiliência). Conhecimento: a respeito de informações estratégicas da empresa e ou negócio, cenário e tendências de mercado. Atitudes: toma a iniciativa, é proativo, busca informações, demostra energia e entusiasmo, é persistente. Capacidade negocial Capacidade de se expressar e de ouvir o outro, buscando o equilíbrio de soluções satisfatórias nas propostas apresentadas pelas partes. Habilidades: prepara antecipadamente os planos de negócio, ouve, age e reage diante das objetores e indica os benefícios da negociação. Conhecimento: básico das técnicas de negociação. Atitudes: valoriza o planejamento e a organização de informações antes de iniciar a negociação, demostra flexibilidade, inspira confiança. Comunicação e interação Capacidade para interagir com as pessoas apresentado facilidade para ouvir processar e compreender a mensagem. Habilidades: Apresenta a comunicação falada, escrita ou gráfica de forma organizada e correta, comunica-se por meio de argumentos, fatos e dados coerentes e sabe ouvir. Conhecimento: sobre o processo de comunicação e tecnologias da informação utilizadas na empresa. Atitudes: adota postura de escuta e interesse pelo que os outros falam, busca informações e pergunta quando tem dúvida. Criatividade e inovação Capacidade para conceber e adotar soluções inovadoras, viáveis e adequadas para as situações apresentadas. Habilidades: usa a imaginação, analogias, comparações e ou metáforas e estratégias criativas para resolver problemas. Conhecimentos: a respeito de técnicas de resoluções de problema. Sobre ferramentas da criatividade. Atitudes: busca formas diferentes de trabalho, apresenta facilidade em gerar novas ideias, tem disponibilidade para ouvir e aproveitar as ideias dos outros, demonstra estabilidade emocional e bom humor. Cultura da qualidade Postura orientada para a busca contínua da satisfação das necessidades e superação das expectativas dos clientes interno e externos. Habilidades: sabe estabelecer indicadores de desempenho das metas e acompanhá-los, sabe ouvir críticas e sugestões e solicitações de clientes, atende de forma correta, deixando o cliente satisfeito. Age com foco em resultados que favoreçam as partes. Conhecimentos: sobre ferramentas da qualidade adotadas na empresa, sobre o funcionamento e a estrutura de uma empresa, compreendendo a inter-relação e a interdependência entre as partes. Atitudes: demonstra reconhecer o real valor do cliente para o negócio da empresa, interessa-se em conhecer as necessidades dos clientes internos e externos, procurando meios de atendê-la, é receptivo às críticas, sugestões e as solicitações dos clientes. Liderança Capacidade par catalisar os esforços grupais de forma a atingir ou superar os objetivos organizacionais, estabelecendo um clima motivador, formando parcerias e estimulando o desenvolvimento da equipe. Habilidade: conseguem manter a equipe comprometida com resultados e metas, adota palavras de estímulo, reconhecendo resultados e desempenho. Conhecimentos: acerca de funções e papéis da liderança da vanguarda: apoiar, acompanhar, orientar, delegar, treinar etc. Atitudes: respeitar as pessoas, valorizar resultados e metas, incentiva o desenvolvimento das pessoas. Motivação e energia para o trabalho Capacidade para demonstrar interesse e energia pelas atividades que executa, tomando iniciativas e mantendo atitude de disponibilidade. Habilidade: atende às demandas com prontidão, assertividade e rapidez, incentivar as pessoas a atingir metas, elogia colegas e demonstra alegria quando estes atingem resultados. Conhecimentos: sobre técnicas de automotivação, básicos sobre motivação. Atitudes: busca novas alternativas diante de problemas reais, apresenta prontidão para o trabalho, demonstra satisfação com o trabalho, apresenta postura de aceitação. Delineamento de Cargos e Salários Em cada estabelecimento que entramos ou produto que consumimos, há uma organização executando tarefas. Pense na energia elétrica que você está consumindo neste instante: analisando de forma simplificada, ela foi produzida numa hidrelétrica ou termoelétrica, conduzida e distribuída, instalada e tem seu serviço tarifado. Há pessoas trabalhando em cada etapa do processo, que possuem conhecimentos e habilidades para realizar suas tarefas e são recompensadas pelo trabalho realizado. Chamado, tradicionalmente, de cargos e salários, este tema aborda a recompensa oferecida aos seus colaboradores pela execução de tarefas necessárias ao funcionamento da entidade. Por “cargos”, compreende-se a organização de todas as tarefas que são realizadas pelos funcionários e, consequentemente, o que é necessário para realizá-las. O que é necessário ao cargo de CEO é diferente do analista de contratos. Essa descrição de cargos apresenta a demanda de cada posição na empresa, bem como as habilidades, competências e atitudes desejadas. A denominação “salários” trata do pacote de recompensas oferecidas na forma de remuneração, pagamento e benefícios decorrentes do contrato de trabalho vinculado a um cargo na empresa. As recompensas financeiras são diretas: salário direto, fixo ou variável, e comissões; ou indireto, como férias e descanso semanal remunerado. Esta remuneração é importante para a pessoa (o valor recebido pode definir como é o padrão de vida) e para a empresa (desembolso financeiro). Segundo Dessler (2002, p. 4), [...] muitos administradores, sejam presidentes, generais, governadores ou supervisores, têm se saído bem mesmo com planos, organização ou controles inadequados. Isso acontece porque eles sabem contratar as pessoas certas para os trabalhos certos e sabem motivá-las, avaliá-las e fazer com que elas se desenvolvam. Para contratar as pessoas para o cargo certo, é necessário estabelecer as atribuições de cada cargo. O funcionamento de uma organização depende da execução de uma série de tarefas. Quando se agrupam diversas tarefas, cria-se a função. Analogamente, o conjunto de diversas funções, acabam por descrever um cargo: Desenho de cargos é o processo de organizar o trabalho por tarefas que são necessárias para desempenhar um cargo específico. Desenho de cargos envolve o conteúdo do cargo, as qualificações do ocupante e as recompensas no sentido de atender às necessidades dos empregados e da organização. Desenho de cargos é a informação utilizada para estruturar e modificar os elementos, deveres e tarefas de determinados cargos. Desenho de cargos é a organização das tarefas e atividades repetitivas de um cargo e as qualificações necessárias ao ocupante, bem como sua posição na organização do trabalho como um todo. Figura 2: Definições de desenho de cargos Fonte: Chiavenato (2014, p. 176) Segundo Chiavenato (2014, p. 146): O desenho de cargos constitui a maneira como cada cargo é estruturado e dimensionado. Desenhar um cargo significa definir quatro condições básicas: Conteúdo do cargo É o conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante deve desempenhar; Métodos e processos de trabalho Como as tarefas ou atribuições devem ser desempenhadas; Responsabilidade A quem o ocupantedo cargo deve se reportar, isto é, quem é o seu superior imediato; Autoridade Quem o ocupante do cargo deve supervisionar ou dirigir, isto é, quem são seus subordinados ou as pessoas que dele dependem para trabalhar; De acordo com (Chiavenato 2015, p. 30): Compensação é a área que lida com a recompensa que cada indivíduo recebe como retorno pela execução de tarefas organizacionais. É, basicamente, uma relação de intercâmbio entre as pessoas e a organização. Cada funcionário transaciona com seu trabalho para obter da organização as recompensas financeiras e não financeiras que espera receber. A compensação financeira pode ser direta ou indireta. São várias formas de o colaborador receber a contrapartida por seu trabalho. Segundo Cardoso (2002, p. 13) Os termos compensação e remuneração são utilizados, em geral, para descrever os pagamentos em dinheiro ou em benefícios, como férias, descanso semanal, disponibilidade de planos de assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria. A seguir, a visão gráfica de Chiavenato sobre as recompensas organizacionais. Figura 3: Os diversos tipos de recompensa. Fonte: Chiavenato (2010, p. 281). Uma empresa que remunera abaixo dos valores do mercado pode perder competitividade como empregadora. Por outro lado, se sua remuneração for atraente, será mais fácil contratar e reter os bons profissionais do mercado. Cardoso (2002, p. 29) afirma que: Um ponto comum na literatura sobre remuneração é a necessidade de que os sistemas de remuneração contemplem a manutenção do equilíbrio salarial externo e interno. Esta necessidade tem origem na manutenção da competitividade e atratividade da empresa como empregadora. Figura 4: Fatores para composição do salário. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2010, p. 283). O equilíbrio externo trata da posição entre os valores praticados pela empresa em relação às demais empresas do mercado, significa a realização de práticas salariais compatíveis com o mercado de trabalho e com o segmento de atuação da empresa para os cargos similares em outras empresas. Segundo Cardoso (2002, p. 30), “O equilíbrio externo é mantido através da utilização de dados de pesquisas salariais.” O equilíbrio interno é a relação que a empresa estabelece entre a remuneração das pessoas e a importância dos cargos que ocupam, pelas responsabilidades que assumem e pelos resultados que geram para a empresa. Segundo Cardoso (2002, 30), “[...] os sistemas de remuneração procuram manter o equilíbrio interno e a sua clara percepção pelos profissionais é o estabelecimento de mecanismos de valorização dos cargos ou da atuação das pessoas.” Ou seja, leva-se em consideração fatores como tecnicidade do trabalho, grau de risco da função ou orçamento gerido para hierarquizar o cargo dentro da empresa. Quando a empresa não utiliza a hierarquização de cargos, a análise é feita a partir da atuação das pessoas; os aspectos considerados são, por exemplo, experiência, formação, resultados obtidos e características pessoais. Segundo Chiavenato (2010, p. 283), “[...] os salários sempre representam para a organização um respeitável volume de dinheiro que precisa ser muito bem administrado. Daí necessidade de administração dos salários.” Embora a função das empresas não seja regulamentar a sociedade, Chiavenato (2010, p. 287) discorre sobre o efeito dos salários na sociedade: Os salários têm um importante efeito sobre as organizações e demais instituições dentro da sociedade. Salários mais elevados proporcionam maior poder aquisitivo, melhoram a qualidade de vida, aumentam a prosperidade da comunidade e promovem a expansão dos serviços. Contudo, à medida que os salários aumentam, cresce, também, o consumo, o qual colabora com a inflação e os preços mais elevados. Estes também podem provocar redução na demanda de produtos e serviços que os próprios funcionários produzem, o que causa diminuição da produção e no número de cargos requeridos para produzir aqueles produtos e serviços. Se os salários podem ser compensados por uma produtividade maior, e não por preços mais elevados, então os salários mais elevados poderão, efetivamente, contribuir para o bem-estar econômico da sociedade. Na figura a seguir, de acordo com Chiavenato (2010, p. 287), são apresentados os critérios para definir a construção de um plano de remuneração. Figura 5: Os critérios para definir a construção de um plano de remuneração. Fonte: Chiavenato (2014, p. 247). A definição de cada um dos critérios listados, seguindo um dos lados como tendência, definirá a política de remuneração que será adotada pela empresa.
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