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Estudo de Casos de Paradiplomacia
Canadá
União tenta garantir a ratificação de tratados - as províncias discutem a
conveniência de implementá-los
Constituição canadense não prevê competências da união na área externa -
essa competência estaria sob a jurisdição da Coroa Britânica
- Tensão democrática entre a união e as 10 províncias canadenses no campo
da CID
- Quebec expandiu sua atuação internacional em torno de afirmações
culturais e linguísticas
- NAFTA prevê órgãos de consulta e diálogo entre governos subnacionais
em temas de seu particular interesse
Quebec
Regime diferenciado pelo controle britânico pelo Tratado de Paris, em 1763 – para
controlar insatisfação, coroa britânica concede certa autonomia administrativa aos
canadenses franceses., no Ato de Quebec de 1774
Na formação da federação canadense, em 1867, garante sua autonomia provincial,
liberdade religiosa, identidades linguísticas, sociais e culturais
Assembleia Nacional de Quebec de 2002 – vigência de todos os tratados federais
ao seu devido exame, sempre que interferirem nas atribuições ou jurisdição da
província
1822 – 1 escritório de representação em Paris; 1940 – primeiro escritório de
representação nos EUA, em Nova York
Reformas advindas da Revolução Tranquila (anos 1960) - transformações políticas,
religiosas, econômicas e sociais, implantaram um novo modelo desenvolvimentista
e tiveram grande impacto na sua projeção internacional
Alemanha
Organizada por 16 Lander (estados regionais) – competência constitucional para
firmarem tratados internacionais, dentro de suas competências administrativas, e
podem formular e programar a política externa, dentro de suas prerrogativas
legislativas
UE – os Lander são atores ainda mais ativos e relevantes nas relações externas
autônomas, participação no processo de tomada de decisão das políticas europeias,
inclusive com participação no Conselho de Ministros da União Europeia
As regiões de Hamburgo e Bavária são os dois Lander mais ativos da Alemanha,
com atividades internacionais em âmbito econômico, cultural e político, por meio de
seus 39 escritórios de promoção de negócios internacionais, localizados em
diversas partes do mundo, dentre dezenas de outros que compõem a representação
internacional de outras regiões alemãs.
Rússia
É constituída por 89 membros:
- 21 repúblicas,
- uma região autônoma,
- dez áreas autônomas,
- seis territórios,
- 49 regiões e
- dois distritos federais (Moscou e São Petersburgo)
Governo Federal
- Política Externa e Política de Segurança como eixos centrais
- Não pode celebrar acordos com países vizinhos ou tratados internacionais
sem consultar as regiões envolvidas
- Reconhece a Diplomacia Federativa desde 1998. Em 1999, presidente
Yeltsin assinou primeira lei com estrutura da paradiplomacia das regiões
- Tolerância às atuações de paradiplomacia, como forma de reduzir as
tensões étnicas e as exigências nacionalistas, pós-soviéticas
- Moscou incentivou as regiões fronteiriças a estabelecerem acordos com
vizinhos, em reforço à cooperação subnacional, tanto transnacional
quanto inter-regional
Governos subnacionais
- Interferência das regiões russas na política exterior (interesses políticos,
comerciais, técnicos ou socioeconômicos)
- Podem assinar acordos dentro de suas competências (missões no exterior e
receber delegações oficiais)
- Reforço de Moscou para atuação dos entes subnacionais na economia
política mundial, transformaram regiões em atores internacionais
- Raramente as regiões tomam posições diferentes do governo federal em
política exterior
- Há disparidades de influência econômica e política por parte de algumas
regiões, mas isso não implica em desintegração da relação federativa
China
Paradiplomacia Ásia-Pacífico surgiu como força propulsora no regionalismo - 1990
Década de 1980 - transição chinesa na relação com o mundo capitalista promoveu a
projeção internacional por meio das “Zonas Econômicas Especiais”
Reforma econômica
- Relativo aumento da interdependência entre as províncias e o mundo exterior
- Redução da interdependência interprovincial
- Governo central impelia as regiões em direção aos fluxos transnacionais da
economia política mundial
- Governos regionais com iniciativas próprias de contatos internacionais, por
razões socioeconômicas ou políticas
Estratégia diplomática - diplomacia zhoubian
Estratégia internacional chinesa – evitar isolamento internacional
- Envolvimento subnacional em questões internacionais
- Relocação da autoridade e competência intergovernamental no sistema
político chinês
- Internacionalização de províncias para assinar acordos internacionais e
receber e enviar missões internacionais
- Algumas províncias com maior autonomia e influência política sobre a política
nacional e às relações internacionais
- Desequilíbrios regionais - maior preocupação da China contemporânea
Índia
Forte sistema político centralizado – dificuldade para promover paradiplomacia
subnacional
É federação, mas as diferenças políticas partidárias entre governo central e
regionais colocam o federalismo em ameaça
Há fortes conflitos por problemas étnicos e territoriais, o que reflete no
estabelecimento de política externa
O eixo em disputas separatistas é maior do que questões para entendimento no
regionalismo indiano
Em 1998 governo concedeu espaço para delegação russa visitar a Índia em caráter
oficial, com propósito de promover cooperação inter-regional
Japão
Paradiplomacia iniciada nos anos 1980 e consolidado na década de 1990
Todas as prefeituras criaram departamentos ou agências públicas de assuntos
internacionais (kokusai-bu) e a maioria possui estruturas de cooperação
internacional público-privada (kyokai)
Rede intergovernamental tem participação de agências dos governos locais,
ministérios e agências do governo central. Há fortes disputas entre os atores
governamentais japoneses
Competição de influência entre MOHA (Ministry of Home Affairs) e MOFA (Ministry
of Foreign Affairs)