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THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO - segunda mais comum depois das fraturas nasais - provavelmente se relaciona com a proeminência do zigoma - a maioria causada por violência interpessoal, acidentes automobilísticos ANATOMIA - grande pilar do esqueleto facial - principal estrutura do terço médio da face lateral - fornece origem a uma grande porção do músculos masseter e também oferece fixação para músculos temporal e zigomatico - pirâmide de 4 lados - processos = * frontal * temporal * maxilar * orbital - se articula com: * frontal, maxila, esfenoide, temporal - As fraturas envolvem assoalho orbital! * assoalho = maxila, zigoma e palatino * medial = maxila, lacrimal, etmoide e esfenoide * lateral = zigoma e asa maior esfenoide * teto = frontal e asa menor esfenoide - Fossa glenóide e eminencia articular no aspecto posterior do processo zigomático do temporal - Em fratura de arco, a fáscia temporal inserida no processo frontal do zigoma, oferece resistência ao deslocamento inferior do segmento em razão da tração exercida pelo masseter - Fraturas de complexo geralmente associadas por um canto antimongolóide (para baixo) na região cantal lateral causada pelo deslocamento do zigoma TERMINOLOGIA E PADRÕES DE FRATURA - depende da direção, magnitude da força - linhas de fratura criadas passam pelas áreas de maior fragilidade de um osso ou entre ossos; - F.O.I é chave para lembrar linhas habituais de fraturas do CZM - três linhas de fraturas estendem-se desde a F.O.I no sentido anteromedial, supero-lateral e inferior A – fratura medial a sutura zigomaticomaxilar e ao longo da sutura zigomaticoesfenidal dentro da órbita B – fratura através da sutura zigomaticofrontal e posterior a sutura zigomática C – fratura que se estende da F.O.I superiormente através da sutura zigomaticoesfenoidal e inferiormente através do pilar zigomático da maxila D – tripla fratura de arco zigomático CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS - Manson = com base na quantidade de energia dissipada pelos ossos faciais secundária à força traumática Baixa energia – deslocamento pouco ou nenhum Média energia – fratura completa de todas as articulações mas com leve ou moderado deslocamento Alta energia – apresentam cominuição na porção lateral da órbita e deslocamento lateral com segmentação do arco Zingg → tipo A = incompletas e de baixa energia (1 pilar apenas) → tipo B = fraturas das 4 articulações → tipo C = multifragmentado, fragmenta corpo zi THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO KNIGHT E NORTH Grupo I – sem deslocamento significativo Grupo II – fratura da arcada zigomática sem envolver paredes do seio maxilar ou da órbita, paciente apresenta trismo Grupo III – fratura do corpo sem rotação; deslocamento para dentro do antro, achatamento da bochecha, com degrau palpável na margem infraorbital Grupo IV – rotação do corpo com rotação para medial * tipo a – deslocamento p/ fora da proeminência do zigoma * tipo b – deslocamento p/ dentro da sutura frontozigomatica Grupo V – fratura do corpo com rotação para lateral * tipo a – deslocamento para cima da margem infraorbital * tipo b – deslocamento para fora da sutura frontozigomática Grupo VI – fraturas complexas – incluídos todos os casos que apresentem linhas adicionais das fraturas do segmento principal GRUPO I - Sem deslocamento significativo GRUPO II - Afundamento do arco zigomático GRUPO III - Fratura de corpo sem rotação GRUPO IV - Fratura de corpo, rotação/giro medial GRUPO V - Fratura de corpo, rotação/giro lateral GRUPO VI - Fraturas complexas. II e V = apenas redução fechada sem fixação III, IV e VI = fixação DIAGNÓSTICO - baseia-se principalmente no exame clínico e radiológico; - a historia frequentemente levanta forte suspeita da possibilidade de que pode existir uma fratura e forneça uma indicação sobre a natureza, direção e força do golpe → impacto lateral = fratura de arco ou complexo com deslocamento inferomedial → impacto frontal = desloca posterior e inferior - não são fatais, e são tratadas após lesões mais sérias, 4-5 dias após → avaliar e documentar a fratura e status do tecido mole circundante, acuidade visual, status do globo/retina → paciente com fratura do complexo CZO = dor, edema periorbital, equimose; pode ter parestesia da região inervada pelo n. zigomáticotemporal ou infraorbita; → quando o arco desloca medialmente, pode ter trismo; → epistasia e diplopia podem estar presente EXAME CLÍNICO - prioridade = determinar status visual do olho envolvido - lesões oculares em 4% (hemorragia do vítreo, hifema, laceração do globo, dano ao óptico, abrasões da córnea) - lesões oculares transitórias em 63% (abrasão corneana, quemose, leve comprometimento da acomodação, acuidade visual, enfisema orbital) - EXAME DO ZIGOMA ENVOLVE INSPEÇÃO E PALPAÇÃO *** notar se há simetria, níveis pupilares, presença de edema orbital, equimose subconjuntival, projeção anterior e lateral dos corpos zigomáticos; *** p/ avaliar posição do corpo do zigoma = vista superior *** exame intra-oral = muitas vezes acompanhadas por equimoses no sulco vestibular superior e fraturas dentoalveolares superiores SINAIS E SINTOMAS - achatamento facial mais pronunciado em lesões em que o corpo do zigoma tenha sido muito deslocado; THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO - fraturas do arco com menos ruptura ocular do que fraturas do CZM - equimose e edema periorbital - aplainamento da proeminência malar - aplainamento sobre o arco - dor - equimose do sulco vestibular maxilar - deformidade no pilar zigomático da maxila - deformidade da margem orbital - trismo - anomalia de sensibilidade nervosa (hipoestesia do infraorbital / fratura através do assoalho orbitário provoca secção ou compressão do nervo) - epistaxe - deslocamento da rima palpebral - níveis pupilares desiguais - diplopia * monocular – embaçamento através de um olho com o outro fechado, geralmente indica deslocamento do cristalino, hifema e outra lesão traumática do globo * binocular – embaçamento da visão apenas quando o paciente olha através de ambos os olhos simultaneamente; se desenvolve após trauma, pode ser resultado de encarceramento de tecidos moles (músculos ou periórbita), leão neuromuscular, intramuscular ou intraorbital, hematoma ou edema ou uma mudança na forma orbital, com deslocamento do globo provocando um desequilíbrio da ação muscular - PARA CONFRIMAR SE É ENCARCERAMENTO MUSCULAR OU NÃO, FAZ TESTE DE DUCÇÃO FORÇADA = ENOFTALMIA AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA - TC padrão ouro (axial = parede orbital medial e lateral / coronal = extensão da lesão para assoalho orbital) - Waters / Hirtz / P.A TRATAMENTO - O tratamento depene do grau de deslocamento e dos prejuízos estéticos e funcionais, além de poder variar de uma simples observação até uma redução aberta e FIR. - a decisão de intervir deve ser baseada em sinais, sintomas e incapacidade funcional - fraturas do CZM não são emergenciais, o tratamento pode ser adiado; porém, na primeira semana após o trauma, o tecido mole sofre THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO mudanças consistentes com a sequencia normal de cicatrização de feridas - SE DECIDIU NÃO INTERVIR = observar por 2-3 semanas e dieta macia - Principais controvérsias no tratamento de fraturas do CZM: * deve-se realizar a exposição cirúrgica em 2 ou 3 pontos do zigomático rotineiramente para determinar se a redução foi adequada? * se materiais de fixação devem ser rotineiramente aplicados? * se há necessidade de reconstrução da órbita interna? - Determinar se o zigoma foi reduzido corretamente- importante avaliar estado das extremidades da fratura; se há cominuição, instabilidade e dispositivos de fixação se tornam necessários - cominuição do assoalho orbital e paredes, prolapso de tecido orbital para seio maxilar e etmoidal, volume orbital aumentado pela ruptura do piso e paredes = reconstrução PRINCÍPIOS NO TRATAMENTO - Passos no tratamento cirúrgico de fratura zigomaticomaxilar complexa: 1. Antibióticos profiláticos 2. Anestesia 3. Exame clínico e teste de ducção forçada 4. Proteção do globo 5. Preparação antisséptica 6. Redução da fratura 7. Avaliação da redução 8. Determinação da necessidade de fixação 9. Aplicação do dispositivo de fixação 10. Reconstrução orbital interna 11. Avaliação da motilidade ocular 12. Enxerto ósseo em defeitos ósseos extraorbitais 13. Ressuspensão dos tecidos moles 14. Exames oculares pós-cirúrgicos 15. Imagens pós-operatórias ABORDAGENS CIRÚRGICAS Abordagem maxilar vestibular - acesso a superfície facial do esqueleto do terço médio facial; arco zigomático ao rebordo infraorbital; processo frontal da maxila; - vantagem = cicatriz intrabucal - abordagem rápida, simples, poucas complicações Abordagem supraorbital da sobrancelha - acesso ao rebordo orbital lateral; - não há importantes estruturas neurovasculares em risco - acesso rápido e simples para área zigomaticofrontal - cicatriz geralmente imperceptível THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO Abordagem da pálpebra superior - também chamado de blefaroplastia - acesso ao rebordo orbital súperolateral - uso de uma prega natural da pele na pálpebra superior - cicatriz imperceptível Abordagem da pálpebra inferior - várias abordagens; diferem no nível em que a incisão na pele é feita e no plano de dissecção até o rebordo infraorbital - incisão subtarsal = p/ rebordo infraorbital e assoalho orbital - incisão subciliar Abordagem transconjuntival - abordagem do fórnice inferior - pré-septal e retrosseptal - variam em relação ao septo orbital durante dissecção Abordagem coronal - útil para zigoma e arco - excelente acesso as orbitas e ao corpo e arcos zigomáticos - quase sem complicações - útil quando há cominuição dos rebordos supraorbital e orbital lateral e do corpo e arco zigomáticos TÉCNICAS DE REDUÇÃO Abordagem temporal - para fraturas em arco zigomático e CZM - Abordagem de Gillies - vantagens = permite aplicação de grandes forças; útil tbm em tratamento tardio; - método rápido e simples, raramente requer mais que 15-20 minutos; - poucas complicações; hemorragia rara, por mais que encontre as veias temporais médias - alguns autores dizem que deve ser reservada apenas para fraturas do arco zigomático, ineficaz para fraturas do corpo zigomático deslocadas ou giradas Abordagem pelo sulco vestibular - abordagem através do sulco vestibular da maxila - vantagem = prevenção de qualquer cicatriz externa - usadas para fraturas de arco e CZM - fraturas instáveis podem requerem incisões externas para aplicar métodos de fixação estáveis THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO Abordagem coronoide lateral - Quinn - para fraturas isoladas de arco - incisão intraoral de 3-4 cm ao longo da borda anterior do ramo Elevação a partir do acesso de sobrancelha - visualização do rebordo orbital; mas é difícil gerar força Abordagem percutânea - elevação do zigoma através da pele - vantagem = pode produzir forças anterior, lateral e superiormente em uma forma direta sem ter que competir entre estruturas adjacentes e instrumentos - desvantagem = cicatriz perceptível no rosto TÉCNICAS DE FIXAÇÃO - aplicação de técnicas de fixação por placa e parafuso para fraturas do CZM substitui todas as técnicas mais antigas de fixação - princípios gerais: 1. parafusos autorrosqueáveis 2. material de fixação que não venha a produzir artefatos na TC pós op (placas e parafusos de titanio) 3. Pelo menos 2 parafusos em cada lado 4. Evitar estruturas anatômicas importantes 5. Placa mais fina possível nas áreas periorbitais 6. Colocas placas em quantos locais forem necessários para assegurar estabilidade 7. Se fraturas concomitantes de outros ossos do terço médio existirem, necessário aplicar dispositivos de fixação com mais abundancia 8. Áreas de cominuição ou perda óssea = deve- se sobrepor a lacuna com placa; FRATURAS DE ARCO ZIGOMÁTICO - redução aberta com FIR rara p/ fraturas isoladas - redução = abordagem de Gillies - mínimo ou nenhum deslocamento = s/ cirurgia - fraturas de alta energia cominutivas = FIR FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO - baixa energia = pode não precisar de redução aberta - média energia = se há deslocamento, FIR * Ellis = 1º reduz com parafuso de Carrol-Girard; se estiver instável, redução aberta por acesso pelo pilar zigomáticomaxilar, redução e fixação * Outros autores = exposição de 2 ou + pilares p/ redução e fixação - alta energia = abordagem + agressiva com THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO vários acessos para redução e fixação; sempre há cominuição dos pilares anterior, tornando redução anatômica difícil; * para restaurar projeção e largura facial = exposição do arco e assoalho * retalho coronal p/ arco e incisão transcutânea ou transconjuntival para explorar e reconstruir órbita interna Abordagem do pilar zigomaticomaxilar * incisão (de canino à 1º molar) no vestíbulo 3 a 5 mm acima da junção mucogengival. Uma incisão no periósteo é feita e um retalho é feito para expor nervo infraorbitário, abertura piriforme e pilar zigomaticomaxilar. Abordagem do pilar zigomaticofrontal * pode ser através do sulco pré-tarsal (mais estética) ou incisão na porção lateral da sobrancelha. * uma laceração pré-existente pode ser usada. Abordagem do Arco Infraorbital e Órbita: * incisão transcutânea subciliar ou transconjutival. * Um protetor de esclera ou tarsorafe para projeter o globo é indicado. A incisão é abixo e paralela à margem ciliar inferior (primeira imagem acima). * As fibras do musuclo são separadas horizontalmente e o retalho é levantado, depois incisa o periósteo, disseca e expõe o arco e assoalho orbital. * A incisão transcutanea tem maior incidência de ectrópio (margem palpebral evertida), exposição aumentada da esclera (branco do olho) e cicatriz. Perigos na abordagem do arco infraorbital e órbita - ectrópio, entrópio e exposição aumentada da esclera são algumas complicações. Há relatos de que a transconjutival tem menor índices dessas complicações. - a exposição aumentada da esclera ou ectrópio pode ser amenizada quando a incisão do periósteo se dá na superfície anterior da maxila, evitando assim iolar o septo orbital. A sutura adequada e em camadas contribui para evitar esses quadros, diminuindo a tração no tecido infra-orbital. No PO uma sutura de Frost tem sido proposto para evitar o ectrópio. Abordagem do arco zigomático - incisão coronal + abordagem p/ pálpebra inferior FIXAÇAO INTERNA - a fixação deve oferecer resistência às forças colocadas no complexo zigomático, que são as do musculo temporal, masseter, contratura da fáscia e tecido mole. - as de baixa ou média energia podem ser fixadas à um ou mais pilares anteriores, podendo ser necessário até 3. - as de alta energia, um quarto ponto é necessário. FIR – pilar zigomaticomaxilar = * redução p/ restaurar projeção malar * placas de 1.5 ou 2.0mm FIR – pilar zigomaticofrontal = * redução p/ reestabelecer altura vertical do complexo * placa de 2.0mm FIR – arco infraorbitário = * fixação p/ definir volume orbital e largura facial * deve-se avaliar se há fratura NOE * microplaca de 1.0 a 1.5mm FIR – arco zigomático = * necessáriopara fraturas de alta energia * restauração desse pilar ajuda na restauração da projeção e largura facial * reduzido primeiro na sequencia de reparo das lesões de alta energia * manter arco reto e não curvo – evita diminuir projeção facial * placa LARGA SEQUENCIA DE FIXAÇÃO - abordagem para restaurar altura, largura e projeção facial - média energia = todos os 3 pilares anteriores envolvidos, estabiliza o zigomaticofrontal primeiro com fio, fixa zigomaticomaxilar e o arco infraorbitário e depois substitui o fio pela placa - assalho reconstruído após zigoma ter sido reduzido e fixado THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO - fraturas de alta energia = arco zigomático tratado primeiro TRATAMENTO DO ASSOALHO ORBITAL - quando energia média e sem evidencia de rompimento orbital não requer exploração. - mas se tem deslocamento do arco orbital, do assoalho ou herniação do tecido mole para o seio, requer exploração. - Enoftalmo, limitação de função extra-ocular e diplopia persistente tem indicação para exploração orbital. - as de alta energia devem ser exploradas, e reconstruídos. - as lesões de Assoalho orbital são classificadas como lineares (1) ou por impacto puro (2). - Quando o arco orbital é atingido e o deslocamento é posterior, o septo é rompido, herniando tecido mole para o seio. - Quando a força é removida o assoalho retorna para posição original interrompendo a herniação. - Quando ocorre cominutação do assoalho (força 10x maior que na linear), os fragmentos são forçados inferiormente para o seio, tendo descontinuidade óssea. - O acesso é feito transconjutival ou subciliar. - As lineares podem exigir apenas remoção do tecido aprisionado. - Os defeitos mais extensos exigem redução dos tecidos moles e dos fragmentos, a exploração é feita antes da reconstrução do assoalho, que é feita depois da estabilização do arco. - A reconstrução pode ser feita com enxertos da calvaria, crista ilíaca ou cartilagem do septo. O uso de tela de titânio oferece suporte resitente e maleável que pode ser adaptado para unir o defeito ósseo. - A restauração do volume orbital é necessário para evitar enoftalmo. Teste de ducção forçada deve ser feito antes e após reconstrução. O uso de enxerto é indicado para lesões severas com perda de osso ou cominutação extensa. CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS - fraturas do complexo violam o seio maxilar - ATB + descongestionantes (pseudoefedrina) - olho examinado para documentar acuidade visual e excluir complicações como abrasão da córnea - RX e TC indicados para avaliar redução da fratura COMPLICAÇÕES - Parestesia Infra-orbitária: varia entre 18 e 83%. A redução e fixação anatômica da sutura zigomáticofrontal pode minimizar a compressão do nervo. Pacientes que precisam de exploração e reconstrução do assoalho orbital há maior chance de parestesia. - Má União e Assimetria: resulta de redução ou estabilização inadequada, além de projeção malar insuficiente. Projeção inadequada resulta da redução errada do arco. A colocação de enxertos autógenos tipo onlay ou implantes aloplásticos podem ser realizados para corrigir. A contração de tecido mole periorbital pode ocorrer, além da formação de cicatrizes. Retração da pálpebra, entrópio, ectrópio e reposição cantal devem ser avaliadas. - Enoftalmo: aumento no volume orbital é a etiologia mais comum. Um alinhamento errado no arco orbital pode aumentar o volume e resultar no enoftalmo. A fratura de assoalho por impacto, ocasiona em aumento do volume também. Cada 1cm3 de tecido deslocado é 1mm de enoftalmo. - Diplopia: 17 a 83%. As fraturas de impacto puro possuem a maior incidência. As causas incluem THAINARA STEFANELLI FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO edema, hematoma aprisionamento dos músculos extraoculares e do tecido orbital e a lesão aos nervos cranianos III, IV ou VI. As 3 primeiras podem se resolver sem intervenção, já as resultante de aprisionamento requer exploração e redução do tecido orbital herniado. - Hifema Traumático: sangramento dentro da câmara anterior – área entre a córnea não- maculada e a íris colorida. Requer tratamento oftalmológico. - Neuropatia óptica traumática: varia desde déficit visual até perda completa. Exige tratamento oftalmológico. - Hemorragia retrobulbar: rara mas severa. O rompimento da circulação da retina pode levar à isquemia irreversível e cegueira permanente. Consulta oftalmológica de urgência é necessária. Descompressão, cantotomia lateral e cantólise deve ser postergada. - Trismo: incomum. A causa mais provável é a invasão do corpo do zigoma no processo coronóide. Coronoidectomia pode ser necessária.
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