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Apendicite Livro – Medicina Interna de Harrison Patogênese Fecálitos, resíduos alimentares parcialmente digeridos, hiperplasia linfoide, fibrose intraluminal, tumores, bactérias, vírus e doença inflamatória intestinal já foram associados à inflamação do apêndice e à apendicite. A obstrução do lúmen apendiceal parece ser uma etapa importante da patogênese da apendicite – ao menos em alguns casos. Nesses pacientes, a obstrução provoca proliferação bacteriana excessiva e distensão do lúmen intestinal com elevação da pressão intraluminal, que pode impedir os fluxos de linfa e sangue, seguido de trombose vascular e necrose isquêmica com perfuração do apêndice distal. Fecálitos apendiculares são encontrados em cerca de 50% dos pacientes com apendicite gangrenosa com perfuração. Perfuração do apêndice Existem duas categorias gerais de pacientes com apendicite – os que têm doença complicada com gangrena ou perfuração e os que não desenvolvem essas complicações. Quando ocorre perfuração, o vazamento resultante pode ser contido pelo omento ou por outro tecido adjacente, formando um abscesso. A perfuração livre geralmente causa peritonite grave. Esses pacientes também podem desenvolver trombose supurativa infecciosa da veia porta e suas tributárias, bem como abscessos intra-hepáticos. Sintomas Dor abdominal com início periumbilical ou Mesogástrica que migra para FID, anorexia, constipação, diarreia, febre, migração da dor para o quadrante inferior direito, náuseas e vômitos. Pode haver rigidez muscular local. Sinais Hipersensibilidade abdominal, dor no FID, dor a descompressão, dor retal, dor a mobilização cervical, rigidez, sinal de Rovsing, sinal de Blumberg, massa palpável. Exames laboratoriais Leucocitose com desvio à esquerda. O exame comum de urina é indicado para excluir condições urogenitais que podem simular apendicite aguda, mas poucos eritrócitos e leucócitos podem estar presentes como um achado inespecífico. Contudo, um apêndice inflamado em contato com o ureter ou a bexiga pode causar piúria estéril ou hematúria. Exames de imagem USG: As alterações ultrassonográficas que sugerem a presença de apendicite incluem espessamento de parede, aumento do diâmetro do apêndice e presença de líquido livre. TC: útil quando há dúvida quanto ao diagnóstico. As anormalidades sugestivas à TC incluem dilatação > 6 mm com espessamento de parede, um lúmen que não se enche com contraste entérico e espessamento de gordura ou ar ao redor do apêndice, sugerindo inflamação. Tratamento Apendicectomia. Quando não há complicações, a maioria dos pacientes pode receber alta dentro de 24 a 40 horas depois da cirurgia. As complicações cirúrgicas mais comuns são febre e leucocitose. A persistência dessas anormalidades por mais de 5 dias deve levantar suspeita da presença de abscesso intra-abdominal.
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