Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nutrição-UFGD OBJETIVO Direcionar o(a)nutricionista quanto à operacionalização e ao atendimento nutricional efetivo na área clínica no Brasil. Cada unidade de saúde tem sua rotina estabelecida, tanto em relação ao paciente como o gerenciamento. Triagem de risco nutricional: processo de identificação das características associadas ao risco nutricional, por meio de protocolos específicos, determinando as prioridades de assistência. Risco nutricional: condição do estado nutricional que se caracteriza pela vulnerabilidade de desenvolvimento de doenças associadas à nutrição. Instrumentos de triagem: • NUTRITIONAL Risk Screening (NRS – 2002): Triagem de Risco Nutricional (aplicado em adultos); • Subjective Global Assessment (SGA) – Avaliação Subjetiva Global (aplicados em adultos e idosos); • Screening Tool Risk Nutritional Status and Growth (Strong Kids); • Mini Nutritional Assessment (MNA) – Miniavaliação Nutricional; • Malnutrition Screening Toll (MST) – Instrumento de Triagem de Desnutrição (para pacientes ambulatoriais); • Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) – Instrumento de Triagem Universal de Desnutrição (para pacientes ambulatoriais). *Também avalia o estado nutricional como um todo. Principais indicadores de risco nutricional: • Parâmetros antropométricos (ex.: IMC, CB, CMB, AMPc, CP); • Aparência de déficit nutricional ou perda de peso involuntária; • Redução da ingestão alimentar; • Gravidade da doença ou estresse metabólico. IMPORTANTE! 1. O instrumento de triagem de risco nutricional deve ser escolhido de acordo com a população (crianças, adultos ou idosos); Nível hospitalar: em até 48 horas da admissão do paciente (ideal: 24 horas). Nível ambulatorial e domiciliar: na primeira consulta. Nutrição-UFGD 2. Deve haver treinamento adequado ao profissional que irá aplicar o instrumento de triagem; 3. Para uso hospitalar, é essencial que o instrumento inclua a correlação da gravidade da doença e seu impacto sobre o estado nutricional, ou seja, inclua o efeito do estresse metabólico no aumento das necessidades nutricionais. Compreendem a categorização dos procedimentos realizados, de acordo com o grau de complexidade das ações do nutricionista, executadas no atendimento ao paciente em ambiente hospitalar ou ambulatorial. Os NAN ajudam a proporcionar melhor gerenciamento do atendimento. • Objetivo: priorizar os cuidados nutricionais daqueles que requerem maior atenção por parte do nutricionista. DEFINIÇÃO American Dietetic Association, 1994: “A avaliação nutricional é uma abordagem abrangente, realizada por um nutricionista registrado, para definir o estado nutricional por meio de históricos médicos e nutricionais, exame físico, medidas antropométricas e dados laboratoriais.” Resolução CFN n° 600/2018: “É a análise de dados diretos (fisiológicos, clínicos, bioquímicos, antropométricos, outros métodos reconhecidos pelo Sistema CFN/CRN e doenças pré-existentes) e indiretos (consumo alimentar, condições socioeconômicas e disponibilidade de alimentos, entre outros) que têm como conclusão o diagnóstico de nutrição ou de uma população.” MÉTODOS DE AVALIAÇÃO História nutricional global; Nutrição-UFGD Dietético (história alimentar); Exame físico nutricional; Antropométrico/composição corporal; Exames bioquímicos. É a identificação e determinação do estado nutricional do cliente/paciente/usuário, elaborado com base na avaliação do estado nutricional durante o acompanhamento individualizado. (Resolução CFN n° 600/2018) O diagnóstico de nutrição é a identificação de um problema existente relacionado à nutrição. Todo diagnóstico de nutrição deve ter a possibilidade de resolvido a partir de uma intervenção nutricional. Os diagnósticos devem ser medidos em três domínios: • Ingestão; • Nutrição clínica; • Comportamento/ambiente nutricional. Exemplos: • Ingestão inadequada de energia; • Baixo peso (diagnóstico no domínio da nutrição clínica); • Ingestão não segura de alimentos (diagnóstico no domínio do ambiente). Exemplos: • Ingestão excessiva de carboidratos (diagnóstico no domínio da ingestão); • Obesidade grau II (diagnóstico no domínio da nutrição clínica); • Escolhas alimentares indesejáveis (diagnóstico no domínio do ambiente). Dividida em: panejamento e execução. PANEJAMENTO Para o desenvolvimento prático do planejamento, é necessário definir o tipo de intervenção (via de acesso: oral, enteral, parenteral) e considerar os conteúdos da intervenção, como: • Adequar macronutrientes e micronutrientes; • Planejar as refeições; • Utilizar a lista de substituições de alimentos; • Avaliar a necessidade de indicação de suplementos alimentares; • Promover a educação nutricional e alimentar continuada; • Estimular a prática de atividade física e exercício. EXECUÇÃO O registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do cliente/paciente com: • Data; • Valor energético total (VET); • Consistência da alimentação; • Composição de macro e micronutrientes mais importantes para o caso clínico; • Fracionamento; • Assinatura seguida de carimbo, número e região da inscrição no CRN do profissional responsável pela prescrição. Objetivo: avaliar a resposta à intervenção e definir novos diagnóstico e objetivos. Os indicadores avaliados são aqueles identificados no diagnóstico de nutrição → no acompanhamento, é importante verificar as alterações no diagnóstico de nutrição. Recomendações: Nutrição-UFGD • Os indicadores e as medições devem ser avaliados de acordo com o(s) diagnóstico(s) de nutrição; • As expectativas do paciente devem ser consideradas; • Os fatores que estimulam ou dificultam o progresso devem ser identificados; • A decisão entre continuar ou interromper o acompanhamento pode ser necessária; • A alta do paciente deve ser programada. No escopo da nutrição clínica, os conceitos de gestão e garantia da qualidade podem ser traduzidos pela necessidade de desenvolvimento de: • Protocolos de avaliação e intervenção nutricional; • Manuais de procedimentos; • Indicadores clínicos gerenciais e de qualidade; • Verificação do cumprimento das rotinas descritas como atividades privativas do nutricionista. PRONTUÁRIO O prontuário é um documento legal. Se as intervenções não forem registradas, presume-se que elas não ocorreram. SOAP Subjetivo: tolerância da dieta ofertada, relatos de perda de peso, alteração de apetite, alterações na mastigação e deglutição, alergias alimentares referias, informações sobre as evacuações. Objetivo: dados antropométricos aferidos, dados de exame físico, dados bioquímicos e de exames de imagem. Cálculo das necessidades nutricionais (VET, macronutrientes, micronutrientes relevantes). Análise: diagnóstico nutricional, tendo por base os dados subjetivos e objetivos relatados. Planejamento/Prescrição: prescrição nutricional realizada com base no diagnóstico realizado. ADIME Análise: tolerância da dieta ofertada, relatos de perda de peso, alteração de apetite, alterações na mastigação e deglutição, alergias alimentares referidas, informações sobre as evacuações. • Dados antropométricos aferidos, dados de exame físico, dados bioquímicos e de exames de imagem. Cálculo das necessidades nutricionais (VE, macronutrientes, micronutrientes relevantes) Diagnóstico: diagnóstico nutricional, tendo por base os dados da análise. Intervenção/Prescrição: prescrição nutricional realizada com diagnóstico. Monitoramento e evolução: efeitos da intervenção relatados e observados (comportamentais, ingestão alimentar, sinais e sintomas, resultados relevantes do ponto de vista do diagnóstico).
Compartilhar