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ROTURA ESPONTÂNEA DAS MEMBRANAS AMNIÓTICAS: -Âmnio. -Córion. -Entre essas ambas membranas pode haver preenchimento líquido, que atuam como isolamento entre ambas as partes, materna e fetal. E, possuem lubrificação entre si, mantida pelo líquido amniótico. -Sempre após a 20ª semana de gestação, antes disso é aborto. CONCEITOS: -Definição: rotura prematura das membranas ovulares antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional. Rotura prematura de membranas pré-termo (RPMPT): <37 semanas.ü No termo, denomina-se rotura prematura de membranas no termo (RPMT): >37 semanas. ü -Período de latência: intervalo entre a rotura e o trabalho de parto. No termo: 90% entram em trabalho de parto em 24 horas.ü Pré-termo: inversamente proporcional a idade gestacional da rotura. Ou seja, quanto mais precoce na gestação ocorre a rotura da bolsa, mais tempo demora para a paciente entrar em trabalho de parto, o que nos dá um pouco de tempo para aumentar a vitalidade desse feto prematuro pós-natal. ü FATORES DE RISCO: -Exames invasivos: amniocentese (para conseguir células fetal viável para realizar o cariótipo do bebê, pensando em Síndrome de Down e Síndrome de Turner - ambas doenças compatíveis com a vida, sendo crucial orientarmos essa família) e cordocentese (cateterização da veia umbilical para coleta de sangue, como por exemplo, devido necessidade de transfusão sanguínea, sendo um procedimento complicado e com recursos caros). -TN é normal até 2,5mm, além disso precisamos fazer algum exame para confirmar diagnóstico, dependendo da idade gestacional, 13-14 semanas fazemos amniocentese e antes disso cordocentese. -Incompetência istmico cervical: é uma incapacidade do colo uterino de segurar uma gravidez. Geralmente, o diagnóstico se dá pelos antecedentes obstétricos da paciente, como por exemplo história de aborto recorrente. Não se faz toque vaginal para diagnosticar incompetência istmico cervical, para não aumentar o risco desse colo uterino. Sendo o tratamento a cerclagem, geralmente feita em casos extremos (exemplo: história de 6-8 abortos recorrentes), antes de 20 semanas de gestação, de preferência. -Inserção baixa da placenta: é um fator de risco porque sangra e, o sangue é um fator irritativo para a membrana. -Macrossomia fetal: devido DMG não tratada. -Polidrâmnio: o principal fator de risco é por DMG não tratada. -Trabalho de parto prematuro (<37 semanas de gestação) - quando nascem de parto normal, possuem a parte respiratória melhor do que os que nascem de cesárea, devido produção de surfactante ser ativada apenas durante o trabalho de parto. -Infecção genital por Streptococo, Gonococo e Vaginose bacteriana. -Tabagismo: fator de risco devido circulação periférica comprometida. -Sangramento vaginal: fator irritativo pra membrana. -Gestação múltipla: fator de risco devido aumento da pressão abdominal. A maior incidência de apresentação em gemelares é cefálico-cefálico, podendo ser feito parto normal. O primeiro feto precisa estar cefálico no parto normal, se estiver pélvico tem que fazer cesariana. E, é preciso avaliar o tipo de membrana amniótica. A principal complicação de parto gemelar é acidente de cordão, podendo levar a óbito de um ou dos dois fetos. .Se o segundo feto estiver pélvico, estamos autorizados a fazer parto normal, porém temos que saber as manobras adequadas. -Traumatismo: o mais comum hoje é por acidente de carro, cursando com aumento brusco da pressão abdominal e rotura prematura de membrana e/ou descolamento de placenta. -Antecedente de parto prematuro e Amniorexe (romper a bolsa da paciente). OBS: Trabalho de parto em sua definição envolve dilatação e esvaecimento, associado a contrações eficientes. -Rompeu a bolsa tem que nascer, independente da idade gestacional. Não podemos inibir o trabalho de parto em casos de bolsa rota. DIAGNÓSTICO: -Visualização de líquido amniótico saindo pelo orifício externo ao exame especular. -Antecedente de líquido escorrendo até os MMII. -pH vaginal (pH normal é ácido)/marcadores com pH maior que 6,5 indicam bolsa rota. -Pesquisa de células fetais. -Teste de cristalização do líquido amniótico em folha de samambaia (exame mais simples, deixa o líquido da vagina secar em uma lâmina e depois a analisamos no microscópio). .O líquido amniótico é rico em cloreto de sódio e a secreção vaginal é proteína, logo, se cristaliza é bolsa rota e se apenas seca é secreção vaginal. -US: lembrar que o índice de líquido amniótico normal não exclui RPM e, o índice de líquido amniótico pode estar diminuído em outras patologias. INFECÇÃO INTRAUTERINA/COROAMNIONITE: -Sequela da rotura de bolsa, assim como a prematuridade. -Febre materna. -Leucocitose maior que 15.000 (VR muda para as gestantes).Com ou sem desvio à esquerda, que é uma reação à infecção. -Taquicardia materna, FC>100bpm. -Taquicardia fetal, FCF>160bpm. -Dor abdominal (devido infecção da cavidade amniótica). -Líquido amniótico com odor fétido. TRATAMENTO: Se houver diagnóstico de infecção: deve proceder-se a interrupção da gravidez, independente da idade gestacional, preferencialmente por via vaginal. Visando preservar a vida da mãe e possíveis complicações. ü .Antibiótico EV (ampicilina ou penicilina com gentamicina; clindamicina). Se não houver infecção:ü .Menor que 24 semanas: interrupção da gravidez devido alto risco de infecção. .De 24-34 semanas: conduta expectante. Controle com hemograma, VHS e PCR. .Antibioticoterapia para aumentar o período de latência (tempo que transcorre entre a ruptura da bolsa e a entrada no trabalho de parto): azitromicina, ampicilina, amoxicilina por 7 dias. .Controle materno e fetal por meio da cardiotocografia, hemograma, US, FCF e FC materna. .Neuroproteção com sulfato de magnésio. .Maior que 34 semanas: interrupção da gravidez. Sendo um dos objetivos que esse bebê não precise ficar na UTI neonatal. .Profilaxia de Streptococo B se amniorexe maior que 18h ou febre (com ampicilina 2gEV na entrada e depois de 4/4h até o parto). NEUROPROTEÇÃO: -Gestação entre 24-32 semanas --> indicação de profilaxia de neuroproteção. -Indicações: dilatação de 4cm ou mais, RPMO, parto eletivo por indicação materna ou fetal. -Sulfato de magnésio (antagonista é o gluconato de cálcio): Dose de ataque: 4g EV em 30 minutos.ü Dose de manutenção: 1g/h EV até o parto, em no máximo 24h.ü Corticoide para manutenção fetal.ü Monitorização materno fetal. ü PARTO PREMATURO: -Parto que ocorre antes de 37 semanas de gestação. -Aborto é até 20 semanas de gestação. -Fatores de risco: distensão uterina elevada, fatores cervicais (incompetência istmo cervical), infecção, parto prematuro anterior, desnutrição e IMC baixa, atividade física excessiva, idade materna menor que 18 ou maior que 40 e patologias placentárias. -Diagnóstico: Contrações regulares que provocam modificações cervicais, esvaecimento ou dilatação (definição de trabalho de parto).ü Medida do colo uterino - US transvaginal com colo menor que 2,5cm. ü -Tratamento: Tocólise: inibição do trabalho de parto. Pode ser feita com beta agonista (terbutalina - o problema é que gera taquicardia intensa podendo cursar com dispneia e grande conforto, por isso ela é sempre usada em bomba de infusão), bloqueadores do canal de cálcio (nifedipina - anti hipertensivo, não provoca taquicardia, é um medicamento VO, acessível), antagonista da ocitocina (atosiban, inibidor seletivo da ocitocina, impedindo o trabalho de parto em sua raiz, em bomba de infusão também, pouco acessível devido alto custo), sulfato de magnésio e inibidores da prostaglandina (anti inflamatórios não esteroides). ü .Contraindicações: doença materna grave, corioamnionite, malformação fetal incompatível com a vida (anencéfalo, por exemplo), óbito fetal. .Contraindicações relativas: dilatação maior que 4cm, RPMO, gestação >34 semanas. Corticoterapia: em gestação de 24 a 34 semanas, com betametasona 12mg IM/dia durante 2 dias (o suficiente para amadurecer o pulmão do bebê). ü Profilaxia deStreptococo B: penicilina cristalina, ampicilina ou clindamicina. ü Neuroproteção fetal: feita com sulfato de magnésio, em gestação de 24-32 semanas. ü Profº Caero PROVA!!! PROVA!!! ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS 20/06/2022 07:40
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