Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tratamento do Câncer de Mama Modalidades cirúrgicas de tratamento - Mastectomia radical —> cirurgia de Halsted (remoção da mama e músculos peitorais) - Mastectomia radical modificada —> Cirurgia de Patey (preservação do m. peitoral maior) - Skin Sparing —> remoção de toda a glândula com preservação da pele + irradiação da mama - Cirurgia conservadora —> quadrantectomia remoção apenas da lesão tumoral, preservando a mama Tratamento Conservador - É a quadrantectomia + biópsia de linfonodo sentinela • Se o linfonodo vier negativo —> tratamento está concluído • Se o linfonodo vier positivo —> esvaziamento axilar de todas as cadeias linfáticas (pode causar linfedema de braço permanente) - Discussão com o paciente sobre risco de recidiva local e qualidade do resultado estético previsto - Previsão da necessidade de radioterapia - Necessidade de radioterapia de alta qualidade - Previsão de tratamento de resgate (no caso de recidiva) - Indicações: • EC 1 e EC 2 (tumores até 2,5cm) • Quando apresentar menor risco de recidiva local • Quando houver previsão de bom resultado estético • Quando não houver riscos elevados de disseminação • Quando houver previsão de bom resultado estético após radioterapia Contra-indicações Absolutas do Tratamento Conservador - Multifocalidade maior de 2,5cm - Multicentricidade (quando atinge mais de um quadrante) - Gestantes no 1º trimestre - Quando há comprometimento da margem - Câncer de mama masculino Fatores de Risco para Recidiva Local - Margens de ressecção - Tipo histológico - Embolização linfática - Aspecto peritumoral - Comprometimento axilar - Tamanho do tumor - Pacientes jovens com menos de 35 anos e com histórico familiar Mastectomia Radical Modificada - Indicações: • Tumores subareolares • Tumores multicêntricos e multifocais • Relação tamanho tumor/mama • Tumores > 2,5cm • 1º ou 2º trimestre de gravidez • Câncer de mama masculino - Indicações da reconstrução pós mastectomia radical: • Tumores de 2,5 - 4,0 cm em quadrante central • EC 1 e 2 • Tumores indiferenciados • Invasão cutânea • Não aceitação do risco de recidiva local (paciente solicita a mastectomia radical mesmo sem indicação) • Quando há contra indicação de Radioterapia • Seguimento incerto Tratamento do CA de Mama em relação aos estádios - Estádio Clínico 1: • Tratamento cirúrgico conservador seguido de radioterapia • Em pacientes de alto risco, deve-se fazer quimioterapia adjuvante - Estádio Clínico 2: • Quimioterapia neo-adjuvante e tratamento cirúrgico conservador se regredir + radioterapia • Caso não haja regressão, deve ser feita a mastectomia total. - Estádio Clínico 3: • Quimioterapia neo-adjuvante + radioterapia + mastectomia radical - Estádio Clínico 4: • Tratamento paliativo Tratamento Sistêmico - Tumores de 1-2cm —> linfonodo sentinela + quadrantectomia + radioterapia - Tumores > 3cm —> quimioterapia neo-adjuvante - Estadiamento - Além dos TNM, o estadiamento da mama depende de fatores biológicos: • RE: receptor de estrógeno —> fator de proteção • RP: receptor de progesterona —> fator de proteção • KI-67: indicador de proliferação —> fator de risco • HER2: fator de crescimento epidérmico (EGF) —> fator de risco - Isso posto, os tumores mamários podem ser classificados em subtipos genéticos: • Luminal A: • 60% dos carcinomas mamários • Melhor prognóstico • Baixo grau histológico • Imunohistoquímica: • RE+ e/ou RP+ • HER2 - • KI-67 <14% • Tratamento: terapias alvo-específicas (antiestrogênicos, tamoxifeno e inibidores de aromatase) • Luminal B: • Maior índice de proliferação —> pior prognóstico do que o luminal A • Maior risco de recorrência e menor sobrevida livre de doença • Subclassificado em: (1) luminal B puro e (2) luminal HER2 • Imunohistoquímica: • Luminal B puro: • RE+ e/ou RP+ • HER2- • KI-67 >= 14% • Luminal HER2: • RE+ e/ou RP+ • HER2+ • Qualquer KI-67 • Tratamento: maior possibilidade de resistência ao tamoxifeno, demonstrando se beneficiar mais do que o subtipo luminal A de quimioterapia associada a antiestrogênicos • Super-expressão de HER (HER2 Puro) • Apresenta o 2º pior prognóstico (perde apenas para triplo negativo) • Imunohistoquímica • RE - e RP - • HER2+ • Tratamento: • Resistência às terapia endócrinas (principalmente tamoxifeno e talvez para inibidores da aromatase) • Ótimo resultado com terapias alvo contra HER2 (trastuzumabe e lapatinibe nos casos de recidiva) • Basaloide (Triplo negativo): • Prognóstico mais reservado, menor sobrevida livre de doença e menor sobrevida global • Algo grau histológico e elevado índice de proliferação • Quase todos os tumores de mama associados a uma mutação BRCA1 têm um fenótipo basaloide triplo-negativo • Imunohistoquímica: • RE- e RP- • HER2- • Por apresentarem ausência de receptores de estrógeno e progesterona e HER2 negativo são chamados de triplo negativo. No entanto, atualmente os triplo negativos podem ser subdivididos em: • Triplo negativo basaloide: • CK5+ e/ou EGFR+ • Triplo negativo não basaloide: • CK5- e/ou EGFR- • Tratamento: não se beneficiem do uso do trastuzumabe, nem de terapias hormonais, como o tamoxifeno, e nem dos inibidores de aromatase
Compartilhar