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SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 1 🏒 SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório No caminho da visita domiciliar, a preceptora médica Márcia explica para José e Cláudia a situação da família que irão visitar: “- Então meninos, visitaremos o Sr. Otávio, que saiu ontem do hospital após 15 dias de internação. Ele tem 74 anos, fumou por mais de 50 anos e por isso tem uma importante insuficiência respiratória, e agora vai ficar na casa da filha, que mora no nosso território, já que não há mais condições de morar sozinho.” Lucia, sua filha aproveita a visita da equipe para perguntar algumas coisas que aflige muito: – Porque meu pai fica tão cansado, mal consegue caminhar do quarto para sala?” – Outro dia no banho, ele ficou com os lábios roxo… agora tem que usar o oxigênio até para tomar banho!? – Para dormir é um sufoco, precisa ficar quase sentado, chega a usar uns 3 ou 4 travesseiros…. é assim mesmo? – Doutora, ele precisar de oxigênio para sempre? Lúcia chama os alunos no canto para mostrar uma prescrição de broncodilatador e bem baixinho contou que a primeira coisa que Sr. Otávio pediu quando chegou, foi um cigarro. Ele ficou tão nervoso quando lhe neguei que depois fui até comprar para evitar que ele passasse mal. Diz também que ele só quer comer angu de fubá e tomar refrigerante... José e Cláudia, ao chegar na casa do paciente perceberam que ele estava em um quarto úmido, com armários velhos, cheiro de mofo, e a casa dispunha de um único banheiro. O Sr. Otávio estava bem magro, com os lábios azulados. Lucia, a filha, se mostra muito disposta a cuidar do pai, mas não sabe como lidar com essa situação? Problemas: Fumou por mais de 50 anos Insuficiência respiratória Cansaço aos pequenos esforços. Lábios roxos/azulados Más condições de habitação que prejudicou o sist. Respiratório. SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 2 Má alimentação Uso continuo de oxigênio Filha deu cigarro para o Sr. Otávio devido ao despreparo para lidar com a situação. 15 dias de internação Hipoteses A insuficiência respiratória pode ter sido causada pelo longo uso do cigarro. O estado de magreza em que se encontrava o Sr. Otavio pode ter ocorrido pela má alimentação. O ambiente úmido e com mofo prejudica a situação respiratória do senhor. O despreparo da filha pode acarretar na piora do quadro do Sr. Otávio. Os lábios roxos e o cansaço podem ter ocorrido devido a insuficiência respiratória. A insuficiência respiratória pode ter gerado hábitos sedentários (falta de locomoção). O longo período de internação prejudicou o quadro geral do paciente fazendo com que ele tivesse uma piora do sistema locomotor e uso continuo do oxigênio. Questões de aprendizagem Anatomia e fisiologia do sistema respiratório (relacionar com o sistema nervoso autônomo e informação aferente) Anatomia O sistema respiratório humano é composto pelos seguintes órgãos: → cavidades nasais, boca, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Esses três últimos formam o órgão conhecido como pulmão. Cavidades nasais são constituídas por duas cavidades, separadas por um septo, que se iniciam nas narinas e estendem-se até a faringe. Nessas estruturas estão localizadas células sensoriais que são responsáveis pela percepção de cheiro. Além disso, existem células epiteliais que revestem essas cavidades e são responsáveis por produzir muco, substância que umedece as vias respiratórias e garante que algumas partículas fiquem retidas e não entrem no sistema respiratório. Os pelos do nariz, juntamente ao muco, funcionam como verdadeiros filtros. Faringe, uma estrutura musculosa comum ao sistema digestório e respiratório Laringe, SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 3 uma região dilatada formada principalmente por cartilagem que liga a laringe à traqueia. Essa região apresenta uma proeminência, mais acentuada em homens, que forma o chamado pomo de Adão. Epiglote, uma estrutura cartilaginosa que funciona como uma válvula, no momento da alimentação, que impede que o alimento entre nas vias respiratórias. Nesse órgão também encontramos as pregas vocais, estruturas responsáveis pela nossa capacidade de comunicação através da fala. Traqueia, um tubo que apresenta de 9 a 12,5 centímetros de comprimento localizado na altura da sexta vértebra cervical até a quinta torácica. Essa estrutura é formada por vários anéis de cartilagem, que impedem que ela se feche, permitindo a passagem constante de ar. Pulmão são dois órgãos esponjosos que estão situados no interior da caixa torácica e possuem a forma de cone. Apresentam coloração rosada quando a pessoa é jovem e coloração mais escura com a idade, em razão principalmente da poluição atmosférica e de contato com cigarro. O órgão encontra-se revestido por duas membranas denominadas pleuras e entre elas há um líquido chamado de interpleural. Esse órgão é formado por milhares de bronquíolos e alvéol brônquios, que penetram nos pulmões e ramificam-se em tubos mais finos que são conhecidos como bronquíolos e formam a chamada árvore respiratória. Nos bronquíolos, não é mais encontrada cartilagem, sendo encontrado principalmente músculo não estriado. Fisiologia A respiração é o conjunto de processos de troca do organismo com o ambiente externo que permite a obtenção de gás oxigênio (O2) e a eliminação do dióxido de carbônico (CO2). A respiração é essencial para manter o bom funcionamento de todo corpo humano, sendo fundamental para a vida. Ela auxilia na eliminação de toxinas que se formam no corpo, equilibrando as funções orgânicas e contribuindo no fortalecimento dos órgãos. Uma boa respiração, mais lenta e profunda, pode ajudar inclusive a reduzir o estresse e relaxar o organismo, diminuindo as batidas do coração. Uma a respiração SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 4 correta também auxilia a melhorar a elasticidade dos pulmões, contribuindo na manutenção de um bom equilíbrio entre os gases no corpo. → Relação Ventilação Prefussão SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 5 ▷ Fisiologia do Sistema Respiratório - Anatomia, Órgãos e Hematose! A fisiologia do sistema respiratório é constituída por um par de pulmões e por vários órgãos que circulam o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Os órgãos que fazem parte do sistema respiratório são as fossas https://beduka.com/blog/materias/biologia/fisiologia-do-sistema-respiratorio/ O que é insuficiência respiratória, causas e consequências. o que é? É uma deficiência de oxigenação, eliminação de dióxido de carbono, ou ambas, potencialmente fatal. Insuficiência respiratória pode ocorrer por deficiência nas trocas gasosas, diminuição da ventilação, ou ambas. Causas: Insuficiência respiratória aguda: surge repentinamente devido a obstrução das vias respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de drogas ou AVC, por exemplo; Insuficiência respiratória crônica: surge ao longo do tempo devido a outras doenças crônicas, como DPOC, impedindo a realização de atividades diárias, como subir escadas, sem sentir falta de ar. Mais comuns: Distrofia muscular ou outras alterações que afetem os nervos dos músculos respiratórios; Uso de drogas, especialmente no caso de overdose; Doenças pulmonares, como DPOC, asma, pneumonia ou embolia; Inalação de fumaça ou outros agentes irritantes. Sintomas: As manifestações comuns incluem dispneia, uso de músculos acessórios da respiração, taquipneia, taquicardia, diaforese, cianose, consciência alterada e, se não tratada, eventualmente embotamento, parada cardíaca e morte. O diagnóstico é clínico, suplementado por gasometria arterial e radiografia de tórax. Consequências: Tratamento : costuma ser em unidade de terapia intensiva e envolve correção da causa subjacente, suplementação de oxigênio e, se necessário, assistência ventilatória. https://beduka.com/blog/materias/biologia/fisiologia-do-sistema-respiratorio/ SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 6 Como o broncodilatador age no organismo equais terapias complementares não medicamentosas podem auxiliar no quadro do paciente. O tabagismo e sua relação com a DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica)? DPOC é a limitação do fluxo de ar provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro. Deficiência de alfa-1 antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais constituem causas menos comuns em indivíduos que não são tabagistas. Sintomas: tosse produtiva e dispneia, que se desenvolvem durante anos, e os sinais comuns envolvem a diminuição dos sons respiratórios e a ausculta de sibilos. Os casos graves podem ser complicados por perda ponderal, pneumotórax, episódios frequentes de descompensação aguda, insuficiência cardíaca direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou crônica. Diagnóstico: baseia-se na história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. Tratamento: é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos. Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou transplante de pulmão na doença avançada. Cerca de 50% dos pacientes com DPOC grave morrem em até 10 anos após o diagnóstico. Qual a importância do exame de espirometria? a Espirometria é um exame utilizado para medir a quantidade e o fluxo de ar que entra e sai dos pulmões. O resultado ajuda na análise das condições de ventilação do paciente e alguns casos não podem ser avaliados plenamente sem a realização deste exame complementar. Alterações podem indicar doenças respiratórias como asma ou DPOC. Existem três situações principais em que o médico solicita o exame de espirometria: para investigar ou monitorar doenças respiratórias, para acompanhar o estado de saúde pulmonar de trabalhadores em ambientes que possam comprometê-la e para avaliar a capacidade pulmonar de atletas. Quais os volumes pulmonares e sua importância? Volumes pulmonares SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 7 Volume corrente (VC): volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal. Volume de reserva inspiratória (VRI): volume máximo de ar que pode ser inspirado após uma inspiração espontânea, ou seja, volume extra de ar inspirado além do volume corrente normal. Volume de reserva expiratória (VRE): máximo volume extra de ar que pode ser expirado em uma expiração forçada após a expiração espontânea. Volume residual (VR): volume de ar que fica nos pulmões após uma expiração forçada máxima. Mesmo tentando ao máximo, é impossível esvaziar completamente os pulmões em uma expiração forçada. Esse volume que permanece é o volume residual, fundamental para manter a abertura dos alvéolos e impedir a tendência de colabamento alveolar. Uma situação de colapso alveolar total demandaria a geração de uma pressão anormalmente elevada para reinsuflar os pulmões, de modo que o volume residual otimiza o gasto energético. Além disso, a presença do volume residual garante contato contínuo entre o sangue venoso misto e o ar alveolar, permitindo continuidade das trocas gasosas mesmo durante a expiração. Como ocorre a Hematose e a respiração tecidual? Hematose é o processo de trocas gasosas que ocorre nos capilares sangüíneos dos alvéolos pulmonares através da difusão de gases: oxigênio e dióxido de carbono. Devido a esse processo, mediando o sistema respiratório e o sistema circulatório, o sangue venoso, concentrado em CO2 e convertido em sangue arterial rico em O2, é distribuído aos tecidos do organismo para provimento das reações metabólicas das células. Portanto, a difusão nos alvéolos pulmonares se estabelece por diferenças no gradiente de concentração dos capilares, onde o CO2 difunde-se do sangue venoso em direção ao meio externo, havendo a oxigenação do sangue a partir do mecanismo inverso com as moléculas de oxigênio na cavidade pulmonar. O gás oxigênio em maior concentração externa difunde-se no plasma sangüíneo em direção às hemácias, combinando-se com a hemoglobina (proteína associada a íons de ferro), passando a sangue arterial. Dependendo do hábito de alguns vertebrados e até invertebrados, a hematose passa a ocorrer em órgãos especializados dependendo da adaptação ao meio ambiente: nas traquéias de borboletas (respiração aeróbia traqueal); nas brânquias de animais SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 8 aquáticos (respiração aeróbia branquial); e na cloaca de tartarugas (respiração aeróbia clocal). Respiração tecidual Como se da a regulação do PH sanguíneo através da respiração. Equilíbrio acidobásico A importância do pH sanguíneo O sistema respiratório é o principal controlador dos níveis de pH sanguíneo. O aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue provoca aumento de íons H+ e, consequentemente, da acidez. Da mesma forma, a diminuição dos níveis de dióxido de carbono leva a um aumento da alcalinidade do sangue.O aumento do pH sanguíneo (alcalose) é detectado pelo centro respiratório, que responde diminuindo a ventilação pulmonar. Com esta redução, ocorre um acúmulo do dióxido de carbono e maior produção de íons H+, regularizando o pH. Por outro lado, a diminuição do pH sanguíneo (acidose) leva à excitação do centro respiratório, promovendo o aumento da ventilação pulmonar, o que deve resultar na eliminação do dióxido de carbono e no aumento do pH sanguíneo.Existem condições em que o sistema respiratório não é capaz de corrigir por si só o pH sanguíneo. Por exemplo, uma pessoa com enfisema pulmonar é incapaz de eliminar corretamente o dióxido de carbono, resultando em uma acidose respiratória. O exemplo contrário seria uma pessoa com hiperventilação causada por altas altitudes; neste caso, o organismo é incapaz de normalizar a ventilação em virtude dos baixos níveis de oxigênio na atmosfera. Nessas ocasiões, o organismo necessita do sistema renal para corrigir o pH sanguíneo. efeito tampão SP 1.4 Como lidar? - Sis respiratório 9 Como se da o transporte de O2 e a saturação do oxigênio no sangue. Como funciona o oxímetro. Como se funciona a abordagem do paciente restrito ao leito no SUS. Portfólio: O sistema respiratório me chama atenção, gosto muito mas ainda fico um pouco apreensiva. Nessa Sp fizemos muitas questões o que deixou a aula mais cansativa mas tudo certo.
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