Prévia do material em texto
DIABETES MELLITUS NA APS → Síndrome Caracterizada por Hiperglicemia Crônica (Defeito na Ação da Insulina ou na Secreção da Insulina ou de Ambas). → O Aumento da Prevalência do Diabetes está Associado a Diversos Fatores, como: – Transição Nutricional. – Maior Frequência de Excesso de Peso. – Crescimento e Envelhecimento Populacional. – Maior Sobrevida dos Indivíduos com Diabetes. – Maior Frequência de Estilo de Vida Sedentário. – Rápida Urbanização, Transição Epidemiológica. INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO 1, TENDEM A MORRER PRECOCEMENTE POR COMPLICAÇÕES METABÓLICAS (INFECÇÕES E FALTA DE INSULINA). INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO 2, TENDEM A MORRER POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES. CLASSIFICAÇÃO (OMS): CRITÉRIOS PARA RASTREAMENTO: DIAGNÓSTICO: PRÉ-DIABETES: → Monitoramento Semestral: TOTG e Glicemia de Jejum. → Monitoramento Anual: Hemoglobina Glicada e Lipidograma. → Mudança no Estilo de Vida (MEV): – Obesidade: Perda de 07% do Peso Corporal. – Sedentarismo: 150 minutos de Atividade Moderada (Caminhada). → Metformina: < 60 anos, IMC > 35 kg/m², Mulheres com História Prévia de Diabetes Gestacional. → Glicemia de Jejum ≥ 126 mg/dl. → HbA1c ≥ 6,5% a ser confirmada em Outra Coleta. → Glicemia de 2 h Pós-Sobrecarga de 75 g de Glicose ≥ 200 mg/dl. → Sintomas de Poliúria, Polidipsia e Perda Ponderal acrescidos de Glicemia Plasmática Casual ≥ 200 mg/dl. GLICEMIA CASUAL, É REALIZADA A QUALQUER HORA DO DIA, INDEPENDENTEMENTE DO HORÁRIO DAS REFEIÇÕES. CONTROLE GLICÊMICO: → Os Testes de HbA1c devem ser realizados pelo menos 02/ano por todos os Pacientes Diabéticos, e 04/ano por aqueles que se Submeteram a Alterações do Esquema Terapêutico ou Não Estejam Alcançando os Objetivos Recomendados com o Tratamento Vigente. HIPERTENSÃO ARTERIAL NOS DIABÉTICOS: → Qual o Alvo da PA nos Diabéticos? - < 130 x 80 mmHg. → Qual é o Anti-Hipertensivo de escolha no DM Tipo 2? – IECA, BRA II, Diuréticos Tiazídicos ou Bloqueadores dos Canais de Cálcio podem ser escolhas de Primeira Linha. – IECA e BRA II como Preferenciais na Presença de Albuminúria, em virtude de seus Efeitos Nefroprotetores. DISLIPIDEMIA E DM: → DM Alto Risco: LDL < 70 mg/dl. → Medidas Farmacológicas, somente se Triglicerídeos > 500 – 1000. → Quase Sempre Dieta e Exercício Físico Regular são suficientes para conseguir o Alvo Terapêutico. → Aterogênica: Hipertrigliceridemia (> 150 mg/dl) + Baixo HDL (< 40 mg/dl em Homens e < 50 mg/dl em Mulheres). TRATAMENTO: → Metformina 500 mg -----------------------------Contínua Tomar 2 cp após o Almoço, e 2 cp após o Jantar – Reduz a Produção Hepática da Glicose. – Classe Medicamentosa: Biguanida. – Dose Recomendada: 1.000 mg a 2.550 mg. Sendo dividida em 2 a 3 tomadas por dia após as Refeições. – Benefícios: Melhora do Perfil Glicêmico, Redução do Peso e dos Efeitos Cardiovasculares. – Efeitos Adversos: Desconforto Abdominal/Diarreia. → Metformina XR (Glifage) 500 mg -------------Contínua Tomar 2 cp após o Almoço, e 2 cp após o Jantar → Glibenclamida 5 mg-----------------------------Contínua Tomar 1 cp em Jejum ao Acordar – Aumento da Secreção de Insulina. – Classe Medicamentosa: Sulfonilureia. – Dose Recomendada: 2,5 a 20 mg. 1 a 2 tomadas por dia após as refeições – Efeitos Adversos: Hipoglicemia, Ganho de Peso. COM RELAÇÃO Á ESCOLHA DE UM SEGUNDO AGENTE EM PACIENTES COM SINTOMAS SECUNDÁRIOS Á HIPERGLICEMIA, O TRATAMENTO INSULÍNICO JÁ PODE SER RECOMENDADO, DEVENDO SER INICIADO COM INSULINA NPH DE AÇÃO INTERMEDIÁRIA OU PROLONGADA, APLICADA SC ANTES DO JANTAR OU DE DORMIR (BEDTIME). QUANDO INICIAR A INSULINOTERAPIA: → Utilização de mais de dois Fármacos Orais por alguns meses, com persistência de Níveis de HbA1c > 7% ou > 8% em Populações Específicas. TRATAMENTO COM METFORMINA OU GLIFAGE OU GLIBENCLAMIDA. → HbA1c (Hemoglobina Glicada) estiver > 9%, após a Dose Máxima de Metformina, ou se o Paciente estiver apresentando Sintomas de Hiperglicemia. TRATAMENTO COM INSULINOTERAPIA. → Quando o Paciente apresentar Sintomas de Hiperglicemia Graves e Significantes, ou Níveis de Glicose Muito Elevados (> 300 mg/dl), ou Perda de Peso Significante ou Presença de Cetonúria. → Ajuste da Dose de Insulina Basal: Monitorização da Glicemia de Jejum, ajustando-se 2 a 3 UI a cada 2 a 3 dias, até atingir a Meta Estabelecida para a Glicemia de Jejum. FENÔMENO DO ALVORECER: → Noite: Hipoglicemia. → Madrugada: Hiperglicemia. → Manhã: Hiperglicemia. → Tratamento: Trocar a Insulina após o Jantar, por Insulina Imediata Antes de Dormir. PARA DIFERENCIAR O FENÔMENO DO ALVORECER DO EFEITO SOMOGYI DEVE-SE DOSAR A GLICEMIA CAPILAR AS 03H. EFEITO SOMOGYI: → Noite: Hiperglicemia. → Madrugada: Hipoglicemia. → Manhã: Hiperglicemia. → Tratamento: Reduz a Dose de Insulina após o Jantar. TRATAMENTO COMPLEMENTAR: → Dieta. → Exercício Físico. → Exames Cardíacos (ECO, Ecodoppler das Carótidas). → Prevenção da Retinopatia Diabética (Diagnóstico e Anualmente). → Exames Laboratoriais de Rotina (GJ, Ur, Cr, Na, K, Ácido úrico, Lipidograma, Sumário de Urina, HbA1c). HIPERGLICEMIA: → Hidratação com Soro Fisiológico: 0,9% 500 ml EV. → Insulina Regular (Rápida, Bolus, Imediata): – 0 – 150: nada. – 151– 200: 2U. – 201– 250: 4U. – 251 – 300: 6U. – 301 – 350: 8U. – > 351: 10U.