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RELATÓRIO ROTULAGEM DE ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS 
Profª: Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo e Dra. Theides Batista Carneiro 
 
 
 
 
WAYLLA CAROLINE SENA MACHADO 
 
 
 
 
 
 
ROTULAGEM DE ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS, 
PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
JULHO – 2022 
 
 
WAYLLA CAROLINE SENA MACHADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTULAGEM DE ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS, 
PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS 
Estagiárias docentes: Anne Rafaele da Silva Marinho 
Carulina Cardoso Batista 
Dayane Dayse de Melo Costa 
Francisca Rayane Oliveira de Sousa 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
JULHO – 2022 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4 
METODOLOGIA............................................................................................................... ........5 
RESULTADOS...........................................................................................................................6 
DISCUSSÃO...................................................................................................... ......................14 
CONCLUSÃO.................................................................................................................... ......16 
REFERÊNCIAS........................................................................................................................17 
ANEXO........................................................................................................................ .............19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 Rótulo é definido como toda inscrição, legenda, imagem ou matéria descritiva ou gráfica 
escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colocada sobre a 
embalagem do alimento. Constitui-se tanto como veículo de publicidade quanto como um meio 
de comunicação entre o fabricante e o consumidor. É por meio dele que se tem acesso a 
informações como quantidade, características nutricionais, composição, qualidade e riscos que 
os produtos poderiam apresentar, devendo ser configurados de forma que a leitura e a 
compreensão das informações sejam claras e fáceis. (YOSHIZAWA et al, 2003, GONÇALVES 
et al, 2015) 
 Os hábitos alimentares sempre variam de acordo com o tempo e o espaço. Nos últimos 
anos, movimentos como a globalização, ingresso da mulher no mercado de trabalho, bem como 
o aumento das jornadas e o crescimento das tecnologias trouxeram uma maior participação no 
consumo de alimentos processados, sobretudo, os ultraprocessados. A ingestão excessiva desse 
tipo de alimento contribui para o aumento do sobrepeso e de doenças crônicas não 
transmissíveis, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, uma vez que, 
normalmente, contém quantidades massivas de gorduras, açúcares e sal, sob diferentes formas. 
(GONÇALVES et al, 2015) 
 Apesar desse aumento, cresce também a busca por hábitos mais saudáveis entre a 
população; existe uma preocupação com a má nutrição gerada por essa oferta abundante de 
produtos. Nesse sentido, os rótulos apresentam papel-chave, pois as informações neles contidas 
devem permitir e auxiliar o consumidor a ter uma dieta balanceada, trazendo informações 
completas, verdadeiras e esclarecedoras quanto à composição, qualidade e todas as 
características do produto. (SOUSA; MIGUEL; SANTOS, 2021, GONÇALVES et al, 2015) 
 No Brasil, a rotulagem de alimentos embalados é regulamentada através de órgãos como 
a ANVISA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Além disso, há 
o Manual de Orientação às Indústrias de Alimentos, que orienta a construção da tabela 
nutricional. Embora haja toda essa estrutura legal, a falta de fiscalização e atualizações permite 
distorções e ambiguidades, que mais confundem do que ajudam o consumidor. (GONÇALVES 
et al, 2015, MOTA et al, 2018) 
Assim, as práticas aqui descritas têm, por objetivo, analisar rótulos de diferentes 
produtos, em diversos graus de processamento e comercializados em diversos 
estabelecimentos, buscando entender informações de composição, valor nutricional e como eles 
se encontram frente à legislação vigente. 
5 
 
METODOLOGIA 
 A prática aconteceu no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica do Departamento de 
Nutrição da Universidade Federal do Piauí. Foram distribuídas embalagens de alimentos 
processados e ultraprocessados. Foi feita a leitura da tabela nutricional, bem como da lista de 
ingredientes e, então, foram discutidas as informações e o que elas podem representar para a 
saúde do consumidor. 
 Ao todo, foram analisados doze produtos: biscoitos integrais, pão integral, farinha de 
milho flocada, salgadinhos de milho, milho em conserva, pipoca, bebida sabor morango, amido 
de milho e farinha de trigo. As embalagens foram fornecidas pelo laboratório, portanto, não há 
informações dos estabelecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESULTADOS 
 Foram lidas e anotadas as tabelas nutricionais de cada uma das embalagens. As marcas 
foram preservadas, utilizando-se uma numeração para identificar produtos idênticos de marcas 
diferentes. 
 Tabela 1. Informação nutricional do salgadinho de milho 1. Porção de 25g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 117kcal = 491kJ 6 
Carboidratos 19g 6 
Proteínas 1,8g 2 
Gorduras totais 3,7g 7 
Gorduras saturadas 1,5g 7 
Gorduras trans 0 ** 
Colesterol 0mg8 0 
Fibra alimentar 0,4g 2 
Cálcio 75mg 8 
Ferro 1,1mg 8 
Sódio 249mg 10 
Vitamina A 45mcg 8 
Vitamina B1 0,09mg 8 
Vitamina B2 0,10mg 8 
Vitamina B6 0,10mg 8 
Ácido fólico 18mcg 8 
Iodo 9,8mcg 8 
Selênio 2,6mcg 7 
Zinco 0,53mg 8 
 
Tabela 2. Informação nutricional do salgadinho de milho 2. Porção de 25g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 117kcal = 493kJ 6 
Carboidratos 15g 5 
Proteínas 1,3g 2 
Gorduras totais 5,8g, das quais: 10 
Gorduras saturadas 2,5g 11 
7 
 
Gorduras trans 0g ** 
Gorduras monoinsaturadas 2,5g ** 
Gorduras poliinsaturadas 0,8g ** 
Colesterol 0mg ** 
Fibra alimentar 0,8mg 3 
Sódio 167mg 7 
Vitamina A 205mcg 34 
Niacina (B3) 5,5 mg 34 
Vitamina B2 0,44mg 34 
Vitamina B6 0,44mg 34 
Ácido fólico 82mcg 34 
Cobre 307mcg 34 
Iodo 44mcg 34 
Ferro 4,8mg 34 
Selênio 11,6mcg 34 
Zinco 2,4mg 34 
 
Tabela 3. Informação nutricional do biscoito integral. Porção de 40g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 174kcal = 731kJ 9 
Carboidratos, dos quais 29g 10 
 Açúcares 9,8g ** 
Proteínas 3,1g 4 
Gorduras totais 5,1g 9 
Gorduras saturadas 1,2g 5 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 4,1g 16 
Sódio 117mg 5 
 
Tabela 4. Informação nutricional da farinha de milho flocada 1. Porção de 50g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 178kcal = 748kJ 9 
Carboidratos 38g 13 
8 
 
Proteínas 3,6g 5 
Gorduras totais 1,1g 2 
Gorduras saturadas 0,2g 1 
Gorduras trans 0g (**) 
Fibra alimentar 2,6g 10% 
Sódio 0mg 0% 
 
Tabela 5. Informação nutricional da farinha de milho flocada 2. Porção de 50g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 180kcal = 756kJ 9 
Carboidratos 39g 13 
Proteínas 3g 5 
Gorduras totais 0,5g 0 
Gorduras saturadas 0g 0 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 0,7g 4 
Cálcio 0mg 0 
Ferro 0,6mg 15 
Sódio 0mg 0 
 
Tabela 6. Informação nutricional do pão integral. Porção de 50g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 128kcal = 538kJ 6 
Carboidratos 25g, dos quais 8 
Açúcares 2,1g ** 
Proteínas 3,7g 5 
Gorduras totais 1,5g 3 
Gorduras saturadas 0,4g 2 
Gorduras trans Não contém ** 
Gorduras monoinsaturadas 0,2g ** 
Gorduras poliinsaturadas 0,5g ** 
Colesterol 0mg 0 
Fibra alimentar 1,3g 5 
9 
 
Sódio 188mg 8 
 
Tabela 7.Informação nutricional do milho 1. Porção de 130g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 123kcal = 517kJ 6 
Carboidratos, dos quais: 24g 8 
Açúcares 0g 0 
Proteínas 5,5g 7 
Gorduras totais 0,5g 1 
Gorduras saturadas 0g 0 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 3,3g 13% 
Sódio 0mg 0% 
 
Tabela 8. Informação nutricional do milho 2. Porção de 130g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 106kcal = kJ 5 
Carboidratos 19g 6 
Proteínas 3,8g 5 
Gorduras totais 1,6g 3 
Gorduras saturadas 0,5g 2 
Fibra alimentar 3,8g 15 
Sódio 386mg 16 
 
Tabela 9. Informação nutricional da pipoca. Porção de 25g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 103kcal = 432kJ 5 
Carboidratos 13g 4 
Proteínas 1,8g 2 
Gorduras totais 4,9g 9 
Gorduras saturadas 2,2g 10 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 1,9g 8 
10 
 
Sódio 341mg 14 
 
Tabela 10. Informação nutricional da bebida sabor morango. Porção de 200mL 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 78kcal = 326kJ 4 
Carboidratos 19g 6 
Sódio 8,3mg 0 
Vitamina A 90mcg 15 
Vitamina B3 2,4mg 15 
Vitamina B6 0,19mg 15 
Vitamina B12 0,36mcg 15 
Vitamina C 6,7mg 15 
Vitamina D 0,75mcg 15 
Vitamina E 1,5mcg 15 
 
Tabela 11. Informação nutricional do amido de milho. Porção de 20g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 72kcal = 303kJ 4 
Carboidratos 18g 6 
Proteínas 0g 0 
Gorduras totais 0g 0 
Gorduras saturadas 0g 0 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 0g 0 
Sódio 6,2mg 0 
 
Tabela 12. Informação nutricional da farinha de trigo. Porção de 50g 
Quantidade por porção %VD (*) 
Valor energético 172kcal = 722kJ 9 
Carboidratos 36g 12 
Proteínas 5,3g 7 
Gorduras totais 0,7g 1 
Gorduras saturadas 0g 0 
11 
 
Gorduras trans 0g ** 
Fibra alimentar 1,4g 6 
Sódio 0mg 0 
Ferro 2,1mg 15 
Ácido fólico 75mcg 19 
 
Além disso, também foram lidas e anotadas as listas de ingredientes de cada um dos 
produtos. 
Quadro 1. Lista de ingredientes do salgadinho de milho 1 
Gritz de milho (Streptomyces viridochromogenes e/ou Bacillus thurigiensis e/ou 
Agrobacterium tumefaciens e/ou Zea mays), aromatizante (sal, dextrina, especiarias: páprica 
doce e cebola, aromatizante sintético idêntico ao natural, realçador de sabor: glutamato 
monossódico, acidulante: ácido fumárico), gordura vegetal, corantes artificiais amarelo 
crepúsculo (INS 110) e amarelo tartrazina (INS 102), fibra, sal, vitaminas e minerais 
 
Quadro 2. Lista de ingredientes do salgadinho de milho 2 
Farinha de milho enriquecida com ferro e ácido fólico (geneticamente modificada a partir de 
Streptomyces viridochromogenes e/ou Bacillus thurigiensis e/ou Agrobacterium tumefaciens 
e/ou Aggrobaterium sp.), oleína de palma, amido de milho (geneticamente modificado a 
partir de Streptomyces viridochromogenes e/ou Bacillus thurigiensis e/ou Agrobacterium 
tumefaciens e/ou Aggrobaterium sp.), preparado sabor idêntico ao natural de bacon (sal, 
farinha de arroz, amido modificado, cebola em pó, estabilizante INS 508, aromatizante 
antiumectante INS 551, realçadores de sabor inositato dissódico (INS 631) e guanilato 
dissódico (INS 627), vitamina A (vitamina A acetato), niacina (nicotinamida), vitamina B2 
(riboflavina), vitamina B6 (piridoxina HCl), ácido fólico (ácido n-pteroil-L-glutâmico), 
cobre (óxido cúprico), iodo (iodeto de potássio), ferro (fumarato ferroso), selênio (selenito 
de sódio), zinco (óxido de zinco), sal, óleo de soja, realçador desabor INS 621, estabilizante 
INS 170i, emulsificante INS 472e, corante INS 160b, antiumectante INS 341 ill 
 
Quadro 3. Lista de ingredientes do biscoito integral 
Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, mix de grãos integrais (aveia em flocos, 
chia, flocos de amaranto e grãos de quinoa) açúcar, farinha de trigo integral, farinha de milho, 
açúcar mascavo, óleo de girassol, gordura de palma, cacau em pó, açúcar invertido, sal, 
12 
 
estabilizante polidextrose, fermentos químicos (bicarbonato de amônio, bicarbonato de sódio 
e pirofosfato ácido de sódio), aroma idêntico ao natural de milho verde, chocolate amargo e 
baunilha, e emulsificante lectina de soja 
 
Quadro 4. Lista de ingredientes da farinha de milho flocada 1 
Farinha de milho flocada 
 
Quadro 5. Lista de ingredientes da farinha de milho flocada 2 
Farinha de milho flocada 
 
Quadro 6. Lista de ingredientes do pão integral 
Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, açúcar, óleo vegetal de soja, sal, glúten, 
emulsificantes: mono e diglicerídeos de ácidos graxos, estearoil-2-lactil lactato de cálcio e 
polisorbato 80, conservadores: propionato de cálcio e ácido sórbico, melhoradores de farinha: 
fosfato monocálcico, cloreto de amônio e ácido ascórbico, acidulante ácido cítrico e 
espessante carboximetilcelulose sódica 
 
Quadro 7. Lista de ingredientes do milho 1 
Milho (geneticamente modificado a partir de Bacillus thurigiensis, subsp. Kumamotoensis) 
e água 
 
Quadro 8. Lista de ingredientes do milho 2 
Milho (geneticamente modificado a partir de Bacillus thurigiensis, e/ou Agrobacterium 
tumefaciens), água e sal 
 
Quadro 9. Lista de ingredientes da pipoca 
Milho de pipoca, gordura vegetal, sal e preparado sabor manteiga (óleo vegetal, 
aromatizantes, regulador de acidez ácido acético e corantes cúrcuma e urucum) 
 
Quadro 10. Lista de ingredientes da bebida sabor morango 
Água, sucos concentrados de maçã e morango, vitaminas (C, E, B3, A, D, B6 e B12), 
aromatizante, acidulante, ácido cítrico, estabilizante goma guar e corante natural antocianina 
 
13 
 
Quadro 11. Lista de ingredientes do amido de milho 
Amido de milho (Bacillus thurigiensis e/ou Streptomyces viridochromogenes e/ou 
Agrobacterium tumefaciens e/ou Zea mays) 
 
Quadro 12. Lista de ingredientes da farinha de trigo 
Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico 
 
 Considerando a RDC Nº 259, de 20 de setembro de 2002 (BRASIL, 2002), todas as 
embalagens estavam com a rotulagem parcialmente em conformidade com a legislação vigente, 
obedecendo a todas as especificações estabelecidas. Em relação ao que diz a RDC Nº 360, de 
23 de dezembro de 2003 (BRASIL, 2003), as embalagens também se encontram de acordo com 
a lei, trazendo sempre as informações obrigatórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
DISCUSSÃO 
Os alimentos processados, minimamente ou não, podem ser ditos como aqueles que 
passam por algum tipo de beneficiamento antes de sua aquisição e consumo; os 
ultraprocessados passam por processos tão extremos e com tantas adições químicas que pouco 
remetem ao alimento do qual se originaram. Essas categorias de alimentos, especialmente esta 
última, apresentam inúmeras vantagens frente aos olhos do consumidor; eles são mais práticos, 
fáceis de preparar, comprar, conservar e, nos últimos anos, significativamente mais em conta 
do que os in natura ou minimamente processados. (MOTA et al, 2018, BEZ BATTI, 2022) 
Nesse trabalho, os ultraprocessados observados foram os salgadinhos de milho, o 
biscoito integral, o pão integral e a bebida sabor morango. Observa-se, em todos eles, uma 
grande quantidade de produtos químicos, e poucos alimentos verdadeiramente integrais. 
Quanto aos aditivos, os mais significantes foram os emulsificantes, aromatizantes, vitaminas e 
minerais, que apareciam em uma quantidade significativa das embalagens analisadas. Tal 
observação é preocupante pois, embora a literatura ainda careça de estudos sobre aditivos e suas 
implicações à saúde, especialmente no público infantil e adolescente, há evidências de que eles 
impactem com alergias nessas etapas iniciais da vida. (GOMES; ALVES, 2020) 
Uma massa significativa de produtos ultraprocessados tem essa população mais jovem 
como seu público-alvo; só nesta análise, dos 12 produtos, pelo menos 3 (os salgadinhos de 
milho e a bebida de morango), ou seja, um quarto, é destinado ao público infantil e adolescente, 
que sãoos mais afetados por alergias alimentares e, embora as reações adversas específicas a 
corantes, conservantes e outros aditivos sejam raras, elas não devem ser negligenciadas. O 
corante tartrazina e o realçador glutamato monossódico são bastante conhecidos por reações 
alérgicas. (GOMES; ALVES, 2020) 
Seguindo tanto a tendência de consumo de ultraprocessados quanto a busca por 
alimentos mais saudáveis, os produtos integrais se tornaram populares entre consumidores. Os 
benefícios no consumo de cereais e grãos integrais vão desde um melhor funcionamento 
intestinal até prevenção de cânceres. Evidentemente, o marketing desses produtos está bastante 
fundamentado nessas promessas, conforme foi observado na análise das embalagens dos 
biscoitos e do pão. (PARISE; COSER, 2020) 
Lenquiste e Leite (2017) trazem a RDC nº 54, de 12 de novembro de 2021, que 
estabelece que, para que um alimento possa ser considerado fonte de fibras, deve haver pelo 
menos 3g de fibra a cada 100g do alimento. Nesse sentido, o biscoito se vende como se propõe, 
já que apresenta mais do que o mínimo em uma porção menor, em contrapartida, ainda constitui 
15 
 
um produto repleto de aditivos. O pão, por sua vez, traz a denominação “livre de colesterol”, 
em uma não conformidade com a RDC nº 259, de 2002, que não permite dizeres que destaquem 
a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios de alimentos de igual 
natureza. O colesterol só é encontrado em produtos de origem animal, ou com ingredientes de 
tal procedência, e o pão não traz nenhum elemento do gênero na lista de ingredientes. (PARISE; 
COSER, 2020) 
 Quando se analisa a tabela nutricional, é importante considerar a porção analisada no 
rótulo e a que é consumida, de fato. Ultraprocessados, como já dito, são desenhados para 
consumo rápido e prático, então, frequentemente, a porção analisada é menor do que a vendida 
e menor do que a consumida; faz parte do padrão alimentar esperado para o consumo desse tipo 
de produto. Os estudos mostram um aumento significativo no consumo de energia atrelado ao 
crescimento do consumo de ultraprocessados. (LANZILLOTTI et al, 2020) 
 Comparando os alimentos minimamente processados e processados com os 
ultraprocessados, observa-se que as pequenas porções indicadas no rótulo destes tem 
densidades calóricas muito similares a porções maiores daqueles; em contrapartida, o 
percentual de fibras e o teor de sódio são bem melhores, por mais que os processados se 
constituam, aqui, basicamente de alimentos em algum tipo de conserva simples, como água, ou 
salmoura. Também não apresentam aditivos químicos; somente no milho em salmoura, há o sal 
como conservante, a depender da concentração. As embalagens não permitem contato com a 
luz e foram seladas a vácuo, o que, junto com a água e o sal, isolam o alimento, melhorando o 
tempo de prateleira do produto. (CARMO NETA, 2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
CONCLUSÃO 
 Através da análise da composição nutricional, foi possível determinar as características 
de um alimento processado e um ultraprocessado. A busca na literatura ajudou a compreender 
o impacto desses alimentos na alimentação e trouxe à tona a necessidade urgente de uma 
fiscalização mais intensa no tocante aos produtos que circulam no mercado, bem como de 
orientação ao consumidor. 
 Nesse sentido, faz-se importante uma formação adequada para o nutricionista nesse 
campo, para que possa funcionar como um agente promotor de informação, educação e com o 
embasamento para exigir medidas das autoridades para trazer saúde à população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BEZ BATTI, Érika Arcaro et al. Avaliação da qualidade nutricional e do uso do termo 
integral nos rótulos de alimentos processados e ultraprocessados formulados à base de cereais 
e pseudocereais. 2022. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Rotulagem geral de alimentos embalados. Resolução RDC nº 
259, de 20 de setembro de 2002. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder 
Executivo, Brasília, DF, 20 set. 2002. Seção 1. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Informação nutricional. Resolução RDC nº 360, de 23 de 
dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, 
Brasília, DF, 26 dez. 2003. Seção 1. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm. 
 
CARMO NETA, Priscila Monteiro do. Análise de rótulos de milho e ervilha em conserva 
em relação ao teor de sódio, fibras e ingredientes de acordo com a legislação vigente. 
2020. Tese de Doutorado. 
 
GOMES, Isabel Cristina Lobo Silva; ALVES, Italo da Costa. Análise da quantidade de 
aditivos alimentares e das declarações obrigatórias em rótulos de gelatinas diet e 
convencional de acordo com a legislação vigente. 2020. Tese de Doutorado. 
 
GONÇALVES, Nicolas Aguiar et al. Rotulagem de alimentos e consumidor. Nutrição Brasil, 
v. 14, n. 4, 2015. 
 
LANZILLOTTI, Haydée Serrão et al. Estimativa do padrão alimentar de estudantes de Nutrição 
de uma universidade estadual no Rio de Janeiro, Brasil. DEMETRA: Alimentação, Nutrição 
& Saúde, v. 14, 2020. 
 
LEITE, Ana Beatriz; LENQUISTE, Sabrina Alves. Rotulagem nutricional de pães integrais: 
análise de conhecimento dos consumidores. In: Colloquium Vitae, Presidente Prudente. 
2017. p. 150. 
 
MOTA, Karine Alves et al. Avaliação da rotulagem de alimentos industrializados. Revista 
Eletrônica Acervo Saúde/Electronic Journal Collection Health ISSN, v. 2178, p. 2091, 
2018 
 
PARISE, Thayla Diana; COSER, Marceli Pitt. Biscoitos integrais: legislação pertinente e 
percepção do consumidor. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 15, p. 39689, 
2020. 
 
SOUSA, B. J. de; MIGUEL, T. B. V.; SANTOS, S. C. L. ALIMENTOS ORGÂNICOS NO 
BRASIL: uma revisão de literatura. HOLOS, [S. l.], v. 4, p. 1–16, 2021. DOI: 
10.15628/holos.2020.9619. Disponível em: 
https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/9619. Acesso em: 3 jul. 2022 
 
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifica/rotuali.htm
18 
 
YOSHIZAWA, Nádia et al. Rotulagem de alimentos como veículo de informação ao 
consumidor: adequações e irregularidades. Boletim do Centro de Pesquisa de 
Processamento de Alimentos, v. 21, n. 1, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
ANEXO 
 
Imagem 1. Embalagem do salgadinho de milho 1 
 
 
Imagem 2. Embalagem do salgadinho de milho 2 
 
 
Imagem 3. Embalagem do biscoito integral 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Imagem 4. Embalagem da farinha de milho flocada 1 
 
 
Imagem 5. Embalagem da farinha de milho flocada 2 
 
 
Imagem 6. Embalagem do pão integral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Imagem 7. Embalagem do milho 1 
 
 
Imagem 8. Embalagem do milho 2 
 
 
Imagem 9. Embalagem da pipoca 
 
 
Imagem 10. Embalagem da bebida sabor morango 
 
 
 
22 
 
Imagem 11. Embalagem do amido de milho 
 
 
Imagem 12. Embalagem da farinha de trigo

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