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Arteriosclerose • Enrijecimento das artérias • Designa 3 doenças que cursam com espessamento e enrijecimento das paredes arteriais: o Arteriolosclerose → enrijecimento das arteríolas (processo natural do envelhecimento – acúmulo de danos). o Calcificação da camada média → causa idiopática o Aterosclerose REVISÃO DAS CAMADAS ARTERIAIS • Íntima → camada única de céls endoteliais dispostas sobre fina camada de TC • Média → céls ML e fibras elásticas • Adventícea → TC (filetes nervosos e pequenos vasos) TIPOS DE ARTÉRIAS • Alta pressão: maior camada média • Média pressão → menor espessura em relação às de alta pressão. • Baixa pressão → camada média delgada o Principais responsáveis pelo controle arterial → resistência vascular periférica o Estão presentes em maior nº CAMADA ÍNTIMA • Responde às lesões arteriais vasculares, pois tem contato com o sangue → espessamento (aumento do nº ML + MEC) o Cresce em direção à luz do vaso → obstrução COMO A CAMADA RESPONDE ÀS AGRESSÕES? • Agressão → céls endoteliais sinalizam às moléculas de adesão (citocinas, fatores quimiotáticos), de modo que ocorre recrutamento de céls ML ou de céls precursoras do ML para a íntima • Mitose em cél ML • Elaboração de MEC CAMADA MUSCULAR LISA • Como o elemento celular predominante na camada média vascular, as céls ML são responsáveis pela vasconstrição e vasodilatação em resposta a estímulos normais e farmacológicos • Sujeitos a fatores: o Promotores/proliferativas → IFN-gama, IL-1, PDGF o Inibidores → NO, TGF-beta FLUXO LAMINAR CAMINHOS • No centro do vaso → elementos mais densos (hemácias e leucócitos) • Periferia → elementos menos densos (plaquetas, plasma proteínas de baixa massa molecular) o Não se chocam com as céls endoteliais no fluxo laminar MODIFICAÇÕES • Fluxo turbulento → lesão mecânica de céls endoteliais qualquer que seja o motivo o Motivos: ▪ Bifurcação de vasos ▪ Vasodilatação e vasoconstrição com muita frequência ▪ Artérias sinuosas (ex: artéria coronária; artéria cerebral média) ▪ Componentes químicos → metabolitos da fumaça do cigarro ▪ Toxinas bactérias ▪ Excesso de oxigênio ▪ Alteração da viscosidade do sangue → aumento da concentração de hemácias e glicose circulante LIPÍDIOS-LIPOPROTEÍNAS • Transportados no sangue sob a forma de agregados moleculares → lipoproteínas que são incorporadas às céls por meio de receptores específicos da membrana e metabolizadas por sistemas enzimáticos próprios • Principais classes de lipoproteínas, em ordem decrescente de tamanho e conteúdo de colesterol e em ordem crescente de densidade COMO SÃO TRANSPORTADOS? • Envoltório polar → moléculas de colesterol + fosfolipídios + Apo (sintetizadas no fígado) • Núcleo → triacilglicerol e ésteres de colesterol FARMACOLOGIA* • Apolipoproteínas → alvo das estatinas (sinvastatinas) o Mas uso prolongado de sinvastatinas → tóxica para o musculo estriado esquelético ATEROSCLEROSE • Doenças cardiovasculares constituem uma importante causa de morte nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento • As manifestações clínicas das DCV (infarto do miocárdio), AVC e doença vascular periférica são causadas por um processo aterosclerótico e tem início a partir da meia- idade • Doença de arteiras de grande ou médio calibre caracterizada por alterações representadas pelo acúmulo na intima de lipídeos, carboidratos complexos, componentes do sangue, céls e material intercelular • Uma das mais importantes causas de óbito no mundo • No BR → 25% de todos os óbitos • Correlação positiva entre incidência e porcentagem de calorias da dieta FATORES DE RISCO PRIMÁRIOS • Idade • Sexo • Genética • Hiperlipidemia • HAS • DM SECUNDÁRIOS • Sedentarismo • Estresse • Obesidade • Hiperhomocisteínemia → aumento da concentração de homo cisteínas (possui um radical muito reativo) circulantes LOCAIS DE INCIDÊNCIA • Artérias carótidas internas e bifurcação • Artérias coronárias proximais • Óstio da artéria mesentérica superior • Aorta abdominais e artérias ilíacas PATOGENIA HIPÓTESE DA RESPOSTA À LESÃO • Aterosclerose → resposta inflamatória e de resolução crônica da parede arterial à lesão endotelial. • Doença silenciosa, progressiva (leva 20 anos para crescer a ponto de obstruir um vaso) • Todo processo de marginação, migração e adesão é desencadeado para o local da agressão como qualquer mecanismo inflamatório • Todo tecido tem um macrófago residente como 1ª linha de defesa → fica na camada intima o Desencadeia toda resposta a agressão química ou mecânica endotelial • Uma vez que o endotélio é agredido → as fenestrações da camada única endotelial aumentam, facilitando a passagem de moléculas que antes não passariam: HLDL • Ativação de macrófagos residentes → mas não possui receptores de fagocitose para LDL, mas possuem receptores para LDL oxidadas. • Por isso, esses macrófagos estimulam a liberação de: o Radicais livres → oxidação de LDL nas camadas intimas • Além de citocinas + fatores de crescimento → fatores quimiotáticos para o local da agressão • O macrófago “engolfa” mas não digere → formação de células espumosas • Lesão endotelial é inerente às modificações anatômicas das artérias, logo o que desencadeia a formação dessa patologia não é a lesão endotelial em si, mas sim a lesão endotelial com o aumento da circulação LDL FATORES AGRAVANTES • Aumento de céls espumosas → estria gordurosa o Não é placa de ateroma • PLACA DE ATEROMA ➔ cronificação da estria gordurosa, ruptura dos macrófagos expondo o conteúdo de colesterol na camada intima vai engrossando a estrutura muscular → crescimento sobre o centro de estrias gordurosas • ML cresce sobre o centro de colesterol como forma de proteção da lesão mecânica do sangue → aumento do fluxo turbulento o Logo o endotélio é cronicamente desafiado o Quanto mais crônico → maior a espessura da capa fibrogordurosa (estável, baixa probabilidade de ruptura) o Capilares neoformados → ramificações da vasa vasorum para nutrir a placa • Embolia gordurosa → rompimento da placa CONSEQUÊNCIAS • Tamanho dos vasos envolvidos • Estabilidade da própria placa • Grau de degeneração da parede arterial subjacente HORIZONTE CLÍNICO
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