Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOS BENS Várias acepções: filosófica: tudo quanto proporciona satisfação ao homem. Jurídica: valores materiais e imateriais que podem ser objeto de uma relação de direitos. 2. Coisas e Bens: O conceito de coisas corresponde ao de bens. Ao mundo jurídico interessa as coisas suscetíveis de apropriação. Coisa no sentido genérico – tudo que existe fora ou além do homem. Coisa no sentido jurídico – tudo que é suscetível de posse exclusiva pelo homem e possui valor econômico. Coisas e bens econômicos constituem o patrimônio da pessoa natural ou jurídica. Existem outros bens de ordem moral que emanam da personalidade, porém não integram o patrimônio. 3. Conceito: “Bens, são as coisas materiais ou imateriais que têm valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica”. 4. Caracteres: Idoneidade para satisfazer um interesse econômico. Gestão econômica autônoma. Subordinação jurídica ao seu titular. Classificação: Bens considerados em si mesmos: Corpóreos e Incorpóreos. Móveis e Imóveis. Fungíveis e Infungíveis. Consumíveis e Inconsumíveis. Divisíveis e Indivisíveis. Singulares e Coletivos. Reciprocamente considerados: Principal. Acessório. Em relação ao titular: Particulares Públicos. Em relação ao comércio: Alienáveis. Inalienáveis. e) Bem de família: Bens considerados em si mesmos: corpóreos e incorpóreos. Corpóreos – têm existência material. Incorpóreos – não têm existência material. Bens imóveis e móveis: Remonta à Antigüidade. Substitui a clássica divisão do direito romano. Res mancipi e res nec mancipi. O bem imóvel tem prioridade desde a Antigüidade. Atualmente os móveis vêm adquirindo grande importância. imóveis – não podem ser transportados de um lugar para outro. Podem ser : Imóveis por sua natureza. Imóveis por acessão física artificial. Imóveis por acessão intelectual. Imóveis por determinação legal. Móveis – sem deterioração substancial ou de forma, podem ser transportados de um lugar para outro por força própria (semoventes) ou estranhas. Podem ser: Móveis por natureza. Móveis por antecipação – árvore depois de cortada. Móveis por determinação legal – os direitos sobre os objetos móveis... Bens fungíveis e infungíveis: A fungibilidade resulta da individuação, sendo, em regra, própria dos bens imóveis. A infungibilidade decorre da natureza do bem, embora possa decorrer da vontade humana. fungível – pode ser substituído. Infungível – não pode ser substituído. Bem consumível e bem inconsumível: Consumível – terminam com o 1º uso. Inconsumível – possibilita o uso continuado, retirando todas as suas utilidades. A consuntibilidade não decorre da natureza do bem, mas de sua destinação econômico-jurídica, sendo influenciada pela vontade humana. Divisíveis e indivisíveis: – Divisíveis – bens que podem ser fracionados em partes homogêneas e distintas sem alterar as qualidades essenciais do todo e sem desvalorização. – Indivisíveis – Não podem ser fracionados. Os indivisíveis podem ser: indivisíveis por natureza. indivisíveis por determinação legal. Indivisível por vontade das partes. Bens Singulares e Coletivos: – São considerados por si, independendo dos demais. Podem ser: Simples – formam um todo homogêneo. Compostos – partes heterogêneas ligadas pelo engenho humano. – Coletivos ou Universais: Constituídos por várias coisas singulares. Podem ser: Universais de fato – conjunto de bens singulares homogêneos pela vontade humana. Universais de Direito – conjunto de bens singulares heterogêneos que a norma jurídica dá unidade, visando à produção de certos efeitos. Princípios da Universalidade Extingue-se a coletividade e não o direito sobre o remanescente, com o desaparecimento de todos os elementos, menos um. Na coletividade fica sub-rogado ao indivíduo, o valor respectivo. Na universalidade, esta subsiste, mesmo quando não conste de objetos materiais. Bens reciprocamente considerados: Principal e Acessório: Principal – existe por si, exercendo sua função e finalidade. Acessório – sua existência supõe a do principal. Importância da distinção: O acessório segue a natureza do principal. O acessório pertence ao titular do principal. Espécies de acessórios: Frutos – utilidades que a coisa produz periodicamente, cuja percepção mantém intacta a substância do bem que as gera. Caracteres: periodicidade inalterabilidade da substância separabilidade. Podem ser: Quanto à origem: Naturais – ex.: coqueiro. Industriais – ex.: leite em pó, doce de leite. Civis – rendimentos pecuniários. Quanto ao estado: Pendentes – se estiverem ligados à coisa principal – ex.: aluguéis. Percebidos – separados, quando já tiverem sido recolhidos. Estantes – separados e armazenados. Percipiendos – são os que estão em condições de serem recolhidos mas, não foram. Consumidos – já foram colhidos e consumidos. Produtos – utilidades que se podem retirar da coisa, alterando sua substância com a diminuição da quantidade, até o esgotamento total. Ex.: mina. Rendimentos – frutos civis ou prestações periódicas, em dinheiro decorrentes da concessão do uso e gozo de um bem. Benfeitorias – obras ou despesas que se fazem em um bem móvel ou imóvel para a sua conservação, melhoramento ou embelezamento. Poder ser: Voluptuários – para embelezamento. Úteis – facilita a utilização. Necessários – visam à conservação. Não são benfeitorias: Melhoramentos sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. A pintura em relação à tela, a escultura e a escritura em relação à matéria prima. Pertença – Coisa acessória destinada a conservar ou facilitar o uso da coisa principal, sem dela ser parte integrante. Conserva sua autonomia. Há subordinação econômica-jurídica com a principal para que atinja suas finalidades. Partes integrantes – acessórios que unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo desprovidos de existência própria, embora mantenha sua individualidade. Bens em relação ao titular. Particular – têm como titular, pessoa natural ou jurídica de direito privado. Públicos – aqueles do domínio nacional pertencente à União, Estados ou Municípios. 2.1- Espécies: Bens de uso comum. Praças. Bens de uso especial. Prédios públicos, Prefeitura. Bens dominicais – todos que compõem o patrimônio da União, Estado e Municípios. 2.2- Caracteres: Inalienabilidade. Imprescritibilidade. Impenhorabilidade. Bens em relação à possibilidade de comércio. Alienáveis – livres de qualquer restrição. Inalienáveis – não podem ser transferidos de um acervo patrimonial a outro. 2.1- Espécies: Inapropriáveis por natureza. Legalmente inalienáveis. Inalienáveis por vontade humana. Bem de família – “instituto pelo qual o chefe de família destina um prédio para a residência da família, visando isentá-lo de responder em possível execução”. MARCO ANTONIO NADALIN PEIXOTO RA: 003965775 TURMA: 1L
Compartilhar