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PROTOCOLOS - PERIODONTIA

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EXAMES SUPRAGENGIVAIS
IPV - ÍNDICE DE PLACA VISÍVEL
● Instrumental:
→ Trio clínico (odontoscópio, pinça, sonda milimetrada), rolete de algodão, gaze
● Técnica:
→ Isolamento relativo (algodão + sugador)
→ Secagem da superfície dentária
→ Observar presença de placa em cada face
→ Caso haja dúvida: sondar a região
→ Escores:
- 0: ausência de placa
- 1: presença de placa ao sondar a margem gengival
- 2: presença de placa visível na margem gengival
- 3: presença de placa visível abundantemente (em mais de ⅔ da face)
● Cálculo dos índices:
IPV = soma da quantidade de superfícies com escore 2 e 3 X 100 = x %
total de superfícies dentárias
ISL = soma de todos os valores das superfícies
total de superfícies dentárias
ISG - ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL
● Instrumental:
→ Trio clínico (odontoscópio, pinça, sonda milimetrada), rolete de algodão, gaze
● Técnica:
→ Isolamento relativo (algodão + sugador)
→ Correr a sonda milimetrada, penetrando levemente o sulco gengival (1mm) com uma
inclinação de 45° em relação ao longo eixo do dente na margem gengival, de distal para
mesial
- fazer um sextante, esperar para ver se sangra, anotar
- fazer toda a arcada por vestibular e voltar por palatina/lingual
→ Resultados:
- 0 ou em branco: ausência de sangramento
- 1 ou ⬤ : presença de sangramento
● Cálculo do índice:
ISG = nº de superfícies sangrantes X 100 = x %
nº total de superfícies
EXAME PERIODONTAL
● Instrumental:
→ Trio clínico (odontoscópio, pinça, sonda milimetrada)
→ Sonda de Nabers (furca)
→ Rolete de algodão, gaze
PROFUNDIDADE DE SONDAGEM (PS)
→ Sonda milimetrada
→ Local de sondagem: 6 sítios
- mesial, vestibular e distal
- mesial, palatina/lingual e distal
→ Anotar 4 sítios - M e D anota o maior número, seja por vestibular ou palatina/lingual
→ Inserir a sonda no sulco gengival, paralelamente ao longo eixo do dente e verificar
quantos mm entrou
SANGRAMENTO SUBGENGIVAL (SS)
→ Após a medição da PS, verificar se houve sangramento/supuração subgengival
→ Marcar com ⬤ os sítios com sangramento
PERDA DE INSERÇÃO (PI)
→ Se for possível enxergar ou sentir com a sonda a JAC (junção cemento-esmalte),
pode-se afirmar que houve perda de inserção clínica
→ Marcar com ⬤ os sítios que apresentarem perda de inserção clínica
EXAME DE LESÃO DE FURCA
→ Sonda de Nabers: inseri-la na furca e verificar o grau da lesão
→ Resultados:
- 0: ausência de lesão de furca
- 1: perda horizontal de tecido de suporte que não ultrapassa ⅓ da largura do dente
- 2: perda horizontal de tecido de suporte que ultrapassa ⅓ da largura do dente
- 3: perda horizontal de tecido de suporte que ultrapassa toda a largura do dente, de
um lado ao outro
RAP: RASPAGEM SUPRAGENGIVAL
● Instrumental:
Raspagem e Alisamento:
→ Trio clínico
→ Pedra de afiação
→ Curetas Gracey:
- 1/2 e 3/4: incisivos e caninos
- 11/12: mesial de dentes posteriores - variação: 15/16 (mais reta)
- 13/14: distal de dentes posteriores - variação: 17/18 (angulação maior)
- 5I6: dentes anteriores e pré-molares
- 7/8 : vestibular e lingual de dentes posteriores
- 9/10: vestibular e lingual de molares
→ Cureta universal:
- McCall
- Columbia 13/14
Polimento:
→ Tiras de lixa interproximal
→ Pasta + taça de borracha e escova Robson em baixa rotação
→ Fio dental
● Técnica:
→ Isolamento relativo (algodão + sugador)
→ Por sextantes:
- 1° sextante: 18 - 14
- 2° sextante: 13 - 23
- 3° sextante: 24 - 28
- 4° sextante: 38 - 34
- 5° sextante: 33 - 43
- 6° sextante: 44 - 48
→ Empunhadura de caneta modificada (polegar + indicador + médio + anelar)
→ Movimento de braço inteiro, não somente pulso
→ Remoção do cálculo: colocar a face cortante da cureta na base do cálculo e tracionar
contra a superfície radicular - movimento de baixa frequência e grande amplitude
→ Alisamento: movimento de alta frequência (sobrepostos) e baixa amplitude
→ Polimento
→ Avaliar região interproximal com fio dental e verificar lisura com a sonda milimetrada
● Afiação das curetas:
→ Limpar na gaze
→ Pedra apoiada na mesa e sob luz clara e direta
→ Apoiar a face lateral na pedra e ir levantando a cureta até formar um ângulo de 110°
entre a pedra e a face coronária
→ Tracionar a cureta ao longo da pedra, sob leve pressão, mantendo a mesma inclinação
→ Verificação: colocar contra a luz - afiado não reflete luz
RASUB: RASPAGEM E ALISAMENTO SUBGENGIVAL
● Instrumental:
RASPAGEM:
→ Limas periodontais:
Lima Dunlop - maior diâmetro da ponta ativa
- 1/2 : mesial e distal de posteriores
palatina/lingual de anteriores
- 2/5 : distal e palatina/lingual de molares
Limas Hirschfeld - menor diâmetro da ponta ativa
- 3/7: vestibular e lingual/palatina de posteriores
vestibular de anteriores
- 5/11: distal de posteriores
→ Cureta Pádua-Lima: região de furca. Possuem dois lados cortantes (universais)
- N: estreita
- W: larga
ALISAMENTO
→ Curetas Gracey
Afiação:
→ Lima para afiar lima - afiar dente por dente da lima
● Técnica:
→ Isolamento relativo (algodão + sugador) + gaze para hemostasia
→ Por sextantes ou menos
→ Anestesia
→ Raspagem:
- introdução do instrumento no fundo da bolsa periodontal (até atingir mm sondada)
- percepção das irregularidades existentes com movimentos cervico-apicais leves sem
acionar o instrumento
- acionamento do instrumento: movimento de tração em direção cervical (mov vertical)
até que não se perceba cálculo e tenha certeza de que toda superfície radicular foi
raspada
- movimentos longos e menos frequentes
- sondagem com a sonda periodontal - identificar regularidades remanescentes
→ À medida que se observa menos trepidações/resistência, pode-se começar a fazer
movimentos de Alisamento:
- movimentos curtos, frequentes e sobrepostos (movimentos cervicais de alta
frequência e baixa amplitude) em todas as áreas da bolsa
- sondagem cuidadosa buscando sentir uma superfície lisa e destruída de
rugosidades
→ Assepsia e irrigação com soro fisiológico
→ Recomendações para o paciente: dor - analgésicos; quanto à mastigação
controle de placa - mecânico e coadjuvante/ou não
CONTENÇÃO DENTÁRIA TEMPORÁRIA
→ São extracoronárias
● Protocolo:
1) Planejamento
→ Princípio mecânico: polígono de Roy
- 1° segmento: molares e pré-molares
- 2° segmento: caninos
- 3° segmento: incisivos centrais e laterais
Para estabilizar movimentação: união de 3 segmentos do polígono
→ Fio: rígido (não permite mobilidade) ou semi-rígido (permite certa mobilidade)
secção transversal: retangular; trançado; quadrangular (principalmente em casos de
inserção de dentes faltantes)
Materiais possíveis:
→ Fio de aço + resina composta
→ Fio de nylon +resina composta
→ Resina composta + resina acrílica
→ Fibra de vidro + resina composta
2) Obter uma superfície dentária lisa e polida
→ RAP ou deplacagem/profilaxia
3) Isolamento absoluto do campo
4) Manipulação do fio
→ Realizar as dobras do fio antes de inserir em boca
→ Se possível, fazer modelo de gesso e manipular o fio nele
5) Colagem da contenção
→ Sistema adesivo - uso de resina composta
→ Começar pelas extremidades
→ Estabelecer condições para higiene bucal por parte do paciente
6) Ajuste oclusal
→ Eliminar pontos de contato prematuro da resina em palatina (a contenção não resiste
muito às forças oclusais)
Indicação para contenção:
- Mobilidade dentária - que impeça função, conforto, higienização e raspagem
- Fixar dente faltante
- Estabilizar fraturas
- Pós-traumatismo alvéolo dental
- Pós-ortodontia
CONTENÇÃO DENTÁRIA DEFINITIVA
→ São intracoronárias
● Protocolo:
1) Planejamento
→ Princípio mecânico: polígono de Roy
- 1° segmento: molares e pré-molares
- 2° segmento: caninos
- 3° segmento: incisivos centrais e laterais
Para estabilizar movimentação: união de 3 segmentos do polígono
→ Fio: rígido (não permite mobilidade) ou semi-rígido (permite certa mobilidade)
secção transversal: retangular; trançado; quadrangular (principalmente em casos de
inserção de dentes faltantes)
Materiais possíveis:
→ Fibra de vidro + resina composta
→ Braquete + fio ortodôntico
2) Obter uma superfície dentária lisa e polida
→ RAP ou deplacagem/profilaxia3) Isolamento absoluto do campo
4) Desgaste dos dentes
→ Confecção de caneletas
5) Manipulação do fio
→ Realizar as dobras do fio antes de inserir em boca
→ Se possível, fazer modelo de gesso e manipular o fio nele
6) Inserção da contenção
→ Começar pelas extremidades
7) Restauração
→ Preenchimento do que foi desgastado com resina compostas
8) Ajuste oclusal
→ Eliminar pontos de contato prematuro da resina em palatina (a contenção não resiste
muito às forças oclusais)
HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
● Exame clínico:
→ Aplicação de jato de ar
→ Utilização de uma sonda exploradora sobre a dentina exposta, no sentido mesiodistal;
→ Realizar os exames em todos os dentes ou na área em que o paciente se queixa de dor;
→ A gravidade ou o grau de dor pode ser quantificado de acordo com a escala categórica
(leve, moderada ou intensa) ou usando uma escala visual analógico
→ Exames periodontais e dentários são extremamente importantes
→ Exames de mucosa para verificar possíveis áreas de trauma (normalmente pela
escovação).
● Diagnóstico diferencial:
→ Patologia pulpar: dor espontânea, severa, de longa duração e persistente após remoção
do estímulo. Pode ou não coincidir com lesões periapicais em exames radiográficos
→ Restaurações defeituosa
● Tratamento
→ Controle de fatores predisponentes
→ Adequada orientação de higiene bucal;
→ Interromper o avanço da recessão gengival
→ Uso racional de alimentos ácidos
→ Orientar o paciente para que aguarde mínimo 30min depois das refeições para escovar
● Agentes para uso em consultório indicados em casos de HD localizada:
→ Flúor: versão em gel neutro ou em verniz. Isolamento relativo e aplicação com
microbrush. Não se alimentar por 1h
→ Nano P
→ Adesivo dentinário
→ Restauração (prognóstico incerto!)
● Agentes para uso caseiro
→ Sais de potássio: Sensodyne e Colgate sensitive
→ Arginina + carbonato de cálcio: Colgate sensitive pró-alivium
Observação: hipersensibilidade dentinária cervical não contra-indica o tratamento
periodontal ou raspagem, entretanto são necessários alguns cuidados:
→ Anestesiar o paciente, até mesmo para sondagem em alguns casos
→ Aplicação tópica de flúor neutro após a instrumentação
→ Orientação de higiene bucal deve ser bastante efetiva para prevenir placa
→ Manutenção periódica preventiva
→ A utilização de dentifrícios anti-cálculo está contra-indicada (interferem nas fases iniciais
de mineralização do biofilme)
PROCESSOS AGUDOS DO PERIODONTO
GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (GUNA)
● Características clínicas:
→ Necrose da gengiva marginal
→ Destruição das papilas interdentais
→ Formação de pseudomembranas sobre a lesão
→ Pode ter placas branco-amareladas sobre a úlcera
→ Eritema gengival linear (com ou sem biofilme supragengival)
→ Sangramento gengival
→ Subjetivas: dor
→ Fatores predisponentes: gengivite prévia, tabagismo, alcoolismo, estresse, desnutrição,
imunossupressão/imunodeficiência
● Características associadas:
→ Locais: dor, sialorréia
→ Sistêmicas: febre moderada, linfadenopatia, perda de apetite
● Tratamento:
→ RAP ou deplacagem da área afetada
→ Controle químico substitutivo: clorexidina 0,12% de 12/12h
→ Analgésicos: paracetamol 750mg
→ Se houver envolvimento sistêmico: antibiótico - Metronidazol 400mg (1 comp 8/8h por 7d)
→ Pacientes com HIV/AIDS: prescrição de antifúngicos pode ser necessária
PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA (PUNA)
● Características clínicas:
→ Necrose da gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar
→ Crateras interproximais profundas -- exposição do osso alveolar interdental
→ Pode haver sequestro ósseo
→ Subjetivas: dor mais intensa; prostração
● Tratamento:
→ RAP ou RASUB ou deplacagem delicada da área afetada
→ Controle químico substitutivo: clorexidina 0,12% de 12/12h
→ Analgésicos: paracetamol 750mg
→ Se houver envolvimento sistêmico: antibiótico - Metronidazol 400mg (1 comp 8/8h por 7d)
→ Pacientes com HIV/AIDS: prescrição de antifúngicos pode ser necessária
GUNA x PUNA: não há uma distinção clara entre as duas na literatura; PUNA poderia ser uma evolução do
quadro de GUNA / GUNA e PUNA podem ser diferentes estágios de uma mesma infecção, onde uma ficaria
limitada à gengiva e outra aos periodonto de inserção.
Diagnóstico diferencial: na PUNA ocorre perda de inserção, perda óssea alveolar e sequestro ósseo
- Não é frequente ocorrer o aprofundamento da bolsa nas duas manifestações (é muito rápido, não há
tempo de formar bolsa). Ocorre a perda de tecidos sem formação da bolsa
PROCESSOS AGUDOS DO PERIODONTO
GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA AGUDA (GEHA)
● Características clínicas:
→ Objetivas: vesículas que se rompem originando úlceras - gengiva, lábios, mucosa
→ Manifestações em outros sítios além da boca
→ É transmissível
→ Subjetivas: dor
● Características associadas:
→ Locais: sialorréia
→ Sistêmicas: irritabilidade, febre, prostração, perda de apetite
● Tratamento:
→ Deplacagem delicada da área afetada
→ Controle químico substitutivo: clorexidina 0,12% de 12/12h
→ Analgésico
→ Hidratação intensa
→ !! Curso natural de 7-14 dias !!
● Diagnóstico diferencial:
GUNA GEHA
bacteriana viral
atinge faixa 15-30 anos atinge mais crianças
restrita às papilas gengiva/mucosa - difusa
ulceração a necrose vesículas → úlceras
não é transmissível é transmissível
1-2 dias de duração após tratamento 1-2 semanas de duração
PROCESSOS AGUDOS DO PERIODONTO
ABSCESSO GENGIVAL AGUDO
● Características clínicas:
→ Localização: gengiva marginal
→ Acomete pacientes com a gengiva clinicamente saudável / com histórico de doença
periodontal
→ Etiologia: impacção de corpo estranho (palito/fio dental, resíduos de cimentos
odontológicos, cerdas de escova de dente, alimentos)
→ Objetivas:
- aumento de volume gengival (edema) localizado/circunscrito
- superfície brilhante
→ Subjetivas: dor forte
→ Desenvolvimento rápido
→ Sem perda óssea radiográfica
→ Não há perda tecidual (decorrente desse abscesso)
● Tratamento:
→ Remoção do corpo estranho (se estiver ali ainda)
→ Drenagem do abscesso
→ Controle químico substitutivo: clorexidina 0,12% de 12/12h
→ Analgésico
→ Antibiótico, caso haja envolvimento sistêmico - Amoxicilina 500mg 8/8h por 7 dias
→ Retorno em 7 dias
PROCESSOS AGUDOS DO PERIODONTO
ABSCESSO PERIODONTAL AGUDO
● Etiologia:
→ Acomete: pacientes com história de doença periodontal (fechamento da entrada da bolsa
por restos de cálculo; após RASUB/RASUB inadequada; após resolução de gengivite /
pacientes sem doença periodontal (impactação de corpos estranhos; perfurações
dentinárias; fraturas/fissura radicular por instrumentação dentinária ou broca; infecções por
cistos laterais; manifestações de patologias como reabsorção radicular externas, cárie
radicular, dentes invaginados)
→ Pode se dar pela agudização de uma inflamação prévia
→ Pode ocorrer devido à diminuição da defesa do hospedeiro
● Características clínicas:
→ Localização:
- bolsas periodontais estreitas e sinuosas
- regiões de furca
- fratura/perfurações radiculares
→ Objetivas:
- formação edematosa circunscrita (ovóide) na gengiva
- vermelhidão severa
- destruição óssea rápida e intensa
- pode haver mobilidade aumentada
- pode haver fístula (pode definir a cronicidade da condição)
- pode ser um surto de destruição periodontal
→ Subjetivas:
- dor irradiada e pulsátil
- sensação de dente crescido
- sensibilidade à percussão horizontal
→ Radiografia: perda óssea de acordo com a presença e severidade da periodontite, além
de um grau de perda óssea adicional que varia de alargamento do espaço periodontal até
perda óssea maior.
→ Características associadas:
- locais: halitose; supuração espontânea ou após pressão
- sistêmicas: febre; linfadenopatia; prostração/mal estar geral
● Tratamento de urgência:
→ Drenagem - com sonda periodontal pela bolsa ou pelo ponto de flutuação
→ Remoção de corpo estranho, se houver
→ Controle químico substitutivo: clorexidina 0,12% de 12/12h
→ Analgésico
→ Antibiótico, caso haja envolvimento sistêmico - Amoxicilina 500mg de 8/8h por 7 dias
→ Retorno em 7 dias
●Tratamento definitivo: após a fase aguda ter sido debelada, a periodontite deve ser
convencionalmente tratada conforme plano de tratamento.
ABSCESSO PERIODONTAL AGUDO ABSCESSO ENDODÔNTICO
Dor: irradiada, difusa, contínua Dor: localizada, pulsátil, contínua, mais intensa
Perda óssea vertical e horizontal; área
radiolúcida lateral
Área radiolúcida periapical
PS extensa Ausência de PS extensa
Ausência de lesão de cárie Lesão de cárie presente e profunda
Vitalidade + ou - Vitalidade -
Dor a pressão/percussão discreta Dor a pressão/percussão presentes
Dor a digitação apical ausente Dor a digitação apical presente e nítida
PROCESSOS AGUDOS DO PERIODONTO
PERICORONARITE
● Características clínicas:
→ Localização: tecido que circunda a coroa de um dente parcialmente irrompido, mais
comum em 3°molares, principalmente em inferiores
→ Objetivas:
- edema
- sangramento e/ou exsudato purulento
- trismo
→ Subjetivas: dor espontânea
● Características associadas:
→ Locais: halitose
→ Sistêmicas: febre, linfadenopatia, mal estar geral
● Tratamento de urgência:
→ Drenagem
→ Remoção de corpo estranho, se houver
→ Controle químico coadjuvante: gel de clorexidina 1% 1x ao dia + escovação
→ Analgésico
→ Antibiótico, em caso de envolvimento sistêmico - Amoxicilina 500mg 8/8h por 7 dias
● Tratamento definitivo:
→ Após a fase aguda ter sido debelada, o tratamento conservador ou radical pode ser
estabelecido:
- exodontia
- ulectomia: remoção do tecido gengival
- proservação com controle de placa
LESÃO ENDOPERIODONTAL
● Classificação das lesões endoperiodontais (atual):
1) Lesão endoperiodontal COM dano radicular - decorrem de:
- Fratura ou trinca radicular (quando subgengivais e muito próximas do terço apical
tem indicação de exodontia)
- Perfuração radicular ou da câmara pulpar (durante endodontia)
- Reabsorção externa
2) Lesão endoperiodontal SEM dano radicular:
2.1. Lesão endoperiodontal em paciente periodontal: periodontite que envolve o forame
apical ou outra comunicação, levando à necrose pulpar. Normalmente apresentam evolução
crônica, sem sintomas evidentes.
- Grau 1: PS alta, bolsa estreita em 1 face
- Grau 2: PS alta, bolsa ampla em 1 face
- Grau 3: PS alta em mais de uma face
2.2. Lesão endoperiodontal em paciente NÃO periodontal: cárie profunda que leva à
necrose pulpar e destruição do periodonto na região de furca (pela presença de um canal
cavo inter-radicular)
- Grau 1: PS alta, bolsa estreita em 1 face
- Grau 2: PS alta, bolsa ampla em 1 face
- Grau 3: PS alta em mais de uma face
● Fatores de risco: periodontite avançada; trauma; eventos iatrogênicos (endodontia,
prótese); presença de sulcos e ranhuras; envolvimento de furca; lesões cariosas
ativas profundas
● Diagnóstico - 2 sinais principais:
→ PS aumentada próxima ou no ápice
→ Resposta negativa ou alterada ao teste de sensibilidade pulpar
Outros:
→ Reabsorção óssea apical ou na furca
→ Exsudato: sangramento ou supuração - quando associadas a um evento traumático ou
iatrogênico recente, a manifestação mais comum é um abscesso acompanhado de dor
→ Mobilidade
→ Dor espontânea ou à palpação e percussão
→ Trajeto fistuloso
● Diagnóstico diferencial:
→ Abscesso endodôntico
→ Abscesso periodontal
→ Fratura radicular longitudinal (dentes com tratamento de canal)
→ Perfuração endodôntica
→ Reabsorção dentinária
● Elementos de diagnóstico diferencial: nessa ordem!
1) Avaliar o dente do ponto de vista periodontal (comunicação com a margem gengival):
→ Profundidade de sondagem
→ Sangramento subgengival
→ Nível de inserção
→ Anatomia da bolsa periodontal: estreita/ampla, quantas faces
→ Presença de periodontite em outros dentes
2) Avaliar condição do dente: restauração; prótese com núcleo; endodontia
3) Avaliar dente do ponto de vista endodôntico:
→ Teste de sensibilidade pulpar ao frio
- Baseado no princípio que uma polpa vital responde a estímulos mecânicos, térmicos e
elétricos
- Então, testa-se a sensibilidade e não a vitalidade pulpar: a resposta ao teste não tem uma
eficácia 100%, é possível dar falso positivo ou negativo, necrose parcial...
4) Outros testes semiotécnicos: palpação; percussão; digitação apical; teste de cavidade
5) Rastreamento de fístula
→ Rastreamento com cone de guta-percha (#25 ou #30) via bolsa periodontal, na área de
maior profundidade de sondagem: o cone de guta-percha será observado além do ápice na
radiografia. Ou será via ponto de flutuação (quando houver).
→ Necrose pulpar drenando pelo periodonto:
- Fistulação via ligamento periodontal (intra-óssea) ou
- Fistulação extra-óssea
OBS: Lesão apenas endodôntica: a profundidade de sondagem não será grande ou estará
presente apenas em um lugar (onde possivelmente ocorrerá drenagem da infecção
endodôntica).
Lesão apenas periodontal: A sensibilidade pulpar não será alterada pela doença
periodontal, visto que pode ocorrer em um dente já tratado endodonticamente.
● Tratamento:
1) Tratamento endodôntico
2) Avaliação da cicatrização inicial (30-60 dias)
- Ocorre uma redução da PS (não completa) com o início do tratamento, indicando uma
cicatrização
- Se a redução não acontecer após 60 dias, deve-se dar início ao tratamento periodontal
mesmo assim
3) Tratamento periodontal
- Grande redução da profundidade de sondagem entre 90 a 120 dias
- Ganho de inserção clínica em todas as superfícies
LESÃO DE FURCA
● Classificação (Lindhe):
→ Grau I: perda horizontal do tecido periodontal de suporte não excede 1/3 da largura do
dente (no sentido vestíbulo-lingual/palatino).
→ Grau II: perda horizontal do tecido periodontal de suporte excede 1/3 da largura do dente,
mas que não envolve toda a extensão da área de furca;
→ Grau III: perda horizontal do tecido periodontal de suporte envolvendo toda a área de
furca. Destruição horizontal de “lado a lado” dos tecidos periodontais da região. Insere a
sonda de um lado e é possível vê-la do do outro
● Exame e diagnóstico:
→ Instrumental: sonda de Nabers (ponta romba, não punciona o tecido)
→ Deve ser examinada cada furca do dente individualmente
→ A classificação é da furca individual, não do dente todo
Dentes:
- 1°molar superior: Nesse dente em específico a furca mesial tem uma abertura mais
palatinizada e a distal tem uma abertura no meio da face distal. Furca V → sondar
no centro da V Furca M → sondar por palatino Furca D → pode ser sondada tanto
por V quanto por P
- 2º Molar superior: pode ser igual ao 1º molar superior (quando apresenta 3 raízes).
Quando apresentar 2 raízes, a sondagem pode ser feita tanto por palatina quanto
por vestibular.
- Molares inferiores: sondar bem no centro da face vestibular e da face palatina
● Instrumentos utilizados para RASUB:
→ Curetas de pádua-lima e de Columbia: são UNIVERSAIS
- Utilizadas para áreas com depressões e concavidades
- Possuem extremidades ativas convexas e arredondadas (possibilita raspagem do
fórnix e entrada da furca)
- Corte nas duas faces laterais
- São mais volumosas que as curetas Gracey
Curetas da pádua-lima 1-2, 3-4 e 5-6 W = wide (largas): para áreas de furca com raízes
bem divergentes e largas.
Curetas da pádua-lima 1-2, 3-4 e 5-6 N (estreitas): para áreas de furca com raízes mais
próximas. São as mais utilizadas
Curetas de Columbia: desenho muito parecido com as pontas-ativas das curetas de
pádua-lima, mas são ainda menores e mais delicadas.
→ Mesa clínica: anestesia, curetas, trio clínico, sonda de Nabers, pedra de afiar, lima de
afiar lima, isolamento relativo (gaze e algodão).
Não utilizar curetas Gracey e McCall!
Cuidados: o paciente deve realizar a higiene da região com auxílio de:
→ Escova unitufo
→ Escova interdental
→ Gel de clorexidina ou flúor em gel
● Tratamento: todas as modalidades de tratamento irão incluir a raspagem e/ou
remoção de biofilme subgengival, a fim de promover a cicatrização dos tecidos na
região.
Lesões de grau I:
→ RASUB
→ Plastia da área da furca: remoção intencional e bem limitada dos tecidos radiculares na
área da furca, buscando uma anatomia mais favorável da área inter-radicular, bem
arredondada tantono sentido MD quanto cérvico-apical, quer para melhorar adaptação dos
tecidos gengivais, quer para um controle do biofilme supragengival mais fácil pelo paciente.
Devolve a anatomia convexa-côncava-convexa (amendoim). Na cicatrização será formada
uma papila interdental e possibilidade de controle do biofilme.
Lesões de grau II:
Mais próximas de uma lesão I:
→ RASUB ou RAR posteriormente (raspagem e alisamento radicular em que há acesso
cirúrgico devido à dificuldade de acesso ao biofilme)
→ Plastia da área da furca
Mais próximas de uma lesão de grau III:
→ Rizectomia: amputação de uma raiz. Também é necessário realizar endodontia
(tratamento de todos e obturação das raízes que irão permanecer + ionômero de vidro na
entrada do canal que será amputado para selamento ou restauração direta)
→ Separação radicular: técnica cirúrgica semelhante à de aumento de coroa clínica. É feita
uma odontosecção, reorganização da anatomia das raízes e reorganização dos espaços
dos ligamentos da inserção supracrestal. Depois de cicatrizado, o paciente tem condições
de receber um pino, núcleo e é construída uma coroa; é deixado um espaço para
higienização (túnel na própria prótese).
→ Tunelização: indicado principalmente para molares inferiores. Preserva a área da furca,
criando um túnel através dessa região, permitindo um controle adequado do biofilme.
→ Regeneração do tecidual guiada (?) resultados muito imprevisíveis, praticamente não se
usa na clínica)
→ Exodontia
Lesões de grau III:
→ RASUB ou RAR
→ Rizectomia
Ex: lesão da vestibular para distal - difícil higienizar essa curva, raiz mais afetada pode ser
removida, reorganizar anatomia da região, deixar totalmente convexo e possibilitar higiene.
→ Separação radicular
→ Tunelização
→ Exodontia

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