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RESUMO Antipsicóticos

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FARMACOLOGIA P5 
MARIA BEATRIZ 
Antipsicóticos  
 
Os fármacos antipsicóticos são usados principalmente para 
tratar ​esquizofrenia​, mas também são eficazes em outros 
estados psicóticos e estados de mania. 
 
O uso de medicação antipsicótica envolve o difícil limite 
entre o benefício de aliviar os sintomas psicóticos e o risco 
de uma ampla variedade de ​efeitos adversos perturbadores​. 
 
Os antipsicóticos ​não são curativos e não eliminam o 
transtorno crônico do pensamento​, mas com frequência 
diminuem a intensidade das alucinações e ilusões​, 
permitindo que a pessoa com esquizofrenia conviva em um 
ambiente de apoio. 
 
➤ A ​esquizofrenia ​é um tipo de psicose crônica caracterizada 
por i​lusões, alucinações (com frequência, na forma de 
vozes) e transtornos de fala ou pensamento​. Em geral, a 
doença é incapacitante e tem início no final da adolescência 
ou início da vida adulta. 
 
Os antipsicóticos são divididos em primeira e segunda 
gerações. A primeira geração é subdividida em potência 
baixa e potência alta. Essa classificação específica a 
afinidade pelo receptor da dopamina D2 ​que, por sua vez, 
pode influenciar o perfil de efeitos adversos do fármaco. 
 
 
 
➜ FÁRMACOS  
 
 
ANTIPSICÓTICOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO  
 
- Típicos / tradicionais / convencionais 
- São inibidores competitivos em vários receptores, 
mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio 
competitivo dos receptores D2 da dopamina​. 
- Causam transtornos de movimentos conhecidos 
como sintomas extrapiramidais (SEPs), 
particularmente os fármacos que se ligam fortemente 
aos neurorreceptores da dopamina, como o 
haloperidol. 
 
 
 
ANTIPSICÓTICOS DE SEGUNDA GERAÇÃO  
 
- Atípicos 
- Tem menor incidência de SEP (são usados como 
tratamento de primeira escolha contra 
esquizofrenia​). 
- Maior risco de efeitos adversos metabólicos, como 
diabetes, hipercolesterolemia e aumento da massa 
corporal. 
- Bloqueio dos receptores de serotonina e 
dopamina. 
 
 
 
 
➜ MECANISMOS DE AÇÃO  
 
➤ Bloqueio dos receptores dopaminérgicos (D2) 
- Antagonismo da dopamina. 
- Gi 
- Bloqueiam os receptores D2 da dopamina no 
cérebro e na periferia. 
- Todos os antipsicóticos de 1ª e a maioria da 2 
geração. 
 
FARMACOLOGIA P5 
MARIA BEATRIZ 
➤ Bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos 
- Inibição PLC, IP3, DAG, fosforilação - PKC. 
- Gq 
 
 
➤ Bloqueio dos receptores muscarínicos 
- Inibição PLC, IP3, DAG, fosforilação - PKC. 
- Gq 
 
 
➤ Bloqueio dos receptores histamínicos H1 e 5-HT2 
- Atividade bloqueadora do receptor de serotonina 
(5-HT2) - a maioria dos fármacos de 2ª geração. 
- Inibição PLC, IP3, DAG-Ca2, fosforilação - PKC. 
- Gq 
 
 
O sistema dopaminérgico se distribui em quatros ramos 
principais: ​nigro-estrial, mesolímbico, mesocortical e 
túbero-infundibular​, ligados respectivamente a movimentos 
involuntários, emoções, funções cognitivas e secreção de 
alguns hormônios hipofisários (como prolactina, hormônio 
sexual luteinizante, hormônio gonadotróficos e ACTH). 
 
O sistema dopaminérgico parece funcionar em excesso 
durante os surtos psicóticos​. Essa hiperfunção 
dopaminérgica desempenha um papel patogênico na 
esquizofrenia, tendo dado origem à chamada "​hipótese 
dopaminérgica da esquizofrenia​" ➜ ​O excesso de 
atividade dopaminérgica estaria associada aos sintomas 
psicóticos. 
 
 
 
 
 
1. Receptores D2 (via nigroestriatal) → reduz a 
liberação de acetilcolina → movimento. 
Bloqueio = liberação aumentada de acetilcolina = 
efeitos extrapiramidais. 
 
2. Receptores D2 (via tuberoinfundibular) → inibe 
a secreção de prolactina. 
Excesso de dopamina 
subcortical 
↓ 
Hiperestimulação D2 
↓ 
Sintomas positivo​s: delírios, 
alucinações, incoerência do 
pensamento, alterações afetivas 
e psicomotoras. 
 
Déficit de dopamina 
pré-frontal 
↓ 
Hipoestimulação Dq e D2 
↓ 
Sintomas negativos​: 
isolamento social, dificuldade 
de sentir ou expressar 
emoções, falta de motivação. 
FARMACOLOGIA P5 
MARIA BEATRIZ 
Bloqueio = liberação aumentada de prolactina = 
dor, lactação, inchaço na mama. 
 
3. Receptores 5-HT2 (via nigroestriatal) GiG0 → 
inibição neuronal → controle de dopamina. 
Bloqueio = liberação de dopamina; redução dos 
efeitos extrapiramidais. 
 
➜ FARMACOCINÉTICA   
 
- Absorção rápida​ ​- não é afetada pelo alimento. 
- Metabolismo de primeira passagem 
- Altamente lipossolúveis 
- Ligação de 92 a 99% às proteínas plasmáticas 
- Passam facilmente para o cérebro e têm grandes 
volumes de distribuição 
- Metabolização: ​enzimas do citocromo P450 
(CYP2D6, CYP1A2, CYP34A). 
- São biotransformados em muitos diferentes 
metabólitos​. Alguns são ativos e foram 
desenvolvidos como fármacos por si mesmos (ex: 
paliperidona é o metabólito ativo da risperidona) 
- Cetoconazol: inibe as enzimas do citocromo P450. 
- Clorpromazina: metabólitos na urina → semanas. 
 
➜ EFEITOS ADVERSOS  
 
➤ Efeitos extrapiramidais (efeitos motores) 
- Distonias: movimentos involuntários. 
- Acatisias: sensação de tremor muscular, agitação e 
incapacidade de ficar sentado e parado. 
- Sintomas tipo Parkinson de bradicinesia, rigidez e 
tremores. 
- Discinesia: movimentos involuntários e 
descontrolados. 
- Inquietação 
- Sonolência 
 
 
- Na persistência dos sintomas, a substituição por 
outro antipsicótico com menos efeitos 
extrapiramidais, como ​olanzapina, quetiapina ou 
ziprasidona​, é indicada. 
 
 
 
➤ Elevação da prolactina 
- Exceto aripiprazol 
- Olanzapina, quetiapina: elevações mínimas da 
prolactina. 
 
➤ Sonolência, ganho de peso 
 
➤ Piora dos efeitos da esquizofrenia 
 
➤ Secura da boca (xerostomia) e olhos 
 
➤ Constipação 
 
➤ Retenção urinária 
➤ Sedação 
 
➤ Hipotensão postural 
 
 
➜ DURANTE O TRATAMENTO 
 
- Devem ser repetidas as medidas antropométricas, 
pressão arterial e pulso​ em 3, 6 e 12 meses. 
- Os exames laboratoriais, com ​perfil lipídico, 
glicemia de jejum e eletrólitos​, devem ser feitos 
em 3 e 12 meses. 
- Após seguimento de 12 meses, a monitorização deve 
ser repetida anualmente. 
- Em caso de ​alterações significativas​, deverá ser feita 
uma ​avaliação clínica, com discussão de risco 
benefício em conjunto com a família e o paciente​, 
já que comorbidades clínicas podem acontecer na 
vigência do uso de um antipsicótico ​(hipertensão 
arterial, ganho de peso significativo, diabete 
melito, secreção inadequada de hormônio 
antidiurético com hiponatremia persistente, 
cardiopatia com prejuízo significativo, síndrome 
metabólica persistente). 
- Estas comorbidades podem ser manejadas com a 
troca por outro antipsicótico e com o tratamento 
específico, se necessário. 
- Após a melhora clínica, para todos os medicamentos 
indicados neste protocolo, deve-se estipular redução 
cuidadosa da dose para a fase de manutenção, com 
acompanhamento clínico e psiquiátrico, além de 
avaliações objetivas com medidas de sintomas e 
comportamentos (escala BPRS-A). 
- O tratamento deve ser continuamente reavaliado 
quanto à eficácia e segurança pelo médico 
responsável. 
- A ​dosagem do nível sérico de prolactina ​deverá 
ser solicitada sempre que houver sinais e sintomas 
sugestivos de ​alterações hormonais​, como 
diminuição da libido, alterações menstruais, 
impotência, ginecomastia e galactorreia. Se houver 
aumento do nível sérico de prolactina acima de 25 
ng/mL nas mulheres ou acima de 20 ng/mL nos 
homens, acompanhado ou não de sintomas, há 
indicação de ​troca de antipsicótico​.​O risco 
benefício da troca deve ser sempre avaliado​. 
 
 
➜ ASSOCIAÇÃO DE FÁRMACOS 
 
 
➜ PRESCRIÇÃO 
 
Estar atendo à: 
- Interações medicamentosas: enzimas do citocromo 
P450 (CYP2D6, CUP1A2, CYP34A). 
- Gravidez: aumento no risco teratogênico. 
Bloqueio dos receptores D2 - via nigroestrial 
FARMACOLOGIA P5 
MARIA BEATRIZ 
- Receituário de controle especial (portaria 344/90).

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