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A1 - Neurociencia educacional

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AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEUROCIÊNCIA EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Wagner Allan Cagliumi 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Raízes da neurociência: desmistificando a neuroanatomofisiologia – 
entender o cérebro para ensinar melhor 
É com imenso prazer que usamos este espaço para apresentar um 
momento de reflexão sobre a neurociência na educação – esta ciência que 
enriquece nossa existência com múltiplas experiências, com inúmeras 
possibilidades de exploração, de sentimentos e de sensações. Uma diversidade 
de cores, aromas, sabores, dores, flores, folhas e frutos. Mas, sobretudo no 
entendimento da diversidade de pessoas, com inúmeras limitações e infinitas 
possibilidades. 
Esta diversidade, que faz deste planeta uma obra de arte pulsante e 
indescritível, também está presente em nossa sala de aula. Entretanto, nestas 
circunstâncias, nem sempre compreendemos a infinidade de possibilidades de 
aprendizagem, e contemplar ou explorar este inusitado conhecimento que a 
neurociência proporciona. O que nos leva, por diversas vezes, à sombra, às 
dúvidas e ao medo de fracassar. 
CONTEXTUALIZANDO 
É com base na diversidade encontrada na maneira de aprender daqueles 
que divergem do padrão que este material será construído: apresentaremos uma 
interpretação da neurociência dedicada ao ofício do educador, e que tentará 
responder, lançando mão de fundamentos científicos, as dúvidas mais comuns 
dos educadores acerca do desenvolvimento das habilidades cognitivas. 
Ao longo das aulas serão abordados temas tendo em mente a busca da 
construção de um espaço interativo, cujos objetivos são facilitar o entendimento 
da aprendizagem do ser humano e possibilitar o desenvolvimento de estratégias 
que favoreçam sua autonomia e humanizar o ensino como meio de ascender à 
cidadania. 
 
 
3 
TEMA 1 – FUNDAMENTOS: DESDE O PRINCÍPIO, APRENDENDO PARA 
SOBREVIVER 
O início desta viagem data dos primórdios do planeta, quando, em um 
determinado momento, fatores ambientais como a mistura de elementos químicos 
diversos e fenômenos físicos propiciaram uma fusão que deu origem à vida. Desta 
forma tivemos os primeiros organismos vivos: os seres unicelulares. 
À medida em que os organismos evoluíram de uni para pluricelulares, 
células foram se agrupando constituindo tecidos; tecidos foram se desenvolvendo, 
formando órgãos especializados, nos quais cada uma das funções era antes 
exercida pelas organelas, de tal modo que, em seu conjunto, os organismos 
passaram a ser constituídos por sistemas mais ou menos autônomos, porém 
interligados. 
Deve-se ressaltar que essa evolução ocorreu para que esses organismos 
unicelulares pudessem sobreviver ao meio, e essa sobrevivência dependia de que 
estes organismos tivessem habilidades mais ou menos complexas de perceber e 
responder aos estímulos nocivos deste meio. 
Assim inicia-se o processo de aprendizagem, no qual o organismo percebe 
tais estímulos e responde com o afastamento ou com algum tipo de defesa; a 
partir deste momento, inicia-se um processo que, ainda que rudimentar, 
chamaremos de memória. 
É claro que estamos falando de processos extremamente primitivos, mas 
que nos impulsionam a buscar entender os processos que futuramente nos 
parecerão de alta complexidade. 
Ao passo em que os seres ficaram mais complexos, tornou-se necessário 
um controle central, algum tipo de estrutura responsável pelo controle do trabalho 
conjunto de todos os sistemas; um sistema que pudesse receber as informações 
tanto dos outros sistemas do próprio organismo quanto do meio exterior, e utilizar 
estas informações para manter a sobrevivência, a reprodução, a alimentação, a 
excreção e todas as demais funções necessárias para manter o indivíduo vivo e 
em boas condições de funcionamento (Schwartzman, 2001). 
As células que se especializaram para exercer estas funções 
administrativas do conjunto vivo foram denominadas neurônios, que, juntamente 
com as células chamadas de gliais, ou neuróglia, passam a constituir o substrato 
do tecido nervoso. 
 
 
4 
TEMA 2 – NEUROCIÊNCIA CELULAR: NEURÔNIOS – GERENTES DA VIDA 
Iniciaremos o estudo dos neurônios, as células que no processo evolutivo 
se especializaram a fim de gerenciar todo o organismo e sua relação com o meio 
ambiente. É imperioso entendermos como funciona um neurônio para podermos 
nos inteirarmos, mais adiante, de processos como a aprendizagem, e de outras 
funções nervosas superiores, bem como de distúrbios e deficiências. 
Temos em nosso organismo aproximadamente 85 bilhões de neurônios, 
dez vezes mais células da glia, ou neuróglia, que estudaremos futuramente. 
A unidade funcional do tecido nervoso é o neurônio, ainda que as células 
da glia desempenhem um papel significativamente importante em todos os 
processos do sistema nervoso, inclusive em funções executivas, como o 
pensamento, o planejamento e o julgamento. Até recentemente considerava-se 
que as funções destas células eram secundárias às do neurônio. 
Os neurônios são células que basicamente constituem-se de corpos 
celulares e organelas como as demais, porém com prolongamentos denominados 
dendritos – que trazem estímulos do exterior da célula para o corpo celular e 
estímulos sensoriais (ou aferentes) – e um prolongamento que leva os estímulos 
do corpo celular para fora, estímulos eferentes ou motores, chamado de axônio. 
Apesar destes nomes a princípio nos parecerem difíceis, se levarmos em 
consideração sua etimologia, perceberemos que sua nomenclatura está 
estritamente relacionada à sua forma ou função. 
“Dendrito”, do grego dendro, significa “ramo” ou “árvore”, devido à forma 
que estes prolongamentos possuem. Axônio, por sua vez, deriva de axis, que 
significa “eixo”, pois realmente este é o eixo do neurônio. 
Os neurônios se comunicam com outros neurônios ou outros tecidos ou 
glândulas por meio da sinapse – cuja etimologia vem de sin (“junto”), e apse 
(“como”) – ou seja: “como se fosse junto”, pois há um pequeno espaço entre as 
células onde ocorrerá a transmissão do impulso. 
Cada neurônio pode estabelecer em média 1.500 sinapses, sendo que em 
alguns locais, como no cerebelo, alguns neurônios, denominados células de 
Purkinje, chegam a estabelecer cerca de 300 mil sinapses (Annunciato, 2002). 
Estas sinapses podem ocorrer de forma química – por meio de 
neurotransmissores (os quais estudaremos adiante); de forma elétrica – sem a 
 
 
5 
presença de neurotransmissores; e até mesmo por sinapses gasosas, que 
ocorrem por meio de gases específicos, como NO e CO. 
Ainda no neurônio encontraremos, na porção final do axônio, o botão 
sináptico, no qual poderá ser percebida a presença de vesículas contendo os 
neurotransmissores. 
Sabemos que todas as células estão em um meio líquido, assim como há 
presença de líquidos internamente. O líquido que está fora da célula é chamado 
de líquido extracelular (LEC), e o do meio interno denominamos líquido intracelular 
(LIC). 
No líquido extracelular há predominantemente uma carga positiva; já no 
líquido intracelular, há uma carga negativa. A este fenômeno denominamos 
polarização, o que significa que as células são polarizadas. 
A forma como ocorre a transmissão do impulso no neurônio depende 
basicamente da despolarização e repolarização da célula, o que se realiza quando 
um estímulo atinge algum local da membrana celular, fazendo com esta mude sua 
permeabilidade, permitindo a entrada de íons positivos no meio intracelular; 
consequentemente, como tudo tende a um equilíbrio, a célula irá se repolarizar, 
gerando um novo impulso no neurônio subsequente. 
TEMA 3 – SISTEMA NERVOSO: BASES ANATÔMICAS 
Atenção “neurocuriosos”: neste Tema estudaremos o sistema nervoso 
humano, suas principais divisões e também as funções predominantes de cada 
estrutura, o que nos dará base para que possamos entender as funções nervosas 
superiores,como emoção, pensamento, planejamento, julgamento e linguagem, 
dentre outras. 
3.1 Divisão do sistema nervoso: partes de um todo indivisível 
Como todas as estruturas do corpo humano – e para facilitar o seu estudo 
– o sistema nervoso foi dividido didaticamente em partes para uma maior 
compreensão. Entretanto é importante ressaltar que o ser humano é um todo, e, 
independentemente da área que o estude, deve sempre ser visto como um 
conjunto. Ademais, devemos levar em conta que, ainda que estejamos estudando 
as neurociências, essa só terá seu devido valor quando entendida para alguém, e 
não para algo. 
 
 
6 
A divisão anatômica do sistema nervoso se dá em sistema nervoso central 
e sistema nervoso periférico. Funcionalmente temos também o sistema nervoso 
autônomo ou, como alguns neurocientistas preferem, sistema nervoso vegetativo. 
Já comentamos que as respostas dos seres vivos passam por três grandes 
eixos, ou seja, uma aferência – encaminhamento da informação; um 
processamento desta informação e, finalmente, a resposta à informação. 
Desta forma, pode-se dizer que o sistema nervoso central é a estrutura que 
processa a informação. Sua localização está no neuroeixo, estrutura envolvida 
pelos ossos do crânio e em conjunto com a coluna vertebral; já as estruturas que 
se projetam fora do neuroeixo formarão o sistema nervoso periférico. 
O sistema nervoso central é composto por cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico de medula espinal. O cérebro é dividido em telencéfalo e diencéfalo; o 
tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. O conjunto formado 
por cérebro, cerebelo e tronco encefálico denomina-se encéfalo. 
Gostaríamos de salientar que na mídia em geral, fala-se muito de cérebro, 
como se fosse a única estrutura responsável pelas funções nervosas superiores; 
entretanto, principalmente nas últimas décadas, há evidências de que a 
participação de cerebelo e tronco encefálico nestas funções é significativa. Por 
isso, ao longo deste material pretendemos dar a merecida importância a estas 
estruturas. 
Ressaltamos a importância de nos familiarizar com estes nomes todos, com 
sua localização e, principalmente, com suas possíveis funções, para que 
possamos entender como ocorrem determinados processos em nossos alunos, 
desde a leitura e escrita até algumas respostas comportamentais. 
3.2 Encéfalo 
O encéfalo constitui-se de 80% de água, 10% de lipídios, 8% de proteínas 
e 2% de outros materiais, com um volume de aproximadamente 1.350 cm, sendo 
estruturalmente composto de substância cinzenta (corpos neuronais) – córtex – e 
substância branca (axônios mielinizados). 
Possui capacidade computacional de 1.013 a 1.016 operações por 
segundo, o que equivale a aproximadamente às operações realizadas por 10 mil 
computadores Apple 64. 
 
 
7 
3.3 Córtex cerebral 
O cérebro está dividido em dois hemisférios: direito e esquerdo, com 
possíveis diferenças funcionais. 
Ele é recoberto por um manto, que estirado tem aproximadamente 2 metros 
quadrados com 4 mm de espessura denominado córtex – do latim “casca” – e é 
dividido por 5 lobos: frontal, parietal, temporal e occipital, visíveis externa e 
internamente; sob o lobo temporal observa-se o lobo insular (ou da ínsula), que 
como o próprio nome diz, “ilha”, isto é: trata-se de um lobo isolado dos demais. 
O córtex cerebral, nos hominídeos, cresceu continuamente nos últimos 4,4 
milhões de anos e, em seu desenvolvimento, ganhou uma infinidade de sulcos 
para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota 
craniana, que não acompanha o seu crescimento. Por isso, no cérebro adulto, 
apenas 1/3 de sua superfície fica "exposta” – o restante permanece por entre os 
sulcos. 
Em seguida, discutiremos as funções predominantes de cada lobo; 
utilizamos a palavra predominantes, pois nas neurociências termos como 
absolutamente, exclusivamente, sempre e nunca nos levam frequentemente a 
equívocos, pois ainda há muito a ser desvendado sobre este sistema. 
TEMA 4 – SISTEMA NERVOSO: BASES FISIOLÓGICAS 
4.1 Os lobos cerebrais: funções divididas em subfunções 
Conheceremos agora os cinco lobos cerebrais e suas funções 
predominantes. Podemos dizer que as funções gerais do córtex cerebral são o 
pensamento, o julgamento, a antecipação, os movimentos voluntários, a 
linguagem e a percepção. 
Cada lobo tem determinadas responsabilidades em funções específicas. 
Vejamos o lobo occipital, por exemplo: é conhecido por suas relações com a 
visão; neste lobo encontramos as áreas visuais responsáveis pela recepção da 
informação visual, pela análise da imagem e pela busca na memória nas fibras de 
associação. 
O lobo parietal, por sua vez, está relacionado às áreas somato-sensoriais, 
áreas de percepção espacial, de imagem corporal e de associação polimodal – 
 
 
8 
áreas estas presentes em todos os lobos, corroborando para a ideia de 
interdependência de todas as funções do sistema nervoso. 
Abaixo do lobo parietal, está o lobo temporal, conhecido por suas áreas 
auditivas, de aquisição, de memória visual, de memória geral e também o córtex 
de associação polimodal. Este é um lobo importante nas relações de leitura – ao 
estudarmos as dislexias, voltaremos a citar estas áreas. 
Um lobo quase não citado na literatura é o lobo da ínsula, área cortical 
que pode ser vista abaixo do lobo temporal, relacionado ao olfato. 
Finalmente temos o lobo frontal, relacionado ao planejamento, 
pensamento, imaginação, avaliação e considerações. Neste lobo podemos 
encontrar as áreas motora, pré-motora, motora suplementar (área descrita 
somente em 1988, com o auxílio de novas tecnologias de neuroimagem) e uma 
grande área denominada córtex de associação pré-frontal, também conhecida por 
área pré-frontal. O lobo frontal foi uma das áreas encefálicas que mais cresceu no 
ser humano nos últimos milhões de anos. Esta área está relacionada, dentre 
inúmeras funções, à inibição de respostas primitivas; em estudos recentes, é 
considerada uma das áreas envolvidas no Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH). 
Os lobos têm responsabilidades distintas em determinadas funções. 
Entretanto, devido às inúmeras fibras de projeção intra-hemisféricas, fibras de 
associação inter-hemisféricas e as áreas de associação que estão distribuídas em 
todo o córtex cerebral, não podemos deixar de salientar que a resposta funcional 
final é dependente de praticamente todas as áreas encefálicas. 
4.2 Sistema límbico: primitivo, porém sofisticado 
O sistema límbico é um complexo de estruturas localizadas ao redor do 
tálamo e abaixo do córtex cerebral. Este complexo estrutural está 
significativamente implicado nos processos emocionais, ainda que as emoções 
estejam relacionadas ao sistema nervoso por completo. Este sistema é composto 
pelo hipotálamo, glândula pituitária, amígdala e hipocampo, estruturas que serão 
brevemente descritas neste artigo. 
O hipotálamo é uma pequena estrutura localizada abaixo do tálamo, e está 
relacionado principalmente com a homeostase, processo de ajuste corporal 
relacionado à regulação da fome, sede, resposta à dor, níveis de prazer, 
satisfação sexual, ira e comportamento agressivo, dentre outros. Regula também 
 
 
9 
o funcionamento do sistema nervoso autônomo, estando então implicado na 
regulação da pressão sanguínea, respiração, batimento cardíaco e ativação 
fisiológica nas respostas referentes a circunstâncias emocionais. 
Estudos recentes indicam que há uma proteína, a leptina, que é liberada 
quando comemos de forma demasiada. O hipotálamo aparentemente percebe os 
níveis de leptina na corrente sanguínea e responde com a queda da sensação de 
apetite. Sugere-se que algumas pessoas têm uma mutação genética em um gene 
que produz a leptina e seu corpo não envia a mensagem para o hipotálamo 
informando que já se comeu o suficiente, o que dá origem a uma hipótese paraa 
obesidade, ainda que muitos obesos não apresentem esta mutação genética, o 
que leva mais uma vez, ao cuidado com afirmações absolutas quando falamos 
sobre o sistema nervoso. 
O hipotálamo também está química e neurologicamente relacionado com a 
glândula pituitária, conhecida como a glândula mestra. Esta glândula libera 
hormônios relacionados à regulação do crescimento e do metabolismo. 
O hipocampo consiste de duas estruturas que formam uma curva partindo 
da amígdala. Está significativamente relacionado à conversão de memória 
imediata em memória de longa duração. Pesquisas demonstram que quando o 
hipocampo é lesionado o indivíduo não consegue construir novas memórias, como 
se tudo o que fosse experimentado desaparecesse após algum tempo; entretanto, 
não se perde o acesso a memórias mais antigas. 
As amígdalas são estruturas em forma de amêndoas situadas em ambos 
os lados do tálamo, no extremo inferior do hipocampo. Quando estimuladas 
eletricamente em animais, estes respondem com agressividade. Por outro lado, 
quando as amígdalas são extirpadas, os animais se tornam extremamente dóceis 
e não respondem a estímulos que lhes causariam raiva e medo, além de haver 
diminuição das respostas sexuais. Vale ainda lembrar que amígdalas são 
estruturas pertencentes ao sistema límbico – diferentemente das popularmente 
conhecidas amígdalas presentes na garganta, cuja denominação correta é 
tonsilas palatinas. 
4.3 Cerebelo: nosso pequeno cérebro 
As tradicionais abordagens neurobiológicas afirmam que o cerebelo é a 
parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio e postura corporal, 
controle do tônus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9falo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=T%C3%B4nus_muscular&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Movimento_volunt%C3%A1rio&action=edit
 
 
10 
aprendizagem motora. É formado por dois hemisférios – os hemisférios 
cerebelares – e por uma parte central, chamada de verme cerebelar. O termo 
cerebelo deriva do latim, e significa "pequeno cérebro". 
Estudos atuais indicam que o cerebelo, por meio de circuitos cérebro-
cerebelares – projeções entre o cerebelo e diferentes áreas do córtex cerebral – 
tem participação relevante em funções como atenção, linguagem e outros 
aspectos da cognição. 
Pode-se dizer que um grande marco no estudo do cerebelo envolvendo 
funções cognitivas se deu na década de 1980, quando um pesquisador chamado 
Erick Courchesne, da Universidade da Califórnia (San Diego, EUA), em suas 
investigações neuroanatomofuncionais relacionadas ao autismo infantil, percebeu 
que não haveriam alterações no córtex cerebral de autistas, mas sim em seus 
cerebelos. 
Vejam que o cerebelo até então, nas abordagens tradicionais, aparece 
como uma estrutura relacionada a funções motoras e de equilíbrio, e nenhuma 
destas funções é descrita como alterada no autismo infantil – distúrbio 
caracterizado pelo prejuízo em três áreas do desenvolvimento: interação social, 
comunicação e presença de comportamento restrito e repetitivo, nenhuma das 
áreas com referências motoras significativas. 
Então qual seria a relação entre cerebelo e autismo? 
Courchesne e seus colaboradores sugerem que a relação estaria implicada 
em funções não motoras para o cerebelo. Esta pesquisa desencadeou uma série 
de outros estudos no mundo todo, reconsiderando o cerebelo como estrutura 
envolvida em processos nervosos superiores. 
Podemos citar o envolvimento do cerebelo em funções como linguagem, 
atenção seletiva, memória, e também em distúrbios como transtorno de déficit de 
atenção e hiperatividade e autismo infantil. Além disso, são descritas duas 
síndromes cerebelares cujas manifestações predominantes não são de origem 
motora: a síndrome cerebelar afetivo-cognitiva, caracterizada por manifestações 
comportamentais, e a síndrome da fossa posterior, caracterizada principalmente 
por mutismo após cirurgias do cerebelo. 
O objetivo, neste momento, é apenas o de apresentar o cerebelo sem 
cometer a injustiça de relacioná-lo somente a funções motoras e de equilíbrio, e 
demonstrar que, como as demais estruturas do sistema nervoso, suas funções 
são complexas e interdependentes. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
 
 
11 
4.4 Tronco encefálico: passagem para a vida 
O tronco encefálico é uma estrutura do sistema nervoso central relacionada 
predominantemente às funções mais primitivas, ou seja, aquelas que controlam a 
manutenção da vida, como a respiração, os batimentos cardíacos e o estado de 
vigília-sono. Contudo, pesquisas recentes indicam que o tronco encefálico possui 
uma importante relação com uma função nervosa superior: a atenção, como 
veremos logo adiante. 
Anatomicamente, o tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e 
bulbo, e está localizado anteriormente ao cerebelo. Suas funções gerais 
consistem em receber informações sensitivas de estruturas cranianas, controlar 
os músculos da cabeça, transmitir informações da medula espinal para outras 
regiões do encéfalo, e deste para a medula espinal, além de desempenhar 
funções motoras e sensitivas específicas. 
Na região do tronco encefálico há um cruzamento de projeções nervosas, 
que fazem com que o lado esquerdo do cérebro controle os movimentos do lado 
direito do corpo, e o lado direito do cérebro controle o lado esquerdo. Além disso, 
ele faz conexão com 10 dos 12 nervos cranianos. 
O tronco encefálico está relacionado também a outra função – 
particularmente interessante para nós educadores – a regulação da atenção, por 
meio da formação reticular. 
A formação reticular é a agregação de neurônios de tamanhos e tipos 
diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas e está localizado na parte 
central do tronco encefálico. 
As grandes vias ascendentes (que levam informações) e sistemas como o 
piramidal e visual, passam pela formação reticular, o que demonstra que esta 
estrutura tem importância significativa em processos nervosos superiores. 
A formação reticular está relacionada ao estado de sono e vigília, pois ela 
é capaz de ativar o córtex cerebral a partir do sistema ativador reticular 
ascendente (SARA). Além disso, contém mecanismos capazes de regular o sono 
de forma ativa. O sono não é homogêneo: possui vários estágios, entre estes está 
o sono paradoxal (ou sono REM, chamado assim pelo fato de os olhos se 
moverem rapidamente, e ainda que o indivíduo esteja em sono profundo, é nesta 
fase que ocorrem os sonhos, e estudos recentes relacionam este sono com a 
capacidade de transformar a memória imediata em memória de longa duração). 
 
 
12 
Por esta estrutura ser um filtro de informações que deve ter acesso ao 
córtex cerebral, há evidências que esteja relacionada ao transtorno de déficit de 
atenção e hiperatividade (TDAH), pois teoricamente, não faria corretamente a 
“filtragem” de estímulos que chegam ao córtex, levando o indivíduo acometido por 
este distúrbio a não selecionar adequadamente o que explora em sua atenção. 
Na prática, é como se a pessoa não conseguisse diferenciar a importância de um 
professor falando e um ruído que esteja ocorrendo fora da sala de aula. 
4.5 Sistema vestibular e equilíbrio 
A capacidade do ser humano de manter a postura ereta e de se mover 
sobre o solo se desenvolveu ao longo de milhares de anos. 
Como parte deste processo evolucionário, diversos sistemas 
neuromusculares e neurossensoriais foram gerados para indicar com precisão a 
correta orientação espacial de um indivíduo, sua postura, sua relação com o meio 
e sua locomoção. 
O sistema vestibular detecta a posição da cabeça no espaço; isto é, 
determina se ela está ereta com relação à força gravitacional da Terra, se está 
jogada para trás, voltada para baixo, ou em outra posição. Detecta também as 
mudanças bruscas de movimento. Para aexecução dessas funções, o aparelho 
vestibular divide-se em duas secções fisiologicamente distintas: a mácula do 
utrículo e do sáculo e os canais semicirculares. 
O sentido de equilíbrio depende de grupos de células sensoriais ciliadas 
localizadas na parede interna do sáculo e utrículo e na base dos canais 
semicirculares. As fibras nervosas que partem dessas células sensoriais levam 
informações sobre a posição relativa dos cílios até os centros de equilíbrio no 
encéfalo. 
Quando a cabeça se movimenta, a inércia do líquido no interior dos canais 
semicirculares exerce pressão sobre os cílios das células sensoriais. A pressão 
faz com que os cílios se curvem, estimulando as células sensoriais a gerar 
impulsos nervosos e transmiti-los ao encéfalo. 
A sensação de tontura que sentimos quando rodopiamos resulta do conflito 
de duas percepções: os olhos informam ao sistema nervoso que paramos de 
rodopiar, mas o movimento do líquido dos canais semicirculares da orelha interna 
informa que nossa cabeça ainda está em movimento. 
 
 
13 
4.6 Neurotransmissores: a química cerebral 
Muitos de nossos comportamentos são guiados pela “química” cerebral, ou 
seja, a neurobioquímica, um universo tão apaixonante que cremos que “haverá 
uma química entre vocês e esse conhecimento”. 
Nossos movimentos, pensamentos, memória e até mesmo gostos estão 
relacionados a pequenas moléculas geralmente produzidas pelos neurônios, que 
sinalizam e estimulam grupos de neurônios, os quais, por sua vez, processam e 
respondem ao estímulo às quais denominamos de neurotransmissores. 
Os neurotransmissores são formados de substâncias que servem como 
meio de comunicação entre as células do cérebro. Estimulam a continuidade de 
um impulso ao efetuar a reação final no órgão ou músculo-alvo permitindo a 
comunicação celular cerebral. 
Quando um sinal elétrico passa por um neurônio e atinge o terminal pré-
sináptico, um ou mais neurotransmissores podem ser liberados na sinapse. A 
partir daí, existem receptores pós-sinápticos no outro neurônio aos quais os 
neurotransmissores se ligam. Todo esse processo é chamado de transmissão 
sináptica. 
Os neurotransmissores são conhecidos por promovem respostas 
excitatórias ou inibitórias entre neurônios que se comunicam por sinapses 
químicas. Eles podem ser excitatórios (provocam a despolarização da 
membrana pós-sináptica), ou inibitórios (promovem a hiperpolarização da 
membrana pós-sináptica). 
Muitas drogas impactam o sistema nervoso alterando a atividade desses 
neurotransmissores de várias formas. Essas podem afetar a produção, o 
armazenamento, a liberação ou a desativação de neurotransmissores, e podem 
também bloquear os receptores ou conseguir se ligar a eles por serem parecidos 
com neurotransmissores. 
Problemas relacionados aos neurotransmissores podem resultar em 
cansaço, insônia, ganho de peso, ansiedade, prejuízos cognitivos, entre outros. 
Existem vários tipos de neurotransmissores. Entre os mais conhecidos estão: 
• Acetilcolina: sua função é estimular a propagação dos impulsos nervosos 
das células nervosas para células motoras e músculos esqueléticos. Essa 
molécula está relacionada ao controle do tônus muscular, aprendizado e 
desempenho sexual. 
 
 
14 
• Endorfina: Esse neurotransmissor relaciona-se a sentimentos como 
euforia e êxtase. Esse neurotransmissor atua também aliviando a sensação 
de dor e reduzindo o estresse. 
• Dopamina: A função da dopamina está relacionada com o local onde ela 
atua. Assim como a endorfina, essa molécula também está relacionada 
com a euforia e, além disso, apresenta ligação com a execução de 
movimentos suaves e regulação das informações advindas das diferentes 
partes do cérebro. 
• Noradrenalina: Esse neurotransmissor é responsável pela excitação física 
e mental, bem como é conhecido por promover o bom humor produzido no 
locus coeruleus, atuando como mediador dos batimentos cardíacos, 
pressão sanguínea e conversão de glicogênio em energia, entre outros. 
• Serotonina: Esse neurotransmissor relaciona-se, por exemplo, com 
estímulos dos batimentos cardíacos, regulação dos níveis de humor e início 
do sono. 
• Ácido Gama Amino Butírico (GABA): O principal neurotransmissor 
inibitório do encéfalo. O processo inibitório ocorre quando o GABA se liga 
ao receptor, permitindo dessa forma a entrada de cloro para dentro da 
célula. Responsável pela sintonia fina e coordenação dos movimentos 
entre outros. 
• Glutamato: Principal neurotransmissor excitante do cérebro, vital para 
estabelecer os vínculos entre os neurônios que são a base da 
aprendizagem e da memória em longo prazo. A atuação do glutamato é 
fundamental no processo de memória. 
TEMA 5 – BASES DA NEUROPLASTICIDADE 
Neuroplasticidade cerebral é uma característica do sistema nervoso. 
Refere-se à capacidade do cérebro de se readaptar, alterando algumas das 
propriedades morfológicas e funcionais em resposta ao ambiente. 
Está relacionado ao processo de aprendizagem e é fundamental para 
qualquer atividade que gere um estímulo criativo, o qual faz com que o cérebro se 
torne flexível e mutável. 
Quando acontece um estímulo inicial ou adquirido, o controle motor é 
acionado, ou seja, esse estímulo recebido é maximizado para que se torne um 
aprendizado. 
 
 
15 
O cérebro é adaptável durante toda a vida do indivíduo. Porém a 
neuroplasticidade é um processo que ocorre mais facilmente na infância devido 
ao maior crescimento de neurônios e a capacidade de aprendizagem e, com o 
passar do tempo, esse processo tende a diminuir, mas não chega a desaparecer. 
No passado acreditava-se que o cérebro possuía uma capacidade limitada 
de regeneração, e que ao alcançar certa idade, ou devido a doenças, o indivíduo 
teria uma diminuição de células cerebrais, perdendo assim funções importantes. 
No entanto, com o avanço tecnológico principalmente a partir da década de 1970, 
constatou-se que a plasticidade promove novas interações entre neurônios, 
criando novos caminhos neurais, modificando toda a rede de conexão. Podemos 
dizer que uma célula, com capacidade de aprender e de executar funções 
distintas, pode se modificar e se adaptar como resultado da experiência. Quando 
uma área cerebral imprescindível para o funcionamento do sistema é afetada, esta 
poderá ser substituída, mesmo sendo de função diferente. 
Em outra perspectiva, podemos dizer que na presença de lesões, o sistema 
nervoso central se utiliza desta capacidade na tentativa de recuperar funções 
perdidas ou, principalmente, fortalecer funções similares relacionadas às originais. 
5.1 Formas de neuroplasticidade 
Vamos apresentar a seguir, algumas das formas descritas da ocorrência 
da plasticidade cerebral: 
• Regenerativa: consiste no recrescimento dos axônios lesados. É mais 
comum no sistema nervoso periférico; 
• Axônica (ou ontogenética): ocorre de zero a dois anos de idade. É a fase 
crítica, fundamental para desenvolvimento do sistema nervoso; 
• Sináptica: capacidade de alterar a sinapse entre as células nervosas; 
• Dendrítica: alterações no número, no comprimento, na disposição espacial 
e na densidade das espinhas dendríticas. Ocorre principalmente nas fases 
iniciais do desenvolvimento do indivíduo; 
• Somática: capacidade de regular a proliferação ou a morte de células 
nervosas. Somente o sistema nervoso embrionário é dotado dessa 
capacidade. 
 
 
16 
Vejam que o processo de plasticidade das células nervosas pode ser 
considerado um marco na neurociência, principalmente quando pensamos nas 
infinitas possibilidades do desenvolvimento humano. 
A neuroplasticidade é um precioso conhecimento para a educação. Com 
base neste conhecimento, podemos ter um novo “olhar” para a diversidade, que 
nos permite perceber a enorme possibilidade de desenvolvimento no ser humano. 
Por maiores que sejam as limitações, ao oferecermos um meio ambiente 
favorável, o conjuntobiológico fará sua parte para responder adequadamente a 
este meio, em um contínuo processo de evolução e adaptação. 
FINALIZANDO 
Nesta primeira aula pudemos percorrer um pouco pelo universo da 
anatomia e do funcionamento do sistema nervoso humano. Conhecemos a 
evolução filogenética e observamos que o desenvolvimento de estruturas 
nervosas foi uma resposta aos estímulos do meio ambiente. Estudamos ainda a 
divisão anatômica do sistema nervoso humano e suas principais estruturas. Esse 
conhecimento trouxe subsídios para o entendimento das principais funções 
nervosas e da bioquímica envolvida. Abordamos também as bases da 
neuroplasticidade, de grande importância para nós educadores, que passamos a 
entender a capacidade de adaptação neural como resposta ao ambiente de 
estímulos. 
Saiba mais 
O documentário produzido pela rede Discovery Channel ilustrará nossa 
aula de maneira bastante agradável. 
SISTEMA nervoso – completo – Discovery Channel – Ciências Já! Ciências Sem 
Fronteiras, 4 dez. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
mQoUyzOJNc>. Acesso em: 12. mar. 2021. 
 
 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
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GOULART, F. Neurotransmissão: sinapses. Disponível em 
<http://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/Aula_basi
ca%20_SNC.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
ANNUNCIATO, N. F. Desenvolvimento do sistema nervoso. Temas sobre 
Desenvolvimento, v. 4, n. 24, São Paulo: Mennon, 1995. 
BITTENCOURT, S. Neuromoduladores e neurotransmissores, noção geral. 
Disponível em: <http://www.neurofisiologia.unifesp.br/neuromoduladores_nocaog
eral_simonebittencourt.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
CAGLIUMI, W. A. Cerebelo: revisão de estudos neuro-anátomofuncionais 
relacionados aos aspectos não motores. Dissertação (Mestrado em Medicina). 
Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2002. 
GUYTON, A. C. Neurociência básica, anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1993 
KING, M. W. Neurotransmissores: diversidade e funções. Cérebro & mente, 
2000. Disponível em: <http://www.cerebromente.org.br/n12/fundamentos/neurotr
ansmissores/nerves_p.html>. Acesso em: 30 ago. 2018. 
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceito fundamentais de neurociência. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Atheneu; Faperj, 2010. 
MACHADO, A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 
SCHARTZMAN, J. S. Transtorno de déficit de atenção. São Paulo, Memnon; 
Mackenzie, 2001.

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