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3-A equipe pedagógica_ realidades e perspectivas

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A equipe pedagógica: realidades e perspectivas
Profª. Solange Castellano
Descrição
Reflexão sobre a lógica multidisciplinar em uma equipe pedagógica, seus principais desafios nas diferentes
escolas e as possibilidades de seu enfrentamento no processo de ensino-aprendizagem.
Propósito
O relacionamento da lógica multidisciplinar em ações de uma equipe pedagógica com o diálogo necessário
aos desafios das realidades do/no/com o processo de ensinar-aprender nos cotidianos das diversas
escolas.
Objetivos
Módulo 1
A lógica multidisciplinar
Reconhecer a lógica multidisciplinar como possibilidade em potencial para composição e atuação da
equipe pedagógica no cotidiano das escolas.
Módulo 2
A presença e atuação da equipe pedagógica
Identificar a presença dos diferentes profissionais da gestão do processo de ensino-aprendizagem.
Módulo 3
Principais desa�os da equipe pedagógica em diversas escolas
Discriminar de forma crítica os principais desafios da equipe pedagógica nas realidades das escolas.
No estudo do cotidiano, em especial o processo de ensino-aprendizagem nas escolas, o
conhecimento toma lugar de destaque. O conhecimento não se restringe apenas aos saberes
historicamente acumulados que fazem parte dos currículos escolares e as formas de criação dos
saberes são perpassadas por lógicas e desafios constantes. Pensando na conexão de ações
multidisciplinares para minimizar os desafios enfrentados pelos profissionais que atuam em espaços
educativos, uma equipe pedagógica multidisciplinar pode desenvolver uma reflexão e provocar
discussões sobre os fazeres em diferentes escolas.
Começando com o convite a partir de um dos olhares, com perspectiva emancipatória, desenvolve-se
nestes módulos a lógica da noção multidisciplinar, a presença da equipe pedagógica, sua
composição e os principais desafios em diferentes escolas. Pretende-se romper com a escola
respaldada no determinismo e dominação sociocultural numa forma multidisciplinar para reduzir as
dificuldades encontradas nos processos de ensino e aprendizagem.
Introdução
1 - A lógica multidisciplinar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a lógica multidisciplinar como
possibilidade em potencial para composição e atuação da equipe pedagógica no cotidiano
das escolas.
Alguns princípios fundamentais
O presente módulo apresentará um dos muitos olhares sobre a questão da coerência da lógica
multidisciplinar.
Por que um dos muitos olhares?
A diversidade de pesquisas e concepções da realidade está presente em textos, aulas e práticas cotidianas.
Pensar que não existe uma verdade única provoca discussões e reflexões que nos fazem avançar para
novas perspectivas. Isso não engessa em uma única maneira de ver o mundo e novas ações vão surgindo.
Por isso, essa forma de entender a lógica disciplinar que vamos expor aqui é apenas a vista de um ponto.
Porque “cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é
a vista de um ponto” (BOFF, 1997, p. 9).
Outro aspecto importante é saber de onde estamos vendo para interpretar o que vemos. Michel de Certeau
(2000) nos lembra que podemos estar vendo de lugares diferentes o mesmo objeto. Assim, a visão do alto
sobre a lógica multidisciplinar pode estar voltada para uma compreensão apenas de valores econômicos,
administrativos e políticas implantadas de altos poderes, e a visão de quem está no chão, do cotidiano ao
qual está inserido, pode compreender o multidisciplinar como especializações integradas e dialogicamente
integradas no sentido de relações transformadoras da realidade vivida de quem pratica.
Cada um de nós, possivelmente, já ouviu falar da expressão: multidisciplinar. Agregados a ela vieram
também os termos: interdisciplinar, pluridisciplinar e transdisciplinar. Antes de desenvolvermos as noções
de cada um deles e nos determos na ideia de “multidisciplinar”, parece-nos fundamental compreender a
dialética existente entre esses termos a partir do entendimento de que o conhecimento, ao contrário do que
o pensamento moderno nos impôs, é construído por diferentes olhares (SANTOS, 2013).
Quando falamos “pensamento moderno”, não nos referimos a algo atual ou que consideramos contrário ao
que ponderamos como tradicional. Além disso, essa forma de entender o conhecimento hierarquizou os
saberes e os dividiu em nossas práticas curriculares, profissionais e outros. Sendo assim, a lógica
multidisciplinar possui alguns princípios que precisamos compreender.
Para tanto, precisamos desfazer o equívoco que o pensamento da modernidade nos impôs: um pensamento
de que existe uma forma única de olhar e refletir sobre a realidade e, ainda, que devemos fragmentar a
realidade para melhor entendê-la, pensamento este que, algumas vezes, ainda está presente em nossas
falas, legislações e práticas educativas da/na época presente.
Cada pessoa traz sua história, suas emoções, seus diferentes saberes acumulados
e, com isso, não enxerga a mesma coisa nas imagens que provavelmente assiste.
Ou seja, a ciência moderna tentou, ou ainda tenta, nos fazer ver de maneira única os saberes e alternativas
existentes no mundo, distribuindo os mesmos óculos. No entanto, a complexidade da vida que vivemos, ou
que carregamos conosco, nos apresenta o quão diferentes são os olhares a partir do conhecimento tecido
em cada um de nós nas múltiplas relações com saberes igualmente múltiplos pelos quais aprendemos e
ensinamos.
Pensemos a partir desta constatação, que a realidade se apresenta não linear e nem única. Portanto, os
conhecimentos também apresentam o enredamento social e cultural sem hierarquia de saberes. Dessa
maneira, possibilita abrir múltiplas formas ao ato humano de conhecer.
Nessa mesma direção de reflexão, o ensinar-aprender no cotidiano dos espaços educacionais não pode
ignorar como se deu a compartimentalização dos diferentes saberes existentes. De uma outra perspectiva,
parece nítido que não controlamos as demandas da vida real e de uma educação que acontecem no
cotidiano dos lugares pelos quais passamos.
Atividade re�exiva
Levando em consideração o que você já viu até aqui, reflita:
Você poderia dar um exemplo dessa forma de divisão dos saberes?
Digite sua resposta aqui
Exibir Solução

Convidamos você a ultrapassar a porta fechada para superar as dicotomias entre conhecimentos superiores
e inferiores, conhecimento formal e informal, assim entendidos no senso comum.
Além desse convite, solicitamos que você venha a superar as noções do senso comum sobre alunos, pais,
professores e educadores de todos os espaços da vida e, também, os registrados em documentos oficiais,
para darmos início ao caráter de uma outra epistemologia.
E, se você aceitou o convite de transpor essa porta fechada em uma única epistemologia, nós podemos
agora identificar as diferenças entre o que se considera disciplinar, multidisciplinar, interdisciplinar e
transdisciplinar.
Senso comum
Conhecimento naturalizado por todos, ou o conhecimento dominante.
Epistemologia
Epistemologia, segundo Santos (2013), é a forma de pensar sobre o que consideramos conhecimento
válido. Ou seja, epistemologia é o próprio conhecimento que se apresenta dominante.
Entre a teoria e a prática
No vídeo a seguir, você verá a diferença entre epistemologia do saber pedagógico e sua prática, indicando
que são inseparáveis.

A relação entre disciplinar, multidisciplinar,
interdisciplinar e transdisciplinar
Disciplinar
Esse termo aparece com o acúmulo de saberes historicamente produzidos pelo ser humano. O
conhecimento foi dividido de tal forma que as especializações começam a dominar a realidade e se
subdividir em disciplinas. Um exemplo disso é observarmos as especializações médicas a partir do
conhecimento do corpo humano. O médico clínico geral vai se especializando em pneumologista,
dermatologista, anestesista, ortopedista e em outras especializações das especializações que vão surgindo
ainda hoje.
Assim ocorreu também com as práticasde ensinar e aprender nas escolas. Um professor de língua
portuguesa vai se especializando em gramática, linguística, literatura (que ainda se subdivide em brasileira e
estrangeira), e por aí vai. A compartimentalização dos saberes foi se intensificando e, algumas vezes, não
conseguimos pensar de outra forma. Depois, com o tempo e a mudança de formas de valorizar a divisão
social do trabalho, essa hierarquização das disciplinas tornou evidente aquelas que valem mais ou menos
nos currículos.
A disciplinaridade trouxe, ainda, a ideia de que cada um de nós, e todos nós, somos
uma gavetinha na qual depositamos e guardamos os conhecimentos. Com isso,
nessa gaveta esses conhecimentos parecem estanques uns dos outros. Assim são
montadas as grades curriculares, os horários das aulas e toda a dinâmica das
práticas pedagógicas ainda hoje em muitas escolas.
Multidisciplinar
A noção multidisciplinar, também chamada de pluridisciplinar, aparece com a aproximação de algumas
justaposições de disciplinas diversas, ainda com suas especificidades mais ou menos próximas das
diferentes áreas do conhecimento. Ou seja, cada especificidade possui uma autoridade própria e leitura
diferente da realidade observada, mas aproximando-se da possibilidade de interagir com e nas diferenças
observadas. Essa flexibilização na forma como compreender as questões, de tentar uma aproximação entre
as diferentes especificidades, possibilita o reflexo da multifuncionalidade unificadora de cada ação.’
Interdisciplinar
Essa noção não aparece por acaso. Ela surge a partir de meados do século XX. Nessa época, os
movimentos que aconteciam em todas as áreas de conhecimento relativos ao número de especialistas e,
ainda, especificações fragmentadas dos saberes, já não atendiam às necessidades que se apresentavam
nos diferentes desafios. Ou seja, as abordagens dos campos de saberes diversos ultrapassaram as
fronteiras das disciplinas e das especialidades buscando respostas inovadoras para assuntos complexos.
Exemplo
Os problemas ecológicos necessitam que todas as ciências e seus devidos conhecimentos estejam em
diálogo entre si e com interseção de vários campos para a solução dos desafios. Não cabe somente às
Ciências da Natureza, mas às Ciências Humanas, às Linguagens e Tecnológicas e aos saberes populares
conseguir solucionar as questões complexas da “Mãe Terra”.
A interdisciplinaridade nos coloca de cabeça para baixo em relação ao conhecimento da realidade que se
apresenta. No seu sentido mais amplo, as relações entre os saberes são interligadas e puxam distintos fios
das redes de outros saberes existentes e nos possibilitam a tessitura do novo.
Transdisciplinar
O multidisciplinar e o interdisciplinar mudaram a forma de pensar o conhecimento depositado em
gavetinhas variadas como na posição “disciplinar”.
Curiosidade
A transversalidade é uma noção desenvolvida por Félix Guatarri (2004). Esse conceito é uma forma de
atravessar as relações entre as pessoas. Essa noção também foi estendida para o conhecimento.
Podemos dizer que a ideia de conhecimento arrumado em gavetas, de acordo com o lugar social que cada
uma é pensada e exercida, foi se transformando em novo paradigma na contemporaneidade. Assim como
na noção multidisciplinar, surge para romper as fronteiras e possibilitar a liberdade de transitar pelos
diferentes saberes. O multidisciplinar, o interdisciplinar e o transdisciplinar ainda não abandonam a ideia de
disciplina. No entanto, transitam entre ela sem hierarquizá-la ou fragmentá-la. Assim, ao entrelaçar as
questões que se apresentam na vida real, esses conhecimentos vão se transformando.
Pensando a lógica multidisciplinar nas práticas
educativas
Voltando nosso olhar aos alunos, em diferentes espaços e suas realidades educativas, a lógica
multidisciplinar constitui, assim, uma alternativa para associação de disciplinas ou especificidades em torno
de uma ação ou fazeres comuns para enfrentar diferentes desafios.
Ou seja, as finalidades técnicas de cada profissional ou especialista para resolver problemas ou dificuldades
que emergem nos seus cotidianos possibilitam concepções particularmente específicas, mas rompem as
barreiras de considerar os saberes para responder às necessidades e subjetividades nas questões que se
apresentam.
Desse modo, em espaços formalizados de caráter pedagógico, ao aparecer uma situação desafiadora, os
especialistas envolvidos na discussão do caso se despem do “poder” de sua especialização para tornar a
ocasião num belíssimo momento de estudo e prática de seu próprio saber. Podemos inferir que a estreita
ligação entre os diversos profissionais não poderá se envolver em processos de dominação. Assim,
relacionam todas as especificidades com o núcleo comum a determinar novos conhecimentos para novas
práticas com novo agir específico.
Um dos exemplos clássicos que podemos citar são os profissionais que atuam na construção de um
edifício. Ao observar a imagem seguinte, podemos verificar que são muitos os profissionais envolvidos.
Cada um com seus saberes técnicos coloca seu conhecimento em pauta desde o projeto do edifício até
chegar ao morador de cada apartamento. A realidade é apresentada (construir um edifício) e, numa
interação com os outros saberes específicos (todos os profissionais envolvidos), somados aos saberes da
realidade apresentada, vai criando ações que trazem junto novas intervenções para tornar bem-sucedidas a
construção e a venda do prédio.
Nesse exemplo, todos os saberes são necessários e importantes para a construção do prédio. A realidade
do projetar, calcular os valores da construção, idealizar a arquitetura, o desenhar, o marketing, o cálculo e
pesquisa dos materiais, o terreno, o caminhar das vendas, os profissionais que executarão a obra, o tipo de
alimentação desses profissionais, o direito de todos os profissionais e tantos outros saberes vão
interagindo e modificando o olhar de cada um para dar continuidade ao agir de cada individual. O desafio de
diminuir as distâncias entre todos os profissionais durante a construção do prédio e na vida torna possível o
término da obra. Ou seja, a transdisciplinaridade das relações dos conhecimentos também pode
transpassar os diferentes saberes e ajudar na relação social dos mesmos. E a multidisciplinaridade se faz
presente e importante.
A possibilidade de se ter a ação multidisciplinar, colocada no cotidiano dos
espaços pedagógicos, dentro de uma lógica e perspectiva de integração dialógica
com a realidade que se vive, aponta para uma transversalidade que circula entre as
várias especificidades do conhecimento. Assim, uma atuação multidisciplinar, que
transita pelo território do saber com respeito às diferenças, tece continuamente
caminhos possíveis entre os saberes com e em reciprocidade.
Com suas especificidades, cada especialista demonstra que nada é completamente isolado ou
compartimentado. Tudo é relacionado de algum modo com tudo. Portanto, não podemos fragmentar o que
pode servir de ferramenta para outros conhecimentos.
O saber e o território multidisciplinar.
Ver, julgar ou agir a partir da realidade e perceber a multiplicidade dos conhecimentos necessários. Pensar
na e com a complexidade dos procedimentos necessários no espaço e tempo em que nos encontramos
mergulhados parece ser fundamental para não ignorar o significado dos princípios multidisciplinares.
Mas quais são esses princípios? É o que veremos a seguir.
Princípios multidisciplinares

Diálogo

Equidade

Diferença

Diversidade

Unidade


Coletividade

Tessitura de novos saberes
Como uma teia que tece todos os conhecimentos sem distinguir onde começam e onde terminam, o que
vale mais ou o que vale menos, vamos tecendo os saberes com esses princípios tão necessários e de
acordo com as especificidades de cada um.
Dito de outra forma, não importa o lugar de cada especificidade do conhecimento, suas nuances e sua
valorização social no contato com a realidade. Buscamos o enigma do fiocondutor de uma incessante
possibilidade de efetivação solidária por meio das práticas sociais diversas. Afinal, essas são práticas de
conhecimentos não hierarquizados, mas em constante diálogo com os múltiplos “tempos-espaços” (ALVES,
2001) sem pretender obrigá-los a ser e a fazer o que lhes cabe por definição, um poder simbólico dos
saberes.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Pensando a lógica multidisciplinar nas práticas educativas (parte 1)
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Pensando a lógica multidisciplinar nas práticas educativas (parte 2)

Todos
Módulo 1 - Video
Entre a teoria e a prática
Módulo 2 - Video
Uma breve história dos trabalhadores da escola
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
Questão 1
Consideremos o seguinte exemplo lembrado por Darnton (1986): “Um tipo de livro erudito completamente
diferente, a enciclopédia chinesa imaginada por Jorge Luis Borges e discutida por Michel Foucault em As
palavras e as coisas. Dividia os animais em: a) pertencentes ao imperador; b) embalsamados; c)
domesticados; d) leitões; e) sereias; f) fabulosos; g) cães vadios; h) incluídos na presente classificação; i)
enfurecidos; j) inumeráveis; k) desenhados com um pincel muito fino de pelo de camelo; l) et cetera; m) os
que acabaram de quebrar o vaso da água; n) os que, de uma grande distância, parecem moscas. Este
sistema de classificação é, argumenta Foucault, por causa da simples impossibilidade de cogitá-lo.
Confrontando-nos com uma série inconcebível de categorias, expõe a arbitrariedade da maneira como
classificamos as coisas” (DARNTON, 1986,p. 247-248).
Posta diante de uma maneira de classificar o conhecimento pela ciência moderna, a lógica multidisciplinar
não organiza as coisas apenas porque podem se encaixar em um esquema considerado válido. Isso porque:
et cetera
Do latim et caetera, quer dizer: E outras coisas; entre outros; e o restante; adicionando algo de mesma
natureza, mas não mencionado na enumeração.
A
O conhecimento não é classificado ou valorizado de forma única. Ele surge de forma
dialógica entre teoria e prática de saberes múltiplos.
B
Ao afirmar que o conhecimento é único e válido, a epistemologia moderna se tornou
multidisciplinar.
C
O modelo de hierarquização dos saberes é importante e necessário em uma lógica
multidisciplinar.
D
A lógica multidisciplinar favorece a classificação dos saberes tão necessários para
compreender as subjetividades presentes nos diferentes olhares.
E
Foi necessário classificar e dividir o conhecimento para se chegar até a lógica
multidisciplinar.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A lógica multidisciplinar não se baseia em classificações fechadas do conhecimento e nem os
hierarquiza. A lógica multidisciplinar considera todos os saberes importantes e necessários e,
portanto, o diálogo entre teoria e prática é fundamental entre as diferentes classificações
historicamente existentes.
Questão 2
Para compreender a lógica da organização escolar e sua opção por uma educação com uma concepção
multidisciplinar que atenda aos diferentes alunos, precisamos compreender as noções de disciplinarização,
multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Para enfrentar nossos complexos
problemas sociais, que a todos envolvem, é necessário que nos dediquemos a escutar a todos os
interessados com os múltiplos conhecimentos que se tecem em situações concretas da vida e busquemos
soluções negociadas com as múltiplas experiências e vivências envolvidas.
A afirmação postulada nesta questão se refere ao princípio da noção:
A Disciplinar do conhecimento.
B Multidisciplinar ou pluridisciplinar do conhecimento.
C Interdisciplinar do conhecimento.
D Transdisciplinar do conhecimento.
E Hierarquização dos conhecimentos.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Um dos princípios da lógica multidisciplinar é a relação entre os múltiplos conhecimentos
mediante a situações da realidade concreta que se apresenta. Para tanto, isso inclui as
especificidades em interação dialógica dos múltiplos conhecimentos presentes quando se
pretende enfrentar a complexidade da situação que surge. Para tanto, as diferentes visões da
realidade que cada profissional ou pessoa que a enfrenta possui confrontam seus saberes numa
aproximação com a intenção de encarar os desafios mais ou menos próximos das diferentes
áreas do conhecimento.

2 - A presença e atuação da equipe pedagógica
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a presença dos diferentes pro�ssionais
da gestão do processo de ensino-aprendizagem.
Panorama histórico
As transformações na economia, nas tecnologias e em toda realidade atual na qual estamos inseridos
inaugurou uma escola com múltiplas modificações em sua estrutura organizacional. Ou seja, as novas
formas de organização do trabalho e a abrangência do ensinar e aprender passaram a um gerenciamento
multidisciplinar de diferentes profissionais na busca da melhoria da ação educativa e da qualidade do
trabalho pedagógico no cotidiano.
A partir dessa premissa e da compreensão dos movimentos da lógica multidisciplinar, passamos a articular
em cada escola a presença de uma equipe pedagógica. Essa equipe, na perspectiva de trabalhos
especializados voltados para a produção de conhecimentos, passou a atender às diferentes realidades das
escolas e espaços educacionais existentes. Com sua presença e atuação, dependendo do nível das
exigências que continuamente são impostas ao sistema educacional, a busca da democratização do ensino
e aprendizagem com qualidade pode ser possível, e não apenas uma utopia.
Para pensar a presença e atuação da equipe pedagógica nas escolas, convidamos você a identificar em sua
trajetória escolar e responder às seguintes questões:
Quantos pro�ssionais diferentes existiram ao nosso redor nas
escolas que frequentamos?
Que trabalho esses pro�ssionais desenvolviam nos cotidianos das
escolas?
Qual é a importância desse trabalho para os alunos?
Se você já identificou os profissionais que passaram por sua vida escolar e pensou nas respostas de cada
uma dessas perguntas, agora podemos continuar nosso estudo.
Saiba mais
O desencadeamento das discussões da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nos anos 1970 e 1990
fez surgir a chamada equipe técnico-administrativa. Embora na história da educação no Brasil essa equipe
sempre tenha existido, sua evidência legal aparece com força nas legislações desse período.
Essa equipe era composta inicialmente de: diretora, diretora-adjunta, secretária, agente de pessoal,
coordenadora de turno, orientador educacional e supervisora educacional.
Uma breve história dos trabalhadores da escola
No vídeo a seguir, acompanhe a história dos trabalhadores da escola longo do tempo até nossos dias.

A partir da LDB 5692/71, lei criada para a educação brasileira no período da ditadura, dois profissionais se
destacaram nas escolas: o orientador educacional e o supervisor educacional. Ambos aparecem para
garantir o desenvolvimento da política educacional adotada. E as políticas de educação adotadas
posteriormente também modificaram o quadro dessa equipe pedagógica (art. 10).
Vejamos algumas trajetórias:
A orientação educacional no Brasil
A particularização da atuação dos orientadores educacionais continua a ser questionada ainda hoje.
No Brasil, de acordo com a pesquisadora Míriam Paúra Grinspun (2015, p. 26), “a Orientação Educacional
teve, em sua implantação, grande influência da orientação americana, em especial o counselling
(aconselhamento) e da orientação educacional francesa”. Essa influência, que percorreu legislações
anteriores a Lei 5692/71, já determinava o exercício desse profissional sempre voltado para assistência ao
educando, individual ou em grupo; e direcionamento para uma orientação vocacional,mas sempre
psicologizando a educação ou servindo de controle dos indivíduos nas escolas, só modificando para uma
atuação sócio-histórica no final dos anos 1980/1990.
A obrigatoriedade desse profissional nas escolas só se deu com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases,
nº 5.692, de 1971, em seu Art. 10, incluindo o aconselhamento vocacional em cooperação com professores,
família e comunidade. Em 26 de setembro de 1973, foi homologado o Decreto nº 72.846, que regulamenta a
profissão do orientador, em vigor até os dias de hoje. Em seu Art. 1º, encontramos o objeto da Orientação
Educacional: a assistência ao educando – esta que pode ser feita individualmente ou em grupo, nas escolas
de Ensino Fundamental e Médio, “visando ao desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade,
ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o
exercício da cidadania” (BRASIL, 1973).
Saiba mais
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, trouxe, em seu Art.
1º, uma consideração notável sobre olhar o aluno como ser social, recaindo na instância do “emocional”,
como já comentado no início deste módulo (BRASIL, 1996). Essa ênfase da lei não garantiu a presença da
Orientação Educacional nas escolas porque retirou a obrigatoriedade desse profissional nas escolas.
Em 13 de dezembro de 2005, o Parecer CNE/CP nº 3 instituiu diretrizes curriculares nacionais para o curso
de Pedagogia. Essas diretrizes geraram dúvidas entre os profissionais da área quanto à habilitação para a
Orientação Educacional, visto que o Art. 4º estabelece que o curso de licenciatura em Pedagogia destina-se
à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área
de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos
(BRASIL, 2006). Assim, o curso de Orientação Educacional e Supervisão Escolar passaram para nível de pós-
graduação. No entanto, as demandas das escolas para ajudar nos desafios diários fizeram intensificar a
busca por esses profissionais.
Essa ideia foi amplamente contestada por muitos pesquisadores da área educacional. José Carlos Libâneo
(2001, p. 4) foi um desses estudiosos. Ele afirma que o “curso de Pedagogia como formação de
professores, a meu ver, é muito simplista e reducionista, é, digamos, uma ideia de senso comum”. Esse
pesquisador também lembra da amplitude da Pedagogia. Ou seja, para ele, além de se ocupar com a
formação escolar de crianças e todos os seus processos educativos, a Pedagogia tem um significado mais
abrangente e globalizante. Isso porque trata-se de um conhecimento sobre os desafios educacionais
histórico-sociais e dialogicamente traça orientações da ação educativa.
Algumas escolas continuaram a contratação do orientador educacional. Uma curiosidade é que, às vezes,
os professores o chamavam de “profissional das dinâmicas de grupo” ou como aqueles responsáveis pela
“Orientação Profissional” nas escolas. Essas afirmações eximiam a comunidade escolar dessas funções
que eram de todos.
Mudando o contexto político do País e das pesquisas educacionais, esse profissional recebeu muitas
críticas. Repensando sua prática nas associações profissionais, nas pesquisas divulgadas em encontros,
congressos e seminários, passou de um olhar voltado para um trabalho individualizado, no aspecto
específico da aprendizagem, tentando eliminar as “dificuldades” e o fracasso escolar, para uma visão
coletiva e histórico-socioafetiva. No entanto, passou-se a exigir da orientação educacional uma formação
voltada para práticas também psicocognitivas.
fi
Nesse momento, surge um outro profissional dentro das escolas: o psicopedagogo.
Assim, passaram a exigir que o orientador educacional, para exercer suas funções,
tivesse como formação desejável a especialização em psicopedagogia.
Novamente, aparece uma tendência de “psicologizar” a função.
Supervisor escolar
A função do supervisor escolar, nos anos 1970, estava implícita no próprio nome de “supervisor”.
“Supervisionar” se as ordens emanadas das instâncias superiores das secretarias de educação eram
cumpridas e desenvolvidas pelos professores nas salas de aula. Os planejamentos de ensino e os de sala
de aula eram rigorosamente passados por esse profissional. O controle era realizado por meio de
planejamentos anuais, mensais, semanais e diários. Uma verdadeira forma de fabricação de planos e
controle constante deles.
Não existia uma legislação, como aconteceu com a Orientação Educacional nos anos 1970, que colocava a
obrigatoriedade desses profissionais nas escolas. No entanto, esses profissionais exerciam um lugar
importante nas escolas.

Nessa época, muitas divisões foram de�agradas e lutas travadas
tentando incluir sua obrigação nas equipes das escolas. Também se
tornava difícil um planejamento coletivo e dialogado entre os pares
porque esse não era o objetivo desse período.

Os planejamentos se limitavam a transcrever o que vinha das
secretarias de educação. Até assistir às aulas dos professores com
os devidos planejamentos da aula para veri�car se estes estavam
os devidos planejamentos da aula para veri�car se estes estavam
acontecendo de fato fazia parte dessa função supervisora.
Aos poucos, com as discussões e mudança da estrutura política do País, da discussão especialista e
generalista, esse profissional também foi se organizando em associação profissional, questionando sua
própria atuação e se somando às lutas dos diferentes profissionais das escolas. Também passou a
valorizar o trabalho coletivo e participativo.
Segundo Libâneo (2004), não se tratava mais de um profissional com uma atuação de supervisão no
sentido de controle, mas um apoio pedagógico aliado às ações do orientador educacional e dos professores
para diminuir as fragilidades do ensinar-aprender e democratizar os conhecimentos historicamente
acumulados. Afinal, o objetivo maior das escolas passou a ser a formação científica e cultural dos alunos
visando prepará-los profissionalmente, culturalmente e de forma cidadã para exercer seu papel social em
seu cotidiano.
Coordenador pedagógico
Nos anos 1980 e 1990, aparece com força a função de coordenador pedagógico.
A partir das modificações que ocorriam no cenário político-econômico-social e educacional brasileiro, o
coordenador pedagógico ou professor pedagógico aparece como uma possibilidade de unir orientação
educacional e supervisão escolar em uma função generalista do processo pedagógico. Ele surge, em
especial, nas escolas públicas e em algumas escolas particulares.
Saiba mais
Ainda hoje, essa função existe, numa concepção progressista, como forma de gestão do processo
pedagógico nas escolas. Ela passou a conviver com situações adversas para acompanhar todo o processo
didático-pedagógico. No entanto, algumas escolas seguiram incluindo em seus quadros profissionais
qualificados nas funções específicas de orientador educacional e supervisor para dar conta do cenário
educacional atual ligando escola-comunidade-família e sociedade na participação dos membros da equipe
escolar.
O quadro abaixo apresenta a concepção sócio-histórica de um coordenador pedagógico com suas devidas
funções no contexto escolar.
Psicopedagogo
O psicopedagogo não aparece por acaso nas escolas. A partir de muitos casos na década de 1970 de
diagnósticos médicos de dificuldades de aprendizagem atribuídas a uma disfunção cerebral mínima (DCM),
o Brasil passou a valorizar esse profissional como aquele que poderá resolver mais esse desafio.
No entanto, seguindo os modelos de intervenção médica, o psicopedagogo passou a virar moda mais no
final dos anos 1980-1990. Esses profissionais, em consultórios, com ajuda de psicólogos, passavam a
atender alunos com tais dificuldades tentando dar uma resposta às famílias e escolas.
Essaintervenção se propagou nesse período, servindo para camuflar problemas sociopedagógicos (BOSSA,
2000, p. 48-49). Ou seja, houve muitas controvérsias no aparecimento desse profissional. Intencionalmente
ou não, tal profissional também aparece como uma tentativa ao retorno de atendimentos individualizados
dos alunos sem a concepção sócio-histórica tão forte na época.
Precisamente de acordo com as pesquisas cognitivas e, ainda, de acordo com o professor argentino Jorge
Visca (apud BOSSA, 2000, p. 21), a psicopedagogia foi inicialmente uma ação auxiliada por médicos e
psicólogos tornando-se mais independente posteriormente. Seus conhecimentos foram se aprimorando e
passaram a ter como objeto de estudo o processo de aprendizagem, formulando diagnósticos de
intervenção e de recursos para corrigir o que foi detectado ou prevenir situações nas aprendizagens
escolares de alunos com dificuldades diagnosticadas por médicos e outros profissionais.
Saiba mais
O curso de psicopedagogia clínica e institucional acontece em nível de pós-graduação lato sensu. Também
existe a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), que orienta o caminhar desses profissionais por
meio de textos e pesquisas divulgadas em encontros e congressos da área. E, assim, o psicopedagogo foi
se consolidando junto à equipe escolar e se tornando fundamental, seja em atendimento em clínicas ou nas
instituições.
Psicólogo escolar
Embora a relação da Psicologia com a educação não pertença somente ao século vinte, a partir da década
de 1930 ela se consolida no Brasil. Sua intervenção ainda clínica e sobre o trabalho de organização do
trabalho em diferentes empresas é considerada tradicional. Nas instituições escolares, possuía a tônica de
serviços de orientação infantil e tinha também a finalidade de, além de atender a crianças com dificuldades
de aprendizagem, a orientação profissional, além, é claro, de outras ações educacionais, no campo do
trabalho.
Simultaneamente, os cursos superiores de Psicologia se entrelaçavam com os cursos de Filosofia e
Pedagogia e passavam a ter a denominação de psicologia educacional.
Nos anos 1960, com a regulamentação da profissão de psicólogo e o estabelecimento de cursos
específicos para sua formação, abriu-se o campo da Psicologia nas escolas e em clínicas. Apesar do
estreitamento da Psicologia com o campo educacional, os profissionais formados em Psicologia nesse
período preferiam a psicologia clínica atuando em consultórios ou na parte relacional de organização do
trabalho.
Ou seja, o conhecimento psicológico foi aliado à Pedagogia e à prática dos educadores. Muitos psicólogos
em sua atuação como psicólogo escolar adotavam um modelo cada vez mais clínico-terapêutico e, assim,
adotavam uma forma de agir mais na dimensão individual do educando, para atingir de forma terapêutica os
problemas de aprendizagem ou outros distúrbios.
Embora os psicólogos escolares não tenham sido reconhecidos pelas leis
educacionais (LDB) como profissionais importantes na ação própria da educação,
sua prática sempre foi refletida e pautada na instituição escolar, atendendo às
demandas da realidade do cotidiano escolar.
Se observarmos as histórias das instituições escolares no Brasil, podemos sinalizar interesses entrelaçados
entre psicologia, educação e sociedade. Com controvérsias ou não, a compreensão do processo
educacional como um direito democrático torna a psicologia escolar, segundo Antunes (2008, p. 475), um
campo de “compromisso que define e determina as perspectivas que estão postas para essa área de
conhecimento para uma escola que atende a todos, independentemente de sua classe social”. Nesse
sentido, a psicologia escolar evoluiu consideravelmente no Brasil.
A presença da equipe pedagógica nas escolas
A primeira coisa que devemos registrar é que a força mobilizadora do que se considera pedagógico reflete
sobre a presença da equipe pedagógica. Assim, mais uma vez deixamos claro que, dependendo da
concepção de educação que esteja registrada no projeto político-pedagógico oficial e o praticado, a equipe
pedagógica terá uma composição. Ou seja, essa discussão é imprescindível para o entendimento de que
essa equipe não está dissociada da totalidade do contexto educacional em que se está mergulhado para
atender às necessidades da realidade do processo de ensino-aprendizagem.
No contexto atual da educação brasileira, com as variadas tendências de objetivos e políticas de controle do
currículo, a composição da própria equipe pedagógica parece determinada ou generalizada sem
preocupação com a pluralidade de saberes integrados para desconstruir o colonialismo da educação no
cotidiano das escolas para uma justiça cognitiva.
Por meio dessas considerações abordadas, um trabalho coletivo integrado e preocupado em valorizar os
diferentes saberes em busca da justiça cognitiva contrapõe-se à “verdade absoluta”, apresentando quem
deve compor o quadro “hierárquico” da escola.
Atividade re�exiva
Diante dos conflitos biopsicossociais que acirram a luta da organização da gestão pedagógica presente no
cotidiano das escolas, reflita:
Afinal, o que é, quem é e o que faz uma equipe pedagógica?

Digite sua resposta aqui
Exibir Solução
Quando as escolas passaram a pensar de forma dialética os comportamentos e evidenciar as divergências
entre os vários membros do grupo que trabalhavam na escola, passou-se a reorganizar o trabalho
pedagógico delas. Isso se tornou possível com a necessidade de se juntar diversos profissionais
qualificados ao grupo de professores igualmente compromissados com a educação para todos. Com
encontros entre docentes e a equipe técnico-pedagógica, formada inicialmente por pedagogos (Orientação
Educacional/supervisores) e, depois, com coordenadores pedagógicos, psicopedagogos e psicólogos,
passou-se a gerir as ações pedagógicas a partir de uma equipe multidisciplinar.
Essa equipe pedagógica, exercendo um papel de liderança, passou a ser responsável pela coordenação das
ações didático-psicopedagógicas das práticas cotidianas do trabalho escolar. Ou seja, a equipe pedagógica
coordena e ajuda a escola a desempenhar melhor o seu processo de ensino-aprendizagem oferecido e que
atenda de fato aos alunos e às necessidades detectadas.
Ela atende aos pais e profissionais da escola orientando para um melhor aproveitamento das atividades
escolares e organiza, por meio de um trabalho multidisciplinar, participativo e democrático, as diversas
reuniões e encontros com as ações necessárias para atender à realidade de cada unidade escolar e a todos
que a frequentam.
A equipe pedagógica e sua composição
A equipe pedagógica possui a perspectiva de acreditar que a consolidação do trabalho do pedagogo possui
uma ordem intelectual, mas não o situa em ordem de superioridade, pois sua ação sempre deve ser objeto
de reflexão, visto que pode possuir lacunas graves em sua formação e pode se tornar mero executor de
ações pensadas por outros, alheios aos espaços decisórios e de produção do conhecimento do cotidiano
escolar.
Atenção!
É importante ressaltar que, ao nos referirmos às práticas da equipe pedagógica, incluímos a dinamização a
partir da necessidade de cada realidade educativa ou do grupo. E, para tanto, realizar encontros, seminários,
reuniões, momentos de formação e avaliações constantes ajuda na consciência de um trabalho educacional
que se consolida a partir e em função da prática cotidiana dos professores e alunos.
Pro�ssionais que compõem a equipe pedagógica
A equipe pedagógica é composta por:
Diretora pedagógica;
Coordenadora de ensino;
Orientadora educacional;
Psicopedagoga;
Psicóloga.
Algumas escolas colocam ou colocavam o coordenador de turno e o coordenador de disciplina como parte
da equipe pedagógica.
Esses profissionais, em sua maioria, foram extintos a partir das pesquisas sobre gestão escolar ou mesmo
com as discussões da educação para a autonomia dos alunos.
Cada um desses profissionais e todos eles se mobilizam e movimentamaqueles que trabalham nas escolas
no sentido de responder:
Coordenador de turno
Coordenador de turno é ou era o profissional que administra(va) os horários dos professores e turmas em
cada turno das escolas. Mas muitos também faziam um papel disciplinar dos alunos. E o coordenador
disciplinar passou também a ser considerado apenas um inspetor de alunos. Este tinha a função de verificar
rigorosamente se o aluno estava agindo conforme as determinações do estabelecimento.


Quem somos?

O que fazemos?

Com quem fazemos?

O que pretendemos?
Essa reflexão coletiva sobre a prática de cada um contribuirá para o aprimoramento do letivo da escola que
caberá fazer as sínteses provisórias e socializar os avanços realizados. Assim, as diferenças de cada
profissional e a diversidade de cada pessoa vai para a tessitura coletiva da identidade de cada um. Cada
experiência será situada no contexto e formação de cada profissional.
Assim, uma nova concepção do trabalho pedagógico resulta em ações únicas para atender cada realidade
educacional do universo escolar. Essa equipe tem como ponto de partida e ponto de chegada a realidade de
dentro e fora da própria equipe pedagógica ou da escola. E, ainda, coletivamente, ela possibilita, reconhece e
explicita a ecologia de saberes (SANTOS, 2006) mais próxima da coerência vivida sem desvalorizar a
pluralidade de saberes no mundo. Ou seja, uma equipe que valoriza todos os conhecimentos, e não somente
os autorizados a serem desenvolvidos nas diferentes propostas curriculares. Saberes que também são
emanados da comunidade escolar.
Essa equipe, de uma forma integrada, possibilita que a multiplicidade de conhecimentos existentes seja
trabalhada com justiça. Faz emergir constantemente novos saberes sem valorizar mais um do que o outro.
E isso começa a partir da própria equipe. Afinal, a primeira ruptura epistemológica trata-se da oposição
radical entre ciência e senso comum.
E, ao romper com essa dualidade no cotidiano das escolas, poderá nos levar à segunda ruptura
epistemológica que Boaventura de Sousa Santos nos lembra: o movimento ecologicamente dos saberes.
É pensar que existe um conjunto de saberes que partem de diferentes práticas sociais de conhecimento
e seus impactos noutras práticas de saberes diversos, desenhados não somente pela hegemonia
científica do norte colonial, patriarcal e capitalista (SANTOS, 2013). Desse modo, as práticas dessa
equipe não são neutras e muito menos as determinações da existência de redes de conhecimentos e
subjetividades que atuam no mundo da educação.
Dessa forma, essa equipe comprometida com a realidade educacional e mais próxima do diagnóstico da
escola fará a mediação das mudanças necessárias voltadas para cada situação que a desafia. Enveredar
pelo caminho dos porquês para colocar em prática o pesquisador do cotidiano que está em cada membro
da equipe em busca da democratização e, assim, a busca da justiça dos conhecimentos escolares para
todos/todas/todxs. Tudo por meio da cooperação, interações e das negociações no cotidiano da equipe
pedagógica.
O fazer de uma equipe pedagógica
O fazer da equipe pedagógica tem como objetivo responder às exigências diagnosticadas na realidade. Os
esforços por meio do movimento de:
Esse caminho dialógico faz renascer uma prática que possa contribuir significativamente com o trabalho
educativo transformador a partir da realidade das escolas. Para tanto, essa equipe, de forma
multidisciplinar, deverá ter como foco o projeto político-pedagógico da escola e o atendimento da
comunidade escolar em suas necessidades. A equipe vai priorizar sua ação na direção do trabalho
individual e coletivo ao tratar dos desafios do ensino-aprendizagem.
Agora, veremos dois tipos de atuação dessa equipe: uma em escolas com o projeto político-pedagógico já
confeccionado e devidamente registrado e outra situação em que a equipe terá que planejar esse projeto
com toda a comunidade escolar.
A seguir, falaremos mais dessas duas realidades:
Atuação da equipe pedagógica em escolas com o projeto político-pedagógico elaborado
No início do ano letivo, de posse do projeto político-pedagógico da instituição e atendendo à
disponibilidade de cada grupo de professores, a equipe pedagógica disponibiliza o diagnóstico dos alunos
e comunidade escolar, por meio de encontros com todos os profissionais que atuam na escola, pais e
entorno por meio das associações comunitárias existentes. Assim, essa equipe traçará seus planos de
ação e ajudará a comunidade escolar a elaborar as estratégias para se conseguir atingir os objetivos e
metas elaboradas pela instituição.
Atuação da equipe pedagógica em escolas sem o projeto político-pedagógico
A equipe pedagógica deverá elaborar, acompanhar e avaliar, de forma coletiva e participativa, com a
comunidade educativa, o projeto político-pedagógico da escola. O PPP deve ser constantemente
revisitado e reestruturado de maneira coletiva. Neste sentido é um processo cíclico, possibilitando o
desenvolvimento da instituição com práticas e ações a partir do apontamento de seu diagnóstico e metas
traçadas, montando estratégias de ação que atendam à realidade, acompanhando o seu desenvolvimento
e avaliando anualmente seus resultados.
Atuação cotidiana de uma equipe pedagógica
Por meio das trocas constantes, entre os seus pares e, ainda, partindo das críticas de cada um, surge uma
atuação necessária para considerar os múltiplos olhares desses profissionais que compõem a tessitura do
trabalho educacional participativo e democrático de cada unidade escolar. Assim, os diferentes
profissionais com múltiplas concepções acadêmicas vão lendo o mundo que os cerca e passam a se
comprometer com uma educação democrática. Passam a tecer uma equipe que se dedica a pensar o aluno,
sua realidade, sua comunidade dentro e fora das escolas, que reflete sobre as práticas escolares, que
planeja sua atuação de forma participativa e coletivamente, que promove ações significativas para
conseguir os objetivos propostos na instituição em que trabalha.
A partir do entendimento de que a escola, ao cumprir seu papel, consegue com eficiência transmitir os
conhecimentos necessários para facilitar ao aluno sua compreensão do mundo, com a perspectiva de
transformá-lo, a equipe pedagógica assume uma função política ultrapassando os limites da escola e se
envolve com a comunidade.
Ou seja, o papel que uma equipe pedagógica desenvolve é de uma pesquisa no cotidiano do seu trabalho
para contribuir como educadores compromissados com a transformação social.
Assim, a abrangência multidisciplinar da equipe pedagógica vai desenhando o fazer de cada especificidade
profissional.
Vejamos algumas dessas abrangências:
Atuar individualmente e coletivamente junto aos pais;
Promover a articulação entre teoria e prática definindo estratégias da ação;
Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem decorrente duma atividade de formação;
Planejar participativamente;
Promover ações com projetos;
Promover ações desenvolvidas com a equipe pedagógica;
Atuar na supervisão de estágios;
Promover ações com metodologias de acordo com o projeto pedagógico da escola;
Usar e propiciar os diferentes usos das ferramentas tecnológicas.
Diretoria pedagógica 
Atuar individualmente e coletivamente junto aos pais;
Promover a articulação entre teoria e prática definindo estratégias da ação;
Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem decorrente duma atividade de formação;
Atuar individualmente junto aos alunos;
Planejar participativamente;
Promover ações com projetos;
Promover ações desenvolvidas com a equipe pedagógica;
Promover oficinas;
Intervir em situações de sala de aula;
Realizar encaminhamentos dos alunos;
Supervisionar estágios;
Pesquisar, analisar e estabelecer ações a partir das histórias e narrativas dos alunos, pais e
professores;
Coordenar, acompanhar e participar dos conselhos de classe;
Promover ações com metodologias de acordo com o projeto pedagógicoda escola;
Usar e propiciar os diferentes usos das ferramentas tecnológicas.
Atuar individualmente e coletivamente junto aos pais;
Promover a articulação entre teoria e prática definindo;
Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem decorrente duma atividade de formação;
Atuar individualmente junto aos alunos;
Planejar participativamente;
Promover ações com projetos;
Promover ações desenvolvidas com a equipe pedagógica;
Promover oficinas;
Intervir em situações de sala de aula;
Realizar de encaminhamentos dos alunos;
Coordenar a orientação profissional dos estudantes;
Supervisionar estágios;
Emitir pareceres;
Acompanhar os alunos encaminhados por diferentes motivos;
Pesquisar, analisar e estabelecer ações a partir das histórias e narrativas dos alunos, pais e
Coordenação de ensino 
Orientação educacional 
professores;
Coordenar, acompanhar e participar dos conselhos de classe;
Promover ações com metodologias de acordo com o projeto pedagógico da escola;
Usar e propiciar os diferentes usos das ferramentas tecnológicas.
Atuar individualmente e coletivamente junto aos pais;
Promover a articulação entre teoria e prática definindo;
Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem decorrente duma atividade de formação;
Atuar individualmente junto aos alunos;
Planejar participativamente;
Promover ações com projetos;
Promover ações desenvolvidas com a equipe pedagógica;
Promover oficinas;
Intervir em situações de sala de aula;
Realizar de encaminhamentos dos alunos;
Coordenar a orientação profissional dos estudantes;
Supervisionar estágios;
Emitir pareceres;
Acompanhar os alunos encaminhados por diferentes motivos;
Pesquisar, analisar e estabelecer ações a partir das histórias e narrativas dos alunos, pais e
professores;
Coordenar, acompanhar e participar dos conselhos de classe;
Promover ações com metodologias de acordo com o projeto pedagógico da escola;
Usar e propiciar os diferentes usos das ferramentas tecnológicas.
Atuar individualmente e coletivamente junto aos pais;
Promover a articulação entre teoria e prática definindo estratégias da ação;
Acompanhar o processo de ensino e aprendizagem decorrente duma atividade de formação;
Atuar individualmente junto aos alunos;
Planejar participativamente;
Promover ações com projetos;
Promover ações desenvolvidas com a equipe pedagógica;
Psicopedagogia 
Psicologia 
Promover oficinas;
Intervir em situações de sala de aula;
Realizar encaminhamentos dos alunos;
Coordenar a orientação profissional dos estudantes;
Supervisionar estágios;
Emitir pareceres;
Acompanhar os alunos encaminhados por diferentes motivos;
Pesquisar, analisar e estabelecer ações a partir das histórias e narrativas dos alunos, pais e
professores;
Coordenar, acompanhar e participar dos conselhos de classe;
Promover ações com metodologias de acordo com o projeto pedagógico da escola;
Usar e propiciar os diferentes usos das ferramentas tecnológicas.
Resumindo
Essas considerações a respeito da equipe pedagógica com enfoque multidisciplinar e algumas de suas
práticas na atuação cotidiana das escolas estão relacionadas às condições ideais de uma escola que
atende à educação como direito de todos. No entanto, os desafios da realidade educacional no Brasil nos
convidam a refletir sobre as escolas que estão no contexto brasileiro e os seus principais desafios. A efetiva
atuação de uma equipe pedagógica vai depender do ponto de vista e a vista de um ponto a partir das reais
necessidades diagnosticadas no/do/com o cenário atual.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
A equipe pedagógica e sua composição (parte 1).
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
A equipe pedagógica e sua composição (parte 2).

Todos
Módulo 1 - Video
Entre a teoria e a prática
Módulo 2 - Video
Uma breve história dos trabalhadores da escola
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
Questão 1
A relação entre educação e trabalho nunca recebeu a atenção devida dos educadores que viam como
função social da escola a formação geral, humanista, completamente desligada de qualquer preocupação
prática, instrumental, econômica e sócio-histórica com o contexto vivido. Assim, sem qualquer vínculo com
uma atuação multidisciplinar, o trabalho pedagógico era determinado por somente alguns poucos
profissionais nas escolas. Dessa forma, as novas formas de organização do trabalho para atender às
demandas educacionais geraram:
A
Uma procura por diferentes especializações para compor uma equipe pedagógica
multidisciplinar.
B Uma análise da formação docente intensificando o trabalho coletivo.
C
A presença de uma equipe pedagógica com orientador educacional, coordenador
pedagógico, psicopedagogo e professores.
D
A organização de uma equipe pedagógica centralizadora de ações do processo de ensino-
aprendizagem.
E
A preocupação com uma gestão mais democrática na articulação dos diferentes
profissionais envolvidos no processo de ensinar e aprender no cotidiano das equipes
pedagógicas.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Entender a composição e atuação de uma equipe pedagógica necessita igualmente perceber que
tipo de gestão está se configurando para se forjar uma equipe pedagógica multidisciplinar. Assim,
uma equipe pedagógica com enfoque multidisciplinar está relacionada ao trabalho coletivo, a
valorização dos diferentes profissionais e a atuações inovadoras a partir das reais necessidades
diagnosticadas.
Questão 2
Uma equipe pedagógica multidisciplinar geralmente é formada por diferentes profissionais. Marque a opção
que é fundamental em sua ação cotidiana nas escolas:
A
Observar a história dos diferentes profissionais da equipe pedagógica para definir sua
atuação.
B
Observar as ações do processo pedagógico que envolve o planejamento e
desenvolvimento de práticas de avaliação constante
C
Observar as referências teórico-práticas que podem auxiliar as decisões didático-
pedagógicas.
D
Observar as diferentes realidades escolares para, dentro do possível, organizar os
profissionais necessários para a composição e atuação de uma equipe pedagógica
3 - Principais desa�os da equipe pedagógica em
diversas escolas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de discriminar de forma crítica os principais desa�os
da equipe pedagógica nas realidades das escolas.
E
Observar os recursos disponibilizados na escola que podem ajudar na organização de
eventos com a presença e atuação da equipe pedagógica.
Parabéns! A alternativa D está correta.
No contexto brasileiro, as realidades das escolas são múltiplas e complexas. Os desafios nos
convidam a refletir sobre as escolas reais, e não somente as ideais. Portanto, a efetiva
composição de uma equipe pedagógica multidisciplinar vai depender da realidade da escola, e
não somente dos profissionais necessários.

Para início de conversa
A pluralidade que se faz presente na vida cotidiana foi tecida social e historicamente. Para manter a
coerência nas múltiplas ações de uma equipe pedagógica multidisciplinar, necessitamos identificar e
analisar alguns dos desafios que a sociedade reserva no cotidiano de seu projeto educacional.
Apresentamos aqui algumas reflexões que nos têm acompanhado por meio dos muitos referenciais teórico-
metodológico-epistemológicos usados e das práticas cotidianas dessas equipes em diferentes escolas.
Assim, as primeiras indagações que podemos fazer são:

De que escola estamos falando?

A que equipe pedagógica estamos nos referindo?
Infelizmente, algumas escolas ainda são oriundas de dívidas históricas que permanecem até hoje. Sendo
assim, a organização de uma gestão e a composição de uma equipe escolar pode ser diferenciada no
pluralismo cultural das escolas de nosso país. Ou seja, são plurais os contextos das escolas, são múltiplas
as equipes pedagógicas e, em alguns casos,a comunidade escolar só é formada de professores, alunos e
alguns familiares.
Não há uma equipe escolar igual em todas as escolas. E algumas são compostas no que é
possível em cada realidade.
As imagens que se apresentam no texto podem ilustrar a concretude de nosso “olhar” sobre as realidades
das escolas e da equipe pedagógica multidisciplinar composta em cada realidade.
Além da constatação de que existem várias escolas e, com elas, diferentes equipes pedagógicas. Alguns
desafios também estão relacionados à globalização da economia, às informações de maneira rápida e
virtual, ao multiculturalismo, à interdisciplinaridade etc. Mas, hoje, esses desafios foram se ampliando e
chegamos ao racismo estrutural; ao feminicídio; à evasão escolar se ampliando; às múltiplas formas de ser
família; aos desafios da Internet; às falsas informações disseminadas (fake news) provocando a
instabilidade do que é falso ou verdadeiro; aos problemas ecológicos; à pandemia; à reformulação do
trabalho; às guerras virtuais; aos refugiados; à desestabilização da democracia em diferentes partes do
mundo; aos diferentes tipos de violências; ao acesso ao mundo digital, ao analfabetismo em diferentes
instâncias; à solidão etc.
Nesse contexto, a educação escolar, ao lidar com o conhecimento e a comunidade escolar, encontra-se em
um labirinto que necessita atualizar a discussão de sua prática pedagógica.
A compreensão do papel das escolas também se torna desafio na contemporaneidade. Afinal, essa escola
da qual nos referimos não é mais entendida como transmissão de conteúdos prontos, mas sim a de
formação de pessoas cidadãs autônomas e capazes de entender a realidade em que vivem.
Observarmos a ação pedagógica como um ato eminentemente humano torna-se
fundamental em cada uma dessas escolas. E, sendo humano, é possível acertar ou
errar em suas práticas a partir do que a humanidade tem acesso, vivencia ou
(re)constrói.
Nesse modo de entender as práticas cotidianas da equipe escolar, podemos dizer que o espaço-tempo
escolar possui processos de organização que dominam o seu cotidiano que necessitarão refletir as ações
dos profissionais envolvidos para novas práticas.
Atividade re�exiva
Levando em consideração o que viu até aqui e suas vivências, reflita e liste três dificuldades que você
acredita que uma equipe pedagógica pode enfrentar.
Digite sua resposta aqui
Exibir Solução
Alguns desa�os da equipe pedagógica multidisciplinar
As crianças ainda devem ir às escolas?
Uma das múltiplas respostas a essa pergunta está relacionada à discussão que ultimamente toma o

cenário brasileiro:
Ensinar em casa ou “ensino domiciliar”
O grande filosofo Immanuel Kant (1996), na sua reflexão sobre a educação, evidencia que devemos enviar
as crianças para a escola sem a intenção de aprender algo, mas para essas crianças permanecerem
tranquilas obedecendo o sentar e observar pontualmente o que lhes ordenam (p. 16). Ou seja, se
considerarmos a escola atual como a instituição que se preocupa com a formalização de se manter a
disciplina das crianças que vivem no “caos” da violência e tantos outros problemas sociais, isso denota um
papel da escola de educar para a “civilização” das pessoas. Porém, essa forma de pensar kantiana abre
outras questões humanistas e éticas da disciplinarização. Desse modo, a equipe escolar terá como possível
grande desafio o eixo dos corpos presentes na escola e o eixo dos saberes a serem ensinados.
Além disso, muitos pais acreditam dar conta de ensinar os filhos a partir de suas concepções do que
consideram saberes necessários para o desenvolvimento das crianças de hoje. Surge, então, uma vigilância
dos corpos não mais somente pela escola, mas também pelos familiares.
Para entendermos o ensino domiciliar, como vem sendo chamado no Brasil, no qual as famílias optam por
ensinar seus filhos em casa, precisamos também entender o que as famílias desejam para seus filhos. Esse
ensino ganha força atualmente, no entanto, essa concepção gera também muita polêmica, porque em
muitos depoimentos de pais, eles dizem, em especial os pais com escolarização de nível superior, querer
poupar seus filhos de ameaças de violência, bullying, assédio ou não concordarem com o que as escolas
desenvolvem em seus currículos. Essa questão chegou aos tribunais e não se consolidou no Brasil.
É importante perceber que não vivemos isolados e as equipes pedagógicas necessitam discutir a prática do
processo educacional no cotidiano das escolas para garantir ensinamentos que vão além dos conteúdos e
que também se baseiam na convivência entre as pessoas. Esses ensinamentos perpassam por todos os
níveis e ajudam na colaboração, e não somente na competição individual que o mercado sugere para se ser
bem-sucedido.
Ensino domiciliar
Conhecido no exterior como homeschooling.
Atenção!
Aprender a lidar com os diferentes em todo e qualquer lugar, e não somente no espaço escolar, é papel da
equipe pedagógica multidisciplinar, para fortalecer a concepção de que o espaço-tempo escolar é
comunitário e necessário.
Ensino remoto ou EaD
Outro desafio das equipes pedagógicas multidisciplinares é a antecipação da força que o ensino remoto
apresenta na realidade atual.
A tecnologia digital tem possibilitado muitas modalidades de ensino. Há algum tempo esse universo
permite a veiculação e acesso a textos, cursos e outras possibilidades do ensinar-aprender. Toda a
sofisticação tecnológica eletrônica de ensino se intensificou durante a pandemia. Toda a comunidade
escolar teve que se adaptar e aprender a estreitar o futuro e alargar o presente (SANTOS, 2013). As aulas
sem alunos presenciais em diferentes níveis de ensino tornaram-se um grande processo de estudo das
equipes pedagógicas das escolas. De alguma forma, essas equipes estiveram “entrelugares” investigando o
modo de constituir um novo que foi antecipado pela necessidade de distanciamento físico e social.
Temos como primeiros resultados das ações propostas para essa modalidade de intervenção os seguintes
exemplos:

Reformular os planejamentos e as formas de ensinar.


A não presença dos alunos nas aulas virtuais.

As orientações aos familiares sobre as tarefas escolares.

A intervenção nos bullyings cibernéticos.

Todos querendo falar ao mesmo tempo.

Os microfones e câmeras ligados observando a rotina familiar.

As brigas entre irmãos presentes no mesmo espaço.

A falta de conexão com a Internet e tantos outros
Ao mesmo tempo que assimilamos esses desafios, a equipe pedagógica também experimentava,
virtualmente, esses movimentos entre os pares. Ou seja, não se tratava apenas de desafios entre alunos-
professores e familiares, mas da própria equipe pedagógica.
Os dispositivos pedagógicos do ensino remoto, uma expressão que se refere aos
modos nos quais a Internet atua na relação ensino-aprendizagem das pessoas,
vieram para ficar e ainda desafiarão muito mais depois dos isolamentos físicos e
sociais impostos. No entanto, estamos vivendo um processo híbrido e os desafios
continuarão.
O conhecimento não “pedagogizado”
Ao considerar que fora das escolas também se tem e se tece variados conhecimentos, a escola não pode
ser considerada a única que detém os saberes da humanidade. Desse modo, é preciso reconhecer que
alguns são aprendidos e ensinados fora da escola e em qualquer idade iremos aprender e ensinar como a
imagem que ilustra as crianças em casa ensinando a utilizar aplicativos de jogos no celular.
As brincadeiras dos mais velhos observadas pelos mais novos, a criança que está nos sinais de trânsito
vendendo algo, tudo isso é conhecimento aprendido e ensinado.
No entanto, não são “pedagogizados” ou levados em conta no espaço escolar.
Desse modo, esses “Currículos Praticados” (OLIVEIRA, 2008) fora das escolas necessitam ser
categorizados pela equipe pedagógica e estabelecer ações inclusivas, a fim de propiciar uma educação
mais de acordo com a realidade dos alunos. Ou seja, valorizá-los sem, contudo, torná-losconteúdos
formalizados.
Nas três imagens a seguir, podemos verificar conhecidas situações que nos ajudam a entender que o
aprender e ensinar em espaços não formais não acontecem somente com os alunos que estão em espaços
organizados pedagogicamente. Isso acontece simultaneamente com toda a equipe pedagógica.
E, assim, essa equipe consciente de seu compromisso em valorizar os diferentes conhecimentos de seus
membros poderá discutir e solucionar questões desafiadoras nas escolas.
O multiculturalismo e o estruturalismo de suas questões
Os processos educativos, nos dias de hoje, que estejam desvinculados do contexto de experiências das
questões culturais da sociedade estão profundamente equivocados. No entanto, as equipes pedagógicas
parecem ter que ficar atentas ao que a comunidade escolar compreende como consciência dos processos
de cruzamento de culturas e a desnaturalização da visão de negação e silenciamento de injustiças sociais
históricas que estão dentro das escolas. Ou seja, exercitar a tomada de consciência da formação de
identidades culturais que respeitem as diferenças e as diversidades.
Mas isso não é fácil! Por isso, assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre o multiculturalismo.
De�nição de multiculturalismo
A seguir, veja a exposição do conceito e sua aplicação no ambiente da escola e como profissionais o
transformam.
É importante ver como as diferentes linguagens e expressões culturais estão presentes e são produzidas ou

estruturadas nas escolas. Perceber e discutir para agir em relação às relações das questões étnico-raciais,
de gênero, sociais, necessidades especiais, religiosas e tantas outras diferenças.
As relações entre as culturas e o cotidiano escolar parecem ainda ser um grande desafio. Isso não quer
dizer que se almeje impor uma verdade absoluta sobre o assunto. Ou seja, a semente de discussões a partir
do que se apresenta na realidade das escolas. Cabe à equipe pedagógica, de forma multidisciplinar, elucidar
discussões, estudos e pesquisas que abordem o fazer pensar sobre a impossibilidade de separar nossa vida
e as mazelas estruturais de culturas dominantes.
Re�orestamento da escola
As questões da educação ambiental já constituem uma discussão que está no cotidiano das escolas. Não é
de hoje que as equipes pedagógicas auxiliam no processo pedagógico observando as ações ambientais nos
projetos políticos pedagógicos. No entanto, essa questão ainda é um desafio. Isso porque, em um contexto
global que ainda não possui políticas públicas de preservação ambiental distanciadas do consumo
exagerado, do agronegócio e da pirataria dos bens naturais, fica impossível veicular de fato uma ação
educativa na formação de uma consciência ambiental. Portanto, a banalização das queimadas, da morte de
animais das florestas, do comércio ilegal da terra e da madeira que entra em nossa casa diariamente faz
“virtualizar” ou “naturalizar” a realidade. As escolas acabam teorizando as questões ambientais e
necessitando “reflorestar” os espaços e as pessoas em formação.
Nesse sentido, “reflorestar” as escolas significa identificar os problemas
ambientais no cotidiano, produzir pequenas ações concretas e abrir as discussões
fazendo relação entre o local e o global. Desnaturalizando as questões ambientais
e trazendo ações possíveis para uma consciência ambiental.
P t t t õ i i t l ã l d á
Para tanto, as representações sociais presentes nas escolas serão reveladas e o que se pensa aparecerá
mais visível. Dessa forma, a equipe pedagógica poderá agir recorrendo a representações que formarão no
aqui e agora pessoas mais atuantes no (re)florestamento do mundo em chamas. E, ainda, ajudará para
romper um pouco com a desconstrução da banalização das questões ambientais nos ambientes escolares,
confrontando-a com as legislações ambientais vigentes. Ou mudando a nossa concepção de lutar para a
preservação ambiental.
Descentralização da gestão
A centralização de decisões, a importância dada às determinações das instituições educacionais em
detrimento de uma gestão descentralizada das ações e práticas sem competições internas, também é um
desafio na noção de multidisciplinaridade.
Atenção!
Não faz parte de uma equipe na qual se exerce uma gestão centralizadora a preocupação com uma reflexão
coletiva de seus profissionais sobre as práticas cotidianas. E, se a realiza, parece não ser compatível a
distribuição equitativa de atribuições.
As contribuições de cada um dos profissionais necessitam ser partilhadas com todos, para que realmente a
abordagem, com suas especificidades, possa trazer subsídios para a ajuda necessária nas múltiplas
situações. Do contrário, os participantes da equipe pedagógica deixam a concepção multidisciplinar
participativa para uma dimensão autoritária e hierárquica.
Portanto, essa preocupação de descentralizar a gestão para que os conhecimentos avancem sem
polarizações ou hierarquias será eminentemente um grande desafio de uma equipe pedagógica
multidisciplinar.
Di�culdades de aprendizagens
Pensar uma equipe multidisciplinar leva-nos necessariamente a pensar as dificuldades de aprendizagens
apresentadas pelos alunos e as indicadas pela comunidade educativa. Toda a comunidade escolar e a
equipe pedagógica se vê desafiada a responder com precisão as demandas visibilizadas e a organização
das práticas escolares a partir dessas indicações e dos resultados observados do processo de ensino-
aprendizagem.
As expectativas durante o percurso do processo pedagógico provocam discursos variados em torno das
dificuldades das aprendizagens nas escolas. Assim, uma equipe multidisciplinar terá que estar atenta aos
processos da aprendizagem no cotidiano das escolas, e não somente a cada exame ou prova aplicada.
Desse modo, podemos destacar algumas das muitas nuances que impedem o aprendizado dos alunos. Veja
a aseguir:
a avaliação;
as críticas aos alunos com déficit de atenção;
a dinâmica adotada na sala de aula;
o abandono das famílias no processo de auxílio ao ensinar-aprender;
as dificuldades físicas e emocionais de cada aluno;
a violência sofrida;
as condições das escolas.
Nesse sentido, abandonar a ideia de que a dificuldade de aprendizagem é só do aluno e analisar o processo
que limitou as expectativas da instituição é papel da equipe pedagógica multidisciplinar. Afinal, as novas
perspectivas teórico-metodológicas apresentam que nossas aprendizagens se dão também em tempos e
modos diferentes.
Cabe à equipe pedagógica multidisciplinar avaliar cada caso e agir de acordo com a
especi�cidade.
A busca do desejo de aprender a aprender de todos para conseguir superar a dificuldade de aprendizagem a
partir de uma atitude pesquisadora do processo das ações escolares é a sua grande tarefa. A partir dos
resultados da pesquisa e sua análise, a equipe realizará relatórios e possíveis encaminhamentos aos peritos
para as intervenções. Enfim, o acompanhamento desses e de outros desafios, suas imbricações, deverá ser
objeto de estudo da equipe pedagógica na lógica multidisciplinar.

Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Alguns desa�os da equipe pedagógica multidisciplinar (parte 1).
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Alguns desa�os da equipe pedagógica multidisciplinar (parte 2).
Todos
Módulo 1 - Video
Entre a teoria e a prática
Módulo 2 - Video
Uma breve história dos trabalhadores da escola
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

 Todos Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 
Questão 1
A herança utilitária de nossa cultura ocidental é uma marca forte de nosso tempo. A consciência ecológica
pode nos ensinar a vencer isolamentos, e faz emergir a responsabilidade para com a redefinição do nosso
agir no aqui e agora de nossas realidades. Nessa perspectiva, o agir de uma equipe pedagógica
multidisciplinar tem como um de seus desafios:
A
Discutir a prática do processoeducacional no cotidiano das escolas para garantir
ensinamentos de uma educação ambiental.
B
Selecionar conteúdos adequados para minimizar as dificuldades de aprendizagens
ambientais.
C
Estabelecer ações com mais convivência entre as pessoas e aprender a cuidar do homem
e do mundo no cotidiano das escolas para ultrapassar seus muros.
D
Ajuda e colaboração com ações no micro ecossistema para atingir o macro ecossistema
ambiental.
E
Reflorestar as escolas com árvores e plantas para garantir que as florestas sejam
preservadas.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A consciência ecológica é uma esperança de restauração de nossa natureza dialógica com o
outro. Entendendo esse outro como os humanos e não humanos viventes no planeta. Vale notar
que essa consciência não está vinculada somente ao ambiente distante das pessoas, mas às
pessoas inseridas em seu ambiente e vice-versa. Portanto, um dos desafios de uma equipe
multidisciplinar está em tornar as ações propostas em um projeto político-pedagógico de
cuidado, atenção, respeito, consumo consciente e um fazer dentro da escola que estimule
posturas fora da escola.
Questão 2
Reconhecer a cor de cada pele, as diferenças de gênero, a falta de cuidado e atenção com os portadores de
deficiência, as diferenças de classe, religião, culturais e sociais provoca violências de várias espécies no
cotidiano das escolas. Uma equipe pedagógica que se denomina multidisciplinar observa em suas ações
Considerações �nais
Duas posições podem ser aqui colocadas. A primeira é que incorporamos muitos desafios no cotidiano das
equipes pedagógicas por meio das práticas sociais com as quais convivemos. A segunda está na
as:
A Diferenças culturais e práticas pedagógicas
B Multiculturalismo estrutural
C Multiculturalismo
D Práticas pedagógicas multiculturais
E Diferenças e diversidades pedagógicas
Parabéns! A alternativa D está correta.
O multiculturalismo é um dos grandes desafios da equipe pedagógica. Junto a essa discussão,
podemos perceber o estruturalismo cultural que ele representa em cada uma de suas questões.
As práticas pedagógicas multiculturais e as estratégias discutidas para refletir em mudanças de
comportamento no cotidiano das escolas deverão estar presentes nas preocupações da equipe
pedagógica multidisciplinar.

constatação de que existem muitas escolas em realidades diferentes. Assim, também são múltiplas as
equipes pedagógicas. Ou seja, a dualidade teoria e prática ainda permanece presente também nas equipes
pedagógicas multidisciplinares.
A realidade escolar hoje faz com que uma escola, para atingir plenamente seu objetivo, precise de expertise,
de visões que possam dialogar, para não corrermos o risco de fazer como no desenho acima, o olhar de
cima, não se trata de superioridade, mas de perceber e atuar.
Podcast
Agora, o professor Rodrigo Rainha encerra o tema fazendo um resumo sobre as realidades e perspectivas
da equipe pedagógica.
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Referências
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases, de 1971 − Lei 5692/71/Lei no 5.692, de 11 de agosto de 1971. Brasília, DF,
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CERTEAU, M. de. A Invenção do Cotidiano. As Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2000.
DARNTON, R. O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro:
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GUATTARI, F. Psicanálise e transversalidade: ensaios de análise institucional. Aparecida: Ideias e Letras,
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GRINSPUN, M. P. Orientação Educacional: conflitos de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo:
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KANT, I. Sobre a pedagogia. São Paulo: UNIMEP, 1996.
LIBANEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos. Revista Educar, Curitiba, UFPR, n. 17, p. 153-176, 2001.
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OLIVEIRA, I. B. Currículos Praticados, emancipação social e democracia no cotidiano da escola: um relato
de pesquisa. In: FERRAÇO, PEREZ e OLIVEIRA (Orgs.) Aprendizagens cotidianas com a pesquisa: novas
reflexões em pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas. Petrópolis: DP&A, 2008, p. 105-120.
SANTOS, B. de S. Pela mão de Alice – o social e o político na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Leya, 2013.
Explore +
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, assista:
Ao filme: A onda, de Dennis Gansel, 2008. Tempo do filme: 1h46min. Trechos destacados: 43min37seg.
(em anexo 1) Tempo para aplicação: - exibição do filme: 50min. Habilidades abordadas no filme:
responsabilidade, tolerância, ética, reflexão. Habilidades que podem ser desenvolvidas no docente ao
participar das atividades envolvendo este filme: a responsabilidade na forma de abordar determinados
conteúdos, recortes que o professor faz ao selecionar o conteúdo do programa da disciplina, analisar o
que ocasionou a seleção de conteúdos feita.
Ao filme: O clube do imperador, de Michael Hoffman, 2002. Tempo do filme: 1h49min. Habilidades
abordadas no filme: princípios, ética, moral. Habilidades que podem ser desenvolvidas no docente ao
participar das atividades envolvendo este filme: o professor tem a possibilidade de rever seus conceitos
quanto ao julgamento em sala de aula, tratando seus alunos de forma igualitária, não beneficiando alguns
e tirando a oportunidade de outros.
Leia:
Equipe multidisciplinar: possibilidade de eficiência e qualidade no EaD, de Cleuza Giuliani.
Lições de aula, de Pierre Bourdieu.
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