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Compreendendo a Parasitologia

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Compreendendo a Parasitologia
	
	INTRODUÇÃO:
	
	A ciência que estuda o parasitismo é a parasitologia, ao término deste capítulo, você estudante será capaz de entender o avanço dos estudos da parasitologia que aconteceram ao longo de séculos, a cadeia interligada para sobrevivência das espécies, bem como identificar a evolução das epidemias parasitárias, a relação parasita-hospedeiro e seus diferentes comportamentos para sobrevivência, prevenção e desenvolvimento de tratamentos e doenças causadas pelos parasitas em seres humanos e animais. No Brasil, a incidência de infecções acometidas por parasitas, ainda é um problema de saúde pública, e o futuro profissional parasitologista precisa estar bem fundamentado com o conhecimento, das formas de infestação, no ciclo de vida e reprodução, e nos fatores que influenciam na disseminação dos parasitas. Por ser parasitas das mais diferentes espécies que infectam homem e animais, isso faz com que o profissional precise de uma boa capacitação para o diagnóstico. Seja curioso e busque cada vez mais melhorar seu conhecimento, vamos apreender sobre o estudo da Parasitologia. Bem-vindo a esta viagem, desvendando o mundo dos parasitas.
Histórico da Parasitologia
Dentre as doenças consideradas da pobreza, vamos aprender um pouco mais sobre as parasitárias, ou parasitoses, incialmente como um ramo da história natural, aqui temos um breve relato da história de alguns agentes de transmissão de doenças parasitárias que marcaram séculos, e ainda são considerado problemas de saúde pública no Brasil.
	
	VOCÊ SABIA?
	
	A Parasitologia foi considerada inicialmente como uma lata de “vermes” e surgiu por volta do XIX ao lado de várias outras áreas da medicina, essa ciência inicialmente foi indicada como um ramo natural da história, mas posteriormente foi construída com a descoberta e descrição de vários agentes etiológicos. Agentes etiológicos? São aqueles organismos causadores de doenças, que precisam de um vetor para proliferar a doença ou completar o seu ciclo de parasitismo.
Os fundamentos da ciência denominada de parasitologia foram estabelecidos e os parasitas se tornaram então os responsáveis por importantes doenças do homem e dos seus animais domésticos, porém a história nos mostra que os eventos aconteceram ao longo do séculos XIX e XX em laboratórios das universidades, em precárias condições, na maioria das vezes.
Na África em 1908 Charles Nicolle e Luis Hubert Manceaux pesquisando Leshmania em tecido do fígado de um roedor silvestre denominado Ctenodactylus gondii, que foi batizado de protozoário, posteriormente foi proposto a nomenclatura do Toxoplasma gondii, com base na morfologia de um microrganismo. No ano de 1923 foi detectado o primeiro caso da toxoplasmose em humano por meio de um ferimento da retina ocular de uma criança, alguns anos depois (1930), contatada a transmissão congênita humana por Wolf e Cohen, e por comparações biológicas e imunológicas, estudiosos identificaram vários parasitas idênticos ao Toxoplasma gondii, dificultando os exames parasitológicos. Na década de 40, foi relatado nos EUA o primeiro caso em felino, constatando posteriormente que o felino era o hospedeiro definitivo.
No histórico da parasitologia no Brasil, podemos citar renomados médicos parasitologistas brasileiros como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. Oswaldo Cruz criou a escola de medicina voltada para saúde pública em 1902, já Carlos Chagas pesquisador reconhecido internacionalmente do Instituto Oswaldo Cruz, descobre o parasita Trypanosoma cruzi, inseto conhecido como barbeiro vetor que transmitia a doença de Chagas.
	
	VOCÊ SABIA?
	
	O Instituto Oswaldo Cruz, referência em pesquisa no Brasil e no mundo, foi fundado em 1917, por Oswaldo Cruz e com sua morte Carlos Chagas assumiu a diretoria dando continuidade as pesquisas. Contando um pouquinho a trajetória destes pesquisadores, Oswaldo Cruz médico sanitarista, nasceu em 1872 em São Luis do Paraitinga (SP), ficou à frente da diretoria geral de saúde pública do Brasil, nos anos de 1903 a 1909. No século XX conduziu campanhas sanitárias contra doenças como peste bubônica, febre amarela e varíola. Oswaldo Cruz foi orientador de Carlos Chaga na tese de doutorado, posteriormente Carlos Chagas ajudou Oswaldo com a campanha contra a malária, Companhia Docas de Santos, em São Paulo. O instituto Oswaldo Cruz foi responsável pela reforma sanitarista no Brasil.
O histórico da descoberta da leishmania, foi marcado com dados incertos e vagos inicialmente.
	
	
VOCÊ SABIA?
	
	Que um missionário viajando pelas regiões da Amazônia observa lesões nos braços e pernas de pessoas, relacionadas a picadas de insetos e como consequência lesões destrutivas na boca e nariz. Isso levou a pensar que essa endemia na Amazônia, derivada da Bolívia e Peru, foi a porta de entrada para disseminação em outros estados do norte do país, por pessoas que forma em busca de trabalho e retornaram infectados para seus estados.
Em 1903 Wright identifica o agente Helcosoma tropicum e coloca o nome de botão do Oriente ou botão da Bahia, denominada posteriormente como Leishmania furunculosa. A leishmaniose teve várias denominações no século XX, e uma epidemia de casos no estado de São Paulo, na construção da Estrada de Ferro Noroeste, devido as ulceras acompanhadas de lesões mucosas foi denominada como úlcera de Bauru, 1909 foi identificado o agente por Lindenberg.
Um breve relato sobre a malária doença transmitida pelo mosquito do gênero Plasmodium, no século XVII nas América do sul, padres jesuítas observaram populações indígenas que usavam casca de uma árvore (Cinchona), tratamento de alguns tipos de febre, esta casca possui um princípio ativo a quinina, que é responsável combater o vírus da doença, ficou conhecido popularmente na EUA como “pó dos jesuítas”. Em 1880, o médico do exército francês Alphonse Laveran, descreve o agente etiológico da malária, e seu estudo é seguido pelo médico britânico Ronald Ross que esclareceu a etiologia de doenças associadas aos agentes transmissores.
O combate e controle da malária, estimulado durante a 1a Guerra Mundial, os países que participavam da guerra tiveram grandes perdas decorrente do protozoário parasita do gênero Plasmodium, foi a doença que causou mais mal ao maior número de países. No em 1942, criou-se o Serviço de Especial de Saúde Pública (SESP), para controlar a doença e em 1992 o empenho foi estabelecido para controlar o mosquito e erradicar no mundial a malária o feito foi apoiado pela Organização Pan-Americana combate os mosquitos a da Saúde (OPAS), porém os situação epidemiológica da malária continuaram. No Brasil 1999, o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária (PIACM), foi criado para tentar mudar as estratégicas de erradicação para um controle por meio de diagnóstico, 99% dos casos existentes estão concentrados na região da Amazônia, o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM). Quer saber mais sobre este programa, acesse o link abaixo, através da leitura adquirimos mais conhecimento, então vamos lá, vamos ler este manual
Agora convido você a pensar sobre este assunto Malária, mesmo com descobertas de novos produtos, programas de controle e estratégias de tratamento, porque a doença ainda apresenta dados elevados de incidência?
O parasita responsável pela doença amebíase foi observado em 1860 por Lambl, que deduziu que eram microrganismos em fezes de um garoto, e no ano de 1875 Lõch, através de estudos microscópicos e clínicos fez associações entre desinteria e microrganismos quando o examinou as fezes de um doente, Amoeba coli foi denominada. Em 1887, Köch e Graffki observaram a invasão de tecidos por amebas. No ano de 1891, os pesquisadores Councilman e Lafleur, denominaram Entamoeba dysenterie, pois observaram uma patogenicidade pela invasão da ameba no intestino e fígado. Porém alguns mistérios ainda surgiram, pois existia casos de amebíase sintomático e assintomático, foi aí que os pesquisadores descobriram que a Entamoeba tinha outras espécies, e
em 1970, Brumpt descobriu a diferença entre Entamoeba histolytica e a Entamoeba díspar, depois de muita polêmica. Além destas, existe vários nomes científicos de ameba que podem ser encontradas no intestino grosso.
Além destes dados históricos descritos dos parasitas, temos mais um grupo de helmintos os conhecidos popularmente como “Vermes” que constituem um grupo numeroso parasitas de vida parasitária ou livre, constituem um grave problema de saúde pública no mundo. No Brasil em 1916 a 1921 foi registrado o primeiro levantamento de individuas infecções enteroparasitas com apoio da Fundação Rockfeller. A grande incidência de grupos de helmintos intestinais como constituem um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo, estas parasitoses estão associadas principalmente a população carente e de baixo desenvolvimento econômico, falta de saneamento básico e higiene, e moradores de áreas rurais.
	
	VOCÊ SABIA?
	
	Estima-se que cerca de 20 a 30% da população da América latina esteja infectada por alguma espécie de parasita helminto (vermes), ao longo da história são indicados como um dos mais sérios problemas da saúde pública do Brasil.
No Brasil, estas infecções estão presentes em todas regiões, alterando de acordo com a população, cerca de 50% das crianças sofrem com algum tipo de parasitose e 33% dos adultos, o problema do país é considerado endêmico pela Organização mundial da Saúde (OMS). As parasitoses atingem principalmente crianças pelo fato destas não terem ainda conhecimento sobre hábitos higiênicos, como a lavagem das mãos corretamente, não pegar comida do chão e comer, a Taenia solium, popularmente conhecida como solitária ou lombriga, é um dos parasitas que infectam crianças, estas parasitoses causam sérios problemas como a perda de peso, mudança no humor, prejudicando o crescimento, desenvolvimento e aprendizagem, até pode levar a morte, atinge mais crianças em comunidades de baixa renda ou áreas rurais.
Nos anos de 1960 a 1970, a melhoria nas condições de vida em países com desenvolvimento em expansão, as pessoas voltaram a ter percepções otimistas em relação as doenças parasitarias, no entanto no século XX, casos de epidemiologia fez com que esse cenário mudasse passando, a ser um problema de atenção prioritária em diferentes países.
Algumas doenças parasitárias ganharam destaque na saúde pública do Brasil (dados de 1967 a 2016), o país passou por várias epidemias urbanas e nas áreas rurais década de 1960, mais de 50% da população apresentava algum tipo de doença parasitária, e as mais prevalentes doenças de Chagas, Malária e esquistossomose. A partir de dados científicos a febre amarela tem reincidência a cada cinco anos no Brasil entre seres humanos, os últimos dados de surtos ocorrem nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, porém é considerado que estas doenças não são por falta de cuidado ou prevenção, pois foram registrado epidemias em 1999 na Bolívia, 2007 Paraguai e 2016 na China.
O ressurgimento da dengue transmitida pelo vetor Aedes aegypti, com registro de casos graves e aumento da mortalidade (1976), se estende até os dias atuais, com registro de epidemias em todo o território brasileiro. Em 2010 foi registrado o quarto estágio de avanço do sorotipo da doença DENV-4, está entre os principais problemas de saúde pública do Brasil, com crescente aumento de hospitalização e óbitos todos os anos.
O Aedes aegypti foi responsável pelo surgimento em 2014 de novos casos de emergência o da Zika e Chikungunya, sendo que a Zika deixou várias sequelas e malformações em crianças na região do nordeste brasileiro.
	
	SAIBA MAIS:
	
	Sobre as doenças parasitárias e infecciosas que ocasionaram epidemias no Brasil nos últimos 50 anos. Convido você a fazer a leitura do artigo Trajetória das doenças infecciosas no Brasil nos últimos 50 anos: um contínuo desafio. Disponível em: http://bit.ly/3bfMguS. Acesso em 05 fev.2020.
Em países emergentes, as doenças parasitárias ocorrem com maior frequência, em todo a extensão geográfica, em virtude dos problemas socioeconômicos, como precárias condições sanitárias, habitacionais e deficiências de alimentação, no Brasil é considerado alto o índice de doenças parasitárias.
De acordo com todos estes dados descritos nos parágrafos anteriores, podemos afirmar que algumas doenças que ocasionaram enfermidade e morte durantes alguns anos, são reincidentes até o momento atuais são consideradas doenças negligenciadas em países com frequente expansão, também foram denominadas de doenças tropicais por afetarem diferentes dimensões geográficas. Estas doenças têm como características comuns, o índice elevado em áreas rurais e urbanas com problemas sociais como extrema pobreza, afetam o crescimento e desenvolvimento intelectual infantil, e são poucas as pesquisas para o desenvolvimento de novos fármacos e vacinas, a falta de interesse pela indústria farmacêutica, faz com que seja doenças frequentes em regiões de pobreza.
Dentre as doenças consideradas negligenciadas em termo de pesquisa e desenvolvimento de controle, com maior registro de casos dentro da parasitologia temos: malária, diversos tipos de parasitoses (platyhelmintos e nemathelminthes), doença de chagas, toxoplasmose, leishmanioses.
Algumas das doenças parasitárias, além de problemas de saúde pública, estão associadas há doenças mais graves como o câncer, anemia aguda e infecções.
A malária é uma das doenças parasitária causada pelo protozoário do gênero Plasmodium, que pode causar a ruptura das hemácias (anemia hemolítica) e graves infecções, está associada também a um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, que são as células de defesa do corpo, denominado Linfoma de Burkitt constituído de três tipos: endêmico, esporádico e relacionado a imunodeficiência. O câncer considerado endêmico está associado a malária na África equatorial. As infecções parasitárias intestinais ocasionadas por protozoários e helmintos estão associadas a deficiência de ferro e a leishmaniose pode causar diminuição das hemácias, plaquetas e leucócitos.
	RESUMINDO:
	A ciência que estuda os parasitas, os hospedeiros e a relação entre eles, os parasitas protozoários são responsáveis por causarem as doenças citadas nos parágrafos anteriores, como Leishmaniose, Toxoplasma gondii, Doença de Chagas (Trypanosoma cruzi), Amebíase (Entamoeba dysenterie) e Malária, são responsáveis por importantes doenças do homem e dos seus animais domésticos, seus primeiros relatos aconteceram por volta do século XX a XIX, estas doenças trazem prejuízos para a população até os dias atuais, pois são relacionadas com fatores sociais como pobreza e qualidade de vida.
Além destas doenças ocasionadas por parasitas, temos também o grupo de parasitas de vida parasitária ou livre, constituem um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil, são os grupos dos helmintos popularmente conhecido como vermes. No Brasil é considerado um problema endêmico pela OMS, pois cerca de 33% dos adultos e 50% das crianças, são infectadas por estas doenças parasitarias.
Introdução a Parasitologia
	
	
INTRODUÇÃO:
	
	Os microrganismos e parasitas são um conjunto de seres vivos, derivados da biologia, onde direciona o estudo para espécies diferentes de organismos. Ao término desta competência você será capaz de compreender a relação das cadeias interligadas para sobrevivência das espécies, entre os seres vivos e o ambiente, bem como a subdivisão dos parasitas e adaptações para viver como parasita. Estudante. Seja livre e audacioso para entender a parasitologia.
O conjunto de seres vivos microrganismos e parasitas são estudados pela microbiologia e parasitologia, ambas permitem estudar a diferença a partir de ponto de vista diferentes. A microbiologia estuda os pequenos organismos que não podem ser vistos a olho nu. A parasitologia estuda todos os organismos vivos e o ciclo de vida destes organismos que infectam outros seres vivos, os seus hospedeiros e a relação entre eles. Ambas as ciências derivam da biologia, porém a microbiologia é considerada
um ramo da biologia sistemática, é a parasitologia estuda os parasitas e parasitismo, independente da complexidade e do seu tamanho. Neste grupo estão incluídos as bactérias, fungos, vírus, protozoários, helmintos e artrópodes.
	DEFINIÇÃO:
	Um breve entendimento do que é a Biologia Sistêmica, ciência que busca o entendimento dos organismos biológicos como um todo.
Tipos de relação entre os seres vivos e ambiente
Pense naquele indivíduo que vive nas custas de outra pessoa, ou mesmo da sociedade, incluindo nesse conceito uma recriminação ou reprovação por oportunismo, abuso ou mau caráter, no dito popular qualquer pessoa o chamará de parasita, este é um exemplo bem simples para lembrar a definição de parasitologia.
Certamente os parasitas dependem de outros seres vivos, algumas vezes dos seres humanos, que tornam seu hospedeiro. Biologicamente falando, quase todos os seres vivos vivem em cadeia para existir, dependendo assim uns dos outros como os parasitas. Existe algumas exceções como algumas espécies de bactérias que são capazes de viver com matérias inorgânicas e usam a luz solar como fonte energética ou a energia química contida em compostos que conseguem metabolizar.
As plantas verdes utilizam a luz solar através da fotossíntese, mas necessitam encontrar no solo nutrientes nitrogenados que são indispensáveis, ou dependem de outros microrganismos que, decomponham os compostos orgânicos excretados por outros seres vivos ou possibilitados por estes ao morrer, permitindo assim a nutrição das plantas com nitritos, nitratos ou sais amoniacais, ocorrendo o termino do ciclo nitrogênio na natureza, assim os vegetais sintetizam suas proteínas e aminoácidos.
Disponível em: Brasil Escola
As plantas verdes, algas e fitoplâncton que são organismos produtores, utilizam a energia solar para sintetizar moléculas inorgânicas ou para melhor entendimento são capazes de sintetizar seu próprio alimento, são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas. Os herbívoros são os consumidores primários que se alimentam e digerem plantas e depois são consumidos pelos carnívoros e onívoros, que são consumidores secundários e terciários, que utilizam para o seu metabolismo, crescimento e reprodução, dentre os estes está o homem.
Início com os microrganismos e vegetais sintetizadores continuando herbívoros, granívoros, frugívoros, até chegar aos carnívoros e onívoros (homem), transfere matéria e a energia através dos carboidratos, lipídios e proteínas, permitindo que a vida continue. Segundo os ecologistas organismos produtores são as plantas e vegetais, as demais partes da cadeia alimentar são os consumidores.
	
	EXPLICANDO MELHOR:
	
	Herbívoros, granívoros, frugívoros são consumidores primários, alimentam-se dos produtores (plantas). Os carnívoros alimentam-se dos herbívoros (cobra de sapo, gato de pássaro), são consumidores secundários. Consumidores terciários são os carnívoros que se alimentam de outros carnívoros (gavião de cobra).
Pastagens extensas são importantes para alimentar os herbívoros, e manter um crescimento vegetal seguro com abundância de alimentos por um logo período de tempo. O equilíbrio da cadeia alimentar, depende do número de carnívoros com a sua fonte de alimentação herbívoros, ao contrário pode ocorrer o desequilíbrio na cadeia seriam devorados por seus inimigos naturais. O mesmo podemos falar dos carnívoros (leão) que comem carnívoros (jacaré).
Depois de um breve entendimento sobre a cadeia alimentar, vamos entrar no foco principal do nosso estudo os parasitas, estes são organismos consumidores que, podem posicionar-se em níveis de consumidores primários, secundários, terciários ou quaternários, segundo a natureza de seus hospedeiros: plantas, animais herbívoros ou carnívoros.
A população de parasitas pode ser muito maior do que a dos seus hospedeiros ou espécies parasitadas, por ser seres pequenos e as vezes microscópios. Um único paciente pode abrigar vários ascaris (lombriga), milhares de esquistossomos no trato gastrointestinal, e um milhão de unidades de Plasmodium que causa a malária no sangue. Mas ainda, são considerados pequenos quando comparado ao hospedeiro.
Conceito Básico da Parasitologia
Doenças causadas por protozoários, nematelmintos e Artrópodes, são estudadas pela parasitologia. As bactérias patogênicas, vírus, e os fungos também são parasitas, estes também vivem em relações harmônicas e desarmônicas com seu hospedeiro. Porém as infecções causadas por parasitas são estudadas em um grupo único a parasitologia. Para alguns países estas infecções são de importância moderada, pois atingem populações carentes, e alguns casos são negligenciadas. Os países considerados tropicais têm programas de prevenção, e maior preocupação pois, cerca 1 bilhão de pessoas são infectadas por vermes intestinais, 600 milhões pelo protozoário gênero Plasmodium, da malária e 300 milhões por nematódeos que causam as doenças Ascaridíase, Amarelão, Elefantíase, Oxiuríase, a parasitologia foi denominada primeiramente de medicina tropical.
Os protozoários e helmintos, são organismos considerados de maior complexidade, que ainda precisam de muito pesquisa para serem elucidados, temos conhecimento que estes ativa a defesa do organismo, porém não entendemos porque o sistema imunológico não consegue elimina-los, ocasionando infecções por anos. Estas doenças causam impacto e redução da qualidade de vida de milhões de pessoas, considerado um problema grave de saúde pública. Estes parasitas foram separados também pelo ciclo de vida diferenciado, diversos hospedeiros que encontram ampla distribuição geográfica.
	
	
SAIBA MAIS:
	
	Parasitologia e a relação com a origem da vida.
Acompanhe esse artigo: Homens e parasitos: a contribuição da paleoparasitologia para a questão da origem do homem na América. Convido você a fazer uma viagem para o mundo da parasitologia. Portanto, acesse: http://bit.ly/39gylmt. Acesso em: 05 fev. 2020.
Pensando no ciclo da vida nenhum indivíduo consegue permanecer ou se manter isolado ou sozinho, sem depender de um ou mais outros seres, na Parasitologia não é diferente os organismos, dependem de indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes, para sua reprodução, nutrição e desenvolvimento. Neste contexto temos dois tipos de interações as interespecíficas, que são interações formadas por seres de diferentes espécies da mesma comunidade e as intraespecíficas formadas por indivíduos de uma mesma população. Essas interações visam exclusivamente obter alimento entre os organismos relacionados. Denomina parasitismo quando a sobrevivência de um organismo de uma espécie se estabelece com base na dependência de nutrientes produzidos por outros indivíduos.
	
	IMPORTANTE:
	
	Acredito que você tenha entendido o que é Parasitismo ou já fez associação com algo, com base na parte introdutora, para melhorar sua ficção Parasitismo são associações de seres vivos (como se fosse uma sociedade com dois sócios), onde somente um tira proveito da sociedade ou se beneficia, e um dos sócios é o hospedeiro que é prejudicado pela sociedade.
Parasita
Parasita é o organismo que vive sobre outro organismo ou dentro dele, para garantir sua sobrevivência depende de organismos (para sua nutrição) ou outras funções que garante sua sobrevivência, chamado de hospedeiro que em tamanho no geral é bem maior que o parasita. Podemos citar cinco classificação para os parasitas: microparasita, macroparasita, endoparasitas, ectoparasitas e hiperparasitas.
São organismos que se multiplicam dentro do hospedeiro em estado de latência ou dormência, possuem tamanho não visto a olho nu, as doenças tem geralmente são de curta duração e a imunidade do hospedeiro pode ser duradoura, são denominados de microparasitas.
Os macroparasitas, nome já induz seres de tamanho maior, que passam parte do ciclo de vida em contato com o hospedeiro, geralmente são vermes com período de vida longa. Sua carga parasitária é maior em uma parcela da população, e a intensidade desta carga depende da resistência do hospedeiro, algumas vezes seu estágio, permanece
fora do ciclo do hospedeiro em ovos ou larvas. Os macroparasitas não induzem imunidade eficiente, então pode ocorrer a recontaminação do hospedeiro, sempre que exposto ao parasita.
Endoparasitas por dedução podemos entender, são parasitas que durante a fase parasitária, vivem no interior do corpo do hospedeiro, no tubo digestivo, sangue e outros tecidos do corpo, podem levar a morte. Por exemplo: Trypanosoma Cruzi, vermes nematódeos (Ascaris lumbricoides (lombriga) ou platelmintos (Taenia solium) e protozoários Trypanosoma Cruzi (doença de chagas).
Ectoparasitas são os parasitas que durante a fase parasitária, vivem na superfície do corpo do hospedeiro (animal), sugando-lhes nutrientes. Por exemplo: Pulex irritans (pulga), Pediculus capitis (piolho-humano), carrapatos e moscas. Parasitas que animais e homens.
Hiperparasitas: são que parasitam outros parasitos, estes colocam seus ovos em outro parasita, os ovos fecundados eclodem novos parasitas que usam para nutrição o hospedeiro. Exemplo: Entamoeba Histolytica que são parasitadas por fungos ou cocobacilos. Acompanhe pelo Quaudro 1.
Quadro 1- Entendendo cada classificação dos parasitas microparasita, macroparasita, endoparasitas, ectoparasitas e hiperparasitas.
	Microparasita
	Podem ser vistos a olho nu (micro), vivem dentro do hospedeiro.
	Macroparasita
	Maiores em tamanho (macro), parte da vida no hospedeiro.
	Endoparasitas
	Vivem dentro do hospedeiro (endo), verme e lombriga.
	Ectoparasitas
	Vivem sob a superfície do hospedeiro (ecto), piolho, pulga, carrapato.
	Hiperparasitas
	Parasitam outros parasitas (hiper).
Por viverem em uma associação familiar com outra espécie, os parasitos curtem de um ambiente fisicamente benigno visto os mecanismos de reconhecimento e destruição de invasores dos hospedeiros. Os parasitas devem viver em um ambiente agressivo para investir de um hospedeiro para o outro, muitos parasitas executam essas tarefas através de um ciclo de vida, configurações de resistência que advém pelo ambiente externo.
Alguns hospedeiros carregam alelos resistentes a certos parasitas, por isso os parasitas preferem hospedeiros suscetíveis, para que possam explora-los. Os parasitas exploram os genótipos resistente dos hospedeiros, tirando benefício disso. Para evitar essa exploração seletiva os hospedeiros vivem sob pressão.
	EXPLICANDO MELHOR:
	Hospedeiros com uma maior variabilidade genética, ou seja, a tendência dos diferentes alelos de um mesmo gene que variaram entre si, são capazes de resistir mais as pressões dos parasitas.
Os indivíduos para melhorar o gene e com isso garantir a sobrevivência da população, alguns se reproduzem sexuadamente e outros assexuadamente. Neste primeiro para observar estas mudanças no gene, foram realizados experimento e a modalidade de reprodução assexuada se destacou em um primeiro momento, por ser de fácil realização e garantir a passagem de todos os genes para a espécie.
Avaliando a adaptação e resistência dos parasitas, observou em estudo que a reprodução sexuada possibilita a formações e codificações de novos genes, assegurando a sobrevivência de parasitas com menor resistência.
	
	
SAIBA MAIS:
	
	Para melhor compreender a reprodução sexuada dos protozoários, assista http://bit.ly/2uKXXZW. Acesso em: 13jan. 2020.
Para ocorrer estas fases os parasitas necessitam dos hospedeiros, sendo quatro tipos de hospedeiro definitivo, intermediário, natural e acidental.
Hospedeiros que abrigam os parasitas, não são afetados pela doença parasitária, exemplo os felinos que são hospedeiro da doença toxoplasmose, este é considerado o hospedeiro definitivo, pois toda fase sexuada do parasita ocorre no hospedeiro. Os parasitas estão sujeitos a usam os recursos de metabolismo para sobreviver no hospedeiro. Alguns parasitas matem relação com dois ou mais hospedeiros.
	
	EXPLICANDO MELHOR:
	
	Hospedeiro definitivo, o parasita se instala por um período maior, para poder sobreviver, crescer e se reproduzir. Exemplo Schistosoma mansoni (esquistossomose, popularmente conhecida como barriga d´água ou doença do caramujo) e o Trypanosoma cruzi (doença de chagas), se reproduz por fase sexuada e tem o homem como hospedeiro definitivo.
O hospedeiro intermediário é fundamental no ciclo do parasita, desenvolve as fases larvais ou assexuadas no hospedeiro, o caramujo é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, causando a doença esquistossomose e depois infecta o homem como hospedeiro definitivo.
O hospedeiro natural garante a perpetuação da espécie, além de não sofrer com o parasita, funciona como meio de contágio para outros animais. Exemplo Rhipicephalus sanguineus ou carrapato canil, hospedeiro natural o cão doméstico.
E o hospedeiro acidental são casos raros ou não habitual no ciclo de vida do mesmo. Exemplo: Dipylidium caninum (parasita do cão) que pode parasitar crianças, ou larvas de moscas que vivem em frutos e acidentalmente chegam até o homem.
	RESUMINDO:
	O conjunto de seres vivos microrganismos e parasitas são estudados pela microbiologia e parasitologia, ambas permitem estudar a diferença a partir de ponto de vista diferentes, neste grupo estão incluídos as bactérias, fungos, vírus, protozoários, helmintos e artrópodes. Certamente os parasitas dependem de outros seres vivos, algumas vezes dos seres humanos, que tornam seu hospedeiro. Biologicamente falando, quase todos os seres vivos vivem em cadeia para existir, dependendo assim uns dos outros como os parasitas. Os parasitas organismo que vive sobre outro organismo ou dentro dele, para garantir sua sobrevivência depende de organismos (para sua nutrição) ou outras funções que garante sua sobrevivência. Podemos citar cinco classificação para os parasitas: microparasita, macroparasita, endoparasitas, ectoparasitas e hiperparasitas. Por viverem em uma associação familiar com outra espécie, os parasitos curtem de um ambiente fisicamente benigno visto os mecanismos de reconhecimento e destruição de invasores dos hospedeiros. Os parasitas necessitam dos hospedeiros para sua sobrevivência, nutrição e desenvolvimento, podendo ser estes definitivo, intermediário, natural e acidental.
Adaptações são sinais do parasitismo
	
	INTRODUÇÃO:
	
	As inter-relações do parasitismo ocorre desde a colaboração mútua até o predatismo, estes usam relações entre parasita e hospedeiro com a finalidade de obter alimentos. Ao final desta competência você terá a capacidade de compreender as diferentes associações harmônicas, desarmônicas e adaptações que os parasitas desenvolveram ao longo do ciclo para sobrevivência e reprodução. Foco e força nos estudos!
Os seres vivos na natureza possuem inter-relações, variando desde a colaboração mútua pelo meio da simbiose até o predatismo e canibalismo. O parasitismo ocorreu quando um ser vivo menor se sentiu beneficiado com uma dessas associações, quer seja pela proteção ou obtenção de alimento.
Com a evolução da associação depois de alguns anos, o relacionamento com o hospedeiro melhorou. Esta adaptação tornou o parasito (invasor) mais e mais depende do hospedeiro. As adaptações são o sinal do parasitismo, com isso ocorreu algumas alterações metabólicas e outras modificações nas organizações estrutural morfológicas e biológicas, variando de grau e forma, desde aquelas perceptíveis até as imperceptíveis, vamos entender um pouco mais.
Morfológicas
As degenerações ou atrofias são representadas por perdas no aparelho locomotor, digestivo (exemplo Taenia) e sensorial, podemos citar as pulgas, percevejos e algumas moscas que perderam suas asas. Os cestoides não têm aparelho digestivo, mas desenvolveram tegumento para alimentar se, e possuem órgão de fixação como ventosas.
Hipertrofia ocorre principalmente em órgãos de fixação (como ventosas em Taenia), reprodução, proteção e resistência. Alguns helmintos possuem órgãos de fixação forte como lábios, ventosas, bolsa copuladora. Possuem também alta capacidade de reprodução, com aumento de ovário, testículos e útero para armazenar ovos (Ascaris lumbricoides que produzem mais de 200
ovos por dia). Alguns insetos hematófagos tem a estrutura alimentar aumentada para auxiliar a perfuração da pele e por sucção alimentar se de sangue. Essas características asseguram a maior probabilidade de transmissão do parasita de um hospedeiro a outro.
Biológicas
Para passar pelas dificuldades de infectar novos hospedeiros e escapar da dos organismos predadores externos, para perpetuar a espécies, os parasitas produzem grandes quantidades de ovos, cistos ou outras formas infectantes, está é uma capacidade reprodutiva desenvolvida pelos parasitas.
Também na parasitologia é apresentado diferentes tipos de reprodução: a partenogênese, o hermafroditismo, a poliembrionia (reprodução a partir de jovens), estes mecanismos de reprodução permitem facilitar a fecundação de macho e fêmeas, assegurando a reprodução da espécie.
Os parasitas desenvolveram capacidade de proteção a agressão dos hospedeiros, os helmintos possuem uma enzima (antiquinase), que neutraliza a ação dos sucos gástricos pelo hospedeiro, são resistentes a anticorpos ou macrófagos, capacidade para reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico (imunossupressão).
Organismos vivos tem seu crescimento orientado através de estímulos, isso é denominado de tropismo, podemos chamar de positivo quando o ocorre em direção ao estímulo e negativo quando o movimento ocorre ao contrário do estímulo. Na parasitologia, são considerados como facilitador da reprodução, colonização ou sobrevivência das espécies, são movimentos de mudança de direção de crescimento que ocorrem em organismos vivos ou suas partes devido ao estímulo de um fator externo (tropismo). São classificados em: fototropismo - o organismo cresce em direção a luz, quimiotropismo – precisa de um estímulo químico para crescer, geotropismo – crescimento orientado pela gravidade, organismo acolher-se na terra é modo positivo, e acima na superfície, modo negativo, tigmotropismo - crescimento em redor de um objeto sólido.
Tipos de associações entre os seres vivos
Os seres vivos individualmente nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem, passam por adaptações para evoluir, são utilizados como hábitat para outros organismos, formando comunidades biológicas complexas. Mantendo equilíbrio entre os indivíduos para obter alimento e abrigo.
Muitas espécies passam a conviver em um mesmo ambiente, gerando interações. Essas interações podem ser: harmônicas/positivas, quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo; ou desarmônicas/negativas, quando há prejuízo para pelos menos algum dos participantes. As interações podem ser classificadas como intraespecíficas (quando ocorrem na mesma espécie) e interespecíficas (relações entre espécies diferentes), gerando interações que podem ser:
Positivas quando há benefício mútuo ou cooperação (interespecíficas: (comensalismo, mutualismo, simbiose). Negativa quando há prejuízo para algum participante do grupo, quando competem pelas mesmo espaço ou fonte de alimentos (interespecíficas: competição, canibalismo, predatismo e parasitismo).
Competição
É uma associação desarmônica na qual exemplares da mesma espécie ou espécies diferentes, lutam pelo mesmo abrigo, espaço, calor, luz, água ou alimento, nesta competição as menos preparadas perdem. Esta competição é um importante fator de regulação do número populacional de certas espécies.
Exemplo: As moscas de cadáveres (Calliphoridae e Sarcophagidae), quando no estágio larval e se alimentarem do cadáver, o alimento é suficiente para um número limitado de indivíduos, as que chegarem primeiro ou se alimentarem mais rapidamente, as demais se chegarem a moscas adultas, serão menores e inférteis.
Competição por um nicho ecológico
Para sobreviver uma espécie de organismos necessita de um conjunto de recursos, para poder viver e reproduzir. Isso é denominado de nicho ecológico, que determina a importância das necessidades fisiológicas de uma espécie. Quando duas espécies tem o mesmo requisito ocupando o mesmo nicho ecológico, a competição será inevitável e uma das espécies será eliminada pela outra espécie (a que melhor se adaptar ao meio ou com maior capacidade reprodutiva). Podemos dizer que em cada nicho ecológico, não costuma encontrar mais que uma espécie.
Canibalismo
É quando um animal se alimenta do outro da mesma família ou espécie. Este é considerado um relacionamento desarmônico, ocorre devido a superpopulação ou falta de alimento para todos os indivíduos, assim as mais fortes devoram as mais fracas ou menores.
Predatismo
O predatismo é quando uma espécie para sua sobrevivência depende da morte da outra espécie na cadeia alimentar, ou quando destrói os membros da para prover sua alimentação. Os carnívoros são predadores. Exemplos: onça se alimentam de pacas, antílope ou animais de maior porte. Gavião que caça roedores e aves de outras espécies, aranhas que nutrem de insetos. Dentro da predação temos os micropredadores que são animais pequenos (carrapatos, piolho, pulga) que sugam homem e animais para sua sobrevivência.
Associação entre Organismos
Dentre as relações de cooperação, temos as intraespecíficas e interespecíficas. As relações da mesma espécie que se reúnem em grupos mais desapertado como enxames, colônias, cardumes, manadas e rebanhos, ou grupos mais organizados, como os formigueiros, colmeias e sociedade humana, são denominadas de intraespecíficas. Nas associações interespecíficas, as relações de coabitação entre os indivíduos de espécies diferentes podem ser também complexas e diversificadas, são baseados em fisiologias metabólicas e ecológicos.
Comensalismo
É uma associação harmônica entre duas espécies, onde uma obtém vantagem sem prejudicar a outra ou uma usa o corpo da outra espécie para nutrição. Exemplo associação entre actíneas (anêmonas-do-mar) e o paguro (crustáceo de abdome mole que ocupa as conchas vazias de moluscos gastrópodes para sua proteção). Onde as actíneas aproveita dos restos alimentares que o paguro rejeita ou dispersa. Entamoeba coli vivendo intestino grosso do homem. O comensalismo pode ser divido em inquilismo: nesta relação uma espécie (inquilino) vive no interior ou sobre a outra (hospedeiro), usa como abrigo ou suporte, está espécie se beneficia, porém, sem gerar prejuízos a outra. Exemplo peixe-agulha (Fierasfer), abriga no corpo do pepino-do-mar (holotúria), saí apenas para se alimentar, em seguida retornar (segurança).
Protocooperação é a relação de duas espécies que se associam para benefício mútuo, mas sem obrigatoriedade, uma não depende da outra para sobrevivência. Exemplo as formigas Camponotus, que sugam as secreções de pulgões e cigarrinhas, em troca oferecem proteção contra inimigos naturais. Dentre o comensalismo temos também a forésia.
Forésia
Associação em que uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte para outra espécie, cada qual mantem sua independência alimentar, sendo que a convivência permite obter mais facilmente. O caranguejo de água doce (Potamonautes), beneficia o desenvolvimento das larvas aquáticas, estas crescem aderidas a partes do seu corpo, e por deslocamento, conseguem melhores condições de alimentação. As moscas do berne (Dermatobia hominis), apanha mosquitos hematófagos e deposita seus ovos em seu abdome, as larvas se desenvolvem e aproveitam quando o inseto for picar homens ou animais, para infectar e viverem como parasitas.
Parasitismo
Diferentes grupos além dos microrganismos podem ser parasitas e todos os animais podem ser parasitados. O parasitismo tem vantagem metabólicas, nutricionais e reprodutivas.
Relação entre seres vivos mais estreita e profunda, existe unilateralidade de benefícios, o hospedeiro é espoliado pois fornece alimento e abrigo para o parasita. De um modo geral está relação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro causa prejuízo para o parasita. Em muitos casos o parasita cria-se laços de dependência metabólica, o metabolismo do parasita fica vinculado ao hospedeiro. As relações metabólicas dos parasitas com os hospedeiros, é de natureza nutritiva onde o parasita retira do animal
parasitado, os nutrientes que necessita para sobrevivência. Essa associação entre as espécies, raramente leva a morte do hospedeiro, o mesmo sofre espoliação, mas esta não é o suficiente para causar lhe a morte. Exemplo: o tatu que é o hospedeiro do Trypanosoma cruzi, raramente morre devido ao parasita, por ser hospedeiro natural, já o homem, gato e cão geralmente morrem quando adquire a doença de Chagas. Podemos falar também das regiões endêmicas da malária, a população residente na região (nasceram, cresceram), o número de morte é muito baixo, entretanto quando pessoas que não residem na região entram e são infectadas com a doença na sua forma de maior patogenicidade, frequentemente morrem.
Isso pode ser entendido, o porquê, que no parasitismo de um modo geral, tem-se um equilíbrio entre ambos (parasita mais hospedeiro), porém frequentemente ocorre epidemias ou casos graves de parasitose. É que em locais com alta população, modificação do ambiente, baixas condições de higiene, falta de nutrição (alimentos), a população é mais susceptível, pois há condições favoráveis para multiplicação do parasita.
Podemos citar a esquistossomose mansoni, que se dissemina e abrange seus casos mais graves, quando o homem alterar o ambiente para plantar verduras, construir valas de irrigação de arrozais e canaviais.
Os parasitas têm vantagens em relação a seu hospedeiro, para o desenvolvimento reprodutivo, está característica importante pode ser controlada pelo hospedeiro parcialmente ou completamente. O hospedeiro fornece moléculas da superfície celular para que ocorra a aderência e interação do parasita. Estes dependem de sinais de moléculas para entrar na célula do hospedeiro, e iniciar o ciclo reprodutivo. Esta pode ser uma desvantagem dos parasitas, pois o hospedeiro controla seu desenvolvimento, não ocorrendo este, se não tiver hospedeiro adequado, sem continuar o ciclo reprodutivo. Por essas vantagens e desvantagens, os parasitas evoluíram para promover a sobrevivência por longos ciclos, adaptando as mudanças do meio externo, e construindo uma relação de harmonia com o hospedeiro.
Em alguns casos as relações entre parasitas e hospedeiro, foram construídas de forma acidental, e isso resultou em sobrevivência prolongadas, nutrição adequada e replicação.
	
	EXPLICANDO MELHOR:
	
	Parasitismo uma relação da ecologia, criada entre espécies diferentes, é uma cooperação de troca de benefícios ao longo de uma vida, observa uma submissão duradoura. O organismo cria uma dependência do hospedeiro em níveis variados desde zero até total, podendo ser uma condição permanente ou temporária. Exemplo, alguns parasitas externos (ectoparasitas), obtém o oxigênio do meio externo, exemplos: berne e bicho-do-pé (a fêmea grávida Tunga penetrans). Os parasitos internos (endoparasitos), necessitam totalmente de seus hospedeiros como fonte nutritiva.
Mutualismo
No mutualismo, quando duas espécies se associam e ambas são beneficiadas. O hospedeiro fornece o alimento para o parasita, e utiliza do seu metabolismo e dos produtos formados pelo organismo, obtendo benéfico também. A convivência torna-se reciproca e vantajosa. Exemplo disso, temos as larvas de Spirometra mansonoides (tênia de gatos), que completa seu ciclo em crustáceos de água doce (gênero Cyclops), e uando realizado ensaios experimentais, produzem uma secreção semelhante ao hormônio de crescimento, quando inseridas em camundongos (não é hospedeiro natural), conseguem desenvolver seu corpo 3 a 4 vezes maior, do que no seu hospedeiro natural.
Simbiose
A simbiose é uma relação, onde os indivíduos vivem com troca de vantagens em nível alto entre esses seres vivos, são incapazes de viver separadamente, ou melhor, é a dependência metabólica recíproca entre duas espécies diferentes, que nenhuma delas consegue viver isolada da outra. Exemplo os cupins que se alimentam de madeira, precisam das enzimas produzidas pelos protozoários flagelados que habitam o tubo digestivo dos insetos, para digerir a celulose. Já os cupins são o único habitat natural para as triconinfas. Os protozoários vivem em associação com os ruminates (bovinos), enquanto estes fornecem alimentação e proteção para os protozoários, estes fornecem a enzima (celulase), que quebra a celulose ingerida pelo bovino.
Citamos várias associações ou relações entre os parasitas e o hospedeiro, algumas harmônicas e outras desarmônica, as relações desarmônicas podem ocasionar a morte do hospedeiro ou reações que interferem na qualidade de vida, podemos citar aqui o parasitismo, este dependendo da intensidade da doença provocada no hospedeiro, pode ocasionar ações de graves como:
•Ação espoliativa quando o parasita absorve nutrientes do hospedeiro, ocasionando lesões na mucosa.
•Ação tóxica ocorre reações alérgicas pela produção de enzimas ou metabólitos.
•Ação mecânica: quando o parasita impede a absorção de nutrientes ou o fluxo normal da alimentação.
•Ação irritativa: ocorre irritação no local parasitado (pele ou mucosa intestinal).
•Ação traumática: ocorre lesões de células ou tecidos pelo parasita como rompimento das hemácias, úlceras intestinais, migração cutânea e lesões hepáticas.
•Anóxia: os parasitas causam infeções agudas ou anemia no hospedeiro.
	RESUMINDO:
	Você viu que os seres vivos na natureza possuem inter-relações, variando desde a colaboração mútua pelo meio da simbiose até o predatismo e canibalismo. A relação de parasitismo aconteceu quando o indivíduo, se sentiu prejudicado com alguma dessas relações. Ocorreu modificações nas organizações estrutural morfológicas e biológicas, alterações morfológicas como degenerações ou atrofias ou hipertrofia ou biológicas como passar pelas dificuldades de infectar novos hospedeiros e escapar dos organismos predadores externos, para perpetuar a espécie.
Muitas espécies passam a conviver em um mesmo ambiente, gerando interações. Positivas quando há benefício mútuo ou cooperação (interespecíficas: (comensalismo, mutualismo, simbiose). Negativa quando há prejuízo para algum participante do grupo, quando competem pelas mesmo espaço ou fonte de alimentos (interespecíficas: competição, canibalismo, predatismo e parasitismo
UNIDADE II
Protozoários Parasitos do Homem
	
	INTRODUÇÃO:
	
	A ciência que estuda os protozoários e seus grupos que podem causar doença ao homem, foi de grande importância para a saúde pública. Ao termino deste capítulo, você será capaz de diferenciar os grupos dentre do reino protozoa que compreende os protozoários e metazoários que parasitam o homem, quanto ao meio de locomoção, nutrição, morfológico, ciclo biológico, de bem como os vetores e principais grupos que são responsáveis por epidemias no Brasil e no mundo. Vamos aos estudos?
Dentro do grupo da parasitologia, que é a ciência que estuda os parasitas e associações com seu hospedeiro, temos o reino Protista (Protozoa), platelmintos e nematelmintos (Platyhelminthes) e artrópodes (Arthropoda).
O CONCEITO de protozoário, foi abordado no século XIX, por pesquisadores, a partir deste século o número de espécies aumentaram e novas abordagem de classificação e organização, foram necessárias para entendimento dos organismos. Nos dias de hoje, existe mais de 60.000 espécies de protozoários, uma parte desta ainda são fosseis, o restante é encontrado em todos os tipos de ambientes aquáticos e nos solos, cerca de 10.000 espécies são parasitas de animais, e 100 espécies parasitam o homem. Cerca de 25.000 espécies têm vida livre, mas podem viver em associações harmônica ou desarmônica com outros seres, em alguns casos são encontrados aderido em rocha, algas, plantas aquáticas, rizosfera de plantas, biofilmes em locais com alimento disponível.
Esta única célula realiza todas as funções de locomoção, morfológica, fisiológica, excreção, respiração, nutrição e reprodutiva, com facilidade de adaptações em diferentes ambientes. Estes seres embora tão pequenos em tamanho (2 a 100µm), com ciclo biológico de curta duração, porém com alta reprodução assexuada e sexuada. Quando comparado com microrganismos
que induz infecção bacteriana de curta duração, os parasitas desenvolveram mecanismo de escape que permite longo período de parasitismo.
Os protozoários não possuem grande formação celular, são organismo unicelulares eucarioto, com importância biológica e parasitária considerada. Possuem uma única célula, porém alguns têm organelas de alta complexidade, podendo a complexidade ser comparada com órgãos de organismos multicelulares. Quando comparamos a complexidade fisiológica e funcional, estes seres são mais semelhantes com animais do que com células isoladas. As células podem ter morfológicas variadas em formatos ovais, alongados e esféricos, para identificação os estudiosos precisaram usar várias técnicas como o auxílio de microscópio eletrônico, estudos bioquímicos e fisiológicos.
A condição fisiológica, faz com que espécies de protozoários tenham etapas definidas: como a forma ativa de alimentação e reprodução denominada trofozoíto. A forma de resistência ou inativa, é uma parede cística que o parasito produz para envolver a célula e proteger quando está em meio externo. Os cistos podem ser encontrados em tecidos ou fezes do hospedeiro e os oocistos derivados da reprodução sexuada, podem ser encontrados nas fezes do hospedeiro. Formas de reprodução sexuada por gameta, de algumas espécies como por exemplo Plasmodium, denominado microgameta masculino e macrogameta feminino.
A estrutura dos protozoários é constituída basicamente de membrana, citoplasma e núcleo bem definidos. A membrana plasmática apresenta função e estrutura similar a célula dos animais, funciona como barreira seletiva entre o citoplasma e o meio externo, e importante associação com a nutrição por ingestão de partículas sólidas e líquidas (fagocitose e pinocitose), motilidade, excreção descarte de produtos produzidos pela célula e regulação osmótica. Giardia lamblia e tripanossomas são exemplos de protozoários, que apresentam membrana celular, chamadas de cutículas, possuem uma rigidez para manter a proteção do interior da célula (formato e integridade), porém esta rigidez não interfere no movimento em seu habitat. A membrana plasmática é composta por uma mistura delicada de lipídeos e proteínas, controla o que entra e sai da célula. Os lipídios são denominados de fosfolipídios, são formados por uma dupla camada, com cabeça hidrofílica atraem a água e cauda hidrofóbica não a atração entre água. A bicamada lipídica é composta de pequenos poros, que selecionam as moléculas para passarem através da membrana. As proteínas tem funções diferentes, podem ser canais ou receptores de sinais ou apenas um conexo da membrana.
Nos protozoários temos o citoplasma, inclui organelas envoltas por membranas, com característica de uma massa gelatinosa denominada de citosol, (solução à base de água que contém íons, pequenas moléculas orgânicas, e macromoléculas), muitas vezes diferenciado em ectoplasma (camada externa e transparente) e endoplasma (camada interna contendo as organelas). A estrutura do citoplasma é mais facilmente vista em amebas, pelo prolongamento do externo do citoplasma denominado de pseudópodes, responsável pelo movimento.
No citoplasma estão presentes as organelas como mitocôndria, vacúolos, lisossoma, corpúsculo basal, complexo de Golgi, microtúbulos e retículo endoplasmático, cada organela tem função específica. Algumas espécies de protozoários não possuem mitocôndrias e complexo de Golgi, possuem estruturas especiais. As organelas das diferentes espécies são praticamente semelhantes, o que difere é o tamanho algumas precisam ser observadas em microscópio eletrônico.
Agora vamos falar resumidamente sobre cada funcionalidade das diferentes organelas, o retículo endoplasmático tem duas finalidades lisossíntese de esteróides (liso) e síntese de proteínas (grosso), já o complexo de Golgi que fica junto com o retículo, tem a finalidade de condensar a secreção das proteínas e síntese dos carboidratos, os protozoários flagelados, ciliados e amebas (Giardia), tem essas organelas desenvolvida, reduzida e ausente.
As mitocôndrias são responsáveis pela respiração dos protozoários, possuem DNA, RNA e ribossomos com propriedades parecida com a dos procariotos, alguns parasitas como tripanossoma possuem mitocôndria única, com região rica em proteína, os Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis e Entamoeba não contém mitocôndria.
O meio de nutrição dos protozoários ocorre por predação de microrganismos ou protozoários mesmo, ou por ingestão de partículas do meio. Os tipos de nutrição podem ser por autotróficos, heterotróficos, saprozóicos, mixotróficos e síntese de proteínas e transporte.
Quadro 1 - Tipos de nutrição que ocorre nos protozoários em geral
	Autotróficos
	Sintetizam a luz solar, exercendo fotossíntese.
	Heterotróficos
	Ingestão de partículas orgânicas que são quebradas por enzimas, e o resíduo é eliminado.
	Saprozóicos
	Absorção de substâncias inorgânicas, em decomposição.
	Mixotróficos
	Excreção de resíduos, substâncias solúveis e insolúveis. (Tróficos) mais que uma nutrição.
	Síntese de proteínas e transporte
	Organelas especializadas de estrutura simples e complexas.
Ao ingerir essa partícula forma um vacúolo digestivo, ocorrendo a digestão do alimento e os restos são eliminados para fora da célula. O conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células produzem substâncias tóxicas, e estas precisam ser eliminadas por excreção ou pelo vacúolo contrátil.
Como os protozoários são seres de ambiente aquático, para regular o conteúdo de água no interior da célula e evitar que ocorra o rompimento desta, estes apresentam vacúolos contrátil, que são responsáveis pelo equilibro osmótico da célula. Essas vesículas são como bexigas, acumulam a água e liberam para fora do protozoário. Os alimentos são ingeridos pelos protozoários e enzimas são responsáveis pela quebra destes, essas são produzidas pelo vacúolo digestivo. O citoesqueleto formado por proteínas estruturais que se encontram no interior da célula dos protozoários, são responsáveis pela formação dos flagelos e cílios meios de locomoção.
Os meios de deslocamento dos protozoários são o flagelo, cílio, pseudópodes e microtúbulos. Os flagelos são estruturas finas e permanentes de locomoção dos flagelados, compostas por microtúbulos formados por proteína tubulina, as espécies possuem números variados de flagelos, por exemplo o gênero Trypanosoma tem um único flagelo e as Giardia lamblia quatro ou mais. Os protozoários ciliados possuem cílios para deslocamento, sua composição funcional e morfológica é parecida com a dos flagelos, a diferença é a membrana ondulante formada pelos cílios, são rápidos no meio aquático, pois possuem grande número de cílios na superfície celular. Os pseudópodes são como pés, gerados por alongamento do externo do citoplasma, o movimento é através de deslizamento, e com o movimento vai ingerindo partículas de alimentos, são organelas temporárias. Já as estruturas denominadas de microtúbulos, são meios específicos de Toxoplasma e Sarcocystis, não perceptíveis em microscópios comuns, possibilitam os deslizamento e ondulações, flexões, contrações e deslocamento.
Os núcleos das células dos protozoários geralmente são esféricos ou alongados, situado no endoplasma, separado pela membrana nuclear, constituído de inúmeros canais que transporta material entre o nucleoplasma e o citoplasma. O material genético, está no cromossomo que contém filamentos de DNA (um ou mais núcleos). A síntese proteica é produzida por diferentes tipos de RNA no núcleo, a quantidade de núcleo é diferente entre as espécies de protozoários. Os macronúcleos e micronúcleos são dois tipos de núcleos dos ciliados, são responsáveis pelo controle da atividade vegetativa e reprodução.
Esta organela está presente nos protozoários de água doce e também possui a função de regulação osmótica (controle hídrico) da célula. os protozoários de água doce são hipertônicos em relação ao meio em que se encontram e por isso ocorre, por osmose, uma entrada contínua de água por seu interior. Para
evitar que o protozoário inche e estoure, o vacúolo contrátil bombeia continuamente o excesso de água para fora do protozoário.
A respiração dos protozoários é feita por meio aeróbico necessitam do oxigênio para sobrevivência este é absorvido pela membrana citoplasmática. E meio anaeróbicos não sobrevivem em contato com o oxigênio, não têm membrana.
Principais grupos de protozoários e metazoários parasitos do homem e seus vetores
Os protozoários podem causar doenças graves nos seres humanos, infectam tecidos e órgãos do corpo como: células vermelhas do sangue, sistema nervoso central (SNC), as células de defesa do organismo que atuam no sistema imunológico (macrófagos), intestino, sistema reprodutor, cérebro, músculo e pele. 
Observe o Quadro 2.
Quadro 2 - Locais do corpo humano que os Protozoários infectam causando doença
	Cabeça (SNC)
	Ameba, malária, Toxoplasma e tripanossomas
	Sistema reprodutor
	Trichomonas
	Pele
	Leishmania
	Sangue
	Malária, tripanossomas
	Oragos (fígado)
	Leishmania, Entamoeba
	Intestino
	Cryptosporidium, Entamoeba, Giardia, Cyclospora
Estes protozoários desenvolverem estratégias para bloquear as repostas do organismo do hospedeiro, e utilizam de uma variedade de rotas para infectar os seres humanos.
Os principais grupos de protozoários ou reino protozoa são classificados conforme o meio de locomoção em Sarcomastigophora, os quais estudamos as amebas que movimentam-se por pseudópodes, e os flagelados por longos flagelos, apicomplexa é o estudo dos esporozoários, não possuem estrutura de locomoção e Ciliophora que estuda os organismos ciliados, movimento por cílios curtos.
Mastigophora ou flagelados, o deslocamento é por batimento dos flagelos semelhantes a chicotes, auxiliam na captura de alimentos e estímulos ambientais, a maioria são heterotróficos, forma oval, alongada ou esférica, reproduzem por bipartição, alguns grupos são de vida livre, nutrição de animais e plantas em decomposição, ou membrana ondulares como os tripanossomos. Neste grupo incluem também os flagelados intestinais, que causam doenças graves como a doença do sono e de Chagas, infecções do trato urinário e giardíase (Giardia, Trichmonas, Trypanosoma), doenças causadas no sangue e tecido (Leishmania e Trypanosoma).
Sarcodina são grupos de protozoários ameboides, que causam doenças no ser humano, usam pseudópodes para locomoção e capturar alimentos, vida livre e habitat variado na natureza, como as Entamoeba, Endolimax, Iodamoeba, alguns grupos tem o trato digestivo do homem como habitat como: Entamoeba dispar, Entamoeba coli, Iodamoeba butschilii e Entamoeba nana, estas espécies não são patogênicas ao homem, como descrito na evolução do parasitismo no capitulo I, a única espécie patogênica é a Entamoeba histolytica.
Sporozoa ou esporozoários denominados de Apicomplexa, são parasitas de ciclo de vida complexo, podem ter dois tipos de reprodução sexuada ou assexuada rotativas, geralmente são dois tipos de hospedeiros definitivos: pode ser artrópode, vermes, inseto e vertebrados. Podem ser divididos em duas classes: Coccidio que parasitam o homem Toxoplasma, Isospora e Cryptospidium (causa diarreia no homem e animais). E a classe dos haematozoa que incluem os Plasmodium, e neste grupo encontra-se o parasito da malária.
Ciliophora são grupos de protozoários constituídos pelos ciliados, possuem dois tipos de núcleos em cada organismo, são heterotróficos, com diferentes formas corpóreas, de vida solitária, por ter cílios distribuídos na superfície de todo corpo são muito rápidos, acredita-se que os cílios auxiliam no movimento da água impulsionando para frente, o que ajuda a fugir dos predadores. O Balantidium coli é o único parasita deste que infecta o intestino do homem e diferentes animais.
	
	SAIBA MAIS:
	
	Para melhorar o entendimento sobre o B. coli, sugiro a leitura deste, artigo de Barbosa et al., (2016). Avaliação da frequência de Balantidium coli em suínos, tratadores de suínos e primatas não humanos no estado do Rio de Janeiro. Acessando o link: http://bit.ly/38gAIpc. Acesso em 28 jan.2020.
Os metazoários parasitas do homem, são compreendidos por dois grupos de vermes helmintos que se dividem em Platelmintos e Nematelmintos, são seres que desenvolveram ao longo do tempo passando de protozoários para metazoários.
Os Platelmintos são vermes de corpo achatado, subdivide em duas classes Cestoda e Trematoda. Os cestodas tem o corpo semelhante a uma fita, estes infectam tecidos e intestino dos seres humanos como exemplo as Taenia, Spirometra, Echinoccus, Hymenolepis e Dipylidium, já os trematódeos apresentam em forma de folha, e os esquistossomos são alongados e estreitos, isso facilita seu habitat nos pequenos vasos sanguíneos, os gêneros que infectam os homens incluem Schistosoma, Paragonimus, Clonorchis, Metagonimus, Fasciolopsis e Fasciola.
Nematelmintos são nomeados como parasitas intestinais, pela forma de infectação que ocorre por falta de saneamento básico, falta de higiene e índice socioeconômico. Possuem um corpo cilíndrico arredondado, várias cavidades naturais, sistema nervoso complexo e sexo separado. O procedimento usual para diagnóstico nos seres humanos é análise de fezes, urina, sangue e tecidos, para verificar a presença de ovos ou larvas. Os gêneros dos nematelmintos que infectam o homem: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius Vermicularis.
Quadro 3 - Metazoários – helmintos- espécies e importância para o homem
	Platelmintas-Cestodes
	Taenia solium e saginata
Echinococcus granulosus Diphilobotrium latium Hymenolepis nana e diminuta
	Intestino
	Platelmintas- Trematodes
	Fascíola hepática Paragonimus vestermani Fasciolopsis buski Schistosoma mansoni, japonicum, haematobium
	Fígado e pulmão, intestino e sangue
	Nematelmintas
	Ascaris lumbricoides
Trichuri trichiura
Enterobius vermicularis
	
Vamos fazer um breve relato sobre alguns vetores, que podem transmitir essas doenças de protozoários para o homem ou animais, na classe dos flagelados temos a leishmania brasiliensis, mexicana e donovani, são transmitidos por vetores como Flebotomíneos, subfamília de insetos que tem como habitat as florestas, nas áreas ruas é considerado como endemias, tendo com reservatórios roedores, cães. Os mosquitos Aedes são considerados vetores das doenças como a dengue, Chikungunya, febre amarela e zika, pernilongo Anopheles da malária e mosquito culex: Encefalite janonesa, febre do Nilo e ocidental, Filaríase linfática (Elefantíase). Os triatomíneos são insetos hematófagos obrigatórios conhecidos como barbeiros Triatoma reduviid que causa a doença de chagas (tripanossomíase africana), mosca Tsé-Tsé vetor da doença do sono e caracóis de água doce que causam esquistossomose ou barriga d´ água. E os considerados vermes helmintos: mosca Simulium, causa a doença humana denominada de Oncocercose, mosca Chrysops: doença Loaiasis
Amebas parasitas do homem
Neste tópico vamos falar sobre o grupo de protozoários que possui espécies patogênicas para o ser humano, espécies facultativas de vida livre e aquelas que vivem harmonicamente simbióticas. As amebas que tem como habitat o ser humano, são da família Entamoebidae e do gênero Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax.
	
	VOCÊ SABIA?
	
	A primeira Entamoeba, descrita foi encontrada em barata (Blatta oientalis), por Butschli em 1878, até então era desconhecido que a espécie vivia em contato com hospedeiro, eram denominadas de Amoeba por ter vida livre. O significado da palavra Amoeba se refere aquilo que não tem forma.
As Entamoeba, usam o homem como habitat, pode ser classificadas em: aquelas que tem vida livre mas podem ter patogenicidade (facultativa) Acanthamoeba sp, Balamuthia sp., Naegleria sp. Vivem no homem mas não causam nenhum dano aparente a saúde (simbiótica): Entameba dispar, E. coli, E. gingivalis, Endolimax nana, Iodamoeba butschilii. E a espécie considerada patogênica Entamoeba Histolytica.
Todas as espécies do gênero Entamoeba tem o intestino do homem e dos animais como habitat, menos a E. moshkovskii por viver livremente, são classificadas
conforme número de núcleos de cisto.
As E. coli, E. muri e. gallinarum possuem oito núcleos em seu cistos, E. histolytica, E. dispar, E. hartmani, E. moskovskii apresentam quatro núcleo, contendo um núcleo no cisto são denominadas de E. polectki, E. suis e a que não possui cisto E. gingivalis
O ciclo biológico do protozoário, apresenta dois estágios básicos e bem definidos: trofozoítos e cistos. As amebas descritas diferenciam uma das outras pelo tamanho do cisto e trofozoíto, pela estrutura e número de núcleos nos cistos, porém a diferenciação entre as espécies é bastante complexa, em cada faze do ciclo da vida o parasita apresenta uma característica celular, com morfologia e bioquímica diferentes, essa diferenciação só é possível observando várias estruturas como trofozoíto nas fezes, intestino, cistos maduros e imaturos em fezes normais, observando a morfologia dos cistos e trofozoítos.
Os trofozoíto é a forma ativa do protozoário, capaz de alimentar, movimentar e reproduzir, geralmente invadem a luz do intestino grosso, podendo invadir mucosas quando patogênicos. Os cistos são formas resistentes multinucleadas ou sem núcleo que são eliminados junto com as fezes.
Entamoeba histolytica e amebíase: parasita
A E. histolytica é o agente etiológico da doença infecciosa do ser humano Amebíase, considerado um importante problema de saúde pública, gerando número elevado de óbitos todos os anos. São parasitas do intestino grosso dos seres humanos, primatas e alguns outros animais, em alguns casos são assintomáticos, desenvolvendo em momento de estresse ou sistema imunológico comprometido.
E. histolytica encontra-se distribuída amplamente em todo o mundo. Sua prevalência é maior nos países das zonas tropicais e subtropicais, com populações carentes e sem saneamento básico. Com o aumento da migração de pessoas de países em desenvolvimento para países desenvolvidos favorece o contágio. Áreas com alta incidência de infecção amebiana incluem Índia, África, México e partes da América Central e do Sul.
Há grande quantidade de pessoas infectadas em regiões frias, como o Canadá, norte dos Estados Unidos e Europa. Segundo dados Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a cada ano, esta doença se desenvolve em todo o mundo em 40-50 milhões de pessoas e causa 40.000 mortes, o que a torna a segunda principal causa morte por infecção provocada por protozoário parasito.
No ano de 1990, através de vários estudos foi possível separar, amebas idênticas em duas espécies, E. dispar (não patogênica) e E. histolytica (patogênica). E. dispar não causa nenhuma forma de doença, mesmo em pacientes imunocomprometidos. Porém quando relatar a E. histolytica, esta é responsável pela colite amebiana, infecta todos os gêneros em ser humano.
Quanto a identificação, podemos encontrar a ameba ativa, o cisto inativo, e o trofozoíto que pode ser encontrado nos tecidos, fezes aquosas causadas pela amebíase, o tamanho é entre 15 a 30 µm, os trofozoídes podem ser encontrados por meio de diagnóstico do material fresco, possuem movimentos rápidos.
Os cistos de amebas patogênicas medem de 10 a 20µm, podem ser encontrados em fezes pastosas. Atualmente, as espécies patogênicas são diferentes da não patogênica, os cistos são maiores em tamanho decorrente da diferença de nutrição ou da presença da espécie não patogênica que é menor.
Entamoeba Histolytica e amebíase: a doença
A amebíase é a infecção do homem pela Entamoeba Histolytica com ou sem manifestação clínica. O homem se infecta ingerindo os cistos maduros, juntamente com alimentos, água ou contato fecal-oral, falta de higiene domiciliar disseminando o mesmo entre a família toda. Ocorre a ingestão dos cistos, passando pelo estômago, resistem ao suco gástrico, chegando ao intestino grosso, ocorre o desencistamento no intestino delgado, formando o metacisto, o qual se divide em quatro, oito trofozoítos, aderem na mucosa do intestino e a nutrição é detritos de alimento e bactérias. Depreende da parede do intestino no cólon, transformam em pré-cisto e posteriormente em cisto, saindo com as fezes, o ciclo patogênico pode instalar no fígado, cérebro, pulmão, pele e cérebro. Os cistos podem sobreviver até semanas no ambiente, pela proteção da parede, ocasionando novo contágio.
O fator virulência da E. histolytica é um evento multifatorial influenciado por diferentes fatores, pouco compreendido pela variabilidade e potencial patogênico e diferença de virulência, estes protozoário tem a capacidade de mudar de um tipo harmônico para virulento, agressivo e invasor, este pode ser explicado com um rompimento do equilíbrio parasita-hospedeiro, favorecendo o parasita é claro. Dentre o meio que amebas vivem podemos relatar a presença de bactérias, e estas principalmente anaeróbicas, são capazes de potencializar a virulência da E. histolytica, está virulência pode ser deduzida, porque as bactérias que vivem no trato intestinal são bactérias patogênicas como Escherichia coli, Salmonella sp. Shigela entre outras, e estas transferem gene de virulência para outras espécies.
A E. histolytica instala na célula com uma forte adesão, estando mediada pela proteína lectina e por fagocitose faz a destruição de da parede epitelial, liberando enzimas proteolíticas, as quais favorece o aumento da destruição dos tecidos. Posteriormente, penetrando na mucosa intestinal, formando úlceras, estas podem ter diferentes tamanhos e formas, induzindo a inflamações que espalham facilmente, formando abscessos e necrose.
Os pacientes como amebíase desenvolvem diarreia sanguinolenta e dor abdominal, febre seguida de anorexia e perda de peso. Mulheres grávidas, indivíduos imunocomprometidos, desenvolve diarreia sanguinolenta, e perfuração do intestino, denominado de amebiana fulminante, outro diagnostico é considera mais grave e menos comum, é a forma invasiva que causa maior número de morte a amebíase hepática, não é identificado cistos ou trofozoítos nas fezes, porém os sintomas são agudos e agressivos com menos de 10 dias de duração, os homens e crianças, são pacientes mais comuns. A infecção do cérebro causando abscesso encefálico é rara, seus sintomas são imprevistos, acompanhado de vômito, tontura e confusão menta, os pacientes raramente sobrevivem. Em casos muito raros, a amebíase pode infectar órgãos como o sistema urinário, genital, osso e pele.
Diagnóstico da amebíase é feito por analises por microscópio das fezes e mucosa do cólon de pacientes com diarreia, este método tem sido utilizado a muitos anos, este pode gerar resultado falso positivos, dependendo da experiência do analista.
	RESUMINDO:
	Aprendemos que sobre o protozoário, cerca de 25.000 espécies têm vida livre, mas podem viver em associações harmônica ou desarmônica com outros seres. Esta única célula realiza todas as funções de locomoção, morfológica, fisiológica, excreção, respiração, nutrição e reprodutiva, com facilidade de adaptações em diferentes ambientes. Os protozoários não possuem grande formação celular, são organismo unicelulares eucarioto, com importância biológica e parasitária considerada. Possuem uma única célula, porém alguns têm organelas de alta complexidade, podendo a complexidade ser comparada com órgãos de organismos multicelulares. No citoplasma estão presentes as organelas como mitocôndria, vacúolos, lisossoma,
	
	CONTINUANDO:
	
	corpúsculo basal, complexo de Golgi, microtúbulos e retículo endoplasmático, cada organela tem função específica. o retículo endoplasmático tem duas finalidades lisossíntese de esteróides (liso) e síntese de proteínas (grosso). As mitocôndrias são responsáveis pela respiração dos protozoários. O meio de nutrição dos protozoários ocorre por predação de microrganismos ou protozoários mesmo, ou por ingestão de partículas do meio. Os meios de deslocamento dos protozoários são o flagelo, cílio, pseudópodes e microtúbulos. Os principais grupos de protozoários ou reino protozoa são classificados conforme o meio de locomoção em: Sarcomastigophora os quais estudamos as amebas movimenta-se por pseudópodes, e os flagelados
por longos flagelos, apicomplexa é o estudo dos esporozoários, não possuem estrutura de locomoção e Ciliophora que estuda os organismos ciliados, movimento por cílios curtos. Os Platelmintos são vermes de corpo achatado, subdivide em duas classes Cestoda e Trematoda. Nematelmintos são nomeados como parasitas intestinais, pela forma de infectação que ocorre por falta de saneamento básico, falta de higiene e índice socioeconômico. Na classe dos flagelados temos a leishmania brasiliensis, mexicana e donovani. Os mosquitos Aedes são considerados vetores das doenças como a dengue, Chikungunya, febre amarela e zika. Os são insetos hematófagos obrigatórios conhecidos como barbeiros, doença de Chagas, mosca Tsé-Tsé vetor da doença do sono e caracóis de água doce que causam esquistossomose ou barriga d´ água. E os considerados vermes helmintos: mosca Simulium, causa a doença humana denominada de Oncocercose, mosca Chrysops: doença Loaiasis. As amebas que tem como habitat o ser humano, são da família Entamoebidae e do gênero Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax E. histolytica é o agente etiológico da doença infecciosa do ser humano Amebíase.
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UNIDADE III
Leishmania e Leishmaniases: Os Parasitos
Leishmania braziliensis ou as leishmaníase tegumentares americanas
O parasita protozoário Leishmania causa 2 milhões de novos casos de leishmaniose por ano, atinge 12 milhões de pessoas a qualquer momento e é um grande problema de saúde em todo o mundo. O gênero Leishmania, por Ross 1903, envolve agentes que causam no homem e nos animais doenças com amplo espectro (BRASILa, 2019).
	
	VOCÊ SABIA?
	
	Segundo a Organização Mundial da Saúde, a leishmaniose é a segunda principal causa de morte por infecção parasitária e a 12ª principal causa de morte por doenças infecciosas em todo o mundo.
Além disso, a incidência de leishmaniose está aumentando devido ao desenvolvimento em áreas de floresta e devido a mudanças na população devido conflitos.
As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por protozoários flagelados do gênero Leishmania transmitidas pela picada de flebotomíneos, na qual podem variar de úlceras localizadas a doença sistêmica. O gênero Leishmania é composto por várias espécies e subespécies de protozoários flagelados, que são agrupados por mais de 20 espécies de protozoários unicelulares, digenéticos, encontradas nas formas promastígotas e amastigotas.
As espécies de Leishmania que infectam seres humanos podem manifestar-se em três formas clínicas diferentes: cutânea, mucocutânea e visceral, as duas formas principais: visceral (a forma mais séria da doença) e tegumentar (na forma cutânea ou mucocutânea). A doença afeta com mais frequência, as pessoas mais pobres e está associada à desnutrição, moradia, sistema imunológico do indivíduo e a condições sociais e econômicas. A leishmaniose também está associada a mudanças ambientais como o desmatamento, construção de barragens, sistemas de irrigação e a urbanização.
A principal forma de transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros mamíferos é através da picada de fêmeas de dípteros da família Psychodidae, Gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente como mosquito palha. Os cães são os principais reservatórios domésticos de Leishmania, sendo o principal responsável pela manutenção desse agente na área urbana. Os cães infectados, especialmente os assintomáticos, são potenciais fontes de infecções para o vetor.
A morfologia entre as diferentes espécies do gênero Leishmania é muito semelhante. Portanto, a taxonomia é baseada em múltiplas características, temos algumas mais relevantes que são através de: Bioquímicos: através do estudo de isoenzimas (zimodemas); Imunobiológicos: através do uso de anticorpos monoclonais específicos (serodemas) para subespécie e hibridação do DNA dos quinetoplastos (esquizodemas); Comportamento biológico de Leishmania: em animais experimentais, o vetor ou nos meios de cultura in vitro.
O entendimento da epidemiologia canina é essencial para o planejamento do controle de infecção humana e canina. Para isso, é importante saber a intensidade de transmissão entre os cães, a proporção dos cães em áreas de risco e a diferenciação entre os cães infectados e sadios para permitir o controle dos animais infectados.
O ciclo biológico pode ser descrito da seguinte forma: A partir da ingestão da forma amastigota pelas fêmeas do mosquito durante o repasto sanguíneo. Esses insetos possuem o aparelho bucal curto e rígido que é capaz de dilacerar tecidos e vasos sanguíneos do hospedeiro, o que proporciona um misto de sangue, linfa e restos celulares durante a telmatofagia, que são importantes para a ingestão das formas infectantes. No hospedeiro invertebrado, o parasito se prolifera por fissão binária no intestino do inseto e se transforma em flagelado promastígota metacíclica e que será introduzido através da picada. Ao ser introduzido no hospedeiro vertebrado, a forma promastígota é englobada por histiócitos: dentro deles, os protozoários perdem o flagelo e sofrem fissão binária, originando formas amastigotas nos fagolisossomos da célula hospedeira, onde alguns são liberados para infectar outras células, e outros juntamente com os histiócitos são ingeridos por insetos através da picada.
A leishmaniose constitui-se um grave problema de saúde pública no mundo e também um importante problema veterinário. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de um bilhão de pessoas estão vivendo em áreas endêmicas de risco de infecção. Estima-se que ocorra de 700.000 a 1.000.000 de novos casos por ano e que 20.000 a 30.000 casos irão ao óbito anualmente. A leishmaniose é frequentemente encontrada em pacientes em estados imunossuprimidos por HIV, transplantes de órgãos, tumores e pacientes que fazem quimioterapia.
Quadro 1 - Espécie e subespécie de leishmania de importância para o homem.
	Subgênero
Viannia
	Subgênero
Leishmania
	Espécies do complexo braziliensis:
	Espécies do complexo donovani:
	Leishmania braziliensis
	Leishmania chagasi
	Leishmania guayanensis
	Leishmania chagasi
	Leishmania paramensis
	Espécie mexicana:
	Leishmania peruviana
	Leishmania mexicana
	Leishmania lainsonai
	Leishmania amazonenses
	
	Leishmania pifanoi
	
	Leishmania venezuelense
por feridas, aparece lesões únicas e pequeno número, porém o número aumenta com formação de graves lesões, com infecções crônicas, Figura 1. Este tipo de Leishmania é responsável pelas lesões mais destrutivas.
No Pará o vetor da L. braziliensis é a Lu. Wellcomei (flebotomíneos que compõem uma subfamília de insetos), o homem adquire a infecção durante todo período estacional das chuvas, durante o dia. O vetor não possui hábitos domiciliares, assim o homem adquire o mesmo na mata. Em outros estados a doença é causada pelo desmatamento e mudança no meio ambiente. Na região de Minas Gerais e Espírito Santo, a transmissão da doença ocorre em áreas de mata secundária, e a maior incidência é moradores jovens e adultos das áreas rurais, as regiões do corpo mais afetadas são as expostas (braços, membros inferiores, cabeça e face), porém em plantação de banana próximo das residências já foram registrado casos, e com isso é considerado que no Brasil os vetores da Leishmania, estão tanto no ambiente silvestre quanto no peridomicílio. Animais domésticos como cavalos, burros e cães, são infectados, acredita-se que estes animais são reservatórios domésticos da Leishmania, os dados não são claros sobre estes estudos (NASCIMENTO, 2013).
A Leishmaniose tegumentar americana, é uma enfermidade infecciosa, não contagiosa, que acomete pele e mucosas e apresenta uma cadeia complexa de transmissão, estando sujeita em uma mesma região a diversos determinantes tais como: desequilíbrio ecológico produzido pela invasão do homem aos nichos naturais da doença, variações sazonais e a susceptibilidade da população. Na América, são reconhecidas onze espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença humana e oito espécies somente em animais. No Brasil já foram identificadas 7 espécies, sendo

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