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CERATOCONJUNTIVITE SECA Deficiência do filme lacrimal aquoso, resultando em ressecamento e inflamação da córnea e da conjuntiva. SINAIS CLÍNICOS Os gatos tendem a ser menos sintomáticos que os cães. Blefarospasmo. Hiperemia conjuntival. Quemose. Membrana nictitante proeminente, enoftalmia. Secreção ocular mucoide a mucopurulenta. Alterações da córnea (doença crônica) — vascularização superficial; pigmentação; ulceração. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS • Teste lacrimal de Schirmer — resultados diminuídos são diagnósticos; valor normal (cães): no mínimo 15 mm/min de umedecimento da fita; pacientes sintomáticos: geralmente <10 mm/min de umedecimento da fita. • Coloração com fluoresceína — úlceras de córnea. • Proceder aos exames de cultura e sensibilidade bacterianas aeróbias se o tratamento inicial não for bem-sucedido; não recomendado rotineiramente, porque a proliferação bacteriana é comum em casos de doença crônica. • Citologia conjuntival — pode indicar a natureza e o grau da proliferação bacteriana. MEDICAMENTO(S) • Tacrolimo pode ser aviado sob a forma de solução ou pomada a 0,01-0,03% e tem se mostrado mais eficaz no aumento da produção lacrimal em comparação à ciclosporina. É recomendável a terapia a cada 12 h. • Pomada de ciclosporina a 0,2% — é aconselhável a terapia a cada 12 h. • Pilocarpina a 0,25% tópica a cada 12 h; alternativamente, pode-se usar 1 gota de pilocarpina a 2%/10 kg de peso corporal a cada 12 h no alimento e aumentar lentamente de 1 gota até que se observem lacrimejamento ou efeitos colaterais sistêmicos (anorexia, salivação, vômito, diarreia, bradicardia). Mais eficaz na ceratoconjuntivite seca neurogênica. • Lágrimas artificiais e pomadas lubrificantes — ajudam a umedecer a córnea; devem ser utilizadas com frequência; alívio apenas transitório do ressecamento; as preparações variam muito em sua composição; agentes mais espessos podem ser emolientes para olhos muito ressecados nos pacientes que não respondem ao tratamento com a ciclosporina. • Antibióticos de amplo espectro — tópicos (soluções ou pomadas); frequentemente indicados na proliferação bacteriana secundária; raramente indicados, uma vez que a proliferação bacteriana esteja controlada e a produção lacrimal seja restabelecida; antibióticos sistêmicos podem ser recomendados em casos refratários. • Corticosteroides — tópicos; minimizam a inflamação; eficazes na redução da vascularização e pigmentação da córnea; não são utilizados comumente, mas podem ser úteis em alguns pacientes. Interromper caso ocorra o desenvolvimento de ulceração. • Agentes mucolíticos (p. ex., acetilcisteína) — ocasionalmente utilizados para ajudar a interromper a secreção mucosa persistente; raramente indicados assim que a produção lacrimal se restabelecer. REFERENCIAS Maggs DJ, Miller PE, Ofri R. Slatter’s Fundamentals of Veterinary Ophthalmology, 4th ed. St. Louis: Saunders, 2008, pp. 166-171. Autor Erin S. Champagne Consultor Editorial Paul E. Miller
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