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Semiologia Cardiovascular

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SEMIO CARDIOVASCULAR 
 
➢ O coração é um par de bombas musculares 
dotadas de valvas combinadas em um único 
órgão; 
➢ Está localizado no mediastino inferior médio 
 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
 
 
AD → valva tricúspide → VD → valva pulmonar → 
tronco pulmonar → pulmão → veias pulmonares → AE 
→ valva mitral → VE → valva aórtica → aorta 
 
• Pulmonar: o sangue chega à aurícula direita no 
AD pelas veias cavas superiores e inferiores, 
passa para o VD, pela válvula 
atrioventricular/tricúspide, que quando se 
contrai, dá-se a ejeção ventricular direita para 
o tronco pulmonar (com art. pulmonar direita 
e esquerda), passando pela válvula 
semilunar/pulmonar, levando o sangue aos 
pulmões para oxigenação e chega ao AE pelas 
veias pulmonares. 
• Sistêmica: o sangue oxigenado recebido no AE 
passa para o VE, pela válvula 
atrioventricular/mitral/bicúspide. Com a 
ejeção ventricular esquerda, o sangue passa 
para a aorta, pela válvula semilunar/aórtica, 
levando o sangue para o corpo e retornando 
no AD para oxigenação, na circulação 
pulmonar. 
 
Anatomia das coronárias: 
 
 
CICLO CARDÍACO 
 
Sístole: contração e ejeção dos ventrículos 
1. Contração isovolumétrica: inicia com o 
fechamento da atrioventricular (primeira 
bulha cardíaca – B1 – sístole) e o ventrículo 
contrai progressivamente, aumentando a 
pressão (PV>PA e PV<Pao), mas sem variação 
de volume; termina com a abertura das 
semilunares (pulmonar e aórtica). 
2. Ejeção rápida: corresponde a primeira metade 
do período de ejeção, em que há aumento da 
pressão e saída de 70% do volume sistólico. 
3. Ejeção lenta: segunda metade do período de 
ejeção, momento em que há decaimento de 
pressão do ventrículo, com o seu relaxamento, 
e saída de aproximadamente 30% do volume 
sistólico; termina com o fechamento das 
válvulas semilunares. 
 
Diástole: relaxamento e enchimento dos ventrículos 
1. Relaxamento isovolumétrico: inicia quando as 
válvulas semilunares se fecham (segunda 
bulha cardíaca – B2 – diástole); há o 
relaxamento dos ventrículos com decaimento 
da pressão, sem alteração do volume (pela 
diferença de pressão e porque as válvulas 
estão fechadas); termina com abertura das 
atrioventriculares – quando a pressão 
ventricular fica menor que a atrial. 
2. Enchimento rápido: após abertura das 
atrioventriculares, todo o sangue acumulado 
nos átrios (na sístole) passa abruptamente 
para os ventrículos (70% do sangue do 
ventrículo). 
3. Diástase ou enchimento lento: período em que 
há a passagem do sangue direto das veias 
(pulmonares e cavas) aos ventrículos, sem 
parar nos átrios (20% do sangue dos 
ventrículos). 
4. Contração/sístole atrial: inicia com a contração 
atrial (sístole) e termina com o fechamento das 
atrioventriculares pela diferença de pressão 
(10 % do sangue dos ventrículos). 
 
MÚSCULO CARDÍACO 
 
Propriedades do músculo cardíaco: 
• Excitabilidade: responde ao estímulo 
• Condutibilidade: condução do estímulo 
• Contratilidade: contrai em resposta ao 
estímulo 
• Automatismo: gera o potencial de ação e pode 
ser induzido pelo sistema nervoso autônomo. 
 
Obs: Sincício = todas as células (miócitos) funcionam 
como uma só, para contração igual. Há o atrial e o 
ventricular, separados por tecido fibroso (isolante 
elétrico). 
A contração depende de cálcio extracelular, pois ele 
permite a ligação cruzada entre a miosina e actina. Na 
hipocalcemia (baixo cálcio) há diminuição da 
contratilidade, reduzindo a ejeção ventricular, 
resultando em uma disfunção miocárdica secundária à 
hipocalcemia. 
 
POTENCIAL DE AÇÃO NOS MIÓCITOS CONTRÁTEIS 
 
 
 
Fase 0: despolarização rápida: pela entrada de sódio na 
abertura dos canais de sódio (rápidos); fase 
ascendente rápida. 
 
Fase 1: repolarização breve e precoce; há um pequeno 
deslocamento da curva em direção à linha de potencial 
zero por uma diminuição abrupta da permeabilidade 
ao sódio e da saída de potássio. 
 
Fase 2: platô: abertura dos canais de cálcio (lentos) – 
sustenta a despolarização para ter a entrada de cálcio 
na célula e equilibra a saída do potássio. Nesta fase há 
uma relativa estabilização em torno da linha de 
potencial zero 
 
Fase 3: repolarização rápida: abertura dos canais de 
potássio (rápidos). Há mais saída de potássio, que 
começa a vencer, após a estabilização entrada de cálcio 
(ao reduzir a permeabilidade da célula ao cálcio) na 
fase anterior. Nessa fase há deslocamento da curva 
para a linha de base, voltando o potencial da 
membrana ao valor de -90 mV. Ao final desta fase o 
potencial basal da membrana está recuperado, porém 
com uma distribuição iônica invertida. 
 
Fase 4: repouso elétrico ou fase diastólica, para haver 
recuperação do perfil iônico inicial (-90 mV) e conseguir 
despolarizar quando houver estímulo. 
 
*A duração do potencial de ação é de 200 
milisegundos. 
Obs: medicações como a adrenalina, atua nos canais de 
sódio, aumentando a permeabilidade a ele, atingindo o 
limiar mais rápido, levando a despolarização, aumento 
da frequência cardíaca, força de contração e débito 
cardíaco. 
 
SISTEMA DE CONDUÇÃO 
 
Nó sinusal/sinoatrial: localizado na parede póstero-
lateral superior do átrio direito; as células se auto 
despolariza (por ser impermeáveis ao cálcio), e gera o 
potencial de ação para contração dos átrios (sístole 
atrial). Dita a frequência cardíaca, com ritmo de 60 a 
100bpm. 
• A condução entre os átrios é feita 
miogenicamente, com a presença do feixe 
interatrial (feixe de Bachmann). 
 
Vias intermodais: deixa a condução do nó AS para o nó 
AV mais rápida, devido as fibras condutoras 
especializadas com maior número de junções GAP. 
Retarda o impulso em 0,03 segundos (30ms). 
 
Nó atrioventricular: localizado na parede posterior do 
átrio direito – próximo ao septo; retarda o potencial de 
ação em 0,09 segundos (90ms), impedindo que o átrio 
e o ventrículo se contraiam ao mesmo tempo. Quando 
assume a função de marcapasso, sua frequência gira 
em torno de 40 a 60bpm. 
 
Feixe de Hiss: se prolonga pelo septo interventricular 
em ramos direito e esquerdo, que seguem em direção 
ao ápice do coração. Não possui capacidade de 
conduzir estímulo retrogrado para os átrios, impedindo 
a reentrada (passagem do impulso por um circuito já 
despolarizado anteriormente, de forma retrógada). 
Retarda o impulso em 0,04 segundo (40ms). Quando 
assume função de marcapasso, comanda uma 
frequência de 15 a 30bpm. 
 
Total do atraso: 0,16 segundos (160ms) – na 
telediástole/final da diástole. 
 
Fibras de Purkinje: ramificações dos ramos direito e 
esquerdo do feixe de Hiss; possui grande quantidade 
de junções comunicantes, fazendo a rápida 
transmissão do potencial de ação, contraindo os 
ventrículos (sístole ventricular). 
 
 
EXAME CARDIOVASCULAR 
 
ANAMNESE 
 
Observar: precordialgia (dor torácica), dispneia 
(cansaço ou falta de ar), síncope (desmaio), palpitação, 
edema nos membros e cianose. 
 
Fatores de risco: diabetes, dislipidemia, tabagismo, 
obesidade, hipertensão... 
*Deve descrever as medicações e há quanto tempo 
está em uso. 
 
Sinais e sintomas: 
 
Dor torácica: dor cardíaca indicada com a mão 
esfregando no peito, forte intensidade, tipo opressão 
ou aperto, piora aos esforços, melhora no repouso ou 
com uso de nitratos, associada a sudorese, 
náuseas/vômitos, palidez, extremidade frias e dispneia 
cardiogênica (ortopnéia ou dispneia paroxística 
noturna), e com irradiação (para a parte medial dos 
MMSS, região epigástrica). 
 
*Dispnéia é mais predominante na insuficiência 
cardíaca esquerda em associação à congestão 
pulmonar, irritabilidade, insônia, confusão mental e 
fadiga. 
 
*Edema é mais predominante na insuficiência cardíaca 
direita em associação com a cianose, hepatomegalia, 
dor abdominal e turgência jugular. 
 
Palpitação: subita ou gradual? Com dor associada? 
Acompanhada com alteração da visão, lipotímia, 
tontura...? Qual frequencia ocorre? Quanto tempo 
dura? Melhora espontaneamente? Especidicar fatores 
precipitantes e de melhora. 
 
Síncope: resultado da baixaperfusão cerebral; súbita, 
sem convulsão, sem liberação esfincteriana e sem 
presença de estados pós ictais. A consciência retorna 
rapidamente na síncope cardíaca, enquanto ocorre 
demora na síncope neurológica. 
 
Cianose: excesso da concentração de hemoglobina 
com baixa de saturação de oxigênio. Há dois tipos: 
central (resulta de shunts direita-esquerda ou por 
deficiência da função pulmonar) e periférica (resulta de 
vasoconstricção secundária a baixo debito ou 
exposição ao frio). 
 
EXAME FÍSICO 
 
É realizado inspeção, palpação e ausculta. A percussão 
cardíaca não é realizada. 
 
Inspeção: 
• Abaulamento (observar na posição tangencial 
e frontal) 
• Deformidades 
• Frêmitos (vibração tátil das vibrações 
produzidas no coração ou nos vasos – avaliar 
localização/focos, situação no ciclo e 
intensidade em cruzes) 
• Ictus cordis: choque de ponta – contato da 
porção anterior do VE com a parede do tórax 
durante a fase de contração do ciclo cardíaco. 
Observar localização (5º EICE na linha 
hemiclavicular), extensão (2 polpas digitais), 
intensidade (impulsivo ou pouco impulsivo), 
mobilidade (móvel de 1 a 2cm para a linha 
axilar), ritmo e frequência. Não é palpável em 
indivíduos obesos, com musculatura bem 
desenvolvida e mamas volumosas. 
Pode sugerir dilatação ou hipertrofia do VE, 
deslocado para a esquerda, rebaixado, 
estendendo-se por 3 ou mais espaços 
intercostais, duração prolongada e grande 
intensidade. 
 
Normolíneos: cruzamento da linha 
hemiclavicular esquerda com 5º EICE. 
Brevilíneos: desloca-se 2cm para fora e para 
cima = 4º EICE 
Longilíneos: 6º EIE, 1 a 2cm para dentro da 
linha hemiclavicular E. 
 
• Batimentos ou movimentos visíveis e/ou 
palpáveis. 
• Pulsação epigástrica (transmissão da aorta 
abdominal ou hipertrofia de VD) ou pulsação 
na fúrcula (pode significar HAS e aneurisma de 
aorta). 
• Atritos (sensação tátil do atrito entre as 
membranas pericárdicas e pleuras – principal 
causa é pericardite). 
 
AUSCULTA 
 
Realizar em ambiente silencioso e avalia a relação dos 
batimentos cardíacos com a respiração. 
 
 
Focos: 
• Aórtico: 2° EICD, linha esternal D 
• Aórtico acessório: 3° EICE, linha esternal E 
• Pulmonar: 2° EICE, junto ao esterno 
• Tricúspide: base do apêndice xifoide, 
ligeiramente a esquerda (4° ou 5° EICE) 
• Mitral: 5° EICE, linha hemiclavicular 
 
 
 
Buscar: frequência cardíaca (bradicardia, taquicardia 
ou normal de 60 a 100bpm), ritmo (regular ou irregular 
em 2 ou 3 tempos, ritmo de galope e arritmias), bulhas 
(B1 e B2, bulhas acessórias, desdobramentos, 
hiperfonese ou hipofonese ou normofonéticas), sopros 
(patológicos, fisiológicos, sistólicos ou diastólicos, em 
que foco? Irradia?), e ruídos adicionais (B3 e B4, 
estalidos ou cliques de abertura). 
 
Bulhas: são vibrações geradas pela aceleração e 
desaceleração da coluna de sangue e pelas estruturas 
cardiovasculares (ventrículos, estruturas valvares). 
Podem ser audíveis em todos os focos. Obs: B1 e B2 
com o diafragma e B3 e B4 com a campanula. 
 
Primeira bulha: TUM 
• Fechamento das valvas mitral e tricúspide; 
coincide com o ictus cordis e com pulso 
carotídeo; mais intensa no foco mitral; mais 
grave e com maior duração que B2; 
 
Desdobramento de B1: TLUM-TA 
• É percebido pela descontinuidade na bulha; 
presente na inspiração e expiração; 
• Fisiológico em adultos e é transitório, 
ocasionado pelo assincronismo na contração 
dos ventrículos. 
• Patológico pode apresentar um atraso no 
fechamento da valva tricúspide e sobrecargas 
ventriculares. 
 
Segunda bulha: TÁ 
• Fechamento das valvas aórticas e pulmonares; 
com timbre mais agudo e seco. 
 
Desdobramento de B2: TUM-TLA 
• Fisiológico e comum em crianças e jovens; mais 
evidente na inspiração (queda da pressão 
intratorácica → aumento do retorno venoso 
→ aumento do tempo de ejeção do VD); 
• Patológico em bloqueio de ramo direito 
(acentua na inspiração); comunicação 
interatrial (desdobramento fixo); e bloqueio de 
ramo esquerdo (evidencia-se na expiração). 
 
Terceira bulha: TUM-TA-TU 
• É fisiológico em crianças e adolescentes; é a 
vibração da parede ventricular, decorrente da 
brusca transição da fase de enchimento rápido 
para a fase de enchimento lento. Indica 
sobrecarga volumétrica ventricular; melhor 
audível com campânula; 
• Patológico no ritmo de galope; em sobrecarga 
do volume ventricular crônica (insuficiência 
aórtica crônica, insuficiência mitral crônica, CIV 
e CIA) ou em redução da complacência 
ventricular (cardiomiopatia dilatada, 
hipertrófica e restritiva). 
 
Quarta bulha: 
• É a vibração da parede ventricular produzida 
por vigorosa contração atrial; a complacência 
do ventrículo deve estar baixa (déficit no 
relaxamento ventricular); ruído débil e difícil 
ser percebida; melhor audível com campânula; 
Causas: HVE concêntrica (idosos, HAS, 
estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica), 
doença isquêmica do miocárdio e 
cardiomiopatia dilatada e restritiva. 
 
RESUMO DO PORTO 
 
 
 
Sopro: 
• São produzidos por vibrações decorrentes de 
alterações no fluxo da corrente sanguínea, 
pelo aumento ou diminuição da viscosidade; 
ou por alterações valvares, por estenose ou 
insuficiência; 
• Causas da mudança no fluxo normal, que causa 
o sopro: estenose, dilatação ou alterações no 
próprio vaso. 
• Avaliar localização quanto ao foco da ausculta 
ou quanto a fase do ciclo (sistólico ou 
diastólico): 
Proto → terço inicial 
Meso → terço médio 
Tele → terço final 
Holo → período todo da sístole ou da diástole 
• Avaliar se há irradiações: 
o Sopro sistólico da estenose aórtica → 
irradia para a face lateral direita do 
pescoço 
o Sopro diastólico em foco aórtico → 
irradia para a ponta do coração 
o Sopro sistólico de regurgitação em 
foco mitral → irradia para axila 
 
 
 
Manobras 
 
Rivero-carvalho: inspiração profunda (diferencia o 
sopro de origem tricúspide do mitral); 
Foco tricúspide → aumento do som → manobra + → o 
sopro é de origem tricúspide 
 
Valsalva: expiração forçada (aumenta a intensidade 
dos sopros à esquerdo por aumento do retorno venoso 
nestas câmaras). 
 
DOENÇA CARDIOVASCULAR 
 
 
HIPERTENSÃO 
• Aumento sustentável do nível da pressão 
arterial > 140 x 90 mmHg 
• Associada com distúrbios metabólicos e 
alterações funcionais 
• Fatores de risco modificáveis e não 
modificáveis: idade, sexo, etnia, sobrepeso e 
obesidade, dislipidemia, consumo de sal (>2g), 
álcool, sedentarismo e a genética. 
 
Primária: sem causa aparente identificável 
Secundária: com a causa identificável; se tratar a causa, 
a HAS some. 
 
Anamnese: na identificação, atentar sobre a HAS 
secundária; na QP, geralmente é assintomática; na 
HDA, buscar fatores de risco; 
 
 
O manguito deve ser alterado, se for criança, adulto ou 
obeso. O primeiro som audível é a fase I de korotkoff e 
o segundo som é a fase V de korotkoff 
 
 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
É a condição na qual o coração é incapaz de garantir o 
DC adequado à demanda tecidual ou o faz à custa do 
aumento de sua pressão de enchimento. 
 
O paciente apresenta o fluxo retrógrado: 
 
VE → AE → circulação venocapilar pulmonar 
VD → AD → circulação venocapilar sistêmica 
 
IC direita: cansaço aos esforços, dor no hipocôndrio 
direito e edema dos MMII. Exame físico: cianose, 
turgência de jugular, refluxo hepatojugular, 
hepatomegalia, edema periférico, ascite e derrame 
pleural. 
 
IC esquerda: dispneia aos esforços, dispneia 
paroxística noturna e ortopneia. Exame físico: 
estertores crepitantes, pulmão com percussão maciça, 
pulso alternante e respiração cheyne-stokes (da 
normal, cresce até taquipneia, decresce até a apneia, 
fica normal e cresce novamente). Complicações: EAP 
 
ICC: insuficiência cardíaca congestiva acomete o lado 
direito e esquerdo. 
 
Anamnese: na QP, atentar ao edema e dispneia; HDA, 
com fatores de risco. 
 
 
 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA 
 
É a desproporção entre a oferta e o consumo de 
oxigênio. Caracterizada por dor torácica. 
 
Fatores de risco:sexo masculino, idade avançada, HAS, 
dislipidemia, tabagismo, infarto prévio e insuficiência. 
 
Angina estável: dor torácica retroesternal, se mantem 
inalterada em intensidade por longos períodos (de 30 
seg a 15 min); típica por esforço físico e atípica por 
atividade não física e pontuda/agulhada. ECG normal. 
 
 
 
Infarto: dor referida como facada, de localização e 
irritação semelhante à angina, porém mais intensa e 
prolongada (> 30min). Geralmente não precedido por 
fatores desencadeantes. Sem dor em idosos e 
diabéticos. Idosos sente dor epigástrica. 
 
 
 
 
 
ECG – em menos de 10min da admissão 
• Normal: na crise dolorosa/assintomática 
• Supra ST/BRE grau III: no IAM com supra ST 
• Infra ST: na angina instável/IAM sem supra ST 
• Alterações de ST-T inespecíficas/necrose 
antiga 
• Papel de avaliação do ECG sequencial 
 
Marcadores de necrose miocárdica: troponina (I e T), 
mioglobina e CK-MB e CK. 
 
 
 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
 
Surgimento de um déficit neurológico súbito causado 
por um problema nos vasos sanguíneos do SNC. Pode 
ser isquêmico ou hemorrágico. 
 
Qualquer sintoma tem início súbito. 
 
Anamnese dirigida: saber o início dos sintomas, 
confusão mental, se houve relaxamento do nível de 
consciência, liberação dos esfíncteres, vômitos 
precedidos de cefaleia. 
 
Exame físico: fazer escala de Glasgow, sinais de 
trauma, sinais vitais, glicemia e ausculta. 
 
EXAME CARDIOVASCULAR 
 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
 
• Avalia as dimensões dos átrios, ventrículos e 
vasos; observa a área, silhueta e vasculatura 
cardíaca; 
• Incidências: PA e perfil; no leito faz em AP 
• Popular, de baixo custo e não invasivo 
• Contraindicado em gestantes 
• Índice cardiotorácico: o coração deve ter o 
mesmo tamanho de um hemitórax. Se tiver 
maior, o coração está hipertrofiado, como a 
sobrecarga diastólica do ventrículo direito 
 
 
MAPA 
 
• Monitorização ambulatorial da pressão arterial 
• Permite o registro indireto e intermitente da 
pressão durante a 24 horas, ou mais, enquanto 
o paciente realiza atividades na vigília e 
durante o sono. 
• Utilidade: hipertensão do avental branca, 
episódica, do sono, resistência a 
medicamentos, disautonomias, hipotensão 
ortostática e síncope. 
• Contraindicado em síndromes hipercinéticas, 
arritmias complexas, obesidade mórbida, 
desconforto no exame, distúrbios no trabalho 
ou do sono e limitações técnicas. 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
 
• Registra a atividade elétrica do coração, 
refletindo os eventos em conjunto de suas 
células funcionais e a condução dessa 
atividade elétrica. 
Ondas positivas: para cima da linha de base 
Ondas negativas: abaixo da linha de base 
Isovolumétrica: 
• Condução do ritmo: nó sinusal (onda P) → 
feixes intermodais → nó atrioventriculas → 
feixe de Hiss → 
• Popular, de baixo custo e não invasivo; um dos 
principais exames na prática clínica diária 
• Realizado em papel milimetrado (quadriculado 
em 1mm); no eixo horizontal avalia o tempo e 
na vertical avalia a amplitude; 
• 1 quadrado menor é 0,04s e o maior 0,2s; 5 
quadradões é 1s. 
• Solicitado em: primeira consulta da 
cardiologia, paciente com dispneia e dor aos 
esforços (com insuficiência cardíaca), em risco 
pré-operatório, em seguimento pós 
revascularização e arritmias. 
 
 
 
 
 
 
Onda P: despolarização atriais; positiva em D1, D2, aVF 
e negativa em aVR. 
Intervalo PR: trânsito do impulso elétrico do nó sinusal 
ao nó atrioventricular 
Complexo QRS: despolarização e contração ventricular 
(primeira bulha) 
Intervalo QT: ciclo elétrico ventricular completo de 
despolarização-repolarização 
Segmento ST: período refratário absoluto ventricular – 
ventrículos despolarizados e contraídos (infra pode ser 
observada em infarto) 
Onda T: período refratário relativo da repolarização 
ventricular – ventrículos em processo de relaxamento. 
 
 
 
 
Derivações do plano frontal: 
D1 – braço direito para o esquerdo 
D2 – direito em direção ao pé 
D3 – s 
aVR – s 
aVL – s 
aVF – s 
 
 
 
Derivações precordiais: 
V1 – s 
V2 – s 
V3 – s 
V4 – s 
V5 – s 
V6 – s 
 
 
 
 
 
 
HOLTER 
 
• Monitorização ambulatorial do ECG, em 24h 
ou 48h. 
• Diagnosticar: ocorrências elétricas anormais 
do coração durante atividades diárias 
(arritmias); avaliação de isquemia miocárdica; 
eficácia terapêutica de agentes antiarrítmicos 
e anti-isquêmicos; predição de eventos 
cardíacos futuros. 
• Solicitar quando houver sintomas que alteram 
o ritmo cardíaco; palpitação, síncope, tontura, 
mal-estar indefinido; miocardiopatia, IAM com 
disfunção do VE, pós revascularização. 
 
TESTE ERGOMÉTRICO 
 
• Individuo submetido a um esforço físico 
• Diagnostico de doenças cardiovasculares; 
avalia resposta terapêutica e tolerância ao 
esforço. 
• Detecta isquemia miocárdica e arritmias; 
distúrbios de esforço, condições aeróbicas, 
prescrever exercícios; avaliar intervenções 
terapêuticas. 
• Contraindicado em dor torácica aguda; 
estenoses valvares; insuficiência valvares 
graves; taquiarritmia, bradiarrimia e arritmia 
complexas; afecções não cardíacas com 
agravamento pelo TE. 
 
ECOCARDIOGRAMA 
 
• Indicado em lesões valvares; endocardite; 
próteses valvares; miocardiopatia (dilatada, 
hipertrófica e restritiva); IAM; doenças do 
pericárdico; avaliação da função ventricular; 
doenças cardíacas. 
• Tipos: transtorácico, transesofágico e fetal 
 
No transesofágico: é realizado intubação do esôfago 
com uma sonda, com um ou mais trasdutores na 
extremidade; deve ser feito ambulatorialmnte, com 
paciente internado ou durante procedimentos 
cirúrgicos; é necessário jejum mínimo de 5h, com 
anestesia tópica em orofaringe e, se preferível, 
sedativo venoso associado. 
 
 
 
 
 
CINTILOGRAFIA MIOCÁRDICA 
 
• Diagnóstico não invasivo para cardiopatia 
isquêmica 
• Indicado em pré-operação de revascularização 
miocárdica; correlação anatomo-funcional; 
pós IAM; pós cinecoronariografia; insuficiência 
cardíaca; em DPOC; hipertensão que pode 
piorar com esforço; 
• Realiza imagens após injeção do radiotraçador, 
que se distribui no miocárdio 
proporcionalmente ao fluxo coronariano, em 
repouso ou após estresse. Com interpretação 
de acordo com a intensidade das imagens 
(mais vermelho melhor; em infarto não fica 
vermelho e sim escuro) 
• A radiação gama emitida pelo decaimento do 
radionuclídeo é detectada por uma gama-
câmara que produz imagens planares do 
miocárdio.

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