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Epífora em cães: causas e tratamentos

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EPIFORA
Fluxo anormal excessivo da porção aquosa do filme lacrimal pré-corneano. Causada por um de três problemas comuns: (1) produção excessiva da porção aquosa das lágrimas (resposta à irritação ocular); (2) disfunção da pálpebra secundária à má-formação ou deformidade; ou (3) obstrução do sistema de drenagem nasolacrimal.
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
• Cultura bacteriana, antibiograma e exame citológico do material — em casos de material purulento no canto medial (p. ex., dacriocistite); realizados antes de se instilar qualquer substância no olho. 
• Aplicação tópica do corante fluoresceína no olho — teste mais fisiológico para função nasolacrimal; deve ser efetuado em primeiro lugar; o corante flui através do sistema nasolacrimal e alcança as narinas externas em aproximadamente 10 segundos em cães normais. 
• Irrigação nasolacrimal. 
• Rinoscopia — com ou sem biopsia ou cultura bacteriana; poderá ser indicada se os exames anteriores sugerirem a existência de lesão nasal ou sinusal. 
• Cirurgia exploradora — pode ser a única forma de se obter o diagnóstico definitivo. 
• Fechamento temporário da pálpebra medial inferior com sutura — poderá ajudar a determinar se o reparo do entrópio medial inferior ou o reposicionamento da pálpebra reduziria a epífora secundária a anormalidades da conformação palpebral. 
Irrigação Nasolacrimal 
• confirma a obstrução. 
• Pode deslocar algum material estranho. 
• O procedimento consiste na inserção de cânula nasolacrimal no ponto nasolacrimal superior. 
• Por meio da cânula, instila-se colírio — se o líquido não sair no ponto nasolacrimal inferior, a obstrução estará localizada nos canalículos superiores ou inferiores, no saco nasolacrimal ou no ponto inferior (imperfurado). 
• Obstrução manual do ponto inferior — se o líquido irrigado não sair pelas narinas externas, a obstrução estará situada no ducto nasolacrimal ou em sua abertura distal (atresia ou bloqueio por lesão em seio nasal).
TRATAMENTO 
• Eliminar a causa de irritação ocular — remoção de corpo estranho na conjuntiva ou na córnea; tratamento da doença ocular primária (conjuntivite, ceratite ulcerativa e uveíte); criocirurgia ou eletroepilação para distiquíase; correção de entrópio; cantoplastia medial ou lateral (para triquíase medial e fissuras macropalpebrais); correção de anormalidades palpebrais cicatriciais. 
• Tratar a lesão obstrutiva primária (massa na terceira pálpebra, massa nasal ou sinusal, e infecção) — fazer logo de início; o sucesso do tratamento pode permitir o restabelecimento do fluxo nasolacrimal normal. • Avisar o proprietário que o animal fica predisposto à obstrução nasolacrimal e que a recidiva é comum. 
• Informar ao proprietário que a detecção e a intervenção precoces resultam em um prognóstico melhor a longo prazo.
MEDICAMENTO(S) DE ESCOLHA 
• Soluções oftálmicas tópicas de antibiótico de amplo espectro — enquanto se aguardam os resultados dos exames diagnósticos (cultura bacteriana e antibiograma; radiografias diagnósticas); a cada 4-6 h; pode-se tentar o uso de soluções oftálmicas tópicas com 3 antibióticos (neomicina, gramicidina e polimixina B) ou solução oftálmica de ciprofloxacino. • Dacriocistite — com base nos resultados da cultura bacteriana e do antibiograma; continuar por pelo menos 21 dias.
REFERENCIAS
Grahn BH, Sandmeyer LS. Diseases and surgery of the canine nasolacrimal system. In: Gelatt KN, ed., Veterinary Ophthalmology, 4th ed. Ames, IA: Blackwell, 2007, pp. 618-632. 
Miller PE. Lacrimal system. In: Maggs DJ, Miller PE, Ofri R, Slatter’s Fundamentals of Veterinary Ophthalmology, 4th ed. St. Louis: Saunders, 2008, pp. 157-174. 
Autor Brian C. Gilger 
Consultor Editorial Paul E. Miller

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