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Degeneração Hepatica

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Aula dia 24/02/22
Degeneração do fígado 
 
O fígado possui um repertório relativamente limitado de 
respostas celulares e tissulares à lesão, independentemente da causa. 
As mais comuns são: 
❖ Degeneração de hepatócitos e acúmulos intracelulares. 
❖ Necrose e apoptose de hepatócitos. 
❖ Inflamação. 
❖ Regeneração. 
❖ Fibrose. 
 
 
 
Degeneração Glicogênica 
 
Acúmulo anormal de glicogênio nas células, decorrente de 
distúrbios metabólicos. 
Nos hepatócitos, ocorre por: 
❖ hiperglicemia 
❖ doença metabólica induzida por fármacos (ex: 
corticosteróides) 
❖ deficiência enzimática relacionada a doenças de 
armazenamento de 
❖ glicogênio 
❖ tumores hepatocelulares 
 
Macroscopicamente não há lesão aparente. Ao microscópio 
apresenta vacúolos claros mal delimitados de diferentes tamanhos, 
levando ao aumento de volume celular e a um aspecto fosco, podendo 
estar dentro do núcleo; um exemplo clássico é a diabetes mellitus. 
 
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) 
 
Esteatose (Fígado gorduroso). 
Patogenia. Os mecanismos lesão hepatocelular não são 
totalmente conhecidos, porém a genética e o ambiente desempenham 
um papel em sua patogenia. 
Um modelo de “dupla agressão” foi proposto para a patogenia, 
englobando dois eventos sequenciais: 
❖ Acúmulo de gordura hepática e 
❖ Estresse oxidativo hepático. 
O estresse oxidativo age sobre os lípides hepáticos acumulados, 
resultando em peroxidação e liberação de peróxidos lipídicos, que 
podem produzir espécies reativas de oxigênio. 
 
Aspectos Clínicos. A DHGNA inclui 
❖ Esteatose hepática simples, Esteatose acompanhada por 
inflamação mínima e inespecífica e a Esteato-hepatite não 
alcoólica (EHNA) 
❖ Os indivíduos com esteatose simples geralmente são 
assintomáticos. • A apresentação clínica muitas vezes está 
relacionada com outras. perturbações metabólicas, como 
obesidade, resistência à insulina e diabetes. 
❖ A doença cardiovascular é uma causa de morte frequente 
em pacientes com EHNA. 
❖ A estratégia terapêutica atual busca corrigir os fatores de 
risco subjacentes, como obesidade e hiperlipidemia, e tratar a 
resistência à insulina. 
 
A) Tecido hepático com esteatose macrovesicular (coloração 
H&E). B) EHNA, que apresenta fibrose perivenular e fibrose 
perissinusoidal (fibras azuis) na coloração com tricromo. 
 
Degeneração Hialina 
 
Caracterizada por um acúmulo de proteínas, podendo ser: 
❖ Epitelial: dentro da célula, substância com forma de 
pequenos grânulos acidófilos ou aglomerados irregulares. 
 
Aula dia 24/02/22
❖ Conjutivas: fora da célula, atingindo o tecido conjuntivo 
fibroso e a parede dos vasos, daí também o nome conjuntivo-
vascular. 
 
Há vários tipos de degeneração hialina intracelular, entre eles 
estão: 
❖ Degeneração hialina goticular: Surgimento de várias 
gotículas hialinas dentro das células. Ocorre principalmente em 
doenças 
❖ Corpúsculo de Russel: A Imunoglobulina forma um 
corpúsculo, ocorrendo uma cristalização no citoplasma do 
plasmócito. 
❖ Degeneração hialina de Mallory: Aparece em patologias 
como cirrose hepática e carcinoma hepático. Os hepatócitos 
apresentam massas hialinas. Ocorre devido a destruição de 
proteínas do citoesqueleto. É reversível. 
 
Degeneração do fígado 
 
Toda degeneração do fígado pode ser chamada de hepatite. 
Distúrbios Infecciosos 
❖ Hepatite Viral 
➢ Vírus da Hepatite A 
➢ Vírus da Hepatite B (HBV) 
➢ Vírus da Hepatite C 
➢ Vírus da Hepatite D 
➢ Vírus da Hepatite E 
➢ Vírus da Hepatite G 
❖ Infecções Bacterianas, Parasitárias e Helmínticas 
 
 
 
Hepatite Viral – Hep A (HAV) 
 
❖ O vírus da Hepatite A (HAV) 
❖ Vírus ssRNA 
❖ É uma doença benigna e autolimitada, 
❖ período de incubação de 3 a 6 semanas. 
❖ Não causa hepatite crônica nem estado de portador, 
raramente causa hepatite fulminante. 
❖ Distribuição cosmopolita e está associada a falta de higiene 
(agua e alimentos). 
❖ Transmissão orofecal 
❖ Tende a ser leve ou assintomática e é rara após a infância. 
❖ Nos países desenvolvidos, 50% da população é soropositiva 
para HAV 
❖ Os indivíduos afetados apresentam sintomas inespecíficos, 
como fadiga e perda do apetite, e frequentemente desenvolvem 
icterícia. 
❖ Em geral, o HAV é responsável por cerca de 25% dos casos 
de hepatite aguda no mundo todo. 
❖ O período de incubação varia de 15 a 45 dias, sendo a 
média de 30 dias 
 
 
O vírus da Hepatite B (HBV) é um vírus de dupla fita de DNA e 
pode 
produzir: 
❖ Hepatite aguda com recuperação e eliminação do vírus; 
❖ Hepatite crônica não progressiva. 
❖ Doença crônica progressiva terminando em cirrose; 
❖ Hepatite fulminante com necrose hepática maciça; 
❖ Um estado de portador assintomático. A doença hepática 
crônica induzida por HBV é um precursor importante para o 
desenvolvimento de carcinoma hepatocelular 
 
Hepatite B 
 
❖ Via de Transmissão Parenteral, contato sexual e perinatal. 
❖ O HBV tem um período de incubação prolongado (4 a 26 
semanas). 
❖ A hepatite B pode ser prevenida pela vacinação e pela 
triagem de sangue, órgão e tecidos de doadores. 
❖ A vacina é preparada a partir de HBsAg purificado 
produzido em levedura. 
❖ A vacinação induz uma resposta protetora de anticorpos 
anti-HBs em 95% dos lactentes, crianças e adolescentes. 
❖ A vacinação universal teve um sucesso notável em Taiwan 
e Gâmbia, mas infelizmente não foi adotada no mundo 
todo. 
 
 
Aula dia 24/02/22
Hepatite C 
 
❖ Produzida pelo vírus da hepatite C (HCV). 
❖ Vírus RNA de fita única. 
❖ É a infecção transmitida pelo sangue mais comum. 
❖ Em contraste com o HBV, a progressão para doença 
crônica ocorre na maioria dos indivíduos infectados por 
HCV. 
❖ A cirrose eventualmente ocorre em 20% a 30% dos 
indivíduos com infecção crônica por HCV. 
❖ É a indicação mais comum para transplante de fígado 
 
Doenças da vesícula biliar 
 
Colecistite 
A inflamação da vesícula biliar pode ser: 
❖ Aguda, 
❖ Crônica, 
❖ Aguda superposta à crônica. 
Quase sempre ocorre em associação com cálculos de vesícula. 
É uma das indicações mais comuns para cirurgia abdominal. 
 
 
Colecistite Aguda 
A colecistite calculosa aguda é uma inflamação aguda da vesícula 
biliar,precipitada em 90% das vezes por obstrução do colo ou do ducto 
cístico. 
É a complicação primária dos cálculos biliares e o motivo mais 
comum paracolecistectomia de emergência. 
A colicistite sem cálculos, chamada de colecistite acalculosa, pode 
ocorrer em pacientes com doenças graves e representa 
aproximadamente 10% dos pacientes com colecistite. 
 
 
Icterícia do recém-nascido 
 
A icterícia é um dos sinais clínicos mais comuns observados em 
recém-nascidos (RN). 
É causada pelo acúmulo na pele e esclera de um pigmento 
amarelo alaranjado denominado bilirrubina. 
Na maioria das vezes, a icterícia no RN é resultante do acúmulo 
da bilirrubina indireta (BI) não conjugada e apresenta curso 
geralmente benigno. 
Já o acúmulo de bilirrubina direta (BD) em qualquer fase do 
período neonatal requer investigação mais aprofundada. 
Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que se forma 
no momento da destruição dos glóbulos vermelhos no sangue e que 
depois é transportada para o fígado. Por isso, sua concentração é 
maior no sangue e pode estar alterada quando existe alguma condição 
envolvendo as hemácias, como a anemia hemolítica, por exemplo; 
Bilirrubina direta ou conjugada: corresponde à conjugação entre 
a bilirrubina e o ácido glicurônico, um açúcar, no fígado. A bilirrubina 
direta sofre ação da bile no intestino, sendo eliminada na forma de 
urobilinogênio ou estercobilinogênio. Assim, a concentração de 
bilirrubina direta está alterada quando há alguma lesão hepática ou 
obstrução biliar. 
 
Epidemiologia 
• Cerca de 60% dos RN a termo (RNT) e 80% dos pré-termo 
(RNPT) apresentam algum grau de icterícia nos primeiros dias de 
vida1,2. 
 Os RNT que desenvolvem a icterícia apresentam um pico entre 
os3º e 4º dias de vida, seguido por melhora. 
Cerca de 10% desses RN apresentam uma icterícia mais 
importante, com indicação de fototerapia. 
 Os RNPT tardios (35 e 36 semanas de idade gestacional) muitas 
vezes, apresentam picos de icterícia mais altos e tardios (entre o 5º e 
o 7º dias de vida), com indicação de fototerapia em cerca de 25% dos 
casos, necessitando, geralmente, de reavaliação após a alta. 
 
Causas comuns 
As causas mais comuns de icterícia no recém-nascido são 
❖ Icterícia fisiológica (mais comum): Os glóbulos 
vermelhos dos recém-nascidos normalmente se 
decompõem a uma velocidade mais lenta, e o trato 
digestivo e a função hepática de recém-nascidos são 
imaturos. À medida que o trato digestivo e o fígado 
amadurecem, a bilirrubina é processada mais 
rapidamente, e a icterícia rapidamente desaparece. 
Normalmente surge dois a quatro dias após o 
nascimento. Em geral não causa outros sintomas e se 
resolve em uma ou duas semanas. 
❖ Icterícia da amamentação: Se desenvolve em um a seis 
dos bebês amamentados alguns dias após o 
nascimento. Ocorre em recém-nascidos que não 
consomem leite materno suficiente (Falta de produção. 
 
Aula dia 24/02/22
Importância dos Bancos de Leite). Os recém-nascidos 
que consomem menos leite materno têm menos 
evacuações e, assim, eliminam menos bilirrubina. À 
medida que os recém-nascidos continuam a 
amamentar e a consumir mais leite, a icterícia em geral 
desaparece por conta própria. 
❖ Icterícia do leite materno: é menos comum. Se define 
como a persistência de icterícia fisiológica além da 
primeira semana de vida. Se desenvolvem em somente 
1 a 2% dos recém-nascidos amamentados. Surge em 
recém-nascidos com cinco dias de idade, atinge o pico 
em duas semanas e pode durar três semanas. Parece 
ser causada por um fator, ainda não identificado, no 
leite materno que promove um aumento na absorção 
intestinal da bilirrubinemia. 
❖ Decomposição excessiva de glóbulos vermelhos 
(hemólise): pode sobrecarregar o fígado com mais 
bilirrubina do que ele pode processar. Na doença 
hemolítica do recém-nascido, o tipo sanguíneo do 
recém-nascido é incompatível com o da mãe (como 
ocorre na em incompatibilidade de Rh). Deficiência 
hereditária da enzima dos glóbulos vermelhos glicose-
6-fosfato desidrogenasse (G6PD). Distúrbios 
hereditários dos glóbulos vermelhos, como a 
alfatalassemia grave. 
 
Fatores de risco para o desenvolvimento de hiperbilirrubinemia 
 
Fatores de Risco Maiores 
❖ Icterícia precoce < 24 horas. 
❖ Incompatibilidade sanguínea. 
❖ Idade gestacional entre 35 e 36 semanas. 
❖ Irmão com icterícia que necessitou de fototerapia. 
❖ Céfalo-hematoma ou outros hematomas significativos. 
❖ Aleitamento materno exclusivo, principalmente se a 
amamentação não estiver ocorrendo de forma adequada e 
o RN apresentar perda excessiva de peso. 
❖ Etnia asiática. 
Fatores de Risco Menores 
❖ Idade gestacional entre 37 e 38 semanas. 
 
Indicações de fototerapia 
 
RN prematuros: 
❖ < 1.000 g: iniciar fototerapia se BT ≥ 6 mg/dL. 
❖ g a < 1.500 g: iniciar fototerapia em níveis de BT entre 7 e 9 
❖ mg/dL. 
❖ 1.500 g a < 2.000 g: iniciar fototerapia se BT entre 10 e 12 mg/dL. 
❖ 2.000 g a < 2.500 g: iniciar fototerapia se BT entre 12 e 14 mg/dL. 
 
Apesar de a bilirrubina absorver luz visível com comprimento de 
onda entre 400 e 500 nM, as luzes mais eficientes para fototerapia são 
as que se aproximam do pico máximo de absorção situado entre 450 
e 460 nM. 
Luzes azuis especiais com espectro entre 425 e 475nM são as mais 
 eficientes para a fototerapia. 
As lâmpadas brancas frias, com espectro entre 550 e 600 nM e 
variância entre 380 e 700 nM, também são adequadas para 
tratamento.

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