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C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 1 C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 📚 REFERÊNCIAS: 1) Reumatologia Diagnóstico e Tratamento (Carvalho, MA- 5ª ed); 2) Tratado de Clínica Médica (Lopes, AC, 2016); 3) Consensus Recomendations for the Management in OA (Panlar, 2016). GENERALIDADES A OA (tbm chamada de artrose) é a doença articular mais prevalente, sendo a causa mais frequente de dor músculo-esquelética. Não é considerada doença degenerativa, pois há ↑ metabolismo celular articular em resposta a uma agressão à cartilagem EPIDEMIOLOGIA E FATORES ASSOCIADOS Idade: aumenta a incidência Não tem diferença entre sexo Indivíduo >70a, há mudança de predileção de local acometido pelo processo degerativo: H: quadril M: mãos, principalmente nas articulações interfalangeanas proximais (IFP) e na 1º carpo-metacarpofalangeana (carpo-MCF). Cervical, lombar, joelho, mão, coxofemoral e pé são frequentemente acometidos. É raro, mas pode acometer punho, cotovelo, ombro e tornozelo Além da idade, há outros fatores associados: Desordens genéticas: Raça: brancos > negros Obesidade Pós-menopausa: ↓ estrogênio ⇒ perda proteção massa óssea Doenças articulares ou ósseas adquiridas C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 2 Cirurgia articular prévia: menistectomia (retira cartilagem) Ocupação laboral: artroses acometem articulações de maior uso Trauma articular Lesões e/ou atividades esportivas Doenças endócrino-metabólicas FISIOPATOLOGIA Enquanto na OP há alterações em OCs eOBs, na OA não há alterações na estrutura óssea, mas na cartilagem (matriz e condrócito). Liberação citocinas pró-inflamatórias: IL-1, TNF e IL-6. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 3 C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor articular: dor de característica mecânica e não inflamatória. A evolução é silenciosa, crônica, possui poucos sinais inflamatórios. Rigidez articular com menos de 30 minutos ⇒ diferente da AR que causa rigidez matinal prolongada por mais de 1 hora. - Disfunção ou limitação articular. - Deformidades ósseas. CAUSAS DA DOR: Pressão exercida sobre as áreas expostas do osso subcondral. Estiramentos ligamentares. Sinovite ⇒ espessamento e inflamação da sinóvia. Distensão capsular ⇒ distensão da cápsula articular. Microfraturas Mediadores da degradação da cartilagem. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 5 trabeculares. Ativação química de nociceptores da membrana sinovial e da região periarticular ⇒ Todos esses fatores em conjunto, e não isolados!!! MÃOS: Surgem nódulos de consistência endurecida, principalmente nas articulações interfalangeanas distais e interfalangeanas proximais. - Nódulos nas articulações IF distais: nódulos de Heberden. - Nódulos nas articulações IF proximais: nódulos de Bouchard. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 6 JOELHOS: ALTERAÇÕES RADIOLÓGICAS Desalinhamento dos joelhos, ↑ volume do joelho direito, palpação: consistência endurecida. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 7 ↓ espaço articular Áreas císticas e esclerose do osso subcondral Formação de osteófitos nas margens articulares e inserções ligamentares. Alterações da conformação óssea. Joelho em AP: ↓ espaço entre os platôs do joelho. Na parte superior da tíbia, há uma linha branca cobrindo toda a margem da tíbia (ESCLEROSE ÓSSEA). C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 8 Há ↓ espaço entre a patela e o fêmur. As pontinhas da patela estão espiculadas: OSTEÓFITOS. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 9 Radiografia do quadril em AP: há alteração importante na articulação coxofemoral E, sendo que não é possível ver o espaço articular. Há uma esclerose óssea relevante. Na ponta do acetábulo, há formações grosseiras e espiculadas, que são os osteófitos. A articulação coxofemoral D também possui esclerose óssea acetabular e ↓ espaço coxofemoral, mas não é tão grave quanto à esquerda. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 10 Radiografia da coluna lombar em AP: presença de osteófitos (conhecidos como “bico de papagaio”). C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 11 TRATAMENTO Não existe tto curativo para OA, até o momento. O obj do tto presente é: controle da dor, ↓ incapacidade e melhora da função articulação 1) MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS Educação. Perda de peso. Exercícios aeróbicos, fisioterapia, terapia ocupacional. Apoio para deambulação (bengalas, andadores). Órteses, palmilhas. Calçado apropriado com amortecedor de impacto. 2) MEDIDAS FARMACOLÓGICAS Analgésicos comuns: sistêmico ou tópico AINEs: sistêmico, tópico ⇒ Atenção com pctes idosos, pcte com outras comorbidades (asma, DM, HAS, DCV) ⇒ AINEs podem piorar condição de base Rx joelho: TRÍADE DA OA. 1 = ↓ espaço articular; 2 = osteófitos e 3 = esclerose óssea subcondral. C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 12 Infiltração articular: corticoide por via intra-articular. O corticoide é um excelente anti-inflamatório e possui uma indicação precisa para articulações bem inflamadas e que não obtiveram melhora com analgésicos comuns e AINEs. Viscossuplementação: infiltração de ácido hialurônico por via intra-articular. A ideia é manter o líquido sinovial, já que o ácido hialurônico é um de seus componentes, a fim de melhorar a nutrição e o deslizamento das cartilagens. Condroatuantes: esses medicamentos não alteram o curso da doença, apenas melhora a dor. Ao interromper o tto, a dor reaparece. Portanto, são medicamentos de uso crônico e contínuo. Diacereína. Sulfato de glicosamina. Sulfato de condroitina. Insaponificáveis de abacate e soja 3) INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS Osteotomias: alinhamento ósseo. Artroscopia (é feita por uma cânula de vídeo): debridamento, retirada de corpos livres. Artrodese: fusão entre dois ossos. Artroplastias: prósteses substitutivas ... ATENÇÃO PARA AS TABELAS ABAIXO: é o que temos de mais atual no tto da OA ... TTO DA OA EM MÃOS C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 13 TTO DA OA EM QUADRIL C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 14 TTO DA OA EM JOELHOS C2 - OSTEOARTRITE (Thaís Garcia) 15
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