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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR IV A lógica do Brincar

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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR IV: ÉTICA E TEORIA CRÍTICA
Temática: Instrumentalização e padronização cultural: a lógica do brincar
“Nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.” - Oliver Wendell Holmes.
A frase acima citada trás uma reflexão sobre a necessidade de não perder sua criança interior... Não parar de brincar, levar a vida de maneira que em cada fase tenha alegria de viver, brincar e aprender.
O brincar se torna cada vez mais apertado na grade diária, pois a tarde são as lições de casa e a agenda de atividades a cumprir. Mãe posso brincar um pouco? Não, meu filho, agora é hora de coisa séria. Muitas vezes elas escutam isso, sou se pensarmos bem, nós ouvimos ou falamos essa e outras frases que limitaram o “brincar”.
Ansiedade , depressão e outros males sociais e emocionais tem alcançado de forma precoce nossas crianças e adolescentes, que por vários motivos tem deixado de interagir com o seu próximo e o mundo ao seu redor... Criando e vivendo sobre uma pressão extrema de ser aceito, ter o que o outro tem forçando a pular etapas em sua vida.
A proposta da BNCC da Educação Infantil trata o brincar como um dos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento que pautam os Campos de Experiências. 
Isso significa que esses direitos precisam estar garantidos em cada um dos cinco Campos: O eu, o outro e o nós; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Traços, sons, cores e formas; Corpo, gestores e movimentos e Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
A brincadeira também aparece como eixo estruturante da proposta para Educação Infantil, ao lado das interações. Isso porque é brincando e interagindo com seus pares e adultos que as crianças aprendem e se desenvolvem: fazem descobertas, exploram possibilidades, ampliam seu repertório. 
O brincar pode proporcionar às crianças aprendizagens com sentido e significado. Para potencializar essas experiências, é preciso que os professores atuem com intencionalidade pedagógica na organização dos espaços e no planejamento das atividades.
O lúdico na educação infantil
Na Educação infantil a criança brinca, joga, dança tudo isso através das atividades lúdicas, e com isso é propiciado o agir, o sentir, o pensar, dentro desse contexto ela se desenvolve social e cognitivamente.
A educação lúdica não é passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. O brincar na ludicidade é algo sério, é uma ação inerente na criança, e aparece sempre em busca de algum conhecimento e de forma transicional, transformando o pensamento individual em coletivo.
Considerando como atividades lúdicas os jogos, brincadeiras e músicas, fundamentadas por um expressivo referencial teórico, este trabalho mostra a forma como devem ser aplicadas as atividades lúdicas na Educação Infantil para que a criança se torne sujeito ativo do processo educacional, promovendo desenvolvimento físico, mental e consequentemente, melhorando o desenvolvimento escolar e pessoal. 
É necessário ao professor saber selecionar as ocasiões mais relevantes dentro da sala de aula, observando o sentido e de que maneira irá ajudar o seu processo de aprendizagem. O lúdico, na educação infantil é de extrema relevância para o desenvolvimento da criança, isso porque é atividade primária, a qual resulta em um benefício e aspecto físico, intelectual e social.
 Podendo brincar, a criança desenvolve identidade e autonomia, tal como a capacidade de socialização, por meio da interação e experiências e regras diante da sociedade.
Já na compreensão de HORN (2004), que apresenta o brinquedo como satisfação das necessidades básicas da aprendizagem infantil.
O brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagens das crianças, como, por exemplo, as de escolher, imitar, dominar, adquirir competências, em fim de ser ativo em um ambiente seguro, o qual encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais. (HORN, 2004, p. 71).
A criança e o brincar tecnológico
Sabemos que a concepção de infância é uma construção histórica e social. Nesse sentido, percebemos que atualmente as crianças são as principais influenciadas pela indústria de consumo e de marketing, modificando, desse modo sua infância e sua forma de brincar e interagir. No contexto social atual, o que se propaga é uma concepção de infância do consumo com seus artefatos lúdicos e industrializados. 
Oliveira e Paschoal afirmam que: Sob a égide contemporânea, vemos visivelmente se constituir um mundo infantil cada vez mais enredado pelo consumo, quando as marcas e os produtos determinam quem está ‛por dentro’ e quem está por fora’, quem será alguma coisa e quem não será, quem terá amigos e quem não os terá. 
Em um mundo assim regulado, temos o desafio de indicar possíveis caminhos de resistência ao que está posto, indicando pela reflexão um olhar mais crítico sobre a Indústria Cultural, a infância do consumo e o brincar industrializado (OLIVEIRA, PASCHOAL,2015, p.06).
As empresas e a própria indústria cultural têm investido grandemente em brinquedos tecnológicos com a finalidade de influenciar as crianças a comprar cada vez mais, principalmente pelo desejo do objeto, da mercadoria. A infância é refém do consumo e da mercadoria lúdica, expropriando do brincar o verdadeiro significado lúdico na brincadeira. 
No entanto, vale pontuar que ninguém nasce consumista, as pessoas se apropriam do consumo, através das relações sociais e de comunicação, uma vez que essa nova configuração social e cultural influencia definidamente as pessoas, no caso a criança pela mediação do adulto, sendo impactadas pelas mídias e cultura de massa a consumir cada vez mais.
O brinquedo é fabricado para influenciar e fazer as crianças acreditarem que elas realmente precisam daquele brinquedo, que ele irá trazer felicidade e a deixará muito bem resolvida socialmente e individualmente.
Resgatando o Brincar
Brincadeiras na rua ou no quintal de casa junto dos amigos, essa era a verdadeira essência dos jogos de antigamente. Brincar até escurecer e só entrar quando os nossos pais chamassem. Eram brincadeiras simples, mas extremamente divertidas e que envolviam muita atividade física e criatividade.
É claro que não se deve deixar as tecnologias e os brinquedos dos dias atuais de fora, mas podemos manter o melhor das duas gerações e extrair o melhor de cada época.
Brincadeiras como pular amarelinha, pular corda, jogar queimada, futebol, handball e dança da cadeira, são apenas alguns dos exemplos das atividades que fazem bem para as crianças. 
Elas contribuem na queima de calorias, para saúde e para o desenvolvimento dos pequenos, e o melhor, são brincadeiras praticamente gratuitas e que pode te deixar ainda mais próximo de seus filhos, além de render muitas gargalhadas e bons momentos.
Conclusão
Projeto Vem Brincar e Aprender
Nasceu da necessidade de conduzir crianças e adolescentes de forma que a diversão e o aprendizado estivessem lado á lado.
Duas vezes por semana em Santo Antônio do Salto da Onça, eles se reúnem para “Brincar e Aprender” com reforço escolar, alfabetização, aulas de informática básica, teatro e outros meios de ensino.
Resgatando e construindo um equilíbrio entre brincadeiras passadas e a tecnologia para mostrar a importância de Brincar e Aprender.
Fontes;
https://pdfs.semanticscholar.org/2628/5811e3e1a90e1e2cb33907cb1fd325ab816f.pdf
https://www.fce.edu.br/pdf/ED18-FINAL-03.pdf
https://escoladecriatividade.com.br/brincar-e-coisa-seria/
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/educacao-infantil-na-bncc-brincar-e-direito/?gclid=CjwKCAjwwdWVBhA4EiwAjcYJEOvyGwV-94gunnAQ5C02Hw5tkU5_TnTraTREFaO5SLciWW8GASCcwBoC48EQAvD_BwE

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