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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR – ITES INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - I.C.S. GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM JULIA GEORGINA MELO DE SIQUEIRA - 580.1000.3235 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS TAUBATÉ-SP 2022 JULIA GEORGINA MELO DE SIQUEIRA - 580.1000.3235 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Atividade Prática Supervisionadas para aprovação da disciplina de estágio. Orientadora: Prof. Me. Rosana M. F. Vador TAUBATÉ-SP 2022 RESUMO Este presente trabalho aborda a necessariedade do uso dos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem (NANDA – NIC – NOC), bem como prescrição e evolução de enfermagem., conforme a resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em todos os ambientes onde ocorra o cuidado de enfermagem, seja ele público ou privado, deve-se instituir a sistematização da assistência de enfermagem (SAE), garantindo a aplicação padronizada de como é feita a assistência de saúde ao paciente de acordo com as necessidades apresentadas por ele para a equipe que faz o acompanhamento do quadro clínico. Neste estudo foram abordados cinco casos clínicos, cada um deles contendo uma patologia diferente onde foram desenvolvidos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem (NANDA – NIC – NOC), prescrição e evolução de enfermagem. Concluiu-se que a SAE constitui uma ferramenta de extrema importância para o exercício da profissão do enfermeiro Palavras-chaves: SAE, Diagnostico de Enfermagem, Intervençoes de Enfermagem, Resultados de Enfermagem. ABSTRACT This present work addresses the need to use nursing diagnoses, interventions and outcomes (NANDA - NIC - NOC), as well as nursing prescription and evolution., according to resolution 358/2009 of the Federal Nursing Council (COFEN), in all environments where nursing care takes place, whether public or private, the systematization of nursing care (SAE) must be instituted, ensuring the standardized application of how health care is provided to the patient according to the needs presented by him to the team that monitors the clinical condition. In this study, five clinical cases were addressed, each containing a different pathology where diagnoses, interventions and nursing outcomes (NANDA – NIC – NOC), nursing prescription and evolution were developed. It was concluded that the SAE constitutes an extremely important tool for the exercise of the nursing profession Keywords: SAE, Nursing Diagnosis, Nursing Interventions, Nursing Outcomes. LISTA DE QUADROS Quadro 1 Nanda, NIC e NOC para Insuficiência venosa crônica ................................................20 Quadro 2 Nanda, NIC e NOC para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ...........................22 Quadro 3 Nanda, NIC e NOC para Síndrome de conforto respiratorio .......................................24 Quadro 4 Nanda, NIC e NOC para Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ...............................27 Quadro 5 Nanda, NIC e NOC para Herpes Genital .....................................................................30 https://www.google.com/search?sxsrf=APq-WBvdodmjFgLysATSu4s9fpkYzhLZdw:1649793515727&q=s%C3%ADndrome+de+conforto+respiratorio&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwi2ktTjp4_3AhXirJUCHeWtBrUQBSgAegQIAhA3 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................7 2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................9 2.1 Fisiopatologia Insuficiência Venosa Crônica ............................................................................9 2.2 Fisiopatologia Síndrome da Imunodeficiência Humana ..........................................................11 2.3 Fisiopalogia Síndrome do Conforto Respiratório ....................................................................13 2.4 Fisiopatologia Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ...........................................................14 2.5 Fisiopatologia Herpes Genital1................................................................................................16 3 OBJETIVOS .............................................................................................................................18 3.1 Objetivo Geral .........................................................................................................................18 3.2 Objetivo Especifico .................................................................................................................18 4 MÉTODOS ...............................................................................................................................19 4.1 fontes de Pesquisa ....................................................................................................................19 5 RESULTADOS .........................................................................................................................20 5.1.1 Caso Clínico: Insuficiência Venosa Crônica ........................................................................20 5.1.2 Evolução Enfermagem ..........................................................................................................21 5.2.1 Caso Clínico: Síndrome da Imunodeficiência Humana .........................................................22 5.2.2 Evolução Enfermagem ..........................................................................................................23 5.3.1 Caso Clinico Síndrome do Conforto Respiratório ................................................................24 5.3.2 Evolução Enfermagem ..........................................................................................................26 5.4.1 Caso Clinico: Acidente Vascular Cerebral Isquêmico .........................................................26 5.4.2 Evolução Enfermagem ..........................................................................................................29 5.5.1 Caso Clínico: Herpes Genital ...............................................................................................29 5.5.2 Evolução Enfermagem ..........................................................................................................31 6 DISCUSSÃO .............................................................................................................................33 7 CONCLUSÃO ...........................................................................................................................34 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................35 ANEXO .........................................................................................................................................39 7 1 INTRODUÇÃO O perfil epidemiológico da população permite que seja determinada as situações de risco e dessa forma identificar os determinantes do processo saúde/doença. (XIMENES et al.,2004). Mesmo com o avanço dos sistemas de saúde, ainda existem fragilidades que dificultam a estabilização de um modelo de atenção à saúde que seja amparado na promoção da saúde. E esse modelo presume que o processo saúde/doença resulta de determinantes sociais, econômicos, culturais, étnico/ raciais, psicológicos e comportamentais que acabam contribuindo para o aparecimento das doenças e podem ser fatores de risco para a qualidade de vida da população. (XIMENES et al.,2004). No dia a dia, a doença pode significar umestado subjetivo e ser associado a um mal estar individual que leva a pessoa a pedir auxílio; no qual será delineado um quadro clínico; levantado o diagnóstico para combater o mal apresentado e fixada uma terapia. Dessa forma, analisando sintomas e procurando determinar causas, sai se um pouco da prática, passando para as considerações teóricas. (HEGENBERG, 1998). A insuficiência venosa crônica é uma doença comum na prática clínica, caracterizada pela incapacidade em manter o equilíbrio entre o fluxo sanguíneo. É um comprometimento do retorno venoso, ocorre pela insuficiência das veias valvar da perna e insuficiência da bomba da panturrilha, afetando a microcirculação, causando danos às paredes dos vasos e alterações cutâneas, como a úlcera venosa que se desenvolve na região maleolar interna, podendo ser desencadeada por traumas e infecções. (Bersusa; Lages, 2008) O vírus HIV compromete os linfócitos T CD4+, podendo destruir diretamente pela replicação viral ou indiretamente pela resposta imunológica do hospedeiro, que reconhece e agride as células infectadas, quando essa resposta é muito intensa, pode haver disfunção celular ou apoptose. Síndrome do desconforto respiratório (SDR) é uma das causas mais frequentes de insuficiência respiratória e de morte em recém-nascidos pré-termo, é causada pela imaturidade pulmonar que o RN possui por um déficit da produção do surfactante, assim durante o momento que o RN vem a realizar sua primeira inspiração, ele não consegue a expansão pulmonar adequada. (Cloherty, 2019) Acidente Vascular Cerebral Isquêmico caracteriza-se por um déficit neurológico focal, súbita e de rápida evolução, decorrente do dano localizado em alguma região cerebral. O dano é causado pela redução ou interrupção na oferta tissular de oxigênio e do suprimento energético, decorrentes do comprometimento do fluxo sanguíneo (isquemia) para aquela respectiva região. É uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo vírus herpes simplex-2 (HSV-2), mas o vírus herpes simplex-1 (HSV-1) também pode causar herpes em região genital. A 8 transmissão acontece principalmente pelo contato sexual. Entretanto, existe, teoricamente, a possibilidade de transmissão também através de fômites, como por exemplo uso comunitário de toalhas. (RAMOS, MC. et al. 2020) 9 2 REVISÃO DE LITERATURA 8 2.1 Fisiopatologia Insuficiência Venosa Crônica A insuficiência venosa crônica é uma doença comum na prática clínica, caracterizada pela incapacidade em manter o equilíbrio entre o fluxo sanguíneo. É um comprometimento do retorno venoso, ocorre pela insuficiência das veias valvar da perna e insuficiência da bomba da panturrilha, afetando a microcirculação, causando danos às paredes dos vasos e alterações cutâneas, como a úlcera venosa que se desenvolve na região maleolar interna, podendo ser desencadeada por traumas e infecções. (Bersusa; Lages, 2008) Ocorre insuficiência venosa crônica quando há obstrução venosa como por exemplo na trombose venosa profunda, que ocorre insuficiência valvar venosa ou diminuição da contração dos músculos que circundam as veias, diminuem o fluxo sanguíneo e aumentam a pressão venosa (hipertensão venosa). O acúmulo de líquido nos membros inferiores que pode ocorrer por exemplo na insuficiência cardíaca também pode contribuir, causando hipertensão venosa. A hipertensão venosa prolongada acarreta edema tecidual, inflamação e hipóxia, desencadeando sintomas. (Aldunat, Isaac, Ladeira, Carvalho, Ferreira, 2010) Os sinais e sintomas incluem: • úlceras venosas que são encontradas no terço inferior da perna, na região da panturrilha e tornozelo. • edema com sensação de peso no membro. (Douketis, 2018) Suas características são superficiais, extensas e raramente atingem músculos, fáscia e ossos. Possuem bordas irregulares, leito com granulação, exsudato de moderado a grande quantidade e odor fétido, hiperpigmentação do membro, que fica escurecido, pulso presente, dor e prurido que pode variar de moderado a intensa. (Douketis, 2018) Para realizar o diagnóstico de ulcera venosa é necessário investigar a história clínica completa atraves de exame físico com identificações de sinais e sintomas,exame complementar como a Ultrassonografia de membros inferiores que exclui ou confirma de maneira confiável Trombose Venosa Profunda, além de analisar a estrutura e função do sistema venoso. (Pires, Oliveira, Cruz, 2020) Existe um sistema de pontuação clínica que avalia os sinais e sintomas em uma escala de 0 (ausente ou mínimo) a 3 (grave), tem sido progressivamente reconhecido como ferramenta diagnóstica padronizada. As pontuações de 5 a 14 em 2 visitas separadas por ≥ 6 meses indicam doença leve a moderada e pontuações ≥ 15 indicam doença grave. (Pires, Oliveira, Cruz, 2020) O ponto principal no tratamento da úlcera venosa é saber a real causa e características da lesão, pois o foco será na prevenção dos agravos, cicatrização da úlcera e evitar recorrências. Por 10 meio de avanços no conhecimento sobre o tratamento de feridas é possível oferecer um cuidado integral, com diversas coberturas para utilizar no curativo, fazendo a busca pela autonomia do paciente com úlcera venosa oferecendo um melhor tipo de terapia e a relação custo benefício. (Aldunat, Isaac, Ladeira, Carvalho, Ferreira, 2010) O tratamento compressivo com o uso de meias elásticas de compressão graduada, apresenta um aumento significativo na taxa de cicatrização e se tornou a base do controle da hipertensão venosa em membros inferiores, tanto em caráter profilático quanto em caráter terapêutico. A bota de unna é a mais utilizada, uma bandagem inelástica impregnada com óxido de zinco, promovendo leve pressão no repouso e uma pressão elevada na deambulação. (Pires, Oliveira, Cruz, 2020) O tratamento local consiste em realizar a limpeza com soro fisiológico ou água potável, pois as substâncias antissépticas são citotóxicas e podem retardar a cicatrização, e a utilização da cobertura indicada para o leito e para as bordas da úlcera. Pode ser indicado tratamento com de medicamentos sistêmicos que atuam diretamente no sistema venoso, devido à complexidade da doença. Existem também o tratamento cirúrgico que pode ser direcionado para a correção da hipertensão venosa. Dentre as intervenções cirúrgicas para a causa da hipertensão venosa temos a escleroterapia, a ligadura ou remoção da veia afetada. (Pires, Oliveira, Cruz, 2020) As úlceras configuram um grande problema psicossocial e financeiro aos pacientes e para os serviços de saúde, afetando a produtividade no trabalho, gerando aposentadorias por invalidez, além de restringir atividades de vida diária e lazer, significando perda de mobilidade funcional, dor e piora da qualidade de vida. (Lima, Santiago, Moura, Filaretti, Souza, Evangelista, Britto, 2002). Se constituem fatores de risco: • insuficiência arterial • neuropatia • linfedema • artrite reumatoide • traumas • osteomielite crônica • anemia falciforme • Vasculites • tumores cutâneos além de doenças infecciosas crônicas como leishmaniose e a tuberculose. (Pires, Oliveira, Cruz, 2020) Pessoas que trabalham frequentemente na mesma posição, sentadas ou de pé, sexo feminino, obesidade, número de gestações, e até mesmo o envelhecimento se caracteriza como fator de risco, pois essa população está mais propensa a desenvolver trombose venosa profunda 11 que é uma das causas da úlcera venosa. (Douketis, 2018) É recomendado a prática de atividade física, alimentação adequada visando o peso ideal, controle da pressão arterial e principalmente da diabetes. Evitar períodos prolongados na mesma posição pois isso dificulta a circulação adequada dos MMII, assim podeos evitar esta patologia. (Aldunat, Isaac, Ladeira, Carvalho, Ferreira,2010) 2.2 Fisiopatologia Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS) O vírus HIV compromete os linfócitos T CD4+, podendo destruir diretamente pela replicação viral ou indiretamente pela resposta imunológica do hospedeiro, que reconhece e agride as células infectadas, quando essa resposta é muito intensa, pode haver disfunção celular ou apoptose. As formas de transmissão do vírus HIV são: contato sexual desprotegido, contato com sangue, hemoderivados e tecidos, além da transmissão vertical – intrauterino, no momento do parto ou no aleitamento materno. Os vírions então seguem para os linfonodos, onde a replicação se torna ainda mais intensa e, então, se espalha por todos os tecidos e órgãos do corpo – essa ampliação é temporariamente impedida pela resposta imune do hospedeiro – tanto celular como humoral -, porém apenas uma parcela da viremia é controlada e, após cerca de seis meses a um ano, a análise do estado da viremia pode ser fator prognóstico de capacidade do indivíduo de responder à infecção do HIV. ( MINISTÉRIO DA SAÚDE 2020) Em média, leva cerca de 10 anos desde a infecção primária e o surgimento da AIDS, porém esse tempo pode ser mais curto naqueles pacientes com resposta imune menos efetiva. O GALT (“Gut-Associated Lymphoid Tissue”)é um alvo inicial importante, pois é rico em células TCD4+ ativadas, por isso, considerável parte da amplificação inicial da viremia provem desse tecido).Com o passar do tempo, mesmo com a resposta imune operando já de forma adaptativa, a replicação viral continua a acontecer, e essa grande resistência do vírus HIV se dá pelas inúmeras mutações genéticas vantajosas – por isso, mesmo com a contagem de CD4+ suficiente para a atividade imunológica, o vírus pode ser detectado na circulação a todo momento desde a infecção. Essas mutações são rápidas e importante para a resistência viral porque, enquanto os linfócitos TCD4+ específicos para combater o vírus apresentado, já surgiram novas mutações, que irão infectar e destruir essas células imunes. Caso o paciente não faça uso da Terapia Antirretroviral (TARV), haverá uma evolução para uma profunda imunossupressão, com TCD4+ menor do que 350 células/microlitro. Com isso, diversas infecções e neoplasias oportunistas podem surgir, mesmo naquelas pessoas que se mantiveram assintomáticas. Por isso, é importante a adesão terapêutica, 12 que aumenta e melhora a sobrevida mesmo naqueles que já estão nos estágios avançados da doença. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2020) O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2020) A AIDS não tem cura, mas os portadores do HIV dispõem de tratamento oferecido gratuitamente pelo Governo, que oferece o tratamento anti-retroviral com o objetivo de prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente portador pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico. Existem, até o momento, duas classes de drogas liberadas para o tratamento anti HIV: Inibidores da transcriptase reversa São drogas que inibem a replicação do HIV bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa que age convertendo o RNA viral em DNA: Nucleosídeos: ● Zidovudina (AZT) cápsula 100 mg, dose:100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou300mg 2x/dia ● Zidovudina (AZT) injetável, frasco-ampola de 200 mg; ● Zidovudina (AZT) solução oral, frasco de 2.000 mg/200 ml; 15 ● Didanosina (ddI) comprimido 25 e 100mg, dose: 125 a 200mg 2x/dia; ● Zalcitabina (ddC) comprimido 0,75mg, dose: 0,75mg 3x/dia; ● Lamivudina (3TC) comprimido 150mg, dose: 150mg 2x/dia; ● Estavudina (d4T) cápsula 30 e 40mg, dose: 30 ou 40mg 2x/dia; e ● Abacavir comprimidos 300 mg, dose: 300 mg 2x/dia. Não-nucleosídeos ● Nevirapina comprimido 200 mg, dose: 200 mg 2x/dia; ● Delavirdina comprimido 100 mg, dose: 400 mg 3x/dia; e ● Efavirenz comprimido 200 mg, dose: 600 mg 1x/dia. Nucleotídeo: ● Adefovir dipivoxil: comprimido, 60 e 120 mg, dose: 60 ou 120 mg 1x/dia. Inibidores da protease Estas drogas agem no último estágio da formação do HIV, impedindo a ação da enzima protease que é fundamental para a clivagem das cadeias protéicas produzidas pela célula infectada em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada partícula do HIV: ● Indinavir cápsula 400 mg, dose: 800 mg 3x/dia; ● Ritonavir cápsula 100mg, dose: 600mg 2x/dia; ● Saquinavir cápsula 200mg, dose: 600mg 3x/dia; ● Nelfinavir cápsula de 250 mg, dose 750 mg 3x/dia; e ● Amprenavir cápsula de 150 mg, dose 1.200 mg 2x/dia. 13 2.3 Fisiopalogia Sindrome do Conforto Respiratório Síndrome do desconforto respiratório (SDR) é uma das causas mais frequentes de insuficiência respiratória e de morte em recém-nascidos pré-termo, é causada pela imaturidade pulmonar que o RN possui por um déficit da produção do surfactante, assim durante o momento que o RN vem a realizar sua primeira inspiração, ele não consegue a expansão pulmonar adequada. (Cloherty, 2019) No alvéolo normal, o surfactante natural baixo a tensão superficial dos alvéolos, à medida que seu raio diminui durante a expiração, impedindo o colabamento alveolar. Quando há um déficit deste surfactante cada vez mais é necessária que se haja pressões sobre o alvéolo cada vez maior, fazendo com que assim tenha um aumento de esforço respiratório. (Cloherty, 2019) Durante as primeiras horas de vida, o RN pode apresentar: • Taquipneia com FR até 120 irpm • Dispneia e crises de apneia • Gemido expiratório; • Retração esternal importante; • Cianose central • Tiragem intercostal; • Oligúria; • Hipotermia; • Palidez cutânea; • Má perfusão capilar; • Hipotensão; • Acidose, metabólica ou mista; • Hipotonia. (Cloherty, 2019) O diagnóstico analisado e confirmado através dos sinais e sintomas que o RN estará apresentando, e que se confirma pelo exame de imagem e exames laboratoriais. (Cloherty, 2019) Inicialmente o tratamento para a síndrome deficiência respiratória se faz a correção da hipóxia, administrando oxigenoterapia, corrigindo a hipotermia, com medicação prescrita pela equipe medica, correção da hipoglicemia, correção da hipotensão e hipoperfusão, prevenindo infecções. É feita a administração de surfactante exógeno, manutenção do aporte hidroeletrolítico e nutricional, evitando a manipulação excessiva neste recém-nascido, para evitar perda de peso. O surfactante é indicado tanto na profilaxia quanto na terapêutico para a SDR já instalada. (Cloherty, 2019) A indicação do uso de surfactante para o uso terapêutico é para RN que possui peso de 14 nascimento menor ou igual a 2200 grama, ter a idade gestacional menor que 34 semanas, o diagnóstico clínico e radiológico de SDR, necessidade de FiO² maior ou igual a 0,6 para manter PaO² entre 55 e 60 mmHg, deve ser utilizado entre 2 e 15 horas de vida. Esquema de dosagem inicial: 100 mg/kg de peso, com duas doses, com intervalo de 12 horas. INDICAÇÕES DE SURFACTANTE PARA USO PROFILÁTICO: Idade gestacional inferior a 27 semanas, deve ser utilizado logo após o nascimento, ainda na sala de parto. Dosagem inicial: 100 mg/ quilo de peso, a dose pode ser repetida se necessário em 12 horas. (Cloherty, 2019) As complicações incluem: • Pneumotórax; • Obstrução ou deslocamento do tubo traqueal. • Pneumomediastino; O principal fator de risco é a prematuridade. Porem em casos de bebês nascidos de parto cesárea, asfixia perinatal, diabetes gestacional, gestação gemelar, choque, hipotensão, hipovolemia, hipotermia e corioaminionite também podem ocorrer a Síndrome do desconforto respiratório. (Cloherty, 2019)Uma das formas de prevenção é o acompanhamento da equipe e adesão as consultas de pré- natal, para que não ocorra o parto prematuro. Em casos de necessidade de parto prematuro deve-se realizar a aceleração da maturidade pulmonar fetal, fazer uso de corticoide antineonatal. (Cloherty, 2019) 2.4 Fisiopalogia Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Acidente Vascular Cerebral Isquêmico caracteriza-se por um déficit neurológico focal, súbita e de rápida evolução, decorrente do dano localizado em alguma região cerebral. O dano é causado pela redução ou interrupção na oferta tissular de oxigênio e do suprimento energético, decorrentes do comprometimento do fluxo sanguíneo (isquemia) para aquela respectiva região. O AVCI pode ser classificado com base no mecanismo determinante do fenômeno isquêmico. Os mecanismos mais comuns de AVCI são a trombose de grandes vasos, a embolia de origem cardíaca e a oclusão de pequenas artérias. ( SÍRIO LIBANÊS, 2018) Dentro os sintomas que indicam o AVCI podemos citar a tontura, disartria, lapsos de memória, paresias e hemiparesias e cefaleia. Quando o paciente apresenta-se em estado de coma e torpor podemos desconfiar de uma lesão direta ou indireta do tronco cerebral. Os sinais e sintomas mais frequentes incluem a astenia, falta de coordenação ou sensação de peso em um lado do corpo ou somente em um dos membros ou face, perda de sensibilidade, formigamento, distúrbios da linguagem, disartria, afasia, visão turva, diplopia e 15 cegueira monocular. O Acidente Vascular Encefálico Isquêmico pode apresentar sintomas leves e terem redução da capacidade funcional. Entre esses sintomas destacam a hemiparesia, desvio de comissura labial, dificuldades na fala, alterações visuais e alterações sensitivas unilaterais. (ALVES,2020) Quanto mais rápido for a detecção precoce do AVCI, maior sua abordagem ao tratamento. Suas diferentes causas podem ser identificadas baseando-se na avaliação física e neurológica do paciente, assim como na interpretação de exames complementares de diagnóstico. A identificação influencia na especificidade do tratamento e atitudes secundárias. (European Stroke Initiative, 2003). A tomografia computadorizada de crânio e a ressonância magnética do crânio são exames de imagem que podem nos auxiliares na avaliação inicial do AVCI.Devido sua fácil disponibilizade, a tomografia computadorizada possibilita uma avaliação satisfatória do encéfalo, diferenciando o tipo de AVC (hemorrágico ou isquêmico). Possibilita também identificar o local de isquemia. Já a ressonância magnética, permite uma melhor visualização de lesões isquêmicas não visualizadas na TC, diagnosticando também lesões minutos após seu início. (ALVES,2020) Deve ser iniciado na fase aguda, assim que o paciente dá entrada ao serviço de urgência. Em geral se refere a estratégias para estabilização do estado de saúde do paciente crítico, tentando controlar problemas sistêmicos que possam influenciar de maneira negativa o prognóstico do AVCI. A proteção de vias aéreas caracteriza como um suporte respiratório. A ventilação mecânica pode ser necessária em pacientes com alterações graves do nível de consciência. Ambos têm como objetivo evitar complicações metabólicas na área isquêmica. É recomendada a monitorização cardíaca, pois o paciente pode via a apresentar arritmias, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio associados a fase aguda da doença. Além disso, alterações eletrocardiográficas podem ocorrer secundárias ao AVCI. Monitorar a temperatura, medicamentos antitérmicos são indicados se a temperatura corporal for 37,5°C. Deve de identificar a etiologia da febre e, se necessário, iniciar tratamento específico. A hipertermia aumenta a área de infarto, e sua presença nas primeiras 48 horas do AVCI é frequente; e se não tratada, pode levar à piora na evolução do paciente. Devemos também, monitorar níveis glicêmicos e pressóricos. A hiperglicemia e hipoglicemia, podem ser deletérios ao Sistema Nervoso Central, devendo ser corrigidos prontamente. Já os níveis pressóricos devem ser mantidos dentro da normalidade, uma vez que a hipertensão arterial é um fator de risco para lesões isquêmicas. (SILVA;GOMES; MASSARO, 2005) 16 2.5 Fisiopatologia Herpes genital 14 É uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo vírus herpes simplex-2 (HSV-2), mas o vírus herpes simplex-1 (HSV-1) também pode causar herpes em região genital. A transmissão acontece principalmente pelo contato sexual. Entretanto, existe, teoricamente, a possibilidade de transmissão também através de fômites, como por exemplo uso comunitário de toalhas. (RAMOS, MC. et al. 2020) Os HSV tipos 1 e 2 pertencem à família Herpesviridae, da qual fazem parte o citomegalovírus (CMV), o vírus da varicela zoster, o vírus Epstein-Barr e o vírus do herpes humano. Todos são DNA-vírus que variam quanto à composição química e podem ser diferenciados por técnicas imunológicas. Embora os HSV-1 e HSV-2 possam provocar lesões em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais. (RAMOS, MC. et al. 2020) A transmissão ocorre predominantemente pelo contato sexual (inclusive orogenital), podendo também ser transmitido da mãe para o filho durante o parto. O contato com lesões ulceradas ou vesiculadas é a via mais comum, mas a transmissão também pode ocorrer através do paciente assintomático. Seu período de incubação varia de 1 a 26 dias após o contágio, tendo uma média de 6 dias na primeira infecção. Após a infecção genital, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos núcleos das células dos gânglios sensitivos e entra em um estado de latência. A ocorrência de infecção do gânglio sensitivo não é reduzida por qualquer medida terapêutica. (LIMA, LRP. 2017) Os sintomas incluem: pequenos agrupamentos de bolhas e feridas; coceira, dor e desconforto na região genital; ardor ao urinar caso as bolhas estejam perto da uretra; ardor e dor ao defecar, caso as bolinhas estejam próximas do ânus; ínguas na virilha; mal estar geral e possível perda de apetite. (SILVA AMP, SILVA AG, DIAS VS, MARTINS JSA, BROCA PV, FERREIRA DC. 2019) O diagnóstico é feito pelas características clínicas, com a anamnese onde há presença de vesículas agrupadas, inicialmente de conteúdo claro, nem sempre estarão íntegras, podendo haver infecção bacteriana associada, que é a principal complicação local do herpes genital. Associados a anamnese temos os exames laboratoriais onde baseia-se na observação de uma cultura de células sob microscópio óptico à procura do efeito citopático do vírus (formação de degeneração balonizante nas células infectadas) sobre a célula22. Esta técnica utiliza o citodiagnóstico de Tzank, que consiste em coleta de material do interior das vesículas íntegras, corado com o método de Giemsa, e visível ao microscópio como células epiteliais gigantes multinucleadas com inclusões 17 intracelulares. O diagnóstico laboratorial para o HSV têm aplicação complementar para as manifestações comuns causadas pelo vírus, destacando-se sua importância em indivíduos imunocomprometidos, transplantados, gestantes, recém nascidos e em suspeita de encefalite. (LIMA, LRP. 2017) Primeiro episódio de HSV genital, recomenda-se a terapia antiviral por via oral. A única exceção podem ser pacientes com infecção não primária que apresentam apenas sintomas leves após vários dias. O Aciclovir, atualmente, é o único antiviral que é amplamente distribuído pelo SUS, sendo o mais utilizado. Além do Aciclovir, o tratamento da herpes genital pode ser feito com Valaciclovir ou Fanciclovir. A infecção primária pode ser tratada por via oral com qualquer uma das seguintes opções: • Aciclovir : 400 mg três vezes ao dia ou 200 mg cinco vezes ao dia • Famciclovir : 250 mg três vezes ao dia • Valaciclovir : 1 g duas vezes ao dia(RAMOS, MC. et al. 2020) • Na recidiva o tratamento também é por via oral com as seguintes opções: • Aciclovir : 400 mg três vezes ao dia ou 200 mg cinco vezes ao dia • Famciclovir 1000 mg duas vezes ao dia durante um único dia; ou 125 mg duas vezes ao dia por cinco dias; ou 500 mg uma vez, seguido por 250 mg duas vezes ao dia por dois dias • Valaciclovir : 500 mg duas vezes ao dia por três dias ou 1 g uma vez ao dia por cinco dias. (SILVA AMP, SILVA AG, DIAS VS, MARTINS JSA, BROCA PV, FERREIRA DC. 2019) Se o paciente apresentar seis episódios ou mais por ano, regimes antivirais por via oral podem ser usados para terapia supressiva crônica, com duração de seis meses até dois anos, dependendo da evolução do paciente. As opções são: • Aciclovir : 400 mg duas vezes • Famciclovir : 250 mg duas vezes ao dia • Valaciclovir : 500 mg uma vez ao dia ou 1000 mg uma vez ao dia. (PENELLO, AM. 2010) As complicações mais frequentes do vírus herpes simples são infecções de repetição que podem chegar a atrapalhar o cotidiano e infecções secundárias da lesão. Nesses casos, uma bactéria infecta por cima da úlcera viral, aumentando o tamanho e a dor. (ROBBINS. 2013) 18 3 OBJETIVO 3.1 Objetivo geral: Realizar levantamento bibliográfico sobre Insuficiência venosa crônica, Sindrome do conforto respiratório, AIDS, Acidente vascular cerebral isquêmico e herpes genital. 3.2 Objetivo especifico: Elaborar cinco estudos de caso sobre as patologias do levantamento bibliográfico e desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem. 19 4. MÉTODOS Este estudo consistirá em uma pesquisa bibliográfica elaborada através de um método que tem como objetivo auxiliar nas ações executadas pelos profissionais de enfermagem, voltada na melhoria das atividade voltadas ao cuidado, servindo de instrumento educativo e facilitador nas atividades diárias prestadas. Deve-se esclarecer que, devido o não envolvimento de seres humnos nesta pesquisa, o projeto final não foi ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Logo, não foram utilizados dados relativos aos sujeitos ou descrições sobre situações. Objetiva-se que ao término deste estudo, que iniciamos em abril de 2022, novos instrumentos poderão ser implementados. 4.1 Fontes de pesquisa Foi executado uma pesquisa bibliográfica por meio das fontes de busca constituídas pelos recursos eletrônicos nas bases de dados: Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Biblioteca eletrônica Scientific Eletronic Library On-line (SciELO), publicados no período de 1999 a março de 2021. As palavras chaves utilizadas foram: SAE, Diagnostico de Enfermagem, Intervençoes de Enfermagem, Resultados de Enfermagem. A coleta dos dados aconteceu no decorrer dos meses de abril a maio de 2022. Os resultados estão apresentados por meio da Sistematização da Assistência em Enfermagem. 20 5 RESULTADOS 5.1.1 Caso clinico: Insuficiência venosa crônica D.P.B , 56 anos, sexo feminino, viúva, veio à UBS para troca de curativos, relata ter adquirido trombose venosa aos 26 anos, e desde então foi afastado do trabalho. Em 2003 começou úlcera venosa no MIE, e desde então se tornou recorrente até os dias de hoje. Relata que de dia o MIE fica um pouco dolorido as vezes, porém de noite sente uma sensação de perna pesada e dor intensa há mais de três meses. Sempre demora para conseguir dormir e acorda várias vezes anoite por conta da dor. É tabagista e etilista. Relata que sempre esquece de usar os medicamentos para seu tratamento de diabetes, hipertensão e dislipidemia. Está em uso de antibiótico cefalexina. Apresenta Úlcera Venosa em MIE em região do maléolo médio com bordas irregulares e escurecida, leito da ferida com tecido de liquefação e um ponto de maceração, com pulsos periféricos diminuídos e frio. Quadro 1. Nanda, NIC e NOC para Insuficiência venosa crônica. 2022. NANDA NIC Prescrição de enfermagem e aprazamento NOC Risco de Infecção relacionado a Alteração na integridade da pele Integridade da pele prejudicada relacionada a alteração na integridade da pele, caracterizada por úlcera venosa Controle de Infecção Cuidados com a pele Verificar se há sujidade visível na lesão a cada troca de curativo. Realizar troca de curativo diariamente – após o banho. Ausência de Infecção Integridade da pele Dor crônica relacionada a úlcera venosa, evidenciado por alteração no padrão de sono Controle da dor; Orientar paciente quanto a adesão ao tratamento Orientar o paciente a elevar o MIE pois ajuda a reduzir a dor – se necessário Administrar 21 proposto para melhora da dor; analgésico conforme prescrição médica - CPM Risco de glicemia instável relacionado a diabetes Controle de glicemia Orientar sobre dieta adequada para diabéticos; Verificar sinais vitais – M/N Oferta de dieta – M/T/N Normoglicemia Risco de P.A instável relacionado pela hipertensão Controle de P.A; Orientar paciente sobre as complicações e a importância do tratamento para essa doença Verificar sinais vitais – M/N Administração de medicação - CPM Controle da PA Insônia relacionado a desconforto físico evidenciado por alteração no padrão de sono Ambiente calmo e tranquilo Manter o ambiente calmo e tranquilo – Continuo Manter ambiente com pouco luz – Noite Regulação do sono 5.1.2 Evolução de enfermagem 11/04/2022 16:45h H.D: Insuficiência venosa crônica. D.P.B. Paciente em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço, longilíneo, sem alterações na marcha. PA: 130×90 mmHg; FR: 26 rpm; PR: 100 bpm; Temperatura axilar: 36,5 Cº; SpO2: 89%, murmúrio vesicular presente e sem ruídos adventícios. Precórdio sem abaulamentos, ictus cordis não palpável, ausculta com ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas hipofonéticas e sem sopros. Plano, flácido, indolor à palpação, ruídos hidroaéreos presentes bem distribuídos e sem visceromegalias. apresenta lesão 22 em MIE em região maleolar medial, edema em membros inferiores +++/++++. Segue sob os cuidados da enfermagem. Enf Julia Georgina. 5.2.1 Caso clinico: síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS) A.M.N. 29 anos, sexo masculino, branco, engenheiro, procedente e residente da cidade do Rio de Janeiro – RJ. Procurou o ambulatório clínico com queixas de dificuldade para respirar, tosse que perdura a mais de seis semanas e dor esofágica. Paciente relata que já havia procurado um médico, recebendo um diagnóstico de “tosse alérgica”. Foi receitado o uso de corticoide por sete dias, mas, como não houve melhora, seguiu tomando o remédio por mais duas semanas. Jovem relata que recentemente testou positivo para HIV, mas não sabe dizer exatamente quando se infectou. Também diz que não iniciou o tratamento, pois acreditava que estava bem. Quadro 1. Nanda, NIC e NOC AIDS. 2022. NANDA NIC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E APRAZAMENTO NOC Risco de infecção, relacionado a dispositivo (AVP) e imunossupressão. Monitoramento do acesso e manuseio adequado do dispositivo. Verificar, anotar e comunicar presença de sinais flogísticos em inserção de AVP – continuo Monitorar TAX e comunicar se >37,8ºC - 2/2h Realizar troca de fixação – a cada 72h Prevenção de infecção Proteção ineficaz relacionado pelo distúrbio imunológico, evidenciado pelo HIV. Fortalecimento do sistema imunológico. Monitorar a terapia medicamentosa – continuo Orientar e promover a adesão do tratamento. Risco de Manter Monitorar Estimular 23 desequilíbrio eletrolítico,relacionado a diarreia. equilíbrio eletrolítico. Oferta de líquidos. Manter hidratação. Identificar anormalidades no funcionamento do intestino (diarreia, sangue, muco). exames laboratoriais (enf.) – quando necessário Realizar balanço hídrico - manhã Pesar o usuário - manhã ingesta hídrica. Manter paciente hidratado e com nutrição regulada. Náusea, relacionado à ânsia de vômito e evidenciado pela queixa de ânsia de vômito. Proporcionar o conforto Não ofertar água uma hora antes e uma hora depois das refeições. Estimular predominância da posição Fowle - continuo Avaliar a eficácia do antiemético. 5.2.2 Evolução de enfermagem 11/04/2022 20;40h H.D. AIDS. Ao exame físico, o paciente encontrava-se em estado geral regular, lúcido e orientado em tempo e espaço, afebril (36oC), acianótico, anictérico, hidratado, taquipneia (frequência respiratória = 30 irpm), normocárdico (frequência cardíaca = 90 bpm) e normotenso (112×80 mmHg). Saturação de Oxigênio em ar ambiente, visto por oximetria (94%). Oroscopia: placas esbranquiçadas com base eritematosa em cavidade oral. Ausculta respiratória: murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos sem sopros. Apresenta abdome plano, flácido e indolor à palpação, RHA +, sem visceromegalias ou massas palpáveis. Aparelho genital sem anormalidades. MMII com pulsos positivos, sem edema de extremidades. Paciente foi orientado a realizar exames laboratoriais e de exames para a investigação de Tuberculose, Pneumocistose, AIDS e Candidíase. Os exames solicitados foram: TC de tórax; endoscopia; análise de escarro induzido – pesquisa de BAAR; hemograma; gasometria e contagem de CD4+ e carga viral. Voltou ao ambulatório cinco dias depois com exames realizados. 24 Hemograma: Hb 13,0g/dL; 15.900 leucócitos com 7% de linfócitos e 70% de neutrófilos, com desvio à esquerda; 264.000 plaquetas; Escarro induzido – BAAR negativo; gasometria: PH 7,44 PO2: 70 mmHg, PCO2: 22mmHg BIC: 26; contagem de CD4 = 49 céls/mm; CV 78 mil. Enf Julia Georgina 5.3.1 Caso clinico: Sindrome do Conforto Respiratório R.M.A.C 16 anos, 49 kg, 151 cm, realizou pré-natal a partir da descoberta da gravidez (18 semanas). Deu entrada à maternidade com 26 semanas e 6 dias de gestação referindo perda de líquido e cólicas. Após exame físico e realização do toque, a médica constatou ruptura de bolsa amniótica. Paciente foi levada ao centro cirúrgico, onde foi feito o parto cesariano. Recém-nascido de parto cesariana, prematuro de baixa idade gestacional 26 semanas e 6 dias, com peso de nascimento de 805 gramas, APGAR no primeiro minuto de vida de 6 e no quinto minuto de 8. Na sala de parto, apresentava respiração rápida, com dificuldade e ruidosa, além de retração supra e subesternal e batimento das asas nasais. Foi levado ao compartimento pediátrico, onde foi iniciada a ventilação mecânica com pressão positiva. Cerca de duas horas pós-parto, apresentou progressão das atelectasias e da insuficiência respiratória, evoluindo com cianose, letargia, respiração irregular e apneia. Foi necessária a intubação orotraqueal e a criança foi encaminhada à UTI neonatal. Ao exame físico, apresentava sons pulmonares diminuídos e pulsos periféricos fracos, com edema das extremidades periféricas e oligúria. Frequência respiratória de 82 irpm, com frequência cardíaca de 149 bpm. Ausculta cardíaca normal. Foi realizada radiografia de tórax e gasometria arterial, a saber: PaO2 41 mmHg, PaCO2 64 mmHg e SatO2 78%. Com HD de: síndrome do desconforto respiratório (SDR) ou doença pulmonar de membrana hialina (DPMH) Quadro 1. Nanda, NIC e NOC Sindrome do Conforto Respiratório, 2022. NANDA NIC PRESCRIÇOES DE ENFERMAGEM E APRAZAMENTO NOC Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais Ofertar aleitamento livre demanda Orientar sobre amamentação – se necessário Apoio psicologico - se Equilibrar nutrição 25 relacionado ao baixo peso 903 gramas ao nascer necessário Risco de hiperbilirrubinemia neonatal relacionado a lactente com baixopeso ao nascer. Fototerapia; Monitorar integridade os olhos quanto a edema, secreção e coloração; Retirar as proteções oculares a cada quatro horas, ou quando as luz estiverem apagadas, para contato com os pais e para alimentação; Manter ambiente calmo e tranquilo – continuo Verificar sinais vitais – M/T/N Orientar pais e responsaveis sobre patologia do RN – se necessário. Troca de gases prejudicada relacionada a batimento de asa do nariz evidenciado por gasometria anormal Ofertar oxigenoterapia; Monitorar o padrão respiratório Monitorar gasometria arterial Manter vias aéreas desobstruídas Monitorar sinais vitais e avisar se FR < 9 rpm ou > 22 rpm – continuo Manter as vias aereas do RN desobristruidas Manter padrão respiratório. Padrão respiratório Ineficaz relacionado dificuldade respiratória Evidenciado ao uso Da musculatura acessória Manter oxigenoterapia, Se atentar ao Posicionamento do dispositivo; Monitorização do padrão respiratório; Observar e comunicar Se RN apresentar respiração de gasping. Padrão respiratório normal 26 Risco infecção relacionado a intubação orotraqueal Controle de risco; Atentar para sinais de febre Observar e comunicar Se RN apresentar hipotonia Monitorar sinais vitais e comunicar temperatura retal se > 37,9º C. – contunuo Manter tubo limpo - continuo Controle de infecção 5.3.2 Evolução de enfermagem 15/04/2022 08h. H.D: Sindrome do Conforto Respiratório RN, recém-nascido de parto cesariana, IG 26s+ 6 dias, peso 805 g, medindo 36 cm. Permanece na UTI neonatal, para acompanhamento de evolução do caso, apresenta choro fraco, corado com extremidades cianóticas, mantendo em incubadora em uso de fototerapia, cateter de O2 com 2 L, com proteção ocular. Exame Físico = Cabeça: Fontanelas Planas, abertura ocular ao ser estimulado. Narinas pérvias, mucosa oral integra. Implante das orelhas â nível dos olhos. PC = 35 cm. Tórax: Simétricos, mamilos planos, ausculta cardíaca com irregular em 2T, FC = 88 bpm em pulso apical. Ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares audíveis, com ruídos adventícios. PT = 23 cm. Abdome: movimentos peristálticos presentes, aerofagia discreta, abdome ligeiramente distendido, coto umbilical leitoso com visualização dos vasos umbilicais. Genitálias femininas com formações de estruturas anatômicas adequadas. Ânus perfurado. MMII e MMSS: Implante dos dedos quantitativamente adequado, aquecidos e boa permeabilidade capilar. Administrado vitamina K em vasto lateral da Coxa esquerda sem intercorrências. Reflexos avaliados: Sucção e Busca com boa resposta Enf Julia Georgina. 5.4.1 Caso clinico Acidente vascular encefálico isquêmico D.F.S, 65 anos, sexo masculino, negro, casado, aposentado, natural e procedente de Taubaté-SP, internado com diagnóstico médico de AVC isquêmico, hipertensão e úlcera varicosa em membro inferior direito (MID). No histórico do paciente constam dois episódios de Ataques Isquêmicos Transitórios Prévios ao AVC isquêmico. Hipertenso e diabético, em uso irregular de 27 Losartana, Captopril e Metformina. Na Tomografia Computadorizada realizada na admissão, foi constatada uma lesão hipodensa (isquêmica) no território da artéria cerebral média esquerda. Na internação hospitalar, está acompanhado de sua esposa, que o ajuda nos cuidados com alimentação e higiene, devido à limitação do paciente. Esposa relata que o paciente é resistente ao tratamento, que às vezes abusa na alimentação e que ele alguns dias seesquece de tomar as medicações de uso contínuo. Quadro 1. Nanda, NIC e NOC para AVCI, 2022. NANDA NIC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E APRAZAMENTO NOC Comunicação verbal prejudicada, caracterizada por dificuldade para falar e associada aprejuízo no sistema nervoso central Encarar diretamente o paciente e falar devagar, com clareza e concisão; Usar palavras simples e frases curtas, conforme apropriado. Incentivar sua comunicação através de gestos e escrita caso a paciente não consiga falar - continuo Conversar com a paciente durante as Atividades de cuidado, estimulando sua fala - continuo Melhora da comunicação verbal Perfusão tissular periférica ineficaz caracterizado por pulsos periféricos diminuídos. Manter aquecimento dos membros inferiores. Verificar presença de edemas. Realizar aquecimento de membros Inferiores – após banho Realizar massagem terapeutica – após banho. Promover a melhoria na circulação vascular de membros inferiores. Déficit no autocuidado para alimentação, Estimular o autocuidado. Rsclarecer Dar apoio e auxilio para a realização do autocuidado – se Restabelece r a capacidade 28 banho, higiene e paravestir-se, caracterizado pelacapacidade prejudicada no autocuidado e associado ao prejuízo músculo esquelético e neuromuscular. duvidas para o cliente e respsonsavel. necessário Orientar a família sobre a necessidade de auxiliar a paciente e chamar a equipe de enfermagem, esclarecendo a importância da preservação do autocuidado na sua recuperação – continuo . do autocuidado Mobilidade física prejudicada caracterizada pela redução na amplitude dos movimentos e associada ao prejuízo músculo esquelético e neuromuscular. Estimular deambulação. Fornece um ambiente seguro Apoiar a paciente durante a fase inicial da deambulação – se necessário. Encorajar a paciente ao realizar os exercícios de amplitude de movimento do lado afetado – continuo Melhorar a condição de mobilidade do paciente. Integridade da pele prejudicada caracterizada por alteração na integridade da pele associado a trauma vascular. Incentivar o auto curativo. Observar diametro da lesão. Ensinar à paciente e aos seus familiares a técnica correta do curativo e enfatizar a importância de manter a assepsia da área – se necessário Restabelece r a integridade da pele e prevenir infecções secundárias a lesão. Risco de infecção relacionado a Instruir a manter integridade da pele. Observa rcaracterísticas e evolução da lesão, Restabelece r a integridade 29 Alteração na integridade da pele. pedir para a paciente e os familiares também realizarem esse cuidado tanto no hospital quanto no domicílio. – após banho da pele e prevenir infecções secundárias a lesão. 5.4.2 Evolução de enfermagem 16/04/2022. 14:22h. Paciente D.F.S internado para tratamento de AVCI. Encontra-se em repouso no leito, com cabeceiras e grades elevadas, na companhia de sua esposa. Apresenta-se consciente, orientado, disfágico, hipocorado (+/4), hemiplégico a D, eupneico em ar ambiente. Mantendo acesso venoso periférico por cateter não agulhado em MSE sem presença de sinais flogisticos, com soroterapia em gotejamento, em uso de fralda descartável, eliminações fisiológicas presentes nesta data, enfaixamento em MID. Ao exame físico: Ausculta cardíaca, BCR 2 tempos e sem sopros. Ausculta respiratória, MV presentes e sem ruídos adventícios. Abdome plano e indolor a palpação, sem viceromegalias, RHA+. Eliminações vesical e intestinal normais. Membros inferiores apresentam pele ressecada e presença de lesão varicosa em MID. Perfusão periférica de MID diminuída, e de MIE preservada. Sinais vitais: PA 160x90mmHg, FC 74bpm, FR 17irpm, Temperatura 36.5°C, Saturação 98%, Glicemia Capilar 171mg/dl. Enf Julia Georgina 5.5.1 Caso clinico: Herpes genital APDS, 34 anos, divorciada, branca, costureira, residente e natural da cidade de Taubaté-SP, tendo dois filhos. Com história de úlceras genitais recorrentes há 2 anos, encaminhado ao serviço. Paciente relata lesões vulvares progressivas dolorosas, coceiras na genital nos últimos 7 dias. Apresentou febre nos 2 dias consecutivos. Negou febre no momento. Nenhuma outra comorbidades no momento e faz uso de medicamentos para hipertensão arterial sistêmica e anticoncepcional. Paciente era tabagista e etilista no momento. 30 Quadro 1. Nanda, NIC e NOC para herpes genital, 2022. NANDA NIC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM E APREAZAMENTO NOC Dor relacionada às lesões genitais Monitorar expressão de dor. Realizar técnicas para alívio da dor. Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção através de exame físico. Promover banho de assento - manhã Instruir paciente para usar roupas limpas, macias, largas, e absorventes “feminino” – se necessário Alivio da dor Evitar possíveis complicações. Risco de recidiva da infecção ou disseminação da infecção. Monitorar sinais flogísticos. Orientar paciente/família sobre sinais de infecção e a importância de relatá-los à equipe de saúde; Manter ambiente limpo. Promover higienização das feridas – após banho Administrar medicamentos prescritos – conforme necessário Realizar assepsia no leito – uma vez ao dia Controle da infecção. Controle da infecção. Controle disseminação da infecção. Ansiedade e sofrimento relacionado à doença. Apoio emocional Técnica para acalmar Instruir o paciente quanto a importância da adesão ao tratamento. Incentivar a Encorajar a verbalização de sentimentos, percepções e medos. – se necessário Reduzir ou eliminar estímulos que criam medo ou ansiedade Promover Evitar depressão 31 atividade física a fim de reduzir a ansiedade. conforto ao paciente - continuo Observar sentimentos que forneçam subsídios para compreender o estado emocional da pessoa/família - continuo Conforto prejudicado associado a sintomas relacionados à doença, caracterizado por sintomas de sofrimento, medo e ansiedade. Observar e anotar características da dor. Administrar analgesia conforme prescrição médica. Proporcionar segurança. Esclarecer e incentivar a verbalização de medo. Avaliar nível de dor por meio não verbal – continuo. Diminuir fatores que aumentam a dor, por exemplo a fadiga – continuo. Usar as medidas de controle da dor antes que a mesma se agrave – continuo. Promover alívio da dor. Prevenir a dor. Auxiliar relaxamento. 5.5.2 Evolução de enfermagem 20/04/2022 10:50h H.D: Herpes Genital. Paciente APDS encontra-se consciente, orientada, verbalizando, responde aos comandos, Glasgow 15; normocorada; Couro cabeludo íntegro, cabelos limpos e secos, sem presença de anormalidades; Olhos: simétricos, edema em pálpebra inferior direita e superior esquerda, conjuntiva palpebral rósea, pupilas isocóricas, foto reagente, mobilidade visual sem anormalidade, na palpação sem presença de nódulos ou lesão; Tórax: inspeção estática, tórax em forma de barril, inspeção dinâmica dispneica, respiração profunda em uso da musculatura acessória; Palpação: traqueia simétrica em ambos os lados, sem presença de massas e outras alterações, mobilidades discretas; parede tórax sem anormalidade sem dor. Percussão: sons hipersonoro. Ausculta pulmonar: Ruídos adventícios (RA) sibilos em ápice e 32 roncos em base, 26 inspiraçõespor minuto; Ausculta cardíaca: Bolhas cardíacas abafadas; sopro em tricúspide. Abdome: inspeção, flácido e distendido; Ruídos hidroaéreo presente; Percussão som timpânico em região epigástrica e flanco esquerdo e em flanco direito submaciço. Hepatomegalia dolorosa. MMI: Edemaciados, cianose em extremidades. Enf Julia Georgina 33 6 DISCUSSÃO A Sistematização da assistencia de enfermagem é direcionada pelo PE para organizar e desenvolver o trabalho da equipe de enfermeiros responsável pela identificação das necessidades de cada paciente, direcionando os cuidados a serem prestados, com o objetivo de desenvolver esse cuidado. ao aumentar a comunicação entre as equipes e a disponibilidade para ficar mais tempo com os pacientes, proporciona maior segurança aos pacientes, melhora a qualidade da assistência e capacita os profissionais de enfermagem (GIEHL: COSTA; PISAIA et al., 2016). A mesma foi introduzida em nossa país em meados da década de 70, onde o principal objetivo era direcionar a assistência para um novo processo de enfermagem, a qual é composta por 6 etapas (coleta de dados, diagnostico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem). Ao se inserir na realidade de ser um paciente responsável e inteligente, o atendimento será de alta qualidade. Dessa forma, a implementação da SAE, juntamente com conhecimentos específicos, reflexão crítica e questionamentos sobre a organização do trabalho de enfermagem, é fundamental para que o enfermeiro gerencie a enfermagem de forma competente, segura e organizada. (TANNURE, MC. PINHEIRO, AM. 2011) Segundo COFEN. 2016. A realização da SAE deve estar de acordo com a missão, visão e objetivos da instituição. Ressaltando que, acima de todos os benefícios que ela dispõe, está à vontade, a dedicação da equipe de enfermagem, além do apoio da instituição de forma reorganizar o serviço, reserva dos recursos humanos e materiais de forma a priorizar a assistência. Embora o uso de SAEs seja uma exigência legal sob orientação do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em nosso país, sua eficiência é potencial. Diferenças emergentes em sua aplicação entre auxiliares de enfermagem e pesquisadores. No entanto, sabe-se que a SAE beneficia o pensamento crítico e a atuação do enfermeiro, bem como a comunicação entre as equipes de enfermagem (OLIVEIRA et al., 2019). Infelizmente, ainda nos dias de hoje a SAE ainda não foi implantada por profissionais de enfermagem no Brasil todo ou unidades de saúde, e mesmo que seja parcialmente implantada em muitos países, e em quase todos os estados do Brasil, há dificuldades de implantação. Essas dificuldades, foram elencadas como falta de interesse entre os profissionais, dificuldade de aceitação da equipe, falta de compreensão de seu conceito e validade, ou mesmo rejeição. Isso leva a uma separação do comportamento do profissional de enfermagem da SAE e do PE, o que torna as rotinas profissionais preocupantemente desconectadas do respaldo científico adequado (OLIVEIRA, et al., 2019) 34 7 CONCLUSÃO Conclui-se que é de extrema importância o Enfermeiro compreender todo processo de fisiopatologia de uma doença, bem como a sua definição, fatores de risco, sinais e sintomas, causas, complicações e tratamento para que possa ser feito o manejo adequado e a Sistematização da Assistência de Enfermagem do paciente. A Sistematização da Assistência de enfermagem (SAE) é um instrumento de muito valor para o profissional, pois através dele o enfermeiro consegue avaliar quais sãos as necessidades do paciente, seja ela ligada diretamente ao seu problema ou indiretamente, permitindo também a elaboração de um plano assistencial que atenda as prioridades daquele determinado momento. Sendo assim, os profissionais da enfermagem têm uma assistência de maior qualidade e organização no trabalho profissional. 35 8 REFERÊNCIAS ABBADE LPF, LASTÓRIA F. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. An. Bras. Dermatol. 81(6), 2006. Acesso em 02 de abril de 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365- 05962006000600002&lng=en ABREU A. Cardiomegalia. Artigo de Revisão. 2017. Acesso em: 05 de abril de 2022. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/cardiomegalia/amp ALDUNATE JLCB, ISAAC C, LADEIRA PRS, CARVALHO VF, FERREIRA MC. 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