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ESTUDO DIRIGIDO ELABORADO PARA O 9º PERÍODO DE DIREITO Valor: 5,0 pontos Data de entrega: 16/05/2022 Aluna: Clarice Alves e Silva – 9º Periodo do curso de Direito. 1) SOBRE A COMPETÊNCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO, AVALIE O TEOR DO ART. 109 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CONJUNTAMENTE COM A SÚMULA VINCULANTE Nº 22. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Sendo assim podemos dizer que a a competência trabalhista abrange não somente a relação de emprego, mas sim TODA relação de trabalho. 2) DE ACORDO COM O ART. 114 DA CF, COMPETE A JUSTIÇA DO TRABALHO PROCESSAR E JULGAR QUAIS DEMANDAS? Antes da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº45, a Justiça do Trabalho era competente para julgar apenas as lides decorrentes da relação de emprego, ou seja, julgavam-se apenas as ações que tivessem como sujeitos o empregador e o empregado. De acordo com o artigo 114 da CF., é de compentência da justiça do trabalho processar e julgar: as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; as ações que envolvam exercício do direito de greve; as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; os mandados de segurança, [habeas corpus] e [habeas data], quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, [o]; [[CF/88, art. 102.]]; as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, [a], e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; [[CF/88, art. 195.]]; outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Percebe-se então que a competência material da Justiça do Trabalho foi ampliada, sendo agora competente para julgar as ações decorrentes das relações de trabalho, bastando, portanto, que em um dos pólos da lide se encontre um trabalhador, não sendo relevantes as características inerentes do vínculo empregatício. 3) COMO SE DÁ A INCOMPETÊNCIA RELATIVA E A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA? A competência é considerada absoluta, quando fixada em razão da matéria, em razão da pessoa ou pelo o critério funcional. Sendo assim, a incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. Ela é de regra, arguida como preliminar da contestação, declarada a incompetência absoluta, os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juízo competente. Considera-se competência relativa, quando fixada em razão do território ou em razão do valor da causa. A incompetência relativa é arguida por meio de exceção. Caso o réu não o faça, no momento oportuno, dar-se-á prorrogação da competência e o juiz que era incompetente passa a ser competente, embora pudesse ter sido afastado. O juiz não pode declarar a incompetência relativa de ofício, pois não pode ele conhecer de questões suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. A exceção é um incidente, processado em separado, em autos apartados, que serve para acusar a incompetência relativa do juiz, bem como sua suspeição ou impedimento. 4) O QUE É COMPETÊNCIA RESIDUAL? O juiz do trabalho é competente em toda e qualquer causa que se lhe apresente, até que se defina sua competência ou incompetência. Trata-se da denominada competência residual. O juiz trabalhista é sempre competente, nem que o seja apenas para se declarar incompetente. 5) QUAIS SÃO, QUANDO SÃO DEVIDOS E QUEM DEVE PAGAR OS HONORÁRIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO? PERICIAIS, SUCUMBENCIAIS ETC. No processo do trabalho, obrigação da parte vencida arcar com o pagamento de honorários periciais e sucumbenciais (honorários ao advogado da parte vencedora), assim como a autorização do pedido inicial em cremes processuais quando injustificada deixa de apresentação à audiência. Antes, o pagamento de honorários sucumbenciais na Justiça do Trabalho era restrito a lides que não derivassem da relação de emprego ou a situações em que a parte fosse assistida por sindicato e comprovasse a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou apenas em situação econômica prejudicada. 6) NA JUSTIÇA DO TRABALHO HÁ FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS? SE HÁ, QUAL SERIA ESSE PERCENTUAL? Sim. A fixação de honorários sucumbenciais, deve observar estritamente as disposições contidas no artigo 791-A da CLT, inclusive em razão do Princípio da Paridade Processual, positivado nos artigos 7º e 139, inciso I, do CPC, não devendo ser admitida a adoção de qualquer critério extralegal para a apuração dessa verba. Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 7) FAÇA UM RESUMO MINUCIOSO DOS ARTS. 789 À 793 Art. 789 – das custas e emolumentos. Incidirão à base de 2%, as custas relativas ao processo de conhecimento e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência social. Art. 789 – A – são as custas processuais em sentido estrito (ou simplesmente custas processuais) e despesas remuneratórias, devidas na fase de liquidação, na face e no processo de execução, na impugnação e nos embargos de primeira e segunda fase e nos embargos de terceiro. Art. 789 – B – serão suportados pelo o requerente os emolumentos, fixados da seguinte forma: autenticação de traslado, R$ 0,55 por folha; fotocópia de peças, R$ 0,28 por folha; autenticação de peças, R$ 0,55 por folha; cartas de sentença, adjudicação, de remição e arrematação, R$ 0,55 por folha; certidões, R$ 5,53 por folha. Art. 790 - Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. Tratando-se de empregado que não obteve beneficio a justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo, responderá pelo pagamento das custas devidas; será feita á execução no caso de não pagamento das custas. Art. 790 – A – são isentos do pagamento de custas, o Ministério Público do Trabalho, a União, o DF, os municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica. Art. 790 – B – os honorários periciais é de responsabilidade da parte sucumbente na pretensão objeito da perícia ainda que seja beneficiária de justiça gratuita. O juiz deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, poderá o juiz deferir o parcelamento dos respectivos honorários, não podendo exigir adiantamento de valores para realização das perícias, e somento em caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. Art. 791 – os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalhoe acompanhar suas reclamações até o fim, em dissídios individuais os empregadores e empregados poderão ser representados por sindicato, advogado, solicitador ou provisionado, inscrito na OAB; nos dissídios coletivos é facultado aos interessados a assistência por advogado. Art. 791 – A - ao advogado, ainda que atue em causa prórpia, serão devidos honorários de sucumbencia, fixados no mínimo de 5% e máximo de 15% sobre o valor da liquidação da sentença, proveito econômico obtido ou não. Art. 792 – revogado. Art. 793 – a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por meio de seus representantes legais, sem eles, pela Procuradoria do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo. 8) RESPONDA QUAL É A QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS QUE PODEM SER ARROLADAS, NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, ORDINÁRIO E TAMBÉM NO INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE? No procedimento sumaríssimo, poderão ser ouvidas no máximo 2 testemunhas, já no ordinário até 3, No inquérito para apuração de falta grave são 6 testemunhas para cada parte e não para cada fato. 9) FAÇA RESUMO/APONTAMENTOS DO ART. 852-A ATÉ 852-I DA CLT Art. 852 – A – dissídios individuais cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo, exceto as demandas em que a parte é a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Art. 852 – B – deverão ser enquadradas no procedimento sumaríssimo, pedido certo ou determinado e o valor correspondente; não será feita citação por edital; apreciação a reclamação deverá ocorrer em até 15 dias. Art. 852 – C – as demandas do rito sumaríssimo serão instruídas e julgas em audiência única. Art. 852 – D – o juiz determinará as provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante. Art. 852 – E – aberta a sessão o juiz oferecerá as partes a vantagens de uma conciliação, usando os meios adequados de persuasão. Art. 852 – F – na ata de audiência serão registrados os atos essenciais, afirmações fundamentais e informações úteis. Art. 852 – G – serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão decididas na sentença. Art. 852 – H – as provas serão produzidas em audiência de instrução e julgamento, mesmo que não requeridas previamente. Art. 852 – I – serão mencionados os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência.
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