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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Hemorragia Digestiva Alta Hemorragia Digestiva Alta ➜ proveniente do trato gastrintestinal superior; Baixa ➜proveniente do trato gastrintestinal inferior; Oculta ➜ desconhecida pelo paciente; Obscura ➜ proveniente de local desconhecido no trato gastrintestinal; Aguda ➜ aparecimento recente (menos de 3 dias de duração); instabilidade dos sinais vitais, anemia e/ ou necessidade de transfusão sanguínea; Crônica ➜ sangramento por um período de vários dias, frequentemente com perda de sangue lenta ou intermitente; pode se manifestar com sangue oculto ou visível nas fezes, anemia, sem repercussão hemodinâmica; Hemorragia Digestiva Alta Sangramento intralumial de qualquer localização situada entre o esôfago superior e o ligamento de Treitz; HDA não varicosa ➜ lesão da mucosa com ulceração ou erosão de um vaso subjacente; HDA varicosa ➜ ruptura de varizes; Prevalência em homens; aumenta com a idade; Complicação mais comum da DUP; Maioria dos doentes tem > 60 anos e utiliza AINEs ou AAS; Etiologia Doença ulcerosa péptica (principal causa); o AINES ➜ ulcera gástrica; o H. pylori ➜ úlcera duodenal; o Estresse ➜ úlcera de fundo e corpo do estômago; o Acidez gástrica; Síndrome ou laceração de Mallory-Weiss Angiodisplasia do TGI alto; Neoplasias do TGI; Fístula aortoentérica; Esofagite erosiva; Varizes esofágicas Varizes esofágicas Segunda causa mais comum de HDA; Resultantes da resistência ao fluxo portal ➜ gera um gradiente de pressão portal elevado ➜ surgimento de vasos colaterais portossistêmicos; Etiologia da Síndrome da hipertensão portal: o Obstrução pré-hepática: trombose da veia esplênica; trombose da veia porta; o Obstrução intra-hepática: Pré-sinusoidal: esquistossomose, sarcoidose, fibrose hepática congênita; azatioprina; mielofibrose; Doenças mieloproliferativas; Sonudoidal: hepatites virais crônicas; cirrose alcoólica, hipervitaminose A; metotrexate, hiperplasia regenerativa nodular; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Pós-sinusoidal: Síndrome de Budd-Chiari, doença veno-oclusiva hepática; o Obstrução pós-hepática: insuficiência cardíaca, pericardite constritiva, regurgitação tricúspide; membrana da veia cava inferior; Quadro Clínico Hematêmese ou melena; Hematoquezia (apenas em 10% - mais comum na HDB); Questionar episódios prévios, uso de álcool, dispepsia, quadro consumptivo, AINES, uso de ACOs, comorbidades; Exame físico: massa abdominal, linfonodos, teleangectasias, eritema palmar, ginecomastia, circulação colateral; Diagnóstico EDA o Precoce: 24 hrs; Cintilografia e/ou Arteriografia ➜ caso a EDA não apresente alteração, ou não possibilite visualização devido ao sangramento; Hemograma (hemograma, hematócrito); perfil e função hepático; função renal; Conduta Estabilização hemodinâmica: o Avaliar sinais de perda volêmica ➜ hipotensão postural, taquicardia, hipotensão não postural e choque; o Obtenção imediata de acessos periféricos com cateteres de grosso lúmen, hidratação vigorosa com soluções cristaloides e transfusão de hemoderivados; Sonda Nasogástrica (SNG): lavagem através da SNG facilita a EDA; o Retorno de sangue vivo ➜ indica risco de sangramento persistente ou risco de ressangramento após terapia endoscópica; o Retorno de líquido claro ou tipo “borra de café” ➜ melhor prognóstico; Ressuscitação e transfusão: o Sinais de hipovolemia, sinais de choque; o Objetivo da reposição volêmica: PAS > 100mmHg; 1 a 2L de solução salina; o Manter Hb > 7g/Dl; o Sangramento ativo e coagulopatia e/ou plaquetas < 50 mil ➜ realizar plasma fresco concentrado e plaquetas; Risco de ressangramento: o Idade > 65 anos, choque, REG, comorbidade, Hb < 10 g/dL ou Ht <30%, necessidade de transfusão, presença de sangue; Classificação de Forrest Utilizada para estimar o risco de ressangramento; Tratamento Endoscópico ➜ somente os pacientes com achados endoscópicos Ia, Ib, IIa e IIb; Sangramento arterial ativo ➜ administração de epinefrina na base da úlcera + coagulação térmica ou clipes metálicos; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Após tratamento bem sucedido ➜ pacientes devem ser testados para infecção pelo H. pylori; Tratamento HDA não varicosa Bloqueadores H2 e IBP o Estabilidade do coágulo sanguíneo é menor no meio ácido; o IBP ➜ diminuição de recorrência do sangramento (uso obrigatório); o Estigmas de alto risco: omepraxol 40 mg ou 80mg, 2x/dia por 72h – 40mg por via oral; o Sem estigmas: 20-40mg/dia; EDA: o Precoce – 24 hrs; o Coágulo em leito ulceroso ➜ irrigação na tentativa de deslocá-lo; o Estigmas de alto risco: sangramento ativo ou vaso visível em leito ulceroso; o Clipes: térmico > substancias injetáveis; o Tratamento Endoscópico: somente os pacientes com achados endoscópicos Ia, Ib, IIa e IIb de Forrest; o Ressangramento: novo episódio de hematêmese ou melena que ocorre após sinais vitais e índices de Hb e Ht permanecerem estáveis por pelo menos 24 hrs ➜ nova EDA; Tratamento cirúrgico: o Indicado para pacientes sem sucesso com EDA ou que não apresentaram resolubilidade com transfusão de mais de 6 concentrados de hemácias; Erradicar H. pylori; AAS e/ou AINES ➜ IBP contínuo; HDA varicosa Aceitável PAS entre 90 a 100 mmHg (não precisa manter > 100mmHg); Ressuscitação e transfusão ➜ não realizar muito volume, pois o paciente pode ter coágulo e o excesso de volume aumenta a pressão do sistema venoso, podendo causar um ressagramento; Profilaxia para PBE (peritonite bacteriana espontânea): o Paciente cirróticos; o Norfloxacino 400mg, 2x/dia por 7 dias; o Cipro ou cefalosporina de 3ª geração; Somatostatina e análogos: o Somatostatina, octreotide, terlipressina; o Vasoconstrição esplâncnica; o Introduzir antes mesmo de realizar EDA; o Usar 5 dias; EDA: o Precoce; o Escleroterapia ou ligadura elástica (1ª opção se estiver disponível); o Balão esofágico: Balão de Sengstaken-Blakemore; Sangramentos maciços incontroláveis com instabilidade hemodinâmica; Complicações: úlcera e perfuração esofágica; 24hrs; Cirurgia e TIPS: o TIPS (Shunt Transjugular Instrahepático) ➜ shunt entre veia hepática e a porção intra- hepática da veia porta; o Shunt cirúrgico (se TIPS não disponível); o Complicações: encefalopatia hepática, estenose ou trombose do shunt, trombose da veia porta, sangramentos; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo
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