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Dipilidiose Dos cães e gatos INTRODUÇÃO • A dipilidiose é uma doença parasitária causada pelo cestóide Dipylidium caninum, que na sua forma adulta parasita o intestino delgado de caninos, felinos e acidentalmente o homem. No estádio larval, o parasito localiza-se na cavidade geral dos hospedeiros intermediários. Os cães contraem a doença ao ingerir o hospedeiro intermediário infectado com larvas cisticercóides. • Espécie: Dipylidium caninum (pulga) • Hospedeiros definitivos: cão e gato raramente o homem (crianças, zoonose em potencial) • Hospedeiros intermediarios: pulgas (Ctenocephalides canis, C.felis e Pulex irritans) piolhos (Trichodectes canis) • Localização: ➢ adulto no intestino delgado ➢ Larva cisticercóide nas pulgas e piolhos MORFOLOGIA • Adulto mede até 50 cm de comprimento • Escólex com rostelo protrátil com 4 ou 5 fileiras de ganchos • Proglote tem formato de grão de arroz com 2 conjuntos de órgãos genitais, com um poro se abrindo em cada borda podem rastejar ativamente saindo pelo ânus • Ovos são as oncosferas, são eliminadas em grupos de mais ou menos 20 unidades dentro das cápsulas ovígeras CICLO BIOLÓGICO • Ciclo heteroxeno (indireto) • Cães e gatos infectados eliminam os proglotes tanto nas fezes, esses proglotes também podem ser eliminados no ambiente • As larvas das pulgas se alimentam desses segmentos do parasita, se infectando • O HD ingere as pulgas acidentalmente (quando se lambem) e são infectadas com as larvas cisticercóides • Após ingerir a larva do Dypilidium, ocorre um período pré-patente de aproximadamente 3 semanas, tempo suficiente para que ocorra a transformação da larva cisticercoide em cestoide adulto. • O verme adulto se fixa à parede intestinal através de ganchos e começa a se desenvolver • Os HDs infectados eliminam as proglótides grávidas que possuem forma de semente de pepino em suas fezes PATOGENIA • Enterite puntiforme e localizada devido à fixação do escólex no epitélio intestinal • Há movimentação das proglotes na região perianal causando prurido – • Os parasitos liberam “toxinas” que causam lesões efêmeras do SNC SINTOMATOLOGIA CLÍNICA • Em pequeno número geralmente é bem tolerado sem sinais ou sintomas • Infecção maciça causa inflamação da mucosa intestinal, diarréia, cólica, alteração do apetite e emagrecimento; podem ocorrer manifestações neurológicas e obstrução intestinal EPIDEMIOLOGIA • Apresenta maior prevalência em animais mal tratados que possuem os ectoparasitas DIAGNÓSTICO • Clínico: sintomas + anamnese, verificar se tem presença de proglotes na região perineal ou nas fezes • Parasitológico: ➢ Identificação da proglote eliminada (formato alongado + órgãos genitais duplos) ➢ Identificação das cápsulas ovígeras (rompendo a proglote eliminada) ➢ Coproparasitológico: técnicas de sedimentação (Hoffman) TRATAMENTO • Anti-helmínticos (nitroscanato, niclosamida, praziquantel) • Adulticidas no HD CONTROLE • Controle do ambiente: especialmente da cama e dos locais onde o HD mais permanece para eliminar os estádios imaturos das pulgas (eliminação de substratos e esconderijos das larvas) • Apenas 5% das pulgas estão nos animais
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