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APX1 2022-1_Espacos-Soc-Form-Hum (2) - Nota 10

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação Presencial 1 (APX1) – 2022.1
Disciplina: Espaços Sociais de Formação Humana	
Coordenadora: Sônia Beatriz dos Santos
Mediadoras Pedagógicas à Distância: Clarice Cordeiro dos Santos e Danielle Portilho Muffareg Bosco
Nota 10
PERÍODO/HORÁRIO DA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO: 29/03/2022 (19h) a 03/04/2022 (19h)
1. Moura e Zuchetti (2006) nos trazem a concepção da Pedagogia Social, comparando com as práticas de educação não escolar presentes no Brasil. Esta aproximação nos ajuda a problematizar a educação como um processo mais amplo, que ocorre em diferentes tempos e espaços, e não somente na escola. Com base neste texto, aponte e problematize as possíveis convergências e/ou divergências existentes entre os pressupostos teórico-filosóficos e metodológicos da Pedagogia Social e das práticas de educação não escolar construídas e consolidadas no Brasil. 		 (3,5 pts)
R.: O texto proposto pela disciplina pontua que a Educação é um processo amplo, que abrange não somente o contexto institucional escolar e suas perspectivas acadêmicas-científicas-metodológicas – como é tradicionalmente visto – como também os demais cenários da vida cotidiana, a exemplo do seio familiar e mais espaços onde os indivíduos se correlacionam ao longo de sua vida. Nesse contexto, a Pedagogia Social aborda processos educativos que acontecem em espaços não formais, ou seja, fora dos das escolas. Assim, a Educação não escolar (como denominam), ocorre no campo social buscando a emancipação humana. 
	De acordo com as experiências mencionadas pelas autoras em Portugal e na Espanha, por causa do grande crescimento das populações desempregadas ou com subempregos, houve também o crescimento de ações assistenciais e práticas caritativas, o que nem sempre garante os direitos sociais dos indivíduos. Dessa maneira, de forma geral, as atividades de educação social na Europa se apresentam através de ações socioeducativas centradas nas pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade social como presidiários, mulheres, jovens e crianças em situação de risco. Contudo, as experiências adquiridas propiciaram a construção de pressupostos teóricos- metodológicos, que definiram a profissionalização da Pedagogia social, voltados para setores como a educação para o consumo, a educação de adultos, a educação especial, entre outros. Mesmo sendo uma profissão nova, ela se diferencia dos trabalhadores sociais e de assistentes sociais em relação às suas práticas e especificidades, visto que devem oferecer respostas educativas a desafios sociais, econômicos e culturais. Nesse sentido, a Pedagogia Social na Europa é vista como uma ciência prática, onde valores como justiça, igualdade, fraternidade e os princípios da sociedade democrática a orientam e lhes dão suporte.
	Já no Brasil, ao longo das últimas décadas, observou-se que a Educação social tem se apresentado através de uma crescente gestão de projetos realizados por Organizações Não Governamentais. Essas organizações, em sua maioria, possuem cunho apenas assistencialista, com ações pontuais e de baixo custo, voltadas para grupos com vulnerabilidade social, onde não se busca a transformação social de seus participantes ou mesmo o desenvolvimento de conscientização de direitos e deveres, mas somente sua inclusão social, ou seja, não há a preocupação com o desenvolvimento da consciência crítica das pessoas assistidas. Concomitantemente a isso, as autoras pontuam que, diferentemente do cenário europeu, as práticas observadas nesses projetos não possuem análises dos processos educativos que trabalham e geralmente são conduzidas cada vez mais por pessoas sem formação – como voluntários e estagiários – colaborando para a desqualificação das ações de formação oferecidas que refletem muito mais as políticas assistencialistas do que aquelas voltadas para a construção da cidadania. Assim, a Educação não escolar no Brasil necessita de mais discussões e aprofundamento teórico nas discussões acerca de suas práticas e sobre a sociedade em que vivemos.
											 
1. Machado (2008) associa a prática da Pedagogia Social à busca pela construção de uma sociedade includente, humana, ética e justa, política e socialmente. Diante desta perspectiva, como se define o Educador Social e como este necessita atuar nos diversos espaços sociais de formação humana? (4,5 pts)
R.: Segundo Machado (2008), não há um consenso concernente a nomenclatura utilizada pelo profissional da Pedagogia Social, sendo Educador Social a forma mais difundida. Como exemplo, é possível citar que em países como Alemanha, Portugal, Espanha e Dinamarca, o Educador Social é visto como uma figura polivalente que atua na recuperação de indivíduos e auxílio sócio-cultural; na Holanda, Suíça, Bélgica e França, o profissional é um Educador Especializado com formação específica para atendimento voltado à recuperação e prevenção; nos países da América Latina, em alguns países apesar da profissão ser regulamentada, ainda é pouco conhecida.
	Assim, o Educador Social pode ser definido pelos seus campos de ação, que podem ser o social (em concordância com seu campo de trabalho) e o interventivo, que ainda precisa de demarcação teórica devido a ideologias, filosofia e visão antropológica, segundo Machado (2008). Desta maneira, o Educador Social possui a Pedagogia Social como referência para seu trabalho e atua no campo das intervenções sócio-educativas. Dentre essa intervenções, é possível citar: atenção a grupos marginalizados como presidiários e minorias étnicas, promoção da condição social da mulher, na educação de adultos, na animação sociocultural, na atenção às famílias, às crianças, adolescentes e jovens nas suas necessidades, a prevenção da delinquência juvenil bem como a terceira idade e a deficientes físicos, psíquicos e sensoriais, por exemplo.
	Dessa maneira, o Educador Social necessita ter um olhar atento aos problemas sociais do mundo a sua volta para que consiga atuar nos diversos espaços de formação humana de acordo com as demandas sociais do lugar que atua e da sociedade, buscando auxiliar de forma educativa pessoas e grupos com realidades sociais desfavorecidas, não de maneira assistencialista, mas pensando na socialização dos indivíduos. Assim, o atendimento às necessidades sociais das pessoas será sempre um caminho para Educação pautada na construção da cidadania, permeada pela igualdade, liberdade e democracia.
1. Nesta questão, o objetivo é avaliar seus conhecimentos sobre o caráter das instituições de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua, com base no texto de Santana et al. (2004). Inicialmente, as instituições de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua funcionavam como depósitos de crianças abandonadas e detenção de menores infratores, visando sua recuperação. Com a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, as instituições passaram por mudanças em sua função e características. Indique a alternativa abaixo entre os 5 itens (a, b, c, d, e) que reflete a principal mudança pela qual passaram essas instituições assistenciais: (2,0 pts) 
(a) As instituições começaram a preocupar-se com a integralização das crianças e adolescentes na rede regular de ensino.
(b) As instituições inovaram do ponto de vista tecnológico e estrutural, criando rede de dados e controle que ajudaram a mapear as condições das crianças e jovens atendidos, minimizando os riscos de reinserção.
(c) As instituições priorizaram, como estratégia, apenas cuidar das crianças e jovens atendidos em suas necessidades básicas, resgate familiar, programas de adoção e reintegração ao sistema formal de ensino.
(d) As instituições criaram novos paradigmaseducacionais, aplicando metodologias de ensino inovadoras, investindo massivamente na formação educativa, na disciplina e formação moral e cívica dos atendidos.
(e) As instituições passaram a ter como objetivo, além do suprimento das necessidades básicas dos jovens atendidos, a promoção de cidadania.
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS DISSERTATIVAS
Não serão aceitas citações dos textos sem as devidas referências tais como páginas e nome do autor, ou cópias de textos da Internet. A discussão realizada deve ser autoral, estabelecendo diálogo com os autores e os vídeos indicados.
Respostas devem ser formatadas em letra Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5.
Serão levados em consideração, para a avaliação, os seguintes critérios:
	Atendimento às instruções indicadas e ao que foi perguntado
	Relevância do conteúdo
	Compreensão adequada dos conceitos abordados
	Relaciona informação, teorias e conteúdos e/ou prática
	Originalidade do texto produzido
	Citações e referências do texto sugerido
	Coerência e Coesão
	Atende a formatação sugerida
	Ortografia
Referências
MACHADO, Evelcy Monteiro. A pedagogia social: diálogos e fronteiras com a educação não formal e educação sócio comunitária. Cidade_seminformação, 2008. 
MOURA, Eliana e ZUCHETTI, Dinora Tereza. Explorando outros cenários: educação não escolar e pedagogia social. Educação Unisinos, vol. 10 (3): 228-236, set./dez, 2006. 
SANTANA, Juliana Prates; DONINELLI, Thaís Mesquita; FROSI, Raquel Valiente; KOLLER, Sílvia Helena. Instituições de atendimento a crianças e adolescentes de rua. Psicologia & Sociedade; 16 (2): 59-70; maio/ago. 2004.

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