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AP 1 2019 2 Gabaritos

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AP1 de Geografia da População do Brasil – 22/09/2019 
 
Código da disciplina: EAD 14014 (Geografia) 
 
 
Nome: Matrícula: 
 
Atenção! 
 
• Para cada folha de respostas que utilizar, antes de começar a resolver as questões, preencha (pintando os 
respectivos espaços na parte superior da folha) o número do CPF, o código da disciplina (indicado acima em 
negrito) e o número da folha. 
 
PADRÃO DE PREENCHIMENTO NA FOLHA DE RESPOSTAS 
 
 
 
Questão 1 (2,5 pontos) 
No texto da Aula 5, destacou-se a implantação da Estrada de Ferro D. Pedro II ou Central do 
Brasil, na década de 1860, bem como a perspectiva de que ela sinalizava uma incipiente quebra 
da estrutura em arquipélago da economia brasileira - o que, aliás, ocorreria ao longo do século 
XX. Aquele projeto trazia, deste modo, a intenção de uma melhor integração do território 
brasileiro. 
Neste contexto, de que modo o pioneiro projeto da Central do Brasil permitiria a integração do 
imenso território brasileiro? Em sua resposta, analise dois efeitos da implantação dos trilhos da 
Central do Brasil para a superação da estrutura em arquipélago econômico. 
Gabarito: 
O aluno ou aluna deverá em sua resposta analisar dois efeitos da implantação da Central do 
Brasil que elevaram o potencial de integração do território brasileiro e de superação da estrutura 
em arquipélago econômico, conforme: 
i- fortalecimento do papel político do Rio de Janeiro, como capital do Império e depois da 
República, por ser o ponto inicial da ferrovia. 
ii- amarração de o Rio de Janeiro a São Paulo por trilhos, o que significava controlar projetos de 
maior autonomia política-administrativa (ou mesmo de separatismo) de São Paulo ou de estados 
sulistas. Com a ferrovia, tropas do Rio de Janeiro poderiam mais rapidamente chegar por terra a 
São Paulo e daí ao Sul do país. 
iii- alcance do Vale do São Francisco pela região central de Minas Gerais, especialmente sua 
parte navegável. Com isso, ligava-se o Sudeste ao Nordeste pelos sertões, numa direção N-S. 
iv- após alcançar o São Francisco e superar os divisores com a bacia do Araguaia-Tocantins, 
acesso à passagem para o Centro-Oeste e daí para o Pará. 
v- base para transferência da capital do litoral para o interior sertanejo, isto é, do Rio de Janeiro 
para Pirapora (MG). 
vi- abertura à economia cafeeira do Sudeste a possibilidade de aproveitamento da mão de obra 
sertaneja, ao invés de buscar na imigração a substituição do trabalho escravo. 
Até 1,25 por cada efeito apresentado na resposta pelo aluno ou aluna. 
Questão 2 (2,5 pontos) 
A escravidão teria corrompido moralmente a sociedade brasileira. Não aquelas pessoas que foram 
escravizadas. O escravo não corrompeu a sociedade. Essa era uma perspectiva defendida por 
José Bonifácio de Andrada e Silva, conforme trabalhamos no texto da Aula 6. 
Explicite essa perspectiva ou visão de José Bonifácio num texto de até 10 linhas. Apresente dois 
aspectos de seu pensamento. 
O aluno ou aluna deverá explicar a perspectiva de que a escravidão, e não o escravo, foi um fator 
de corrupção da moral para a sociedade que se formou no Brasil. Nesta explicação o aluno ou 
aluna deverá observar aspectos como: 
- o escravo fazia o Brasil existir, mas a escravidão seria um "vício", entre outros aspectos, porque 
teria feito do trabalho algo que não dignificava o trabalhador. 
- a escravidão permitia a naturalização de perversões diversas com o uso generalizado e 
legalizado do racismo e da violência. 
- a escravidão não permitia a criação de uma cultura do trabalho, da poupança e do crescimento 
individual, cultura essa que se desenvolvera em populações europeias. 
- o Liberto, não tendo recebido a cultura do trabalho e da busca pela acumulação próprias ao 
capitalismo, tendeu a trabalhar apenas o necessário para viver ou sobreviver do modo como ele 
havia sido habituado. 
- não trabalhar a semana toda significava "comprar e consumir" a ociosidade que o Liberto vira no 
comportamento de segmentos das elites brasileiras, ao longo da escravidão. 
- Mesmo libertos, ex-escravos tornaram-se em alguns casos senhores e proprietários de escravos. 
Até 2,5 pela argumentação apresentada. 
 
 
Questão 3 (2,5 pontos) 
A expansão da economia de exportação e o desenvolvimento econômico acelerado no século XX 
foram fatores decisivos para a integração de populações sertanejas ao centros dinâmicos do país. 
Trabalhamos essa temática na Aula 07. 
Neste contexto: 
a) explique uma razão ou motivo político, para que esses contingentes sertanejos não tivessem 
sido atraídos e incorporados à economia de exportação ainda no século XIX, quando do processo 
abolicionista. 
b) que atividades exportação passaram a se utilizar da mão de obra que se tornava excedente, 
sobretudo, nos Sertões Nordestinos? 
Gabarito: 
Letra a: 
 O aluno ou aluna deverá explicar uma razão ou motivo para que os sertanejos não fossem 
considerados como alternativa para a crise da falta de trabalhadores no final do século XIX. Entre 
essas razões ou motivos, temos: 
- populações sertanejas eram, de algum modo, controladas pelas oligarquias locais. Deslocá-las 
para as lavouras de café seria esvaziar o poder político de coronéis e estancieiros - votos de 
cabresto. 
- populações sertanejas tinham cultura do trabalho diversa da cultura de trabalhadores 
estrangeiros já acostumados com ritmos mais intensivos de trabalho. 
- visão preconceituosa do sertanejo como inferior ao estrangeiro europeu. 
- interesses dos comissários que agenciavam trabalhadores no exterior. 
Letra b: 
O aluno ou aluna deverá responder/citar: 
Economia da borracha nos seringais da Amazônia, especialmente, no Vale do Rio Acre. 
Lavouras de cacau do Sul da Bahia. 
1,25 pontos por cada citação 
 
Questão 4: (2,5 pontos) 
No texto da Aula 08, desenvolveram-se vários elementos presentes na implantação da dinâmica 
de substituição de importações. Nos anos 1930, a propósito, um desses elementos foi a questão 
do controle da entrada de imigrantes não ibéricos, o que gerou intensas polêmicas entre setores 
da opinião pública e segmentos dos governos de então. 
Naquele contexto: 
a) descreva por que seria falsa o argumento de que o imigrante tirava o emprego do trabalhador 
brasileiro. 
b) qual era a visão do Presidente Vargas sobre a imigração naquele momento histórico? 
Restritiva? Ou estratégica? Explique. 
Gabarito: 
O aluno ou aluna deverá: 
- no item a, descrever que: 
A concorrência entre o brasileiro comum e o imigrante por emprego parecia ser uma falsa 
questão, de certa forma. O trabalhador imigrante, especialmente os não ibéricos, tendiam a ter 
qualificações superiores ao trabalhador brasileiro, pelo menos, maior tempo de escolaridade. Vale 
lembrar que 56,2% dos brasileiros eram analfabetos em 1940. Isso era o reflexo das condições de 
vida e de cidadania de uma população majoritariamente rural, com o coronelismo e toda uma série 
de mazelas sociais e políticas a limitarem seus direitos. 
Até 1,25 ponto pela argumentação apresentada. 
- no item b, explicar: 
Para Getúlio Vargas estratégica. A questão da imigração como um todo aparecia mais claramente 
na distribuição das colônias pelo território nacional do que com relação à imposição de restrições 
eugenistas à sua entrada. Para o Estado brasileiro, a continuidade da imigração deveria levar à 
adoção de medidas para reduzir a ameaça potencial de que os núcleos de colonização se 
tornassem “quistos” à sociedade brasileira e aos interesses do próprio Estado. Há que se lembrar 
do fato de que as maiores colônias eram justamente de contingentes de alemães, italianos e 
japoneses, ou seja, as nações que formaram o eixo nazifascista. E ainda havia,com exceção dos 
nipônicos, colônias das mesmas origens nos demais países do Cone sul-americano, na Argentina, 
sobretudo. Poderia, pelo menos em hipótese, haver riscos de separatismo e perda territorial para 
o Brasil. Uma dessas medidas de controle pelo Estado brasileiro foi a da obrigatoriedade de 
introdução da língua portuguesa nas escolas, com a proibição de ensino de idiomas de origem do 
imigrante nas áreas coloniais. Também os jornais das colônias só poderiam circular em língua 
portuguesa. 
Até 1,25 ponto pela argumentação apresentada. 
 
 
Bom Trabalho!!!!