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Imunologia e Microambiente Tumoral Pilares do Câncer: Muitas das drogas usadas para o tratamento do câncer tem como alvo um dos pilares do câncer. Resposta Imune Antitumoral: Vigilância imunológica: ❖ Hipótese de que o sistema imunológico teria a capacidade de reconhecer e eliminar células tumorais geradas durante um processo de transformação celular maligna; ❖ Sistema imunológico em um estágio de constante alerta para resolver o aparecimento de antígenos tumorais estranhos que pudessem causar algum dano ao organismo; ❖ Animais deficientes em componentes da resposta adaptativa eram mais suscetíveis a formação de tumores espontâneos ou induzidas por carcinógenos; ❖ Animais mais imunocompetentes são mais capazes de combater o tumor. ❖ Pacientes com sistema imune comprometido tem maior evidência de câncer; ❖ Incidência cumulativa de qualquer câncer em pacientes imunossuprimidos pós - transplantados em comparação com a população geral; ❖ Situações clínicas imunodeficitárias que aumentam a suscetibilidade de desenvolvimento de câncer; ❖ Evidência de infiltração imune em muitos tipos de câncer; ❖ Indução experimental de tumor nos animais; ❖ Se ressecar o tumor e colocar em outro animal com resposta imune -> resposta antitumoral impede o desenvolvimento do câncer; ❖ Entretanto, se ao ressecar o tumor e transferir para um animal imunodeficientes -> desenvolvimento de câncer; ❖ Transferência de células TC8+ / citotóxicos em animal que desenvolveu tumor -> terapia de erradicação do tumor. OBS: Essa é uma das bases das terapias antitumorais em pacientes. ❖ Resposta imune antitumoral é dependente de células TCD8 / citotóxicas. Antígenos tumorais: ❖ Definição: qualquer molécula reconhecida por células T ou por anticorpos na superfícies de células tumores; ❖ A utilidade de um antígeno tumoral para detecção ou destruição de tumores depende da sua especificidade; ❖ Antígenos tumorais codificados por genes mutados; ❖ Proteínas de fusão, EGFr, RAS; ❖ Quando mutadas e ativadas -> antígenos tumorais que são reconhecidos por células T. ❖ Antígenos SELF ( codificados por genes normais); OBS: São antígenos expressos acima do normal ou cuja expressão é, em geral, limitada a tecidos ou estágios de desenvolvimento particulares, mas que estão desregulados nos tumores. ❖ Moléculas com superexpressão: p53, survivina, fatores de crescimento. ❖ Antígenos de diferenciação: C10, C19, C20, melan-A/MART-1, PSA; ❖ Antígenos com glicosilação alterada: mucina; ❖ Antígenos oncofetais: cancer-testis, CEA, AFP; ❖ Antígenos clonais; Ig idiotipos em células B. ❖ Antígenos virais: codificados por genes virais. ❖ HPV (câncer de colo de útero); ❖ HBV (Vírus da hepatite B - associado a carcinoma hepatocelular); ❖ HCV (Vírus da hepatite C - associado a carcinoma hepatocelular); ❖ HTLV (Retrovírus importante em áreas endêmicas - induz alguns tipos de leucemia); ❖ EBV (Epstein-barr - pode induzir um tipo de linfoma). Carga de mutações e resposta imune: ❖ Acúmulo de mutações em vias oncológicas; ❖ Alguns tumores têm baixa frequência mutacional e outros têm alta frequência mutacional; ❖ Melanoma, pulmão, esôfago, estômago, bexiga, colorretal -> alta frequência de mutação; ❖ Medula, rim -> baixa frequência mutacional. ❖ Correlação de frequência de mutação somática tumoral com taxa de resposta efetiva em bloqueio de checkpoint imunológico. ❖ Tumores com alta frequência tumoral respondem mais a imunoterapia; ❖ Tumores com baixa carga de mutação expressam menos antígenos que poderiam ser reconhecidos por células do sistema imune que montariam uma resposta antitumoral -> menor taxa de resposta à imunoterapia. Resposta Imune: Resposta depende de linfócitos T e B; Células T: ❖ Células TC8 / citotóxica -> efetoras; ❖ Células TC4/helper e Células Treg / reguladoras -> controlam / inibem. Conversa entre resposta imune inata e adquirida; ❖ Resposta imune inata: células NK (natural killer) e macrófagos são importantes para iniciar a resposta antitumoral. Células NK: ❖ Células da resposta imune inata que reconhecem células infectadas por vírus e ou células tumorais; ❖ Reconhecem proteínas expressas e apresentadas pelo MHC classe 1 (presente em todas as células, exceto em células anucleadas). ❖ Células NK “escaneiam” as células o tempo todo em busca de células que estejam apresentando antígenos próprios ou não próprios; ❖ Peptídeos próprios apresentados pelo MHC classe 1 -> tolerância imunológica; ❖ Peptídeos mutados / não próprios apresentados pelo MHC classe 1 -> morte da célula. ❖ Além de reconhecerem células tumorais, as células NK também são importantes, pois: ❖ A morte da célula tumoral favorece a liberação de antígenos tumorais que poderão ser reconhecidos por células dendríticas apresentadoras de antígenos; ❖ Produção de interferon gama; ❖ Ativação da resposta imune CD4 depende da presença de IFN gama no meio para que se diferencie em TH1; ❖ Interferon gama no meio, ainda, é fundamental para a ativação das células TCD8. Resposta adaptativa efetiva antitumoral: ❖ Uma célula tumoral foi reconhecida por uma célula NK -> primeiro ataque e destruição da célula por indução de citotoxicidade; ❖ A célula tumoral libera antígenos tumorais que serão captados pelas células dendríticas. Esses antígenos são processados e em seguida são apresentados no contexto de MHC classe 1 para células TCD8 e pelo MHC classe 2 para células T CD4; ❖ Diferenciação das células TCD4 em TH1; ❖ Na presença de IL-12 e IFN gama, as células TCD4 ao reconhecer o antígeno tumoral apresentado pelo MHC classe 2 se diferenciam em células TH1, que, por sua vez, produzem mais interferon-gama. ❖ A ativação da resposta T efetora depende de 2 sinais: ❖ 1° sinal: reconhecimento de antígenos pelas células TCD8 na presença de IFN gama; ❖ As células TCD8 reconhece o antígeno apresentado pelo MHC classe 1 e se diferencia em células T citotóxicas pela presença de IFN-gama e matam a célula tumoral por citotoxicidade. ❖ 2° sinal: Coestimulação pela diferenciação das células T CD4 em TH1. ❖ Células TH1 produzem IFN gama e favorecem maior ativação da citotoxicidade das células TCD8. ❖ Resumindo: célula tumoral liberando antígenos tumorais que são captados por células dendríticas e apresentados tanto para célula TCD4 como para célula TCD8. ❖ Microambiente rico em interferon gama -> diferenciação de TCD4 em TH1; ❖ TH1 produz mais interferon gama -> induz a atividade citotóxica dos linfócitos TCD8. Regulação da resposta efetora: ❖ As células Treg inibem a resposta imune pela liberação de citocinas -> diminuem interferon gama e proliferação celular; ❖ Células T regulatórias/Treg (Ex: CD25+ e FOXP3); ❖ Essas células têm como função limitar / inibir as respostas realizadas pelas células TCD8. Portanto, contrabalançam respostas citotóxicas, atuando como um mecanismo de tolerância imunológica periférica; ❖ Essas células são essenciais para autoimunidade, pois impedem que as células citotóxicas induzam a apoptose de forma descontrolada nas células do próprio organismo. ❖ Tumores são infiltrados por mediadores inflamatórios, linfócitos, monócitos etc. Quanto maior a infiltração de células TCD8, melhor o prognóstico; ❖ Mais resposta imune efetora citotóxica. ❖ Quanto maior a infiltração de células Treg, pior o prognóstico. ❖ Inibe a resposta imune efetora citotóxica. Hipótese da imuno-edição tumoral: ❖ Hipótese dos 3 E’s: eliminação, equilíbrio e escape; ❖ Eliminação de células sensíveis; ❖ Equilíbrio - tumor "adormecido"; ❖ Escape: células que resistem a resposta e escapam da resposta imune se proliferando. ❖ Ex: uso de cigarro desde a juventude, faz com que tenha desenvolvimento de câncer no envelhecimento. ❖ Agentes indutores em um tecido normal levam a transformação celular e acúmulo de mutações com formação de um tecidoneoplásico heterogêneo; ❖ Sistema imune – células NK, dendríticas, TC8, TC4 formam um microambiente tumoral para combater o tumor; ❖ A heterogeneidade dos tecidos neoplásicos fazem com que algumas células neoplásicas sejam mais sensíveis ou mais resistentes a resposta imune antitumoral; ❖ Inicialmente a resposta pode ser muito efetiva, mas com o tempo vai perdendo eficiência. ❖ O sistema imune consegue conter o tumor por um tempo, na fase de equilíbrio; ❖ Eventualmente uma célula resistente ao combate imune escapa da resposta imune e favorece a progressão do tumor. Mecanismos de evasão do sistema imune: ❖ Variação antigênica que impossibilita o reconhecimento da célula tumoral pelas células do sistema imune; ❖ Redução da expressão de MHC classe 1 -> TCD8 reconhecerá menos antígenos -> menos resposta efetora citotóxica; ❖ Exemplo de perda de MHC classe 1 em carcinoma de próstata -> observar quantidade de células que escaparam da resposta citotóxica por perda da expressão de MHC classe 1; ❖ Em azul são núcleos de células tumorais; ❖ Em marrom – marcação de MHC classe 1. ❖ Alguns tumores podem ainda induzir as células T reguladoras -> supressão das respostas imunológicas; ❖ Produção de moléculas inibidoras como citocina IL-10 -> reduz resposta inflamatória e antitumoral favorecendo o escape da resposta imunológica; ❖ IL-10 inibe células TH1 -> menor produção de IFN gama -> menor ativação de células TCD8 -> menos citotoxicidade antitumoral. ❖ Tumores podem também induzir baixos níveis de coestimuladores e aumentar a expressão de proteínas inibitórias; ❖ Primeiro sinal: Células dendríticas captam antígenos e apresentam tanto por meio do MHC classe 1 para TCD8 como pelo MHC classe 2 para TCD4; ❖ Segundo sinal: coativação -> células dendríticas expressam correceptores CD80 e CD86 (ou B7) que ativam uma proteína presente na célula T chamada CD28. ❖ Expressão de CTLA4 pela célula T que interage com maior afinidade com C80 / CD86 presente na célula dendrítica -> estimula sinal inibitório; ❖ Tem maior afinidade com CD80/CD86 que o CD28. ❖ PDL1 / PDL2 -> expresso em tecidos normais e interage com PD1 presente nas células T -> sinal inibitório da célula T; ❖ Mecanismo importante para a tolerância imunológica periférica -> impede que as células TCD8 ataquem o próprio tecido; ❖ A perda de PDL 1 está associada ao desenvolvimento de doenças autoimunes. ❖ Expressão aumentada de PDL 1 por tumores→inibe a resposta imune = escape da resposta imune; ❖ Mecanismo de exaustão de linfócitos TCD8. ❖ A expressão de PD1 aumenta conforme a exaustão celular aumenta; ❖ Inicialmente célula T funcionais que se caracterizam pela alta capacidade de citotoxicidade, proliferativa e de produção de citocinas; ❖ Essa capacidade vai diminuindo até que essas células sejam eliminadas, de modo que sua taxa de apoptose vai aumentando; ❖ Quanto mais PD1 menos resposta antitumoral as células TCD8 serão capazes de realizar. ❖ Exaustão de linfócitos TCD8 -> perda da capacidade citotóxica, proliferativa, etc. Câncer: “O câncer é na verdade a doença dos tecidos, em particular, dos tecidos complexos que nós chamamos de tumores”; “Câncer seria mais comum se não existisse o efeito protetor da imunidade”; O câncer não é somente um processo de células autônomas, existe um microambiente tumoral; Microambiente tumoral: ❖ Além das células tumorais, há várias outras células e moléculas que infiltram esse tumor; ❖ Ex: células T, células dendríticas, células B, células do sistema imune inato, plaquetas formando componente tromboembólico, neogênese vascular etc. ❖ A instalação processo inflamatório causa um aumento na proliferação celular; ❖ Tumores se formam em sítios de inflamação crônica; ❖ “Ferida que nunca cura”. ❖ Temos inicialmente um tecido em homeostase que começa a sofrer agressões -> entra em um estado inflamatório com infiltração de células inflamatórias -> cessando a injúria o tecido tem capacidade de regenerar e retornar para a homeostase; ❖ No entanto, se não houver resolução da inflamação, a instalação de uma inflamação crônica está associada à tumorigênese, formação de metástase, resistência terapêutica, estado pró- trombótico. ❖ Fatores de risco para a tumorigênese: obesidade, tabaco, processos inflamatórios intestinais crônicos, etc -> perde a capacidade de regeneração. OBS: Condições que levam a uma agressão crônica do tecido. Causas e consequências da falha da resolução inflamatória: ❖ A falha na resolução da inflamação, além da tumorigênese leva a outras condições patológicas como: ❖ Aterosclerose; ❖ Doença pulmonar obstrutiva crônica; ❖ Obesidade; ❖ Esclerose Múltipla; ❖ Asma; ❖ Doenças reumatológicas. ❖ Células com transformação neoplásica se beneficiam do processo de inflamação crônica e cicatrização do tecido; ❖ Resposta imune inflamatória participa do processo de carcinogênese de duas formas: ❖ Imunovigilância e resposta imune antitumoral; ❖ Seleção de células transformadas -> edição tumoral (eliminação, equilíbrio e escape/evasão) ❖ Composição do microambiente tumoral. ❖ Contribuição para o crescimento do tumor. Macrófagos associados ao tumor (TAM): Macrófagos são células do sistema imune inato que fazem parte do sistema mononuclear fagocitário muito associados aos processos inflamatórios; Os TAM são macrófagos que infiltram tumores; Promovem indução de fatores de crescimento epiteliais e produção de matriz extracelular que levam a ativação da proliferação celular; Produzem fatores angiogênicos e induzem a angiogênese -> favorece o crescimento de tumores sólidos pelo aporte sanguíneo; Os TAM podem se diferenciar em dois tipos de macrófagos: ❖ Macrófagos pró-inflamatórios (anti-tumor) -> ativação via clássica dependente de interferon gama ou LPS (presente na membrana das bactérias); OBS: Produção de citocinas que estimulam a inflamação, lise das células tumorais, produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, metaloproteinases. ❖ Macrófagos regulatórios (pro-tumor) -> ativação via alternativa. OBS: Produzem fatores angiogênicos, citocinas e enzimas que suprimem resposta tumoral, fatores de crescimento. Contribuição sequencial de macrófagos para a progressão tumoral; ❖ Ao infiltrar o tumor, o monócito pode se diferenciar em macrófago M1 anti-tumor ou em macrófago M2 pró-tumor a depender do microambiente no tumor; ❖ Microambiente pró-inflamatório -> altas concentrações de IFN-gama -> favorece a diferenciação em macrófagos M1; ❖ Microambiente regulatório pós-reparo -> altas concentrações de IL-10, IL-4, IL-13, glicocorticóides -> favorece a diferenciação em macrófagos M2; OBS: A presença de IL-10, TGF beta e lactato induzem a transformação de macrófagos M1 em macrófagos M2. Atenção especial para o lactato -> alteração da regulação metabólica pela tumorigênese. ❖ Tumor induz o escape tumoral com a formação de um microambiente regulatório pós-reparo (ambiente modulado pelo próprio tumor). As células tumorais e o estroma tumoral produzem fatores que induzem o recrutamento, sobrevivência e diferenciação dos TAM em macrófagos M2 favorecendo: ❖ Fatores de crescimento -> proliferação e sobrevivência de células tumorais; ❖ Produção de matriz extracelular; ❖ Angiogênese; ❖ Supressão da resposta imune; ❖ Escape da resposta imune; ❖ Progressão e metástase. As células tumorais, células Treg produzem TGF beta -> fundamental para inibir resposta imune, e favorecer formação de macrófagos M2 e EMT; ❖ EMT = processo de transformação de células tumorais em células neoplásicas capazes de migrar para outros tecidos → saem do tumor primário e infiltram tecidos secundários com a formação de metástases; ❖ TGF-beta impede a resposta antitumoral linfocitária; ❖ Exemplo de melanoma pulmonar – tumor de melanócito que produz pigmentos; ❖ Observar a diferença na quantidadede pigmentos entre os tumores: na esquerda com pouco TGF beta teve menos progressão dos melanócitos enquanto na direita com alta concentração de TGF beta houve elevada produção de melanócitos com mais produção de pigmentos. Células que compõe o estroma tumoral: Fibroblastos associados a tumores (TAFs): ❖ Convencionais: estruturam o tecido tumoral como acontece com tecidos normais; ❖ Miofibroblastos: aumentados de forma transiente em tecidos sofrendo reparo. ❖ São encontrados em lesões crônicas e tumores; ❖ O número aumentado de miofibroblastos tem correlação positiva com agressividade do tumor, proliferação celular, angiogênese, processo de invasão e metástase; ❖ Proteína PINCH +: marcadores de miofibroblastos que podem ser quantificados na imuno-histoquímica para determinar o prognóstico (pior quanto mais miofibroblastos); ❖ PINCH + marcados em preto. Células endoteliais: ❖ Participam do processo de angiogênese; ❖ Formação de capilares no tumor: ❖ Indução de vasos intratumorais -> o aporte sanguíneo favorece a proliferação celular neoplásica e o crescimento tumoral; ❖ VEGF Beta 2 (endotelial grow factor) -> fator indutor de angiogênese. OBS: Algumas terapias antitumorais tem como mecanismo a inibição de VEGF beta2 para inibir a angiogênese e impedir a progressão tumoral. ❖ Diferença na organização da malha vascular em tecidos normais e transformados; ❖ Crescimento capilar desordenado -> malha de capilares desorganizada. ❖ O crescimento celular acelerado e desordenado muitas vezes não é acompanhado pela angiogênese -> aporte sanguíneo insuficiente para suprir as demandas de todo o tecido tumoral -> hipóxia central -> necrose central. ❖ A hipóxia induz uma pressão intra-tumoral para formar novos vasos. Células linfáticas - formação de vasos linfáticos: ❖ Vasos linfáticos se restringem a periferia do tumor e ao tecido normal adjacente, mas são uma importante via de disseminação da metástase; ❖ Estadiamento – linfonodos regionais infiltrados tem pior prognóstico. ❖ Vias de disseminação metastática por meio de drenagem linfática para linfonodos. Invasão e metástase: Crescimento de tumor primário: células tumorais alcançam a via sanguínea ou linfática e migram para outros sítios / tecidos; Ex: tumor de mama com metástase no pulmão, ossos, cérebro. Metástase é o tumor secundário: as células do tumor primário crescem no tumor secundário; ❖ Imagem de microscopia óptica mostrando células tumorais metastáticas no interior de vasos linfáticos. Existem nichos metastáticos que são sítios preferenciais de instalação da metástase; ❖ Ex: tumores de próstata tem grande propensão a formar metástases ósseas; ❖ Ex: Tumor de cólon têm maior propensão a formar metástases no fígado. Essa propensão metastática nos leva a investigação desses nichos de acordo com o diagnóstico de tumor -> fundamental para o estadiamento; Transição epitélio-mesenquimal (EMT): ❖ Tumor primário in situ aderido ao seu sítio inicial pelo parênquima / microambiente tumoral; ❖ A célula epitelial precisa migrar para fenótipo mesenquimal para que seja capaz de se soltar e migrar por meio de vasos sanguíneos ou linfáticos; ❖ Célula aderida se transforma em célula com capacidade migratória. ❖ Sinalização para EMT -> TGF beta produzido por miofibroblastos, células T Reguladoras, células tumorais, macrófagos tumorais M2; ❖ Mutações que propiciam o EMT. Disfunção metabólica tumoral: Fisiologicamente, na presença de oxigênio e glicose nos tecidos temos a formação de ATP pela via da fosforilação oxidativa mitocondrial. Em situações de hipóxia, há formação de ATP por meio da fermentação lática com produção de lactato; Efeito Warburg: células tumorais proliferativas fazem principalmente glicólise anaeróbica com alta produção de lactato no microambiente tumoral; ❖ Shift da fosforilação oxidativa para glicólise anaeróbica. Metabolismo fisiológico: Metabolismo tumoral: ❖ Hipóxia e fatores inibitórios mitocondriais. O aumento da concentração de lactato e a hipóxia está envolvido com a formação do macrófago tumoral pro-tumor; ❖ Modulação do próprio tumor a um microambiente que favoreça seu desenvolvimento. Dentro do desenvolvimento tumoral temos um conjunto de fatores necessários associados a alterações genômicas. ❖ Fatores ambientais: favorece mutações, instabilidade genômica; ❖ Instalação de ambiente inflamatório pro-tumoral induzido pelo próprio tumor; ❖ Inflamação crônica.
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