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Campus I Campus II Rua José Bongiovani, 700 Cidade Universitária CEP 19050 Presidente Prudente SP Tel| Fax: 18 3229 1000 Rodovia Raposo Tavares, Km 572 Bairro Limoeiro CEP 19067 175 Presidente Prudente SP Tel| Fax: 18 3229 2000 · · · · · · · · 920 Laboratório de Habilidades e Simulação tel: 18 3229 1082 lhabsim@unoeste.br www.unoeste.br C A M P U S I Guia de Habilidades Habilidade a ser desenvolvida: Eletrocardiograma – ECG Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Higienização simples das mãos, descaçar luvas de procedimentos. Conceito: ECG (Eletrocardiograma) é o registro gráfico da atividade elétrica do coração. Objetivos: Obter registro gráfico da atividade cardíaca para obtenção de diagnóstico, avaliação da terapêutica medicamentosa e evolução clínica. Passo Descrição Material e recursos necessários: Equipamento de proteção individual (EPIs): somente se necessário, Caneta preta ou azul, Papel Toalha, Módulo de ECG, contendo: Cabo força, Cabo ECG-paciente (compatível com o módulo), cardioclip (presilhas), “pêra” de sucção ou eletrodo descartável, Gel condutor (próprio para eletrocardiograma), gazes, 01 almotolia com álcool, 01 lençol descartável, Dispositivo para realização de tricotomia (se necessário); 1 Verificar no pedido de ECG, 2 Reunir o material; 3 Higienizar as mãos 4 Promover a privacidade do paciente (utilizar o biombo se necessário); 5 Checar o funcionamento do eletrocardiográfico; 6 Checar a integridade do cabo de força, fio terra e cabo do paciente; 7 Solicitar a retirada e/ou retirar objetos metálicos e/ou eletrônicos; 8 Solicitar e/ou posicionar o paciente em decúbito dorsal, com membros superiores e inferiores paralelos ao corpo, de forma não adjacente, relaxados; 9 Solicitar e/ou expor tornozelos, punhos e tórax; 10 Cobrir o paciente, com o auxílio do lençol, para que o mesmo não fique totalmente exposto; 11 Conectar o eletrocardiógrafo à rede de energia, atentando-se à voltagem da tomada. Seguir as orientações de utilização, segundo o fabricante; 12 Ligar o eletrocardiógrafo e inserir papel milimetrado no local indicado. 13 Solicitar ao paciente que permaneça em repouso, evite tossir ou conversar, enquanto o ECG está sendo registrado; 14 Efetuar a remoção de gordura, com algodão embebido em álcool a 70%, das faces anteriores dos antebraços, na porção distal e das faces internas dos tornozelos (acima dos maléolos internos); 15 Colocar cardioclip ou presilhas em membros superiores e membros inferiores, usando gel condutor ou outro material de condução (conforme orientação do fabricante), para obtenção dos registros das derivações monopolares e bipolares, seguindo o seguinte arranjo com o cabo do paciente: Cabo vermelho (RA) em membro superior direito; Cabo amarelo (LA) em membro superior esquerdo; Cabo preto (RL) em membro inferior direito; Cabo verde (LL) em membro inferior esquerdo. 16 Colocar os eletrodos de sucção (preferencialmente), ou eletrodos descartáveis no tórax, utilizando gel condutor ou outro material de condução (conforme orientação do fabricante) para os primeiros, para obtenção dos registros das derivações precordiais, seguindo o seguinte arranjo com o cabo do paciente: Cabo vermelho (V1) em 4º espaço intercostal, à direita do esterno; Cabo amarelo (V2) em 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno; Cabo verde (V3) em 5º espaço intercostal, diagonalmente entre V2 e V4; Cabo marrom (V4) em 5º espaço intercostal, na linha média clavicular; Cabo preto (V5) em 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior; Cabo roxo (V6) em 5º espaço intercostal, na linha axilar média. OBS: Alguns aparelhos possuem apenas um eletrodo de sucção, que após registrar DI, DII, DIII e V1, deverá ser reposicionado seguindo as derivações. 17 Verificar os Leds de alerta para: pilha/bateria, memória, saturação, ruído, eletrodo, filtro, ganho, velocidade, modo de operação, up/down, calibração e derivações e, caneta e haste de plotagem. Corrigir problemas que forem detectados; 18 Apertar o botão “segue”; 19 Avaliar se o registro efetuado pelo equipamento é compatível com o esperado para um traçado eletrocardiográfico; 20 Aguardar o sinal sonoro, que indica o término da aquisição dos potenciais elétricos; 21 Retirar eletrodos e cardioclips e realizar limpeza do tórax, membros superiores e membros inferiores, principalmente quando utilizado o gel condutor; 22 Retirar e/ou destacar folha do ECG e identificar o ECG com: nome completo do paciente, idade, data de nascimento, data e hora da realização, carimbo e assinatura do profissional, nome da instituição; 23 Deixar o paciente confortável; 24 Proceder à desinfecção do eletrocardiógrafo, das braçadeiras e/ou das peras com o pano limpo umedecido em álcool a 70% e guardá-los em local próprio, mantendo-o conectado a rede elétrica, conforme recomendação do fabricante. 25 Desprezar os materiais utilizados nos lixos apropriados; OBSERVAÇÕES: O paciente deve estar descansado há pelo menos 10 minutos, sem ter fumado há pelo menos 40 minutos, estar calmo. Deve ser investigado quanto ao uso de remédios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente. 26 Higienizar as mãos (POP 42); 27 Realizar anotação, assinar e carimbar no prontuário; 28 Manter ambiente de trabalho limpo e organizado Atividade elétrica do coração O nosso coração é um órgão movido a sangue e eletricidade. Cada batimento, cada contração do músculo cardíaco, cada movimento das válvulas do coração são comandados por pequenos impulsos elétricos gerados no próprio coração. O estímulo elétrico nasce no próprio coração, em uma região chamada nodo sinusal (ou nó sinusal) , localizado no ápice no átrio direito. O nodo sinusal produz continuamente e de modo a regular os impulsos elétricos que se propagam por todo o coração, induzindo a contração dos músculos cardíacos. Portanto, um coração em ritmo sinusal é aquele cujo os estímulos elétricos estão sendo normalmente gerados pelo nodo sinusal. A atividade elétrica normal nasce no nodo sinusal, despolariza primeiro o átrio direito e depois o átrio esquerdo. Após passar pelos dois átrios, o impulso elétrico chega ao nodo atrioventricular, na divisão entre os átrios e o ventrículo. Neste momento, o impulso sofre um pequeno retardamento, que serve para que os átrios se contraiam antes dos ventrículos. No nodo atrioventricular, após alguns milissegundos de espera, o impulso elétrico é transmitido para os dois ventrículos, fazendo com que suas células se despolarizem, causando a contração cardíaca e o bombeamento do sangue pelo coração. O impulso elétrico demora 0,19 segundo para percorrer todo o coração. Traçado básico do ECG O traçado do eletrocardiograma é composto basicamente por 5 elementos: onda P, intervalo PR, complexo QRS, segmento ST e onda T. A saber: A onda P é o traçado que corresponde à despolarização dos átrios (contração dos átrios). O intervalo PR é o tempo entre o início da despolarização dos átrios e dos ventrículos. O complexo QRS é a despolarização dos ventrículos (contração dos ventrículos). O segmento ST é o tempo entre o fim da despolarização e o início da repolarização dos ventrículos. A onda T é a repolarização dos ventrículos, que passam a ficar aptos para nova contração. Cada batimento cardíaco é composto por uma onda P, um complexo QRS e uma onda T Derivações do ECG Todo esse percurso do impulso elétrico é captado e interpretado pelo eletrocardiograma através de traçados. As várias posições dos eletrodos são usadas para captar diferentes ângulos do coração, como se fossem várias câmeras voltadas para cada uma daspartes do órgão. O ECG habitual possui 12 derivações, que são como 12 ângulos diferentes que acompanham simultaneamente a propagação da atividade elétrica. Estas 12 derivações cobrem boa parte do tecido cardíaco. São chamadas de: D1, D2, D3, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3, V4, V5 eV6. Exemplos: a parede inferior do ventrículo pode ser avaliada pelas derivações D2, D3 e aVF; a parede anterior por V1 a V4 e a parede lateral alta por D1 e aVL. Portanto, uma alteração da condução elétrica que se repete nas derivações D2, D3 e aVF, por exemplo, indica algum proble ma na região inferior do ventrículo. Referências: SERRANO JUNIOR, C.V.; TIMERMAN, A; STEFANINI E. Tratado de Cardiologia. Manole. Barueri: 2ª ed.2009. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G.; BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. SPRINGHOUSE. As melhoras práticas de enfermagem: procedimentos baseados em evidências. Tradução de Regina Machado Garcez. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 239-242.
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