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TORCHS - Infecções Congênitas Introdução ➔ Durante a gestação = congênito. ➔ Durante o trabalho de parto e/ou parto e até 3 semanas do período pós-natal = perinatais. ➔ Elevadas morbimortalidades. ➔ Impacto médico, social e econômico na população. ➔ Impacto emocional na família. ➔ Nem sempre há transmissão para o feto e quando transmitidas pode causar morte fetal ou neonatal. Características ➔ Primeiro trimestre: pode interferir no desenvolvimento embrionário → malformações variadas e perceptíveis ao nascer. ➔ Transmissão intrauterina é mais comum nos últimos trimestres gestacionais,devido principalmente à diminuição da função de barreira da placenta com o passar da gestação. Características ➔ A maioria das crianças nascidas vivas portadoras de infecção congênita por diferentes agentes é assintomática. Sinais Gerais: ➔ Baixo peso ao nascer, hepatomegalia, esplenomegalia, icterícia, púrpura, pneumonite; são comuns a vários agentes. Sinais Específicos: ➔ Olhos, sistema nervoso central, coração, ossos; podem ser mais frequentes e peculiares em diferentes agentes. TORCHS ---------- Toxoplasmose congênita ---------- ➔ Prevalência de 1-3/1.000 nascidos vivos. ➔ Alto risco de sequelas tardias. ➔ Incluída no Teste do Pezinho do SUS a partir de Maio/2022. -Agente Etiológico: ➔ Toxoplasma gondii durante a gestação em mulheres soronegativas. ➔ É um protozoário intracelular que afeta ⅓ da população mundial. ➔ A infecção aguda em imunocompetentes é assintomática. ➔ Cerca de 40% das gestantes infectadas transmitirão a doença para o feto se não forem tratadas adequadamente. -Quadro Clínico: ➔ 70-85% dos RN não têm sinais clínicos ➔ Tríade clássica → É incomum: ◆ Hidrocefalia ◆ Calcificações cerebrais intracerebral difusa ◆ Retinocoroidite ➔ Sequelas tardias são frequentes. -Diagnóstico Congênito: -Tratamento: ➔ Todas as crianças com toxoplasmose congênita comprovada devem receber tratamento, independentemente da presença de sinais ou sintomas. ➔ Início nas primeiras semanas de vida e mantido durante 12 meses. ➔ Monitoramento das drogas usadas. ➔ As drogas mais usadas para o tratamento da toxoplasmose são efetivas contra os trofozoítos circulantes, mas não atingem os cistos que permanecem nos tecidos. Portanto, eles podem eclodir em qualquer situação de imunodepressão, como doenças, adolescência ou a própria gestação. ➔ O tratamento do RN é feito com sulfadiazina e pirimetamina durante todo o primeiro ano de vida, na tentativa de impedir que as formas trofozoíticas ainda circulantes se encistem; + ácido folínico. OBS: -Medidas Preventivas na Gestação: ➔ Não ingerir carnes cruas ou mal passadas. ➔ Não consumir água não filtrada ou fervida. ➔ Lavar bem as frutas e verduras antes do consumo e os utensílios de cozinha antes e depois do uso. ➔ Evitar contato com fezes de gato. ---------- Rubéola congênita ---------- ➔ Vírus da rubéola, um vírus RNA envelopado (Togaviridae), é transmitido por gotículas. ➔ Óbito fetal ou abortamento ou as anomalias da síndrome da rubéola congênita (SRC) ocorrem quando a infecção materna se dá no primeiro trimestre da gestação. ➔ Infecção Congênita da Rubéola: engloba todos os eventos associados à infecção. ➔ Síndrome da Rubéola Congênita (SRC): defeitos presentes nos neonatos filhos de mães que tiveram a infecção durante a gestação. -Quadro Clínico: ➔ Perda auditiva ➔ Cardiopatias congênitas (PCA) ➔ Microcefalia ➔ Catarata -Diagnóstico: ➔ Detecção de IgM fetal após 22-24 semanas de gestação ou cultura viral do líquido amniótico. ➔ Não existe tratamento específico para a infecção congênita pelo vírus da rubéola. -Prevenção: ➔ Vacinação: única forma de prevenção → todas as mulheres em idade fértil ou que pretendem engravidar façam uso da vacina. ➔ Isolamento: gestantes devem ser afastadas de pessoas com suspeita de rubéola. ---------- CITOMEGALOVÍRUS congênito ---------- ➔ Causa mais comum de infecção congênita em todo o mundo; ➔ No Brasil a estimativa é 5-10:1.000. ➔ Mais comum em populações de menor nível socioeconômico. ➔ A transmissão fetal pode ocorrer tanto de mulheres com infecção primária quanto de mulheres com infecção pregressa, por meio da reativação de infecção latente ou reinfecção com nova cepa viral. -Quadro Clínico: ➔ Calcificação periventricular. ➔ Malformações corticais e/ou cerebelares, corioretinite e perda auditiva. ➔ 85-90% são assintomáticos e não reconhecidos no período neonatal. ➔ As sequelas, principalmente a perda auditiva neurossensorial, poderão ocorrer em 6-23% dos RN assintomáticos e em 22-95% dos sintomáticos, podendo ser detectáveis ao nascer ou nos primeiros 24 meses de vida. ➔ Infecção perinatal geralmente não causa manifestações ou repercussões clínicas (assintomática), e quando ocorrem são manifestações transitórias. -Diagnóstico: ➔ Detecção do vírus ou de seu DNA por meio do teste de PCR em urina ou saliva até 3 semanas de idade. -Tratamento: ➔ RN com infecção congênita por CMV assintomáticos ou levemente sintomáticos (presença de uma ou duas manifestações que aparecem isoladas e são transitórias) não devem ser tratados. ➔ Crianças com doença moderada a grave recebem o tratamento preconizado (multissistêmica e/ou alteração SNC). -Prevenção: ➔ 50% das crianças infectadas congênitas podem apresentar manifestações tardias. ---------- Herpes Simples ---------- ➔ Transmitidos através das mucosas, com migração para tecidos nervosos, onde persistem latentes. ➔ 2/3 das gestantes apresentam infecções assintomáticas e/ou subclínicas. -Diagnóstico: ➔ No RN, os testes de detecção de DNA viral são úteis para rastrear a presença viral em mucosas, pele, sangue e LCR. -Quadro Clínico: ➔ Recém-nascidos infectados são raramente sintomáticos ao nascer, manifestando sinais de doença com 7-12 dias de idade, podendo apresentá-la de três maneiras: ◆ Mucocutânea localizada: Pele, olhos e boca. ◆ Sistema nervoso central (encefalite) com ou sem lesões mucocutâneas. ◆ Doença disseminada (sepsis-like), a qual pode ser letal em > 80%, se não tratada. ➔ Recorrências são comuns após o tratamento,devendo-se fazer uso de antiviral por 6 meses a 2 anos para controlá-las. -Tratamento: -Prevenção: ➔ Requer o manejo adequado da grávida. ➔ A amamentação só deve ser evitada caso haja lesões nas mamas. ---------- Outras ---------- -ARBOVIROSES: ➔ Transmitida por insetos. ➔ Aedes aegypti em áreas urbanas e Aedes albopictus nas áreas silvestres. ➔ Gestantes em áreas endêmicas devem proteger-se de picadas de insetos → mosquiteiro e repelente. -ZIKA: ➔ Transmissão pela picada do mosquito, via sexual, sanguínea, fluidos corporais e hematogênica intrauterina. ➔ Anomalias congênitas ocorrem em até 15% das crianças cujas mães foram expostas ao vírus no primeiro trimestre. ➔ Não há evidência de transmissão pelo aleitamento materno. ➔ Síndrome Congênita: microcefalia, desproporção craniofacial, colapso do crânio e alterações neurológicas. -CHIKUNGUNYA: ➔ RN são geralmente assintomáticos, mas podem desenvolver febre, dor, erupção cutânea e edema. ➔ RN infectados durante o período intraparto podem também desenvolver doenças neurológicas (meningoencefalite, lesões de substância branca, edema cerebral), sintomas hemorrágicos e doença do miocárdio. ➔ Não existem relatos de transmissão vertical pelo leite materno. ➔ Diagnóstico: PCR no sangue e sorologia do binômio. ---------- questões ---------- 1- C 2- A
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